SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 78 - FINAL



Não aguentávamos comer mais nada, porém ainda tomamos um sorvete de bacuri, conversamos e rimos muito. Só fiquei desconfortável porque, do balcão da cozinha dava para ver que a Manú tinha colocado, em destaque, sobre a cristaleira, tanto a escultura de cavalo que lhe dei, quanto o relógio de bolso, que era de sua avó. E este último estava dentro de uma caixinha de vidro.
Consertar aquele relógio me deu trabalho. Andei com ele por mais de um ano, o mostrando para muitas pessoas e conversando com outras, até conseguir alguém confiável e competente para fazer o conserto. O relojoeiro ficou uns quatro meses com ele, analisando o dispositivo e procurando peças. Depois que já estava funcionando eu o levei para um ourives, que era um artista maravilhoso e que o deixou como novo.
Depois da sobremesa fomos para a sala de estar. Do grande salão que é a parte de baixo da casa. A sala de estar ficava do lado esquerdo da entrada principal e era basicamente o local onde recebíamos os amigos, onde conversávamos e jogávamos. Na sala de estar havia um grande sofá em forma de “L” (de 2 e 3 lugares) no canto da parede. Na frente dele havia outro sofá (esse era reclinável) de dois lugares. Do lado direito desse sofá havia uma enorme poltrona e do seu lado esquerdo haviam mais duas outras poltronas, um pouco menores. No meio disso tudo havia uma grande mesa de centro. Eu me deitei bem na conexão de 90º do sofá em “L”. A Manú foi para a poltrona grande, que era a sua favorita (ela adorava deitar de atravessado nessa poltrona para ler) e a Nanda deitou-se no sofá de dois lugares.
Eu gostava daquele lugar em que me deitei, pois dele eu tinha a plena visão de uma linda foto que tirei da Manú, e que ficava exposta na parede próxima à porta do escritório. A foto, no tamanho 50 x 70 cm, estava lindamente emoldurada e mostrava a Manú, de costas, trajando apenas um biquíni, ao lado do esqueleto de um grande navio de madeira, que encontramos encalhando na beira da praia, em uma de nossas viagens. No dia da foto, coloquei a Manú de costas, com os braços levantados e tocando a ponta do dedo no mais longo tronco de madeira que saia da areia. A foto foi tirada com ela de costas, com um por do sol lindo ao fundo e aparecendo todo o esqueleto do navio e as águas do mar. Todo mundo que ia lá em casa era atraído por aquela imagem e todos pensavam que era alguma foto profissional que compramos. Por incrível que pareça, a única pessoa que reconheceu que era a Manú na foto foi a Fabíola, que da primeira vez que viu a foto já foi perguntado, para a surpresa da Manú: “— Que foto linda! Mana, onde você tirou essa foto! Foi o Beto que fotografou ou vocês contrataram um fotógrafo?”
As cervejinhas que a Nanda havia tomado no jantar a deixaram mais falante ainda. Ela falou do marido e dos filhos com muito carinho. Assim que ela falou que sentia saudades deles e o seu desejo era que eles estivessem ali conosco, ela se virou para a Manú e perguntou o que ela desejava.
O olhar da Manú ficou triste e ela respondeu:
— Infelizmente eu não posso ter o que eu realmente queria... não depende só de mim...
Vendo que o clima ficou meio para baixo, a Nanda rapidamente se virou novamente para a Manú e falou: “— Você sabia que esse safado do seu marido foi o único cara com quem fiz sexo anal?”.
A Manú fez uma carinha divertida de espanto e a Nanda continuou:
— Ele é um safado! E ele mereceu, porque me venceu no meu próprio jogo... ele já te contou isso? Você não vai ficar com ciúmes, né?
Diante da negativa da Manú, a Nanda começou a contar e foi emendado uma de nossas aventuras depois da outra. Eu tentei várias vezes fazê-la parar de falar, mas fui repreendido pelas duas. No final ela perguntou para a Manú se ela já sabia daquelas histórias e esta respondeu:
