João de vestido amarelo



Ao amanhecer, João despertou lentamente, a luz suave do sol filtrando-se pela cortina e desenhando traços dourados sobre sua pele. Levantou-se devagar, ainda envolto na languidez quente da noite anterior, cada movimento mais felino do que humano, como se carregasse segredos no corpo.
No quarto, parou diante do espelho. As mãos deslizaram pela pele ainda sensível, escolhendo com cuidado uma lingerie nova — um tecido leve, quase transparente, de tom suave, que não só acariciava, mas provocava a pele. Vestiu, em seguida, um vestido amarelo claro, fresco e esvoaçante, que realçava com malícia a silhueta: cada curva, cada gesto era um convite silencioso, como se aquela roupa fosse uma extensão do desejo que habitava seu corpo.

Deslizou até a cozinha, os pés nus contra o piso frio, os quadris balançando suavemente. O aroma do café recém-passado se misturava ao cheiro da noite que ainda pairava no ar. Era uma cena doméstica e, ao mesmo tempo, carregada de tensão — cada pequeno gesto tinha um gosto íntimo, quase erótico, como se a rotina fosse um ritual secreto de sedução.

Eu despertei com a luz entrando pelo quarto. Estava completamente nua, a pele ainda quente, os cabelos soltos caindo pelos ombros. A brisa leve que entrava pela janela roçava meus seios, arrepiando-os. João já se movia pela casa com aquela graça silenciosa que sempre me fascinou — uma mistura de timidez e ousadia, como se cada passo seu contasse uma história proibida.
Walter despertou ao meu lado, o olhar carregado da intimidade da noite, a respiração lenta, um sorriso nos lábios.

Levantamo-nos juntos, quase como um sussurro, e caminhamos até a varanda para o café da manhã. Eu não tinha pressa: sentia o frescor do ar na pele, livre e leve, enquanto eles me acompanhavam, cada um com sua presença única — João, no vestido, com um ar de descoberta; Walter, ainda nu sob o lençol improvisado, com aquele olhar quente que percorria meu corpo sem pudor.

Sentamo-nos. O aroma do café fresco envolvia a manhã. Os olhares trocados eram mais do que ternura e cumplicidade — havia desejo, um resíduo do que acontecera, uma promessa do que poderia acontecer outra vez. Walter respirou fundo, um sorriso caloroso iluminando seu rosto.

— Preciso ir — disse com um tom suave, mas sincero — Gostei muito do dia que passei com minhas amigas. Foi especial, verdadeiro… algo que vou guardar comigo.

Ele se aproximou, me deu um beijo lento na testa, outro mais demorado na boca, e abraçou João com um gesto íntimo, mas cheio de respeito.
— Obrigado por tudo. Até breve, espero.

O ar ficou impregnado daquela sensação doce e elétrica da despedida. Walter saiu, deixando a porta entreaberta — como um convite silencioso para futuros encontros.

João ficou em silêncio por um momento, olhando para mim com um misto de sentimentos. Eu me aproximei, a mão deslizando devagar pelo braço dele, e perguntei com um sorriso insinuante:
— E você, João? O que achou de tudo isso? De me ver com o Walter, dessa forma… Como você se sentiu?

Ele respirou fundo, os olhos brilhando com uma sinceridade rara, mas também com algo novo, quase erótico.
— Foi uma experiência libertadora… — disse baixo — Nunca imaginei que me sentir tão à vontade assim, expressando essa parte de mim, pudesse ser tão natural. Estar vestida assim, perto de vocês, me deu uma sensação de paz e pertencimento que eu nunca tinha sentido antes. Foi mais do que apenas um papel — foi me reconhecer de um jeito novo.

Eu passei o dedo pelos lábios dele, sorrindo:
— E você pretende continuar com isso?

João sorriu, um brilho suave e malicioso nos olhos:
— Sim, pretendo.

— A partir de agora, seremos só amigas, sem aquela intimidade de casal. Você concorda com isso? — perguntei, a voz macia, mas firme.

João assentiu devagar, o olhar firme e tranquilo, mas carregado de uma ternura diferente.
— Sim, concordo. É o que faz sentido para mim também.

Eu respirei fundo, segurei a mão dele com ternura e disse:
— Faz muito tempo que você é só minha amiga, João. Só não queria admitir isso para mim mesma. Você sempre esteve aqui, me apoiando, cuidando… e, de certa forma, me entregando para os outros.

Ele me olhou com um brilho intenso nos olhos, entendendo cada palavra sem precisar que eu explicasse mais. E naquele instante, tudo ficou claro — a verdade de nós, da nossa amizade, do nosso amor em outra forma, que nunca precisou de rótulos para ser real.

Eu sorri, beijei João com delicadeza, mas com um toque de desejo no beijo, e disse:
— Vou descansar agora, esse dia foi intenso demais. Cuide bem da casa e deixe tudo pronto para quando eu acordar. Ah, e por favor, continue com esse vestido lindo.

Ele assentiu, um sorriso tranquilo iluminando seu rosto. Enquanto eu me deitava, ainda nua e marcada pela manhã, João caminhou pela casa com passos leves. O vestido roçava suavemente sua pele, trazendo uma sensação inesperada de conforto, liberdade e uma alegria serena — mas, acima de tudo, um convite silencioso para o que viria depois.


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Comentários


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amominhaesposa Comentou em 04/10/2025

Poxa, bom conto... mas queria que você se aproveitasse dele e mandasse ele fazer coisas que deseja... seria muito legal.




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Ficha do conto

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Nome do conto:
João de vestido amarelo

Codigo do conto:
243742

Categoria:
Cuckold

Data da Publicação:
02/10/2025

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