SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 53
A Manú ficou a semana toda em São Paulo, hospedada na casa de seu tio Michael, e eu fui para São José dos Campos. A obra da casa havia sido entregue no sábado anterior à minha ida para Brasília e paguei para uma empresa especializada para fazerem uma limpeza geral, que foi feita no domingo e na segunda-feira. Na terça chegou o caminhão com a mudança da Manú (foram 31m³ de caixas e móveis). E desde aquele dia eu estava recebendo os móveis novos que havíamos comprado, abrindo caixas, organizando tudo e tentando colocar cada coisa no seu lugar. A minha mudança se resumiu a cinco caixas, que eu despachei em uma empresa de ônibus lá em Maceió, só que a mudança da Manú lotou um caminhão. E cada móvel, cada eletrodoméstico, cada quadro e cada enfeite já tinha seu lugar, seguindo o projeto feito por ela e pela arquiteta. Eu aproveitaria esses dias da Manú em São Paulo para tentar terminar esse serviço de arrumação, limpeza e os pequenos detalhes que faltavam. O meu presente para a minha amada foi um estúdio de filmagens, que eu fiz no escritório, para ela gravar e depois postar os conteúdos em suas redes sociais. Eu planejei o cenário, a iluminação, comprei câmeras novas, tripé e um computador para fazer as edições. A nossa casa ficou linda. Optamos por não trocar o piso da parte inferior (se fossemos fazer a troca desse piso a obra demoraria mais uns 40 dias), mas refizemos totalmente os banheiros e a iluminação, trocamos o granito da cozinha, fizemos todos os móveis planejados e pintamos toda a casa. Também fiz uma modificação na parte elétrica da casa, pois usaríamos muitos dos equipamentos elétricos da Manú, como geladeira, microondas, maquina de lavar roupas, aspirador de pó, secador de cabelos, entre outros, que eram todos 110V e a cidade de São José utiliza a tensão de 220V. Eu não tive problema nenhum quanto a isso, mesmo porque minha mudança se resumiu a cinco caixas e as cidades que morei (Criciúma e Maceió) também utilizavam a tensão de 220V, só que Porto Velho e Belém (cidades em que a Manú viveu) utilizavam a tensão de 110V e, por isso, tive que deixar tomadas com as duas tensões espalhadas pela casa e muito bem identificadas. Eu não queria que ela visse a casa antes de tudo terminado e segurei-a em São Paulo. Chegando da formatura dela em Brasília, voltei para São José na segunda-feira, para os últimos retoques, e ainda acompanhei a instalação dos aparelhos de ar-condicionado e do aquecedor de água a gás para as torneiras e chuveiros. Voltei a São Paulo na terça-feira a noite, sob o pretexto de deixar umas roupas de inverno para ela, pois havia esfriado muito. Aproveitei para deixar o carro com ela (o carro dela chegou um dia depois da mudança) e claro, fizemos amor bem gostoso, dessa vem em um motel. Dessa vez voltei de ônibus para casa. No final do expediente do dia seguinte a dispensaram e lhe deram uns dias de folga, para que fosse para São José e começasse a trabalhar somente depois do feriado de sete de setembro. Fiquei sabendo disso e tive pouco menos de três horas para aprontar o que faltava e a esperar na porta de nossa nova casa. Ela estacionou o seu carrão e desceu, parecendo uma adolescente, toda risonha e trajando um vestidinho estampado amarelo e com uma jaqueta jeans por cima. Tive que insistir muito para levá-la no colo para dentro de casa. Deixei tudo aceso, os painéis, as luzes e os leds e ela amou cada detalhe da casa, por dentro e por fora. Gostou dos móveis novos e como os que vieram na mudança foram integrados ao ambiente. Deixei nosso quarto por último. Deixei tudo a meia luz, com várias velas estrategicamente espalhadas, pétalas de rosas pelo chão, uma champanhe gelando no balde e, para acompanhar, fondue de chocolate com marshmallows e morangos. Vocês não imaginam a carinha que ela fez quando viu o que aprontei para ela. Ela levou as duas mãos para a minha nuca e me deu um beijo delicioso e depois falou: — Agora ninguém nunca mais vai nos separar... Abri o zíper das costas de seu vestido, que suavemente caiu no chão, deixando-a