SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 63



               Como eu já contei no final do capítulo anterior, fiquei dias preparando centenas de mensagens que simplesmente destruiriam a vida Anderson. Entretanto, na segunda-feira, véspera do envio das mensagens, a Manú me pediu para aguardar mais alguns dias. Eu lhe pedi explicações, mas ela apenas pediu para que eu continuasse pesquisando e só enviasse as mensagens quando ela desse sinal verde. Reclamei com ela, alegando que precisávamos que as mensagens fossem enviadas pelo menos uma semana antes do prazo final, para que os ataques surtirem efeito e ele se esquecesse da gente. Eu queria que no dia 12 de outubro ele estivesse tomando tanta porrada, e que os ataques viessem de tantos lugares diferentes, que ele ficaria totalmente perdido e desnorteado. A Manú insistiu e, mesmo contrariado, atendi ao seu pedido, pois sabia que aquela situação ainda estava mexendo muito com ela.
               Era muito trabalho! E a barra em casa estava pesada. A auto-estima da Manú estava destruída. Aquela mulher linda, forte e cheia de luz com quem me casei já não existia mais e eu me culpava por aquilo. Eu não conseguia dormir, nem sentir fome ou sede. Eu estava focado em destruir aquele filho da puta e ajudar a Manú. Fora isso nada mais me importava.
               Continuei pesquisando e até incluí mais algumas coisas para enviar e, na quinta-feira pela manhã reclamei dos prazos com a Manú e ela finalmente autorizou o envio das mensagens e ainda me disse que na sexta-feira iria madrugar em Brasília. Peguei um pendrive com vários documentos que comprovavam os crimes que o Anderson havia cometido e entreguei para a Manú, para ela levar consigo para a reunião.
               Naquele dia mesmo eu enviei as mensagens. Foi uma das coisas mais difíceis que já fiz, pois sabia que as consequências dessas mensagens iriam influenciar na vida de muitas pessoas. Mesmo assim não pensei duas vezes em botar fogo no cabaré. Mandei primeiro uma mensagem só com os links de acesso aos arquivos. Por ironia do destino eu havia colocado os arquivos na conta do servidor on-line que era do Anderson e que peguei para mim. Inclusive a única coisa que fiz, junto com o Tavares, além de esvaziar as contas daquele filho da puta, foi usar o dinheiro dele para renovar a assinatura com o servidor de arquivos na nuvem e fazer um upgrade no serviço, aumentando a capacidade de armazenamento de 100Gb para 5000Gb. Mandei antes os links de acesso, pois as pessoas poderiam não ter espaço suficiente na conta de e-mail para suportar os arquivos. Mandei os arquivos logo em seguida, em um segundo e-mail. Além disso, mandei junto todo o conteúdo tóxico que desenterrei contra ele, para facilitar que as pessoas se revoltassem ainda mais contra aquele vagabundo.
               Agora aquele filho da puta iria pensar mil vezes antes de mexer com a mulher dos outros. Assim que enviei esses arquivos eu já iniciei a fase quatro, que era a contenção. Comecei a monitorar dia e noite toda a internet, em busca de qualquer vídeo ou foto que tivesse vazado da Manú.
               No fundo eu sabia que a Manú sempre estaria em perigo enquanto aquele ser desprezível estivesse vivo. O grande erro dele, em estuprar a minha esposa e me ameaçar, foi que ele não contou com o quão longe eu estaria disposto a ir pelas pessoas que eu amo. Eu só esperava que a arrogância dele o impedisse de ver que era eu quem estava por trás dos ataques que ele estava sofrendo.
               Eu não estava acreditando no quanto trabalhei naqueles últimos dias e agradeci muito por ser metódico e organizado, senão não teria conseguido processar, analisar, separar e enviar aquela quantidade enorme de informações. Eu não parei por nada até terminar tudo, afinal eu tinha a melhor das motivações, que era vingar a minha esposa.
