SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 62
Uma vez que já tinha tudo planejado, foi a hora de botar o plano em prática. Era uma missão desafiadora, mas eu iria foder com aquele filho da puta! Não importava o que custasse, ele iria sofrer muito antes de ser empalado. Eu prometi para a minha esposa que iríamos enfrentar aquilo juntos, que eu não sairia do seu lado e que, se precisasse, eu usaria o poder da corrupção, das mentiras e tramóias, mas destruiria aquele filho da puta, tirando o seu dinheiro, o envolvendo em escândalos, sujando o seu nome e acabando com os seus negócios. Eu sempre fui um homem que fez de tudo para cumprir as suas promessas. E havia acabado de prometer para a pessoa que eu mais amava nesse mundo que foderia aquele estuprador arrogante. Era um jogo perigoso, porém eu havia tocado o foda-se e as convenções sociais ou as amarras morais não impediriam que eu fizesse aquele esse cretino pagar muito caro por ter estuprado a minha esposa. Para isso eu teria que entrar na mente dele, saber como ele pensava, prever suas ações e fazê-lo cometer erros. Eu precisava entrar no jogo dele e ganhar. Eu iria atingi-lo onde ele iria sentir mais, que eram o seu dinheiro, seus negócios e suas conquistas amorosas. Ele só não poderia saber que era eu que estava atacando. A minha estratégia era simples. Atacá-lo e fazer vários outros também atacá-lo, sem ele saber que eu estava por trás de tudo, de forma que ele ficasse tão desnorteado com os problemas gerados pelos ataques que esqueceria totalmente de mim, da Manú ou da Fernanda. Desde o dia em que ele estuprou a minha esposa, o Anderson já era um homem morto, ele só não sabida ainda disso. E ele iria morrer pelas minhas mãos. Eu não sou o tipo de pessoa que se sujeita a tudo, eu sou o homem que dobra a aposta, alguém de ação, alguém que vai para cima sem medo algum. Eu queria muito socá-lo com os meus punhos. Essa surra teria que ficar para depois, pois agora eu deveria ser o estrategista, pois se ele descobrisse o meu plano certamente cumpriria as suas ameaças. Só que, ter de atacá-lo daquela forma já era uma agonia para mim e, apesar de ter planejado muito bem e ter feito vários planos alternativos, eu sabia que nem tudo dependia de mim e que tudo poderia dar errado. Assim, eu comprei uma passagem de avião para viajar para Vancouver dois dias antes do terminou do prazo que ele me meu. Essa seria a última cartada. Se tudo desse errado eu iria lá e mataria aquele desgraçado sem pena alguma. Se mesmo assim as imagens vazassem, eu teria que conversar com a Manú sobre o que faríamos. Ela tinha família na França e nos Estados Unidos e poderíamos passar um tempo em um desses locais até a poeira baixar. Se isso realmente acontecesse a Manú seria a mais atingida e eu iria respeitar qualquer que fosse a sua decisão. No sábado de manhã, quando a Manú saiu para a sua consulta com a terapeuta, ela mal me cumprimentou. Ela estava usando um vestidinho de cor nude e que ia até o meio de suas coxas. Eu tenho quase certeza que era esse vestido que ela estava usando na última vez que fizemos amor... ou melhor, que fodemos. Fodemos mesmo! Me recordava claramente daquele dia. Entrei no nosso quarto e ela estava deitada de bruços na cama e mexendo no tablet. Ela estava com aquele vestido e sua bunda ficava maravilhosa nele. Cheguei por trás da Manú, levantei um pouco o vestido