— O Beto já havia me contado que vocês transaram muito durante a faculdade, só que ele é discreto, não deu esses detalhes que você falou agora. Ele te protegeu muito! Eeee, nós concordamos que não temos como mudar o passado... você teve o seu tempo junto com ele, assim como eu já tive o meu.
— Ele não existe. É um cavalheiro! E foi por isso que nos envolvemos. Acredite Manú, era só sexo, sem sentimento algum. Tanto que, quando eu me formei e o meu marido me pediu em noivado, nunca mais tive nada com ninguém, nem mesmo com ele. E olha que eu adoro o Beto
E eu falei:
— Eu tô aqui ouvindo tudo isso e estou muito constrangido!
— Fica quieto Beto! Senão eu peço para a sua esposa te calar... Sabe Manú, naquela época tinha muita mulher atrás dele... Tinha a Renata, que casou com o Fabrício. Também tinha a Laura, prima dele... essas duas viviam babando pelo Beto. Elas viviam na beira do abismo, era só assoprar que elas cairiam peladinhas no colo dele, só que o Beto nunca fez isso. Eu até pensei em bolar um plano para levar essas duas para a nossa cama e fazer um trisal.
Ela riu, olhou para mim e continuou.
— Eu ia levar uma de cada vez. As duas juntas não iria dar certo... Depois eu pensei: elas são apaixonadas pelo Beto e isso vai dar problema, pois elas não vão querer só o sexo por diversão... vai acabar rolando sentimento e não vai ficar legal... Assim eu desisti...
A Manú sorriu e disse para a Nanda: “— Já teve muita mulher que teve a audácia de vir me falar que tinha inveja de mim por causa do Beto!”
A Nanda, mais empolgada ainda, começou a falar da vez que saímos com o casal Luiz e Emily:
— Quando eu pensei em sairmos com outro casal me imaginei transando com o homem e o Beto ao mesmo tempo, só que na época não rolou. Então, quando eu quis experimentar duas picas ao mesmo tempo, acabei não envolvendo o Beto na história. Eu queria algo novo, queria ser surpreendida e me decepcionei com os rapazes com quem saí. O Beto era ótimo na cama, um companheiro maravilhoso e me acostumou mal, jogou minhas expectativas lá pra cima e foi difícil até me acostumar com o novo ritmo depois que eu me casei.
A Manú então contou para a Nanda que a Renata havia me levado para um motel em Belém, e que as chances de eu ser meio irmão da Laura eram enormes. E já foi falando de várias ocasiões em que ela sentiu ciúmes de mim e só parou quando percebemos que a Nanda estava dormindo.
Chamei a Nanda, para que ela fosse se deitar no quarto e a Manú me avisou que um dos quartos da frente já estava arrumado para ela. A Manú falou que eu poderia ficar no quarto dos fundos, ao lado do dela.
Esse era o quarto que eu estava usando antes de ir embora.
A Nanda subiu as escadas e, logo em seguida, eu fui atrás dela. Ainda na escada eu pude perceber que haviam três novas pinturas na parede da área de circulação entre os quartos. Todas elas eram da Manú. A primeira era feita na grafite e ela partiu da escultura de cavalo que lhe dei e fez um desenho com aquele cavalo em destaque, fez outros cavalos ao lado e, no fundo, emoldurou tudo com uma enorme formação rochosa tomando conta do horizonte. A Manú era uma artista fantástica e fiquei babando nas linhas, nos contornos e nos sombreados. A segunda pintura era uma paisagem, com a margem de um rio no primeiro plano, com uma cachoeira no fundo e várias árvores. As cores eram alegres, vibrantes e ao mesmo tempo davam uma sensação de calmaria para quem estava vendo. Já a última pintura era no estilo surrealista, onde vários quadradinhos, cada um com um tema diferente, se uniam formando uma mulher sentada em uma cadeira.
A Manú fazia vários retratos hiper realistas e paisagens, só que o que eu gostava mesmo era quando ela viajava na maionese. Era aí que saiam obras lindas que, guardadas as devidas proporções, lembravam as obras do pintor René Magritte.
Acabei entrando em uma onda de nostalgia e relembrando vários momentos felizes que tive com a Manú naquela casa.
Me assustei quando a Manú passou do meu lado e falou: “— Se você gostou dessa, ela é sua.”. — E respondi:
— Essa está perfeita para ser a capa do folder, de quando você for fazer uma exposição só sua.
A Manú vivia falando que queria fazer uma exposição com as fotos que eu tirava, só que eu sempre acreditei que eu organizaria bem antes uma exposição com as lindas pinturas que ela produzia.
Entrei no quarto, dei uma olhada na varanda e, quando voltei para dentro do quarto, um livro com a capa vermelha e amarela sobre o criado mudo me chamou a atenção. Me sentei na cama e peguei esse livro. Era o livro que eu estava lendo, em inglês, antes de ir embora de casa: o título era: “The Casual Vacancy” (em português: Uma Morte Súbita), da escritora J. K. Rowling. Pelo marcador de folhas eu não tinha lido nem 50 páginas desse livro. Pensei que fazia tempo que eu nem pegava em um livro, algo péssimo para quem devorava de dois a três livros por mês.
Debaixo desse livro havia outro livro, um que a Hana havia me emprestado. O seu título era: “Médicos do Campo de Batalha” e foi escrito por Martin King. Esse livro eu levaria comigo. Iria devolvê-lo, em mãos, para a Hana. Ela e o seu marido, o Michael (tio da Manú), eram pessoas espetaculares e eu gostava da amizade deles. Iria aproveitar a minha próxima ida a São Paulo para devolver o livro e me despedir deles. Na realidade eu tinha que começar a me despedir de todos os meus amigos, pois quando fosse para os Estado Unidos não voltaria tão cedo para o Brasil.
Ainda estava olhando para a capa do livro quando a Manú entrou no quarto para deixar a roupa de cama para mim. Ela estava deliciosa, toda linda e sensual. Deve ter feito isso de propósito para me provocar, pois ela estava usando uma camisola simples, de seda branca, que eu achava a mais linda que ela tinha. Não era sua roupa de dormir mais sexy, porém ela ficava linda naquela roupa, que parecia ter sido feita especialmente para ela, usando as suas medidas, tamanha era a perfeição que ele se moldava em seu corpo, fazendo a minha imaginação ir a mil. Dava para ver os contornos de suas coxas torneadas e seios apetitosos. E seus cabelos negros, longos e sedosos davam um contraste delicioso com aquela roupa. Fiquei admirando o seu corpo perfeito. Só ela ali, daquele jeito, já faria qualquer marmanjo ficar de pau duro na hora. Não preciso dizer que eu continuava apaixonado por aquela mulher, não só pelos seus atributos físicos, mas principalmente pela sua inteligência, sua alegria contagiante e a personalidade que ela estava readquirindo após sofrer tanto
Ela entrou no quarto, me deu a roupa de cama e uma toalha. Colocou aqueles lindos olhos sobre mim, me encarou com os olhos esperançosos e me convidou para ir ao seu quarto, para pegar uma de minhas roupas, que estavam guardadas no closet do quarto dela. Apesar da tentação e da vontade de agarrar aquela mulher eu procurei disfarçar e não lhe dar muita atenção. Agradeci pela roupa de cama, recusei a troca de roupas e lhe dei boa noite.
Antes de sair ela olhou tristemente para mim e falou:
— Esse quarto está do jeito que você deixou... Quando você foi embora eu dormi aqui em vários dias... aqui... essa cama tinha o seu perfume... Hoje eu não gosto muito de entrar aqui, pois me trás muitas lembranças. Quando... quando... eu não estava bem, eu entrei várias vezes aqui, no meio da madrugada e ficava olhando você dormir. Eu queria tanto me deitar contigo, te abraçar... eu sei que você me acolheria e me protegeria... só que eu não conseguia... Algumas vezes até fiquei ali na porta, vendo você tomando banho. Eu adorava quando íamos juntos para debaixo do chuveiro... só que naquela época só de pensar nisso meu estômago já embrulhava...
— Senta aqui do meu lado, vamos conversar.
— Não! Não quero mais te incomodar com os meus problemas. Obrigada pela noite encantadora! Eu estava precisando disso... sair um pouco dessa casa... Sabe Beto, antes de acontecer eu tente te contar. Eu te juro! Não sei o que deu na minha cabeça. Eu errei muito. Eu te traí. Eu te magoei e vou conviver com isso para sempre. Eu perdi o direito de...