               Eu adoro o discurso que o jogador de basquete brasileiro Oscar Schmidt fez quando foi introduzido no Hall da Fama da NBA, porém o jogador Ben Wallace sempre foi o meu inspirador quando, introduzido nesse mesmo Hall da Fama, disse: “— Fique em pé, estufe do peito, mantenha a cabeça erguida, e agora faça isso de novo.”
               De sexta para sábado eu consegui dormir na minha cama após quase um mês, ou melhor, dormi na cama do quarto de hospedes, pois a Manú se recusava a dormir no mesmo quarto que eu. Por um mês eu simplesmente apagava sobre os documentos, dormindo sentado ou tentando me acomodar em uma namoradeira que ficava em um canto do sótão (com meus 1,93m de altura isso é quase impossível).
               Antes eu tomei um banho demorado e, olhando no espelho, eu constatei o que já havia percebido ao usar as minhas roupas, que estavam ficando muito largas. No espelho eu vi que estava muito magro e com o rosto abatido. Subi na balança e horrorizado constatei que havia perdido seis quilos naquele último mês (eu fui de 92kg para 86kg).
               Dormi por 12 horas. Não, eu estou mentindo. Eu fiquei deitado por 12 horas, pois cochilava e logo em seguida acordava assustado e tremendo por causa dos pesadelos. Foi uma das piores noites da minha vida e, para o meu desespero, me levantei com os vários avisos que estavam chegando pelo meu sistema de monitoramento da internet. Meu telefone celular vibrava enlouquecido de tantas mensagens.
               Levantei-me assustado e corri para o sótão, com o coração em disparada. Pela quantidade de mensagens só poderia ser uma coisa... e eu não acreditava que aquele safado asqueroso havia espalhado o material que ele tinha da Manú pela rede.
               Meu prazo para lhe dar a resposta ainda não havia acabado, o que significava que ele havia descoberto que o responsável pelos ataques que estava sofrendo era eu. Como isso era possível? Apesar da correria pela falta de tempo, eu não deixei nenhuma pista. Onde foi que falhei?
               Acredito que qualquer investigação que ele fizesse levaria à conclusão que o ataque partiu de um grupo de hackers, que o estariam extorquindo somente por dinheiro. Além de que, o segundo ataque iria partir de tantas pessoas próximas a ele que ficaria impossível concluir qual a sua origem dos e-mails. E o pior, eu não acreditava que ele tinha outra cópia das filmagens!!! Que ódio!
               Sentei-me em frente ao monitor do computador e comecei a conferir os avisos enviados pelo meu monitoramento e não acreditei no que vi.
               As mensagens eram de jornais e blogs, dizendo que o empresário e ex-deputado Anderson Pena Cardoso havia falecido. Outras mensagens diziam que ele havia sido assassinado em sua mansão, na cidade de Maceió. Li uns quatro ou cinco artigos e constatei mesmo que ele estava morto, o artigo mais completo dizia que: “Nessa madrugada o empresário e ex-deputado Anderson Pena Cardoso, de 62 anos, foi encontrado morto, em sua mansão em Maceió, e com sinais de tortura. Filho do saudoso Governador Alípio Mota Cardoso, que esteve à frente do Estado de Alagoas por quatro mandatos. O empresário era conhecido por seus empreendimentos imobiliários e por sua vida controversa e boêmia. Morando atualmente fora do país, ele era investigado pela Policia Federal, por supostos crimes de extorsão, formação de quadrilha, fraude, sonegação e estelionato.”
               Dei o comando para que esses artigos fossem salvos para uma pasta no meu computador e fui telefonar para a Manú, porém o telefone dela estava fora de área. Então lhe enviei uma mensagem de texto pelo telefone e alguns dos artigos, por email, e só então fui tomar café já mais aliviado.
               Após aquela descarga de adrenalina matinal eu estava sentindo um misto de alívio, preocupação e frustração. Alivio por aquele monstro estar morto. Frustração por não ter podido matar aquele desgraçado com as minhas próprias mãos, tendo o prazer de revelar, na última hora, que fui eu quem o destruiu. Meu plano nos últimos dias era deixá-lo quebrado e envergonhado. E só depois disso eu iria terminar o serviço pessoalmente. Hoje até agradeço pela morte dele, pois se coloco as mãos naquele vagabundo eu seria cruel e impiedoso.