e lhe dei uma mordida bem na dobrinha entre a bunda e coxa dela. A Manú deu um gritinho e logo em seguida lhe dei uma bela palmada na bunda. Subi, beijei seu ombro e puxei o seu queixo em minha direção, para lhe dar um belo beijo na boca. Ela abriu um delicioso sorriso e eu falei no seu ouvido: “— Você está apetitosa. Podemos dar uma rapidinha!” — E ela negou, disse que nunca era rapidinho e ela tinha uma audiência em 10 minutos. Lhe dei outro beijo no ombro, outra palmada gostoso e desci para o escritório de casa. Eu estava com uns três projetinhos de eletrônica, fui trabalhar e perdi a noção do tempo. Só ví quando a Manú entrou no escritório, com seu rostinho de menina e me dando seu sorriso mais maroto. Ela baixou as alças do vestido, que só não caiu no chão por ser de um tecido elástico e estar maravilhosamente moldado ao corpo da minha amada. Aqueles seus deliciosos seios saltaram de dentro do tecido. Então ela veio em minha direção e falou: — Ainda quer tentar aquela rapidinha? Nossa química era deliciosa. E nem pensei duas vezes. Comecei a beijar aqueles lábios deliciosos e a minha mão já foi acariciar o seio dela no automático. Passei a mão sobre a mesa, jogando tudo que tinha ali para o chão e suspendi a Manú, colocando ela sentada na escrivaninha do escritório. Nossos beijos estavam deliciosos. Abri um pouco as suas pernas e comecei a acariciar sua bocetinha ainda com a calcinha melada separando o contato de nossas peles. Ela fechou os olhos e arcou o corpo para trás e eu caí de boca naqueles mamilos suculentos. Sua expressão era a de quem estava adorando aquilo. Só que logo em seguida ela me empurrou e fez eu me sentar em uma das duas poltronas que ficavam logo na entrada do escritório. Não tive nem tempo de me ajeitar, pois ela já veio e montou encima de mim. O negócio pegou fogo. Foi só eu arriar um pouco a calça e ela já puxou a calcinha para o lado e, pegando no meu cacete e forçou a penetração. Ainda ouvi ela dizendo, entre um gemido e outro: — Me fode! A pica entrou rasgando, mas ela pareceu não se importar pois, assim que agasalhou toda a minha pica naquela xoxotinha apertada, ela já começou a cavalgar com força. E a cada quicada ela me fazia ver estrelas. Agarrei a bunda dela com as duas mãos, para tentar ter algum controle, mas foi em vão. Ela fodia com gosto. Tentei mudar a tática e abracei o corpo dela contra o meu e abocanhei um dos seus seios e depois o outro. Ela gemia gostoso e continuava pulando loucamente encima da minha pica. Foi então que ela colocou uma das mãos entre o meu peito e o meu pescoço e forçou para que nossos troncos se afastassem. E, olhando nos meus olhos, com sua melhor carinha de tesão, ela começou a rebolar, com o meu pau todo enterrado dentro dela. Eu não consegui resistir muito tempo, joguei a cabeça para trás e gemi gostoso enquanto gozava. Ela ainda continuou rebolando por alguns segundos, até que deu um urro forte e jogou o corpo para frente, de encontro ao meu corpo, enquanto também gozava. Uns trinta segundos depois ela saiu de cima de mim, me deu novamente o seu sorriso de moleca arteira e falou: — Foram quase 18 minutos! Eu te falei que com a gente nunca é rapidinho. E, falando isso, ela saiu do escritório rebolando e tentando ajeitar o vestido. Eu fiquei pensando, no meio daquela bagunça toda, em como aquele vestido ressaltava a bunda maravilhosa que ela tinha.