só de calcinha. Ela então me puxou para a cama. Perdi a noção de quanto tempo ficamos ali namorando. Os beijos carinhosos logo foram ficando mais molhados e o desejo espalhava pelo ar. Ela ajudou quando fui tirar a calça e, já segurou o meu pau e começou a punheta. Meu pau já estava super duro e quando fiz que iria chupá-la ela não deixou. Ela se deitou na cama, puxou a calcinha para o lado, passou o dedo na rachinha e falou: — Vai Beto, me possui agora... vai ser a primeira vez na nossa cama... Sua outra mão ainda estava segurando o meu cacete e ela o guiou até a sua xoxotinha melada. Me ajoelhei no meio de suas pernas e só me deixei me levar pelos desejos daquela ninfeta maravilhosa. Me deitei sobre ela e começamos a nos beijar. Com o peso do meu corpo sobre o dela, o meu pau foi quebrando a resistência e escorregando lentamente para dentro daquela bocetinha deliciosa. Eu a beijava, mordia sua orelha, beijava seu pescoço e ela gemia deliciosamente. Até que ela pediu: - Amor! Fode essa puta que te ama tanto! Ela não precisou pedir novamente, pois eu comecei a estocar forte aquela xoxotinha apertada e quente. Logo nossos corpos se moviam como um só e eu lutava para não gozar muito rápido. Quando ela deu um grito mais forte e percebi que ela gozou eu parei, peguei-a pelas pernas e a virei de bruços. A visão da bunda da Manú é algo indescritível. Me deitei sobre ela e fiz a imbecilidade de colocar a pica para dentro novamente, enquanto beijava a sua nuca. Acho que não aguentei foder mais nem 20 segundos e já gozei dentro dela e depois caí exausto ao seu lado. Esse foi só o primeiro tempo. Nossa noite foi quente! E, finalmente estávamos juntos novamente. E juntos mesmo, pois nenhum de nós teria mais que ir embora ou ficar na expectativa de voltar. Estávamos totalmente felizes um ao lado do outro. Na sexta-feira, véspera do feriadão (sete de setembro foi numa terça-feira e dei folga na segunda para o pessoal, apesar de que sempre ficava alguém de sobreaviso para qualquer emergência), fizemos um churrasco em casa e convidamos todo o pessoal que trabalhava comigo e suas famílias. Foi nesse churrasco que a Manú notou um clima entre a Carmem e o Nunes. O pior foi que eu não havia notado nada disso antes. Se bem que eu estava muito sobrecarregado e por causa disso muito cansado. Mas, realmente, logo no começo da empresa, o Nunes reclamou muito por eu ter contratado uma mulher como secretária e já havia uma semana que as reclamações haviam cessado. E agora, com a observação da Manú, tudo estava se encaixando. E minha paraense deliciosa logo me garantiu que seria o cupido desses dois. Minha equipe era ótima e animada e a festinha foi deliciosa. Eu caprichei no final de semana. No sábado eu e a Manú fizemos um rafting em Paraibuna. Foi um passeio radical, de umas três horas, do qual eu colhi os frutos por meses (se é que vocês entendem o que estou falando). Terminado o rafting dirigi por uma hora e meia até a cidade de Atibaia, levei minha amada para um haras e fomos andar de cavalo. A Manú gosta tanto disso que tivemos que dormir na cidade para repetir a dose no dia seguinte. No domingo comemoramos o aniversário de um ano que estávamos juntos e fizemos uma festinha só com nós dois. Festinha regada a champanhe, morangos e um banho de leite condensado que dei na minha noiva (lambi todo esse leite diretamente na pele da Manú). Depois ela tomou muito leite condensado no meu pau. Fora isso a levei ao cinema, fomos a quatro restaurantes (ela ama comer fora e conhecer novos restaurantes) e a levei a um evento musical que estava acontecendo no SESI. E, no feriado de sete de setembro, que também era o dia do aniversário de 27 anos dela, a acordei com uma cesta de café da manhã, lhe dei um buque de flores, um álbum com as nossas fotos e depois fomos para um almoço romântico em um barzinho com música ao vivo, na Vila Madalena, em São Paulo. E eu nunca vi ninguém receber tantas mensagens e ligações felicitando pelo aniversário, com ela naquele dia. Ganhou até do ano anterior, que passamos o aniversário dela em Maceió. Logo que chegamos