Sua voz era de súplica e então eu a interrompi, dizendo o seu nome, porém ela só respirou fundo e continuou falando:
— Você já me ajudou a atravessar um dos momentos mais difíceis da minha vida... sem você eu não estaria em pé aqui na sua frente... Nunca mais quero te machucar... eu só te magôo e isso também me faz mal. Por mais que me doa eu prometo que vou me afastar... nesse tempo todo que passamos juntos, conscientemente eu nunca faria algo para te machucar... eu sempre fui ligada à família e a honra... lealdade... eram... são princípios que eu sempre busquei e você era a pessoa ideal, minha alma gêmea... Eu estou sofrendo as consequências de uma coisa que fiz e de que me arrependo amargamente. Já errei muito e vivo com isso todos os dias da minha vida. Eu vou seguir o conselho que você me deu e parar de ficar pedindo perdão... conviver com isso... te deixar em paz e... aí, deixa pra lá... eu vou dormir... boa noite!
Dava para ver que ela inda estava muito abalada. Eu sabia que a minha indiferença mexeria com ela e, quando a Manú saiu do quarto, com aquela bunda perfeita mastigando a calcinha que estava sob a camisola, após aquele joguinho inicial de me provocar e, depois, pelo seu desabafo, o que veio à minha mente foi: “Beto, você é um idiota!”.
A realidade é que ninguém deixa de amar uma pessoa da noite para o dia. E a Manú era tão viciante que ainda sonhei que estava beijando ela e a Nanda ao mesmo tempo, e acordei de manhã de pau duro e com o cheiro de café invadindo o quarto.
Desci para a cozinha e encontrei as duas já conversando e tomando o café da manhã juntas.
Servi meu cafezinho preto e nem me sentei direito e a Manú já veio me fazendo um pedido, com sua voz mais melada:
— Eu adorei o casamento da Carmem! Eu recebi o convite para o casamento de uma amiga lá em Belém, vai ser no mês que vêm. Beto, você quer ir comigo? Quer ser o meu par uma última vez?
Levantei a cabeça e disse que não poderia ir, pois, além de não ter muita coisa para comemorar, eu estaria ocupado. Então coloquei tudo para fora, contei do convite para o doutorado, de que iria era quase certeza que eu iria morar nos Estados Unidos e pude notar claramente o pânico estampado no rosto da Manú, enquanto eu falava tudo aquilo.
A Nanda não disse nada, ficou atenta me olhando, e parecia que estava processando tudo que eu falava. A ideia de perder de vez a Manú era devastadora, porém eu tinha que seguir em frente.
Terminei de contar “as novidades” e elas não comentaram nada sobre o que falei, porém aquela conversa descontraída que elas estavam levando deu uma esfriada. Ficamos lá conversando sobre outras coisas até que chegou a hora de deixar a Nanda na rodoviária, para que ela voltasse para casa.
Teve uma hora, em que fui dar uma olhada nas rosas do deserto que cultivávamos nos fundos da casa (a Manú adora essas plantas e, antes de eu ir embora, tínhamos onze vasos) e vi que elas estavam bem cuidadas e tinha até um vaso novo, e a planta nele possuía flores de um amarelo bem vivo.
Enquanto estava lá fora ouvi claramente a Manú falando baixinho para a Nanda: “— Eu me odeio pelo que fiz com o Beto!”. — Voltei para dentro da casa e fiz como se não tivesse ouvido e não comentei nada.
Quando voltei a Nanda me abraçou forte e aproveitou para cochichar no meu ouvido:
— Está na cara que vocês se amam e eu gosto muito de vocês. Não faça essa besteira de ir embora e deixar a Manú sozinha aqui. Todo mundo merece uma segunda chance... Depois, quem vai se arrepender vai ser você. Eu te conheço muito bem e sei que não é só por orgulho que você não volta, tem mais coisa aí. Ela é uma menina incrível e você é a pessoa que eu mais adoro depois da minha família. Beto, essa vida é muito curta para vocês ficarem de picuinha. Todas as pessoas erram e todas as pessoas merecem uma segunda chance. Conversa com ela... coloquem de lado todas essas coisas supérfluas. Ouçam os seus corações e sejam felizes juntos.