Sim, tenho certeza que era o mesmo vestido. E quando a Manú saiu em direção à capital Paulista, o meu quartel general já estava montado. A parede enorme dos fundos do sótão já estava cheia de papeis colados (como naqueles filmes americanos), eu já tinha umas 100 pastas sobre a mesa e havia criado umas outras 100 pastas no computador. Na realidade eram três computadores me ajudando na pesquisa. O meu software de monitoramento me permitia trabalhar 10 vezes mais rápido que uma pessoa comum. Em um dos computadores, através do software de monitoramento, a inteligência artificial estava vasculhando todos os documentos que consegui nos arquivos dele à procura de palavras chaves e fazendo um filtro para mim. Além disso, ela comprava tabelas, classificava documentos e até traduzia alguma coisa que estava escrito em alemão, russo ou holandês. Nas pesquisas descobri que ele já havia feito muitos negócios na Bélgica e na Índia. No computador do Anderson, através do link que estabeleci com o meu laptop no hackeamento, a inteligência artificial monitorava quem entrava e saia da casa, gravava e me enviava trechos de vídeo onde certas palavras chaves eram ditas e, quando não tinha ninguém em casa, ela procurava três coisas no computador dele: a primeira era a busca de provas de que ele dopava outras mulheres; outra coisa que ela fazia era combinar rostos de sócios dele, das esposas de amigos, investidores e pessoas importantes com as mulheres com quem ele teve algum tipo de relação sexual; e a última coisa que ela fazia era buscar nas conversas indícios de fraude ou que ele havia enganado alguém, também através de algumas palavras específicas. Uma vez achados, esses arquivos eram copiados para um disco rígido de computador que eu reservei só para aquilo. O terceiro computador era onde eu lia os documentos, já filtrados pelo software, e analisava os vídeos suspeitos. Era um trabalho hercúleo e cansativo. Eu lia, imprimia papeis, digitalizava, marcava, classificava e enviava para as pastas. Eu não comia nem dormia ou descansava. Trabalhava dia e noite. E normalmente, quando o cansaço no vencia, eu simplesmente apagava encima de toda a papelada. Eu era o filtro final e me surpreendia com cada documento e com cada vídeo que eu via. Eu nunca trabalhei tanto. E a minha motivação estava do meu lado, frágil, ferida, vulnerável e precisando da minha ajuda. Eu não iria decepcioná-la. E como eu sentia saudades da Manú, da forma com que ela sempre me espera na porta de casa, com seus olhos brilhando. E me agarrava pelo pescoço, eu a levava para dentro e fazíamos amor no sofá ou no tapete da sala. Sentia falta dos nossos almoços juntos, que muitas vezes terminavam no motel. Sentia saudades até do simples toque na pele dela ou de seu sorriso. Agora eu sentia que ela estava se afastando de mim. Não me deixava sequer tocar nela. Ela parou de fazer tudo aquilo que gostava e o pior (segundo a terapeuta): é que ela queria lidar com tudo aquilo sozinha. Com a pausa nos trabalhos da força tarefa do governo ela voltou a trabalhar em São José dos Campos e, eu acho que ela ia para o trabalho só para não ficar louca em casa e também para se afastar de mim. Era o que eu via em seus olhos. Ela estava abalada. Ela andava cada vez mais diferente comigo, mais fria e quase nem conversávamos mais. Eu até entendia aquilo, pois se estava sendo difícil para mim, eu imaginava que para ela era infinitamente pior. Eu sei que muitas vezes passamos por desafios e temos vontade de desistir, mas eu fiz o meu melhor ali: estudei, identifiquei, filtrei e classifiquei cada informação importante que consegui e, no 17º dia do prazo de 30 dias que o Anderson havia me dado, recebi a mensagem de texto que eu tanto aguardava. Liguei para o meu amigo e falei: “— Vai ser amanhã! Eu chego aí à noite e vamos começar por volta das quatro da madrugada.”