               A minha preocupação era com relação à reputação da Manú (ela já estava tão mal psicologicamente que eu não conseguia imaginar o que aconteceria que o Anderson cumprisse as suas ameaças). Eu sabia que ela ainda não estava totalmente fora de perigo, mas eu não acreditava que ele tivesse alguma outra cópia dos vídeos ou que tivesse deixado isso com alguém.
               Eu também não estava acreditando em como o plano que eu havia feito às pressas havia dado certo, mesmo com quase tudo contra. Nessa hora me lembrei da palestra que dei anos atrás no IME. A palestra anterior à minha foi dada por um militar e, no último slide da apresentação dele, aparecia um logotipo com os dizeres em latim: “Fortuna Audaces Sequitur”. Eu copiei aqueles dizeres, depois traduzi e descobri que é um lema da marinha e significa: “A sorte acompanha os audazes”. E eu acho que esses dizeres refletem muito bem a minha luta nesse último mês.
               Eu sabia que o Anderson era perigoso e o que fiz foi muito arriscado, só que não havia motivo melhor para me arriscar do que a minha esposa. Não fui um herói. Fui só uma pessoa comum que lutou contra forças maiores... acho que dei sorte... e o perigo ainda não havia acabado...
               Eu queria estar ao lado da minha esposa quando ela recebesse a noticia e não sabia qual seria a sua reação. Sabia da sua revolta e do seu ódio por aquele crápula. A raiva dela era totalmente justificada, pela dor que ele nos causou e, finalmente a justiça havia sido feita. Infelizmente não foi a justiça que a Manú havia tanto estudado, que é aquela que o Estado se envolve para proteger as pessoas. Tivemos que resolver o problema sozinhos e fazer justiça com as próprias mãos, para dessa forma, punir aquele estuprador.
               Aquele desgraçado teve o que merecia. Pena que ele sofreu pouco, se comparado com o sofrimento que infringiu para a minha esposa e, certamente para tantas outras pessoas. Com a morte dele a minha esperança era que a Manú se recuperasse mais rápido. Tudo que fiz foi para beneficiar a quem me importo. Agora eu deveria cuidar ainda mais da Manú, direcionando totalmente as minhas forças para a recuperação e o bem estar dela.
               Outro artigo que vi na internet, horas depois, dizia que ele havia sido torturado, baleado e que possivelmente foi um crime passional ou um acerto de contas. Então eu imaginei que algum marido traído ou um sócio passado para trás havia feito o serviço. E não descartava a hipótese da Manú ter contado para a sua mãe e a dona Renate ter mandado matar o miserável (sempre a achei poderosa e por diversas vezes ela me falou que faria qualquer coisa para proteger os filhos), também imaginei que um dos avós da Manú poderia ter mandado matar aquele animal, pois os dois também tinham muito dinheiro e influência. Após esse devaneio rápido, tentando bancar o detetive, resolvi voltar a minha atenção para o que eu sabia fazer, que era redobrar a atenção na internet e dar todo o apoio possível para a minha esposa.
               Ainda fiquei imaginando o motivo pelo qual ele estava no Brasil, quando e como chegou. Afinal ele tinha uma ordem de prisão em seu nome.
               A Manú só me mandou uma mensagem após o almoço, avisando que retornou de sua viagem, mas ficou em São Paulo para a consulta com a terapeuta, que havia acabado de acontecer (ela escreveu que conseguiu remarcar a consulta, que normalmente era de manhã, para ocorrer no período da tarde) e ela ainda me avisou que ainda iria passar o restante do dia com a Millene e o Oliver na casa do meu irmão.
               Ela só chegou em casa a noite e, quando fui comentar o caso com a Manú, ela somente respondeu sem qualquer emoção: “— Ele mereceu morrer daquele jeito, com o pinto e as bolas enfiadas garganta adentro”. E então subiu para o seu quarto, sem me dar qualquer outra atenção.
               