do feriado, uma das primeiras coisas que a Manú fez foi organizar uma recepção lá em casa e convidar os vizinhos. Eu não achei uma boa idéia, pois o pessoal do sul e sudeste é mais desconfiado e reservado do que o pessoal do norte e nordeste, que são mais receptivos e calorosos. Mas mesmo assim ela insistiu e convidou uns 20 vizinhos (nosso condomínio tem umas 50 casas) mais próximos de casa e o síndico. E uns 10 desses vizinhos aceitaram o convite e foram na recepção e outros dois ou três deram alguma desculpa para não ir. E foi bom para quebrar o gelo e começar a conhecer as pessoas. Servimos bolo, salgadinhos, docinhos, sucos e até bebida alcoólica (apesar de sermos bem caretas com relação ao álcool).
Nos meses seguintes ficou claro que a Manú amava o seu trabalho. Como a área de atuação da Procuradoria se entendia por várias cidades, ela constantemente ia para esses locais, sempre no estilo bate e volta. A mesma coisa ela fazia para a Capital do Estado, para onde ia uma ou duas vezes por mês. Ela também ia para Brasília em média uma vez ao mês e sempre ficava lá por dois ou três dias. Ela logo voltou para a academia de musculação, treinava corrida, às vezes pedalava, fazia pilates e até passou a treinar muay thai uma vez por semana (ela tentou fazer jiu jitsu, porém não gostou dos locais que visitou). Já eu, estava muito sobrecarregado com o trabalho. Apesar da empresa estar crescendo, eu estava sentido os efeitos de anteciparmos a sua abertura. Eu gerenciava tudo e ainda fazia as atividades administrativas, que tomavam enormemente o meu tempo livre. E esse meu tempo livre diminuiu mais ainda com o contrato militar. Às vezes eu ficava a madrugada toda trabalhando no algoritmo daquele projeto. Tudo isso estava me deixando frustrado, pois eu perdia horas de convivo com a Manú, não conseguia mais mexer na nova versão do nosso sistema, que estava apresentando vários bugs. E por isso ainda usávamos a versão antiga do software. E eu nem conseguia mexer no projeto de criptografia avançada, com suporte a inteligência artificial, que era onde eu esperava ganhar dinheiro, pois dava para se contar nos dedos da mão quem no mundo possuía essa tecnologia. Eu precisava contratar com urgência um administrador/contador para a empresa, só que estava sem margem para isso e o crescimento da empresa só me permitia a contratação de pessoal técnico. E, pelas minhas contas, eu teria que segurar as pontas por, no mínimo, mais um ano. Eu tentava ir para a academia com a Manú e até conseguia ir duas ou três vezes por semana, mas sempre chegava lá bem depois dela. Enquanto cada treino de musculação da Manú demorava em média duas horas e meia, eu só malhava por meia hora ou 40 minutos. O professor tinha até feito umas séries especiais para mim, das quais muitas vezes eu não seguia cumprir e misturava com as series que fazia na época que nadava. Como ainda estávamos nos conhecendo melhor, tivemos uns probleminhas de ciúmes logo quando começamos a frequentar a academia. A Manú chegava cedo e treinava sempre por mais de duas horas (só as sequências de abdominais dela já eram monstruosas). E eu chegava bem depois, isso quando conseguia ir. Acho que no segundo dia que eu fui para a musculação, acabei com uma dúvida na regulagem de um dos aparelhos, fui tirar a dúvida com o professor e ele meio que me ignorou. Esse professor parecia mais um daqueles playboyzinhos de academia, com os cabelos longos e cheios de luzes e o corpo todo malhado. Uma das moças que estava ao lado e ouviu a conversa me falou: “— Não liga não, ele é assim mesmo! O Lukas é metido a conquistador e pegador e adora ficar dando atenção para as novinhas e gostosas. E é homem só para uma noite, pois depois que come uma vez não quer saber mais delas.”