. Finalmente dispararia a fase dois! Pelo meu planejamento essa fase ocorreria entre o 17º e o 20º dia, então estava no prazo. Agora, porque isso? Vou explicar para vocês: O arquivo com senha que achei no computador do Anderson (e que mencionei anteriormente) tinha o nome de “contas bancárias”. Era uma planilha e eu consegui descobrir a senha do arquivo em menos de 10 minutos (usando o programinha que pedi para o Marquinhos), usando um ataque que combinei senhas que ele usava com nomes de pessoas, datas e lugares que faziam parte da vida dele. No arquivo estavam listadas 34 contas bancárias em vários bancos de vários países. Além do número das contas bancárias, o arquivo também continha as senhas dessas contas e outras informações importantes para acessá-las. Além de bancos no Brasil, também tinham contas em bancos dos Estados Unidos, de Mônaco, da Suíça, das Ilhas Cayman, Maldivas e Panamá. No arquivo também haviam informações de uma conta em bitcoins, com a chave mestra e as senhas de recuperação. Naquela quinta-feira que levei a Manú para a sua primeira consulta com a terapeuta e depois viajei e retornei no mesmo dia, eu copiei os dados de cinco dessas contas e fui para Brasília, para conversar com o meu amigo Tavares (que se vangloriava de ser o maior lavador de dinheiro do mundo). Mostrei os arquivos para ele e, das cinco contas, o Tavares sugeriu que acessássemos apenas uma, pois as outras enviariam um aviso para o telefone celular do dono, avisando do acesso. Nessa conta havia cerca de 200 mil reais. Conversei com esse meu amigo e falei que eu tinha a senha de 34 contas dessa pessoa e que queria pegar todo o dinheiro de todas essas contas para mim. Falei que o cara era um safado e ordinário e que eu iria usar cada centavo dessas contas para acabar com a vida dele. Como o Anderson já havia sido deputado e residido na Capital Federal, o Tavares já conhecia a fama do vagabundo, me contou vários outros podes dele e disse que ficaria muito feliz em me ajudar. Fizemos uma conta simples e, se em cada uma das contas tivesse mais ou menos o mesmo valor, seriam quase sete milhões de reais que poderiam ser usados na fase cinco do meu plano de acabar com a vida daquele estuprador. O Tavares me explicou que muitos dos bancos enviam avisos ao proprietário, avisando do acesso às contas e que, para valores mais elevados, pedem inclusive uma confirmação, enviando um código para o aparelho celular cadastrado ou para um e-mail. Falou também que, tendo esses códigos de confirmação, poderíamos limpar essas contas e que, ele faria com que esse dinheiro viesse para mim totalmente legalizado. Para esse serviço o Tavares me cobrou inicialmente 30 mil reais, para abertura de empresas e contas bancárias em meu nome, pelas quais o dinheiro seria lavado. Ele me falou que depois de uma semana da abertura da empresa já poderíamos fazer as transferências, que seriam totalmente irrastreáveis, pois o dinheiro seria divido e juntado novamente várias vezes, circulando por dezenas de bancos em quase uma dúzia de países. E que, no final, após uns 30 dias úteis, esse dinheiro chegaria totalmente legalizado na minha mão. Falou que o custo disse seria entre 28 e 39% do valor movimentado, dependendo do montante de dinheiro, do tipo de moeda, do país onde estava e do país e moeda que eu queria receber. Fechei o acordo com ele na mesma hora e já lhe passei os 30 mil reais, usando o dinheiro que estava guardado na minha conta individual, que havia sobrado quando eu vendi a minha empresa. Dos dois pedidos que fiz para o Marquinhos quando voltei do meu encontro com o Tavares, um era para criar um vírus para clonar e assumir o controle do aparelho celular do Anderson. E ele me entregou a encomenda em dois dias. O Marquinhos, como um ótimo amigo, não me perguntou nada, só me falou: “— Você tá pegando pesado... até quinta eu te entrego o outro pedido..”