               Ainda faltavam cinco dias para o dia 12 de outubro (que era o prazo final que o Anderson havia me dado) e eu resolvi continuar com o monitoramento.
               Pelo tom que a Manú falou, a morte do Anderson não mudaria em nada a nossa relação à curto prazo. Vivíamos praticamente como dois estranhos em casa e há exatos um mês que não tínhamos sequer uma conversa decente. E eu odiava aquilo! De sexo eu nem vou falar, pois eu sequer conseguia tocar nela, e não tinha nem carinho por parte dela. Eu cozinhava para ela, a levava para os lugares que ela gostava, já havia tentado convencê-la que nesse mundo ainda existem pessoas boas e que ela não deveria ficar assim, por ter cruzado o caminho de um monstro como o Anderson. Tentei que ela trocasse de terapeuta ou, pelo menos, procurasse outra psicóloga para ajudá-la, dizendo que sem ajuda profissional ela não conseguira vencer aquele trauma. Convidei-a até para fazermos uma terapia de casal. Mas foi tudo em vão.
               Eu não iria desistir dela e, assim que ela foi para o quarto, eu subi no sótão para continuar o monitoramento. Aproveitei para colocar em uma caixa todo aquele material que eu havia trabalhado no último mês. Minha impressora e meu scanner haviam trabalhado incansavelmente nesse período. Eu havia usado mais de três remas de papel e várias pastas. Coloquei tudo na caixa, inclusive o aparelho celular que usei como clone. Durante a semana eu iria levar tudo aquilo para a sede da empresa, em São Paulo, para ser destruído. Lá eles tinham um sistema perfeito, que picava e depois incinerava os papeis, e triturava equipamentos eletrônicos e depois derretia tudo em uma alta fornalha e não sobrava nada identificável.
               Já passava da meia noite e eu estava lendo as últimas noticias sobre a morte do Anderson, que diziam que ele foi torturado até a morte, quando ouço que a Manú está subindo as escadas para o sótão.
               E ela chegou deliciosa, com uma camisolinha que, de tão fininha, pareciam que os bicos daqueles peitos cheios, durinhos, redondos e empinados iriam furar o tecido. E, além de marcar sua barriga chapada, a camisola era curtinha e se abria embaixo, deixando as suas coxas deliciosamente grossas e bem torneadas e parte daquela bunda redondinha, arrebitada e maravilhosa aparecendo.
               Logo que terminou de subir as escadas ela me encarou e vi os olhos daquela mulher linda e jovem brilharem e o seu rosto estava carregado de desejos e luxúria. Ela se aproximou de mim, que estava sentado. E, envolvendo as mãos no meu maxilar, me fez ficar em pé. E, antes de me beijar me deu praticamente uma ordem, dizendo:
               — Me fode! Agora!!!!
               Pulamos as preliminares e nosso beijo foi animalesco. Ela me deu duas mordidas nos lábios. Enquanto tentava tirar a minha roupa ela serrava os dentes e me olhava como um animal faminto, chupava meu pescoço e beijava o meu peito. Ela tirou meu pinto para fora, o envolveu em sua mão e começou a esfregá-lo na sua bocetinha, tentando colocar para dentro, mas ainda estávamos muito secos e a posição não ajudava. Ela respirava forte, gemia e meteu as unhas nas minhas costas. Nessa hora eu a agarrei pelos cabelos e a virei de costas para mim, com a barriga sobre a mesa. Fui para trás dela, arranquei a sua calcinha com um puxão só e enfiei a rola até o talo na boceta dela, de uma vez só. Meu pau entrou rasgando, enquanto ela gemia de tesão. Ela soltou um rugido nessa hora e começou a gemer e gritar descontroladamente quando eu a agarrei pela cintura e comecei a fodê-la sem dó.
               — Me fode! Beto... come essa vadia!
               Encostei a cabeça dela no tampo da mesa e comecei a socar mais forte ainda, feito um animal, enquanto ela gritava muito alto. Parecia que estávamos com raiva um do outro e tentando machucar. Senti o gosto de sangue na boca, da mordida que ele me deu. Continuei bombando com firmeza e aumentando o ritmo das estocadas. A Manú até tremia e gritava nas estocadas mais profundas e só pedia “— Mais forte... caralho!!! Mais forte...”.
               Agarrei firmemente em seus cabelos e falei no ouvido dela: “— Quer minha porra? Então rebola esse rabo gostoso!”