. — Pelo tom que ela falou, com certeza já tinha rodado e sido abandonada pelo professor da academia. Eu deixei aquilo para lá, dei meu jeito e continuei treinando. Mas, passados uns 15 minutos, eu vi esse mesmo professor secando a Manú. Ela passou por ele, que nem conseguiu disfarçar a olhada que deu para ela (para isso eu já até estou acostumado, pois nenhum homem resiste em dar pelo menos uma olhadinha na bunda da Manú). Depois de um tempinho eu o vi conversando com a Manú, rindo descontraidamente, com aquele seu ar confiante e de superioridade, enquanto olhava ela se exercitando. Ela estava fazendo agachamento búlgaro no Smith e ele estava sentado em um banco, com uma prancheta na mão e fingindo que estava dando instruções. Ele sabia como chegar na aluna e estava claramente transpirando testosterona e comendo ela com os olhos. Nessa hora eu cheguei junto, para mostrar que aquela deusa já tinha dono. Apesar dos ciúmes eu cheguei brincado, a Manú me apresentou como sendo o seu marido e eu, na brincadeira, dei a entender que se o professor tentasse furar o meu olho eu arrancaria as bolas dele sem dó. Eu e a Manú nos entendíamos maravilhosamente bem e ela pescou o meu pensamento só pelo meu tom de voz e ainda deu uma sacaneada. O professor, que apesar de bombadinho, era até um pouco mais baixo que a Manú, entendeu o que eu quis dizer, e foi logo cuidar de outra aluna. Uns dias depois a Manú veio falar comigo, dizendo que esse professor havia comentado que não queria mais nem brincadeira com ela, pois o marido dela era sinistro. Fiz bem em espantá-lo, pois notei várias vezes ele convidando as meninas para irem a algum show ou para um barzinho. E pouco tempo depois fiquei sabendo que o fetiche dele era gozar sobre a bocetas das suas conquistas, deixando-as bem meladinhas e depois fotografar. Se as meninas fossem comprometidas ele pedia para colocarem a mão com a aliança sobre a virinha, para aparecer na foto. Esse era o seu troféu! Depois ele ficava se gabando de suas conquistas para os amigos. Por ser uma mulher muito atraente, a Manú sempre chamava muita atenção, tanto pelo rostinho de boneca, quanto por seu corpo maravilhoso. Fora que ela era extremamente popular, por sua simpatia e facilidade em se comunicar. Era comum eu me pegar imaginando o assédio que ela devia suportar no dia a dia e por isso, apesar de confiar nela, eu nunca me descuidava da minha amada. Na academia ela se vestia discretamente, sempre de calça e camisa larga por cima ou com uma “sainha” cobrindo o bumbum. Ela até tinha uns shortinhos de lycra e os usava em casa, quando queria me deixar louco. Ela também tinha dois macacões de ginástica, que ela ganhou de presente. Um deles, que deixava as costas nuas, ela usou duas vezes para mim (eu amei, pois parecia que ela havia sido embalada a vácuo), o outro, um azul mais fechado, ela transformou em uma fantasia de mulher maravilha e o usou no carnaval, em um baile a fantasias que fomos, no clube mais famoso de São Paulo. Devido ao tempo escasso que eu tinha na musculação, normalmente eu e a Manú ficávamos meio longe na academia, trocávamos muitos sorrisos, poucas palavras e raramente dividíamos uma máquina. Tanto que, quem não sabia que éramos um casal, achava que estávamos flertando. Chegaram até a falar para mim “— Pô cara, aquela princesa gostosa está te dando um mole danado... chega nela e troca uma idéia!” ou “— Aquela gata linda, que não dá bola pra ninguém, só tá esperando você chamá-la para sair.”. Naquele ambiente, quem fez uma ceninha de ciúmes foi da Manú. Na entrada da academia ficavam duas meninas, que faziam o serviço de secretaria. E em um dia a Manú veio reclamando comigo, dizendo que “— O nome Beto é como doce na boca daquelas meninas. E quando saímos juntos, no final do treino, a morena fica me olhando com cara feia, morrendo de inveja, pensando que eu estou pegando o sonho de consumo dela e levando para casa.”