. E me explicou que o arquivo do vírus deveria ser rodado dentro do aparelho celular que seria clonado e o aparelho clone deveria ter o mesmo sistema operacional do que seria clonado (por informação da Manú, o telefone do Anderson era o da maçãzinha). O meu aparelho celular era desse modelo que o Anderson tinha e pensei em usá-lo, mas a Manú tinha um aparelho antigo dessa mesma marca e que estava funcionando. Segundo ela, só a bateria que estava ruim e mal durava por seis horas de uso. Resolvi usar o aparelho dela como clone, com o apoio de um powerbank (uma bateria externa para o aparelho) para evitar problemas. O problema agora era conseguir que o Anderson colocasse o programa para rodar dentro do seu aparelho celular. E essa é mais uma daquelas coisas que você não tem o controle. Eu inicialmente mandei o vírus para o Anderson, anexado a uma mensagem de atualização de segurança. Passados dois dias nada aconteceu. Eu tinha que pensar em algo que ele queria ou precisava. Vendo que ele estava se associando a um clube de alto padrão, mandei o vírus anexado a um e-mail e a uma mensagem para ele finalizar o cadastro no clube, através do link que direcionava para o vírus. Como haviam se passado cinco dias e ele não havia clicado no arquivo que continha o vírus, apelei para o lado narcisista dele e lhe mandei uma mensagem como se fosse da rede social de encontros que ele participava, pedindo para ele confirmar uns dados, senão a conta dele seria cancelada. Não sei em qual desses golpes ele caiu. O que sei é que no 17º dia recebi a mensagem de que o aparelho celular dele agora era meu. No dia seguinte, enquanto ele dormia (eu o acompanhava através das câmeras de segurança da casa dele), eu concluí a clonagem do aparelho. Fiz alguns testes e, satisfeito com os resultados, arrumei todas as minhas coisas e avisei para a Manú que iria para Brasília, para iniciar a fase dois. Eu estava confiante. O Anderson já havia colocado no seu computador todos os vídeos e fotos do estupro da Manú e, dois dias antes colocou também nesse computador um vídeo longo de uma reunião, que ele havia gravado com sua micro-câmera (que eu descobri que ficava escondida no prendedor de gravatas). O arquivo era tão grande que era quase certeza que ele já havia apagado as filmagens da Manú naquele dispositivo. Ainda trabalhei o dia todo. Repassei tudo na minha mente umas 1000 vezes e só fui para a Capital Federal à noite. Me hospedei em um hotel e fiquei monitorando o Anderson, enquanto continuava a trabalhar. Eu ainda tinha muita coisa para fazer antes de iniciar a fase três, que eu pretendia disparar no 23º dia. Já eram pouco mais de quatro horas da madrugada quando o meu sistema de monitoramento avisou que o Anderson havia se deitado para dormir. Fiquei com inveja dele, pois nos últimos 18 dias eu não sabia o que era uma cama. Eu estava vivendo a base de estimulantes, como energéticos, cafeína e pó de guaraná. Na mesma hora que o Anderson se deitou eu liguei para o Tavares, avisando que em 15 minutos eu chegaria ao escritório dele. Em Vancouver eram quatro horas a menos do que em Brasília, ou seja, o Anderson foi se deitar por volta da meia noite. Então para fazer tudo enquanto o Anderson dormia precisaríamos trabalhar na madrugada. Quando eu cheguei ao escritório o Tavares já me esperava com tudo pronto. Foi só o tempo de ligar o meu laptop para monitorar as atividades na casa do Anderson, colocar o aparelho celular dele fora de funcionamento, ligar o meu aparelho clone, fazer a sincronização, e eu também já estava pronto. Nas próximas duas horas esvaziamos 31 das contas daquele filho da puta. Duas delas estavam zeradas e para acessar uma outra conta o banco pediu um código de confirmação que não possuíamos e desistimos dela. No final o Tavares estava eufórico, pois havíamos retirado das contas do Anderson um pouco mais de 28 milhões de dólares. Quanto aos bitcoins, o Tavares fez a lavagem para mim sem cobrar nada por isso. Na carteira tinha pouco mais de 35 bitcoins, que na cotação daquele dia, de quase 28 mil dólares por