               Aquilo a deixou mais tarada e ela gozou umas duas vezes, gemendo e tremendo igual a uma louca. E eu mantive a pressão, metendo mais forte ainda. Ela estava tão excitada que logo um creme esbranquiçado começou a sair de sua xoxota e a cada estocada que eu dava a quantidade aumentava. Fui fodendo até não conseguir aguentar mais e gozei fartamente dentro dela. Depois caí sentado na cadeira e ela escorregou seu corpo até chão.
               Já estávamos há 41 dias sem transar, o que igualou o nosso recorde (que foi o período entre a inauguração da minha empresa em São José e a posse dela na Procuradoria da República). Antes não passávamos mais que dois dias sem fazer amor (da outra vez ficamos 41 dias sem fazer amor, só que longe um do outro, com ela em Belém e eu em São José).
               E logo vi uma quantidade enorme de porra no chão, onde ela estava sentada. Então ela falou com a voz embargada:
               — Como eu fui estragar tudo...
               Cheguei mais perto dela e a abracei, fazendo meu corpo se curvar de forma protetora sobre o dela enquanto eu falava:
               — Não fica assim. Eu sei que a culpa não foi sua.
               — Eu não posso voltar no tempo para reparar os erros que cometi. Eu devia ter conversado com você antes...
               — Manú, eu sou o seu marido! Eu estou do seu lado! Nunca deixe de me contar alguma coisa pensando que eu não estaria interessado. Se você precisar da minha ajuda, não importa quando ou onde for, eu estarei lá para ajudar.
               Ela levou a mão à frente e me afastou dela. E, olhando para os lados falou:
               — Você ainda vai ficar trabalhando aqui?
               — Você não imagina o quanto eu quero que isso acabe...
               — Se continuar com esse ódio ele vai te matar.
               — Eu te amo e faço isso por você... só quero te ter de volta e que você seja feliz.
               Ela então deu um sorriso amargurado, enxugou as lágrimas com a palma da mão e falou séria:
               — Você é feliz?!!! Você está feliz?!?! Você ainda não entendeu, né? Eu acho que nunca mais serei aquela mulher que você conheceu... Acho que nunca mais vou ser a mesma mulher. Eu sofro muito quando vejo você triste, tentando me ajudar ou me agradar. Nem você e nem eu merecemos isso... acho que aquela coisa especial que nós tínhamos acabou... é o fim da nossa história... agora só falta me esquecer de você...
               Ela me encarou e continuou:
               — Vamos direto ao ponto! Você só está postergando o inevitável. Eu não me importo com mais nada... Tudo que você está fazendo é perda de tempo... Já teve uma época que o meu maior pesadelo era te perder... hoje nem me vejo mais casada com homem algum... eu me sinto suja o tempo todo... tenho pesadelos constantes... E quando fico perto de algum homem... qualquer homem... a sensação de perigo iminente nunca passa...
               E ela continuou falando, no mesmo tom de voz frio, mas dessa vez desviou o olhar:
               — Beto, estamos infelizes e sofrendo! Talvez a única solução seja o divórcio... não fique comigo por pena ou culpa... você pode ir tranquilo, pois pior que estou eu não vou ficar. Vá embora, vá ser feliz em outro lugar... Acho que acabou e temos que superar. Não dá para mudar o que já aconteceu.
               Ainda em choque eu tentei argumentar com ela:
               — Infelizmente esse é um dos únicos desejos seus que eu não posso satisfazer. Eu me recuso a aceitar que você tenha mudado tanto e não possa se recuperar...
               — Porra Beto, para de ser tão compreensivo! Briga comigo ou vá embora ou só... só... só me deixa em paz! Procure me esquecer! Eu vou pagar pelo resto da vida pelos meus erros. E você também foi um erro!!!
               Eu recebi aquelas palavras como se fosse uma facada direta no coração. Apesar do choque eu tentei me controlar, porque eu sabia de sua dor e das feridas físicas e emocionais com que ela estava lidando. E falei:
               — Me perdoa! Manú, a culpa é minha! Era minha obrigação te proteger... eu te amo demais...
               — Talvez seja esse o seu problema!
               — Sinto muito por me preocupar com você... eu faria o que fosse preciso...
               Ela nem me encarou, só se levantou e falou antes de sair:
               — Depois conversamos mais. Vou tomar um banho.
               Eu estava em choque com suas atitudes e com o que ela havia dito e só consegui falar, antes dela sair:
               — Há, tanto faz.
Foto 1 do Conto erotico: SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 63