Antes de embarcar, já na rodoviária, a Nanda ainda me deu um último conselho:
— Você sabe o motivo de meu casamento estar durando tanto? É que constantemente eu me pergunto: “o que o Beto faria nessa situação?” e procuro fazer exatamente igual ao que surge como a resposta que vem na minha cabeça. Você é uma das pessoas mais importantes da minha vida, aprendi muito com você e só quero o seu bem. Da mesma forma eu adoro a Manú! Já gostava dela e, nessas poucas horas que passamos juntas passei a gostar muito mais... Ela errou... e quem não erra?!? Dá para ver claramente que ela é a vítima e que você quer protegê-la. Eu adoro esse seu lado protetor! Ela te ama muito. E é um doce, linda de todas as formas que você puder imaginar. Te confesso que nunca senti tanta vontade de quebrar meus votos matrimoniais do que quando estava sozinha ali com ela e ela me contando a historia de vocês. Na minha cabeça, me perguntando: “o que o Beto faria nessa situação?” Eu botaria uma pedra sobre tudo o que aconteceu e daria mais uma chance para o amor de vocês. Acredite, você só tem a ganhar... e vá ser feliz... poxa amigo, eu odeio ver esses seus olhinhos tristes.
Eu odiava a Nanda por me conhecer tão bem. Realmente o orgulho ferido poderia ser até o acessório, só que haviam muitas outras coisas. E, até aquele momento, eu havia me recusado a refletir sobre aquilo. Será que eu estava me afastando da Manú só porque não queria mais sofrer? Certamente longe dela eu sofreria por outros motivos... Será que teria a ver com a minha honra ou que a mágoa foi tão grande... sei lá... talvez o envolvimento do meu irmão no caso, que, como já disse, era alguém que eu venerava muito... eu sabia que as palavras dela iriam me atormentar por dias e já adianto que até hoje ainda não cheguei a uma conclusão.