cada bitcoin, me rendeu quase um milhão de dólares. Terminamos de secar as contas do Anderson e o Tavares queria sair para comemorar, só que a fase dois havia apenas iniciado e eu ainda tinha muita coisa para fazer. Então ele foi dormir em sua casa e eu voltei para o hotel e continuei trabalhando. Eu não queria nada que viesse daquele estrupício e iria usar cada centavo daquele dinheiro para destruí-lo. Eu ainda tinha muito trabalho a fazer. Agora eu ia acabar com tudo o que ele tinha de arquivos e documentos nos seus computadores. Não formatei e nem deletei os arquivos. Eu já tinha feito vários s ( é uma série de instruções para que o computador execute várias tarefas automatizadas, na forma e na sequência que o programador definiu) e rodei inicialmente o programa para sobrescrever todos os arquivos em todos os discos rígidos que o computador do Anderson tinha, com exceção apenas dos arquivos do sistema operacional. O aviso que recebi era que o trabalho demoraria cerca de quatro horas. Nessas quatro horas eu já sabia bem o que fazer. Havia feito uma lista bem detalhada. Comecei apagando todos os arquivos das quatro contas de email que ele tinha e depois alterei a senha delas e as formas de recuperação dessas senhas. Depois fiz o mesmo com os arquivos do servidor on-line dele. A minha próxima vitima foram as redes sociais dele, inclusive as redes sociais de sexo, que fiz a mesma coisa: apaguei todas as fotos e vídeos, mudei senha, as formas de recuperação da conta e a cereja do bolo nesse caso foi uma montagem bem feita que fiz, de um cara sendo enrrabado por um baita negão, em que eu coloquei o rosto do Anderson no passivo da relação e deixei essa foto como sendo a de perfil. Então voltei a acessar as contas nos bancos e fiz a maior bagunça que pude. Cancelei cobranças automáticas, fiz empréstimos onde consegui e alterei a senha e/ou mudei a biometria de todas essas contas. Ainda pedi o cancelamento do fornecimento de energia elétrica e de aquecimento para a casa dele e da linha telefônica dele e as da sua empresa. Terminei tudo isso quase ao mesmo tempo em que o meu programa reescreveu um monte de lixo encima dos arquivos que havia no computador dele. Pronto, agora tudo que ele tinha contra a Manú havia sido destruído (assim eu esperava, pois achava que as chances de ele possuir algum outro backup de tudo aquilo eram quase nulas). Então a próxima etapa foi rodar no computador dele o vírus que o Marquinhos fez para mim. Eu pedi para o Marquinhos fazer um vírus ransomware muito parecido com aquele que atacou o computador do Ricardo Oliveira (ver capítulo 51). As diferenças eram que eu não deixaria qualquer pista de rastreamento e que, se a criptografia algum dia fosse quebrada, não conseguiriam achar nada intacto, só lixo. Para despistar mais ainda, o vírus dava uma mensagem de que o ataque era feito por um grupo russo e pedia o depósito de dez bitcoins, como resgate dos arquivos (quem sabe eu conseguiria tirar mais algum dinheiro dele). Essa era a cortina de fumaça na qual eu me esconderia. Uma vez formatado o computador, eu iria perder o acesso às câmeras de segurança pelas quais acompanhava o que ele fazia, mas era uma perda calculada para não levantar suspeitas. Pena que eu não conseguiria ver aquele ar de arrogância e de superioridade desaparecer da cara dele quando descobrisse tudo o que eu fiz. A última coisa que fiz foi com o aparelho celular dele. Eu já havia pedido o cancelamento da linha e agora, após fazer um backup de todos os contatos e arquivos do aparelho celular, também instalei um vírus do tipo ransomware nele, muito similar ao instalado no computador. A diferença era que o pedido de resgate era menor, “somente” de cinco bitcoins. Quando terminei tudo já passavam de 11 horas da manhã. Eu não tinha tempo de descansar. Fechei a conta do hotel, parti para o aeroporto e voltei para a casa. A fase dois estava concluída e ainda faltava muita coisa para