. Outra que a Manú tinha ciúmes era a Helen, uma das professoras substitutas da musculação. Ela era minha conterrânea, de Araranguá. A Helen era uma alemãzinha, de menos de um metro e meio, e com um corpo delicioso. A Manú nunca reclamou dela, mas eu percebi que sempre que ela vinha conversar comigo, em menos de dois minutos a Manú já chegava do meu lado. Lembrei-a que a fidelidade era uma das premissas do nosso casamento quando, ainda em Maragogi, após termos feito amor, ela disse que me amava tanto que nunca perdoaria se eu a traísse e fizemos um pacto, de que seríamos totalmente sinceros um para com o outro, contando se tivéssemos sentindo até uma pequena atração por outra pessoa. Resolvi os ciúmes dela pedindo para a Manú me apresentar para todos como sendo seu marido. Como ela já era toda popular, por ser cativante, sorridente e prestativa, foi uma saída bem pensada, até para que eu conhecesse melhor as pessoas de lá. Daquela academia eu só não ficava muito confortável com a Paola, que foi uma menina que colou na Manú e elas faziam musculação e pilates juntas. Ela era uma periguete e ouvi histórias que, no passado, ela terminou um noivado e ficou louca, passando a sair para foder com qualquer um, independente se fosse homem, mulher ou casal. Bastava chegar junto que você a levava para a cama. Alertei a Manú sobre essa histórias e ela disse que a menina estava mudada mas, mesmo assim, se afastou mais dela. A Manú conquistava facilmente as pessoas e logo ela fez amizade com quase todo mundo lá. E na máquina onde ela estava sempre havia uma rodinha de meninas conversando com ela. Ela tomava a frente de muitas coisas e, por exemplo, organizou a festinha junina da academia. Em compensação, no seu aniversário as meninas fizeram uma comemoração muito divertida para ela. Como não se pode agradar a todos, tinha uma lá que morria de inveja da Manú. Acho que o nome dela era Silvana e ela não era muito bonita de rosto, e ficava mais feia ainda com as caras e bocas que ela fazia quando a minha gatona estava perto. Porém ela tinha um corpo lindo e era toda siliconada, com próteses tamanho XGG. Ela vivia com um headphone branco na cabeça e, ao contrário da Manú, ela gostava de se mostrar: sempre estava de tops e bermudinhas minúsculas. Nunca vou me esquecer de um dia em que ela estava com um shortinho branco tão curtinho que dava para ver o desenho da rachinha da sua xoxota. Os nossos domingos eram sagrados. A Manú era viciada em adrenalina e eu sempre a levava para um lugar diferente e mais ou menos próximo de onde morávamos. Íamos à praia (Ubatuba, Ilha Bela e Parati), praticávamos esportes radicais (fomos a trilhas, andamos de balão, saltamos de parapente, escalamos até pedra do Baú e o pico das Agulhas Negras), fomos em cachoeiras (em Cunha, Lavrinhas e São José do Barreiro), fomos novamente a Campos do Jordão. Além das cachoeiras também visitamos o lavandário de Cunha. Fomos para estâncias hidrominerais (Passa Quatro, São Lourenço e Poços de Caldas) e passamos um final de semana em Capitólio (que foi o local mais distante que visitamos nessa época). Outra coisa que ela gostava era de surfar. A Manú havia me contado que fazia aulas de surf quando ia para San Francisco, em uma escola em Ocean Beach. E fomos várias vezes nas praias do litoral norte de São Paulo para ela pegar onda. Juro que arrisquei algumas vezes, porém resolvi ficar na areia, fotografando a minha musa e certamente fiz lindas fotos dela. Além disso, o nosso futebol americano nas noites de domingo eram sagradas. Descobrimos até um bar na cidade que era especializado em transmitir eventos esportivos e que colocava telões para os clientes. Acabamos indo diversas vezes para lá, principalmente quando tinha jogo do San Francisco 49ers, em que a Manú ia vestida para a guerra, de uniforme, bandeirinha e às vezes até pintava o rosto. No começo de dezembro fomos ao lançamento do novo livro do Zé Renato, que foi em uma livraria de São Paulo. Até nossos pais vieram para esse evento. Se bem que, se meu irmão espirrasse, minha mãe prestigiaria o evento. Foi um evento diferente e a Manú adorou o pessoal que estava lá, fora que ela e a Millene (a esposa do meu irmão) quando estavam juntas pareciam duas comadres. Eu queria que meu pai desse uma olhada na minha contabilidade, mas ele só passou em casa quando voltaram de um passeio em Penedo, no qual meus pais foram junto com o Zé Renato e a Millene e que, no retorno, eles dormiram em casa e ficaram conosco no dia seguinte. Meu pai era um coitado, um pau mandado da minha mãe, que não tinha voz para nada e fazia tudo