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Comentários


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obetao Comentou em 17/05/2025

Jule4046 e Dali, já no próximo capítulo já teremos a resposta para alguns de seus questionamentos.

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jule4046 Comentou em 17/05/2025

Ele ter morrido foi uma notícia boa mas ele não ter vivido para ver o estrago que classifico de anti-climax. Meu lado intuitivo está gritando que a Manu tem ago à ver com isso a o despacho do Anderson para o Capeta. Ela tem meios,dinheiro e contatos ainda mais tendo morando no Acre e Belém. O timing de pedir para esperar é, para mim, algo indica que erao tempo para organizar a logística e encobrir possíveis rastros.

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dali Comentou em 17/05/2025

Vou vai a teoria da conspiração, Manú matou Anderson? Pq ela pediria para o Beto esperar para enviar as msg? Já que Anderson tinha um mandado de prisão quando pisasse no Brasil, estava em Maceió. Bora aguardar os próximos capítulos. QUEIME NO SÉTIMO NIVEL DO INFERNO ANDERSON

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obetao Comentou em 17/05/2025

Meus amigos, o pior é que não posso dar spoilers com relação ao futuro dos nosso dois protagonistas. Eu não classificaria a morte do Anderson como um anticlímax, pois ainda vai passar muita água por baixo dessa ponte e estamos entrando no pico da história, em que a tensão estará mais alta.

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angulsky Comentou em 17/05/2025

Tô chocada. Não esperava uma reação dessas da Manú. Não me diz que eles vão se separar

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jule4046 Comentou em 17/05/2025

Ele ter morrido antes da bomba atômica foi um certo anti-climax. Por mais triste que seja ver a Manu querer o divórcio não chega à ser surpreendente dado o que houve. Mas dizem que o amor opera milagres, meu lado otimista quer isso, mas acho que o Anderson a quebrou para sempre e sem retorno. Quanto ao Betão: Exemplo de homem e parceiro, pena que isso agora possa significar pouco diante do crepúsculo iminente entre eles

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logan30 Comentou em 17/05/2025

Agora a relação dos dois azedou de vez




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Ficha do conto

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Nome do conto:
SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 63

Codigo do conto:
235779

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
17/05/2025

Quant.de Votos:
6

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3