fazer nos quatro dias que antecederiam a disparada da fase três. Ou seja, eu ainda ficaria enfurnado no sótão da minha casa por várias horas. Chegando em casa contei de todo o êxito para a Manú, que continuava muito apática. Ela apresentava mudanças de comportamento, que iam da extroversão para a agressividade repentina, vergonha excessiva, medo e até pânico. Aquela menina alegre, confiante e destemida havia sumido. Acho que, para que eu não a visse chorando, agora ela ia sempre para a garagem, se trancava em seu carro e ficava lá chorando. Isso me partia o coração, pois eu me sentia mais impotente ainda. Eu queria que ela tivesse ficado menos infeliz! Agora o Anderson entraria em desespero, pois havia perdido arquivos, fotos e vídeos de suas conquistas, documentos e tudo mais, além de 29 milhões de dólares. Eu não tinha idéia do quanto ele era rico, mais com certeza aquele dinheiro iria fazer falta. Já era o início da fase três. Agora eu usaria uma tática que a Nanda me ensinou no xadrez e que se chamava zugzwang e servia para encurralar o adversário, tirando ele da zona de conforto e forçando ele a errar. E mais coisa ainda viria dali, pois quando eu disparasse a fase três ele teria cem vezes mais dor de cabeça. Com isso os ataques viriam de todos os lados e eu fiz tudo com tanto cuidado que ele sequer imaginaria que eu era o responsável. Era uma sexta-feira e trabalhei incansavelmente durante todo o final de semana para concluir tudo que faltava. A fase três consistia em centenas de mensagens personalizadas, que eu enviaria a partir das contas de e-mail do Anderson, com fotos, vídeos, documentos e provas. Eram 21 mensagens para homens próximos a ele, os quais tiveram suas mulheres seduzidas e/ou dopadas e estupradas por aquele vagabundo. Sete mensagens eram para suas sócias ou investidoras, que foram drogadas por ele. Também haviam 53 mensagens para investidores, com provas de que ele os enganara nos negócios. Para seus sócios, políticos e pessoas importantes eram 26 mensagens. Além disso, haviam 236 mensagens genéricas, com um apanhado de todos os seus crimes, que eu enviaria para todos os contatos que estavam no telefone celular dele e para diversas autoridades do Brasil e do exterior, para jornalistas e também pessoas e ONGs que faziam campanha contra a prática do estupro e todo o tipo de violência e chantagem contra as mulheres. Faria com ele o que ele disse que faria contra a Manú se eu não cedesse às suas chantagens. Fiquei dias fazendo “upload” dos arquivos nos servidores on-line e preparando os e-mails para o envio. Porém, na véspera do envio das mensagens, a Manú me pediu para aguardar mais um pouco.
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Jules 4046, gostei da referência ao Missão impossível, inclusive acho que o filme novo sai semana que vem. Vou postar o novo capítulo ainda hoje e a ideia do Beto é expor o desgraçado mesmo. Quanto ao dinheiro, ainda vamos ter que aguardar uns 6 ou 7 episódios para ver o que será feito com ele.
Vai fundo Ethan Hunt!!! Moe esse bastardo!!
A unica coisa que faria de diferente, para não deixar rastro seria pulverizar 90% do valor em instituições de caridade, em especial às de combate a violência contra a mulher, no nome e CPF dele e depois soltar os materiais dele violentando outras mulheres.
Os outros 10% eu pulverizava em contas secretas em paraísos fiscais para evitar de ser rastreado.
Sem dinheiro e sendo desmascarado como hipócrita e violentador? Isso seria algo pior que a morte
Dali, estou terminando o próximo capítulo e já saberemos o que vai acontecer com o Anderson e teremos uma noção de como vai ficar o casamento do Beto com a Manú.
Adorei o conto. Aquele "nunca é rapidinho" foi uma delícia.
O Anderson merece tudo que tem de ruim nesse mundo. Agora, para o final da vingança só falta ele ficar frente a frente com o Beto para me deixar feliz.
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