o que ela queria. Ainda em dezembro fomos ao casamento do Fábio e da Carol, que coincidentemente ocorreu na mesma semana da festa de final de ano da minha família. Aproveitei para matar as saudades de meus familiares e saber das novidades. Eu telefonava para a minha mãe todos os finais de semana, mas nada como ouvir as histórias pelas bocas de outras pessoas. Curti o casamento de meus amigos. Eu esperava que talvez ocorresse algum tratamento meio desconfiado ou hostil para com a Manú, por parte dos familiares do Bidu ou da Carol, porém isso não ocorreu. A festa foi maravilhosa e curtimos muito. A Manú cantou! Soltou a voz e adorei vê-la cantando “I will survive” e depois ela ainda cantou “Without You”. De lá fomos para passar o natal em Belém, junto com a família da Manú. Chegamos em Belém e eu estava eufórico por termos fechado o contrato com a refinaria de petróleo. Entre a família da Manú a cobrança pelo nosso casamento foi pesada. Já estávamos morando juntos a mais de três meses e estava indo tudo a mil maravilhas. Nesse período crescemos juntos, tanto profissionalmente quanto como um casal. Já há algum tempo criamos e compartilhamos as nossas metas juntos e nos esforçávamos para cumpri-las. Além disso, tínhamos nossos momentos juntos e de intimidade. Continuávamos dois tarados mas, além do sexo, nos dedicávamos todos os dias em um conquistar o outro. E essa nossa cumplicidade estava tão escancarada que todos já perguntavam quando seria o casório. Alguns dias antes já havíamos conversado sobre isso. Por mim eu me casaria com a Manú em qualquer hora ou em qualquer lugar e ela era pior que eu. Então restou para mim o papel de ser o chato e quem tem os pés no chão. Falei para esperarmos para, pelo menos dar os seis meses que combinamos de morar juntos antes de dar esse próximo passo. E a Manú me deu a seguinte resposta: — Você tá parecendo a mamãe, querendo sempre jogar o casamento para mais tarde. — Eu considero a sua mãe uma mulher muito inteligente e vou aceitar esse seu comentário como um elogio. Só que agora o jogo estava mais pesado. O Arthur, logo após o primeiro abraço que me deu, me chamou de genro e já foi perguntando quando faríamos o casamento. Mais tarde até a Renate, que eu achava que estava no meu time, veio nos falar que deveríamos escolher logo a data pois, com o final da pandemia, já tinha muita gente marcando casamento para o início do ano seguinte. Ainda naquele mesmo dia, já à noitinha, fomos ver o vídeo da cerimônia de juramento da Manú, de quando ela assumiu o cargo no Ministério Público Federal. E, vendo ela ali linda, com aquela postura altiva e o discurso perfeito que ela fez, me fez tremer nas bases e questionar se eu era bom o suficiente para ela, devido a tudo o que ela tinha e tudo que estava conquistando. E vocês não imaginam o orgulho que eu tinha daquela menina. Terminou o vídeo e eu fui para a sacada do apartamento para pensar. Não demorou muito ela foi atrás de mim e perguntou: — O que foi Beto, sozinho aí.... você está estranho. Expliquei para ela as minhas dúvidas e tudo que estava me afligindo: dela ser uma mulher maravilhosa, de já estar em uma carreira das mais cobiçadas no serviço público, de ser bem nascida e ter dinheiro. E ainda falei que poderiam achar que eu só estava com ela por interesse. Ela nem pensou para responder e foi direta. — Olha meu amor, ninguém que trabalha 16 horas por dia em praticamente sete dias por semana está querendo se aproveitar de outra pessoa. E eu não tenho dúvidas de que todo o seu esforço vai nos beneficiar no futuro. Fora que é você que está exigindo o casamento em separação de bens e fez questão de fazer todo aquele esquema para me pagar a sua parte da casa... e está cumprindo tudo certinho. Você já ouviu um ditado que diz que, para um relacionamento, a mulher escolhe quem quer e o homem escolher quem pode? Pois eu escolhi você e estou muito feliz com a minha escolha. Não te troco por ninguém, pois eu te amo! Depois daquela declaração só restava me casar com aquela mulher maravilhosa.
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