Depois que a Nanda pegou o ônibus na rodoviária, para voltar para a sua casa, a Manú me deixou no meu apartamento e só conversamos a noite, após a Fernanda me avisar de que a seção de fotos demorou muito e ela só conseguiria ir para São José no domingo pela manhã.
Passei aquela noite em claro. Não consegui dormi um segundo sequer. Porém, levantei da cama naquele domingo já com a minha decisão tomada.
Pegamos a Fernanda na rodoviária e a levamos, para conversar com a Manú, no Parque Santos Dumont, que é um parque muito grande, com uma grande área verde e várias opções de lazer, e que fica localizado na região central da cidade.
Eu não imaginava como seria a reação das duas ao encontro e resolvi ficar por perto, só por precaução.
Elas foram conversar em um dos quiosques, que ficavam próximos à pista de corrida/caminhada, e eu me sentei em um banco nas redondezas, o qual dava visada para o local onde elas estavam.
Vendo as reações dos transeuntes, dava para perceber o quanto aquelas duas mulheres lindas chamavam a atenção. A Fernanda é uma loira muito atraente, alta e esguia, com mais de 1,80m de altura e de olhos azuis. Ela estava usando os cabelos com o mesmo corte que estava da última vez que a vi, quando estava internado no hospital. Era um cabelo curtinho, partido de lado, com um franjão e raspado na lateral de um dos lados. Ela estava com uma botinha fechada e de salto médio. Vestia uma calça jeans claro, tipo skinny, uma camisetinha bem justa branca, que marcava bem seus seios siliconados e tinha, por cima dessa camiseta, uma cardigan simples e sem botões de uma cor clarinha, puxando para o rosé.
Já a Manú era uma morena maravilhosa. Era clarinha, de cabelos longos, lisos e negros e com grandes olhos verdes. Tinha um rosto lindo, de uma beleza misteriosa e hipnótica e um sorriso encantador. Media quase 1,80m de altura e tinha o corpo de uma deusa. Seu corpo parecia que havia sido desenhado por um maníaco sexual. Seus seios naturais desafiavam a gravidade, dentro do macacão estampado floral, com gola halter, que ela vestia. Não tinha como não olhar para ela, dentro daquele macacão que, apesar da barra da calça ser bem larga, dos quadris para cima ele era bem justo, valorizando suas curvas e o corte do tecido deixava a mostra sua cinturinha fina e suas costas trabalhadas na academia. Para completar, ela usava nos pés um tamanquinho de salto médio.
A conversa rendeu. De onde eu estava dava para ver as expressões, hora tensas e hora felizes que elas faziam. Percebi quando elas choraram, quando se abraçaram e também quando riram.
Depois de mais de duas horas sentado lá naquele banco eu me cansei. Levantei-me e fui para uma padaria próxima, onde tomei um suco e comi um pão de queijo. Voltei e elas ainda conversaram por mais quase uma hora, antes de despedirem com um longo abraço e um beijo no rosto.
Aparentemente tudo havia acabado bem. A Fernanda então pegou seu aparelho celular e foi digitando alguma coisa, enquanto vinha caminhando até onde eu estava. A Manú continuou lá, parada, acompanhando com os olhos a minha ex-esposa se afastar dela. A Fernanda chegou sorrindo para o meu lado, mas pelos olhos vermelhos, dava para ver que ela havia chorado muito.
Também ganhei um carinhoso e apertado abraço e um beijo no rosto. E ela me falou: “— Cuida bem da Manú! Eu realmente sinto muito que, de alguma forma, eu tenha colaborado para atrapalhar o casamento de vocês... Ela merece todas as chances que eu não mereci...” — e então a Fernanda foi para a esquina, para esperar o carro de aplicativo que ela havia pedido.
Fiquei em pé, parado, vendo a Fernanda se afastar, quando ouvi a voz da Manú, que estava se aproximando e parou ao meu lado:
— Você sabe que ela é perdidamente apaixonada por você!
Então virei o rosto para o lado que a Manú estava e ela continuou a falar, enquanto ainda olhava para a frente, para a Fernanda:
— Basta você estalar os dedos e ela larga tudo e volta correndo para os seus braços.
Voltei a olhar para frente, para a Fernanda, que agora já estava entrando pela porta traseira de um carro sedã prata. E a Manú continuou falando:
— Ela me contou a versão dela de tudo: de quando te conheceu, de como te conheceu, do casamento, da ida de vocês para Maceió, das traições dela, de como ela ficou após saber que estávamos juntos, eeee do meu estupro... (soltou um suspiro profundo). Ela era muito novinha e acho que faltou alguém da família ou uma amiga legal para aconselhá-la lá em Maceió... Eu entendi tudo e a perdoei... Ainda tenho algumas cotas do dinheiro e vou pedir para a Fabíola depositar uma dessas cotas para a Fernanda.
Para mim, desde a primeira vez que a ví, estar com a Manú era algo tão natural que me senti confortável com ela ali do meu lado. Nessa hora eu tomei coragem e resolvi falar, ainda olhando para o carro que saia, levando a Fernanda embora:
— Sabe Manú. Eu já tive muita raiva da Fernanda, por tudo que ela aprontou comigo. Hoje não tenho mais. Já a perdoei e desejo que ela seja feliz. No fundo ela é uma boa pessoa, só que... eu não voltaria com ela nem que ela fosse a última mulher do mundo...
Nessa hora a Manú se virou de frente para mim e me olhou nos olhos. Também virei de frente para ela, correspondi aos seus olhares e continuei a falar:
— Minha decepção com as traições da Fernanda me fizeram refletir muito sobre as nossas atitudes. E, no fundo, quero acreditar que aquilo tudo estava escrito nas estrelas, pois foi a partir dessas traições que tive a oportunidade de conhecer a mulher mais incrível desse mundo. Alguém que eu amo tanto e de tal forma que, todo o amor que tive um dia pela Fernanda virou algo insignificante.
Nessa hora as lágrimas já desciam pelo rosto da Manú, enquanto ela continuava a me olhar.
Eu segurei as emoções o melhor que pude. Já contei para vocês que essa mulher exala algum tipo de feromônio que me deixa louco. Tentei me controlar e continuei falando:
— Não sei se vivi outras vidas ao lado dessa mulher, mas se uma coisa eu tenho certeza é que ela é maravilhosa por dentro e por fora. É uma pessoa que me faz muito bem, me faz feliz e que me faz tentar ser uma pessoa melhor. Longe dela eu só sinto dor e saudades... Nós dois já sofremos! Nos sentimos impotentes... sozinhos... já sofremos muito e merecemos estar ao lado de quem amamos e sermos felizes. Então, Manú... se você ainda tive algum interesse nesse idiota, estúpido, cabeça dura, que...
Eu não consegui terminar de falar, pois ela me agarrou pelo pescoço e me deu um beijo delicioso, que durou uma eternidade e foi cheio de amor e desejos. Seu perfume era delicioso, envolvente e sexy. A agarrei pela cintura, segurando-a com força, como se eu quisesse garantir que ela não me escaparia nunca mais.
Não sei como nenhuma das pessoas que passavam pelo local não gritou para irmos para um motel.
Bem, não fomos para um motel. Saímos dali com ela agarradinha no meu braço. De lá fomos para a nossa casa e transamos como nunca. Como se fosse novamente a nossa primeira vez.
Não conseguimos nem chegar ao quarto. Caímos no sofá da sala e foi lá que consegui tirar o macacão que ela estava usando. Parecia que ela estava esperando por aquilo, pois estava com uma lingerie linda e sensual, de cor salmão, e dava para ver em sua pele deliciosas marquinhas de sol e os pelinhos dourados.
Sua excitação era evidente, na sua forma de respirar pesado e fundo e em como ela mordeu os lábios quando arranquei a sua calcinha, para então matar a saudade daquela xoxota rosadinha e com lábios vaginais e clitóris pequenos e delicados. Atingi seu grelinho com meus lábios. Passei a chupá-la, usando todas as minhas técnicas. Lambi e chupei muito aquele grelinho duro e o mordi com os meus lábios. E de vez em quando, passava a língua em toda aquela rachinha melada, me deliciando com o cheiro que vinha dela e o melzinho que escorria lá de dentro. Seus gemidos eram roucos e cheios de lascívia. Eu a penetrava, com a língua, o máximo que podia e então voltava a dar atenção para o seu clitóris. Depois de gozar umas duas vezes ela pediu um tempo para respirar e, quando sai de cima dela, a Manú me deu um sorriso de menina sapeca e falou, enquanto corria para a escada:
— Eu vou é fugir de você, seu tarado.
Rapidamente me recuperei daquele sorriso radiante e saí correndo pela escada atrás daquela moleca linda e deliciosa. E a encontrei sobre a nossa cama. Ela havia tirado o sutiã e eu tinha a visão maravilhosa daqueles peitinhos perfeitos, firmes e durinhos.
Voltamos a nos beijar e ela veio por cima. Eu estava deitado na cama, com aquela morena estonteante encima de mim. Havia um brilho libidinoso nos seus olhos. Ela abriu um sorriso lindo e falou baixinho no meu ouvido:
— Eu preciso muito de você! Você sempre fez eu me sentir importante e especial... eu quero que você arrombe a minha bocetinha e depois o cuzinho... e eu estou subindo pelas paredes...
Ela nem terminou a frase, pois com uma postura confiante e sedutora ela desceu, beijando meu tórax e abdômen e, logo a sua boquinha chupava minha pica de uma forma carinhosa e ao mesmo tempo vulgar, e isso me deixava louco. Ela parecia uma bezerrinha faminta me chupando, doida para receber o leite que estava dentro da minha pica.
Enquanto abocanhava minha pica, vejo aquele rosto lindo e delicado e não aguento. Agarro seus cabelos lisos e sedosos e começo a foder aquela boca carnuda até gozar, ejaculando minha porra quente e abundante bem no fundo da sua garganta. Depois disso não precisei mais nem segurar a sua cabeça, pois ela recebeu os quatro ou cinco esguichos em sua garganta e continuou com o meu pau na boca, chupando até amolecer, engolindo todo o meu esperma. Quando terminou seu trabalho, me deu um sorriso lindo e maroto, de vitória, e apenas passou o seu dedo indicador do lado da boca, conferindo se escapou alguma coisa. Pelo espelho vejo sua bunda perfeita, redondinha, toda definida, durinha e arrebitada, que ainda exibia uma marquinha sensual de biquíni, daquelas que deixam qualquer homem maluco.
Eu estava em transe, pensando em como a amo incondicionalmente, enquanto sentia o seu perfume e me recordava dos momentos mágicos que vivemos juntos.
E, passados alguns minutos, ela falou no meu ouvido:
— Me fode gostoso e goza na minha xoxota. Quero sentir sua porra dentro de mim.
Não precisava nem ter pedido. Eu já estava tendo outra ereção, me ajoelhei entre suas pernas e as puxei, para os lados do meu copo. Naquela posição eu podia apreciar toda a beleza da minha esposa, aquele corpo lindo e seu rosto maravilhoso, que não escondia a sua felicidade. Ela, sorrido, mexeu os lábios dizendo: “— Eu te amo!”.
Forcei o pau na entrada da bocetinha e penetrei a Manú bem devagar, apreciando enquanto aquela bocetinha linda contraia e apertava o meu pênis, enquanto ele entrava, milímetro a milímetro, pele com pele. Nunca vou esquecer o quanto apertada e quente é aquela xoxota. Fora que a bocetinha é linda, branquinha, só com umas penugens bem aparadinhas por cima.
Depois que ela agasalhou toda a minha pica, puxei suas pernas para cima e coloquei seus tornozelos em meus ombros. Nessa posição a penetração era mais profunda. A visão da minha esposa entregue e se contorcendo de prazer era indescritível. A Manú levou muita pirocada naquele dia, enquanto gozava feito louca, gemia, tremia e gritava até quase desmaiar de tanto prazer. Nosso sexo sempre foi extraordinário e a minha esposa sempre foi viciante.
Naquele dia saímos do sofá só para a cama e da cama apenas uma vez, para abrir uma garrafa do champanhe Mandois Brut, que guardávamos para ocasiões especiais, e beber quase a toda essa garrafa, além de comer alguma coisa, pois ninguém é de ferro. E já voltamos para a nossa maratona sexual.
Estávamos em êxtase e me deliciei com a volúpia da minha companheira e gozei muito dentro daquela boceta que parecia um vulcão.
Terminamos agarradinhos, como se fossemos um só. A Manú estava toda suada e completamente exausta, mas tinha um sorriso tatuado no rosto.

Antes de qualquer coisa: a guardem o EPÍLOGO!

Foto 1 do Conto erotico: SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 78 - FINAL

Foto 2 do Conto erotico: SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 78 - FINAL

Foto 3 do Conto erotico: SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 78 - FINAL


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Comentários


foto perfil usuario angulsky

angulsky Comentou em 26/07/2025

Ótima hora para voltar e maratonar toda a história. Já sei que vou devorar o texto e pena que em 3 dias eu termino tudo. Betão você é 10.




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Ficha do conto

Foto Perfil obetao
obetao

Nome do conto:
SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 78 - FINAL

Codigo do conto:
238962

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
26/07/2025

Quant.de Votos:
8

Quant.de Fotos:
3