SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 56



               No dia seguinte fomos bem cedinho para o aeroporto. Saímos do hotel e só passamos antes e bem rapidinho na casa dos meus sogros, para deixar as nossas roupas do casamento e algumas outras coisinhas. E partimos com destino a Manaus.
               Pretendíamos ir para a Europa, mas optamos por juntar três destinos nacionais na nossa lua de mel e deixar para ir em agosto para a Europa (estávamos planejando comprar um pacote de 15 dias, passando por Malta, Marbella na Espanha, Florença na Itália e Genebra na Suíça).
               Mas, voltado para a lua de mel, passamos três dias em Manaus, sendo que em um deles fomos conhecer algumas cachoeiras na cidade de Presidente Figueiredo, que se mostrou um lugar lindo e que pretendo voltar com mais calma em outra oportunidade. Em Manaus fomos ver o “Encontro das Águas” entre os Rios Negro e Solimões. Fomos ao Teatro Amazonas, visitamos uma comunidade indígena e nadamos com os botos. Além disso, conheci o padrinho da Manú, que morava lá. O Luís Carlos adorava a minha esposa. Ele era amigo de infância do pai da Manú, o Arthur, e era delegado da Policia Federal. O Luis Carlos e o Arthur fizeram faculdade de direito juntos e foi ali que descobri que o Arthur também havia sido delegado da Policia Federal, antes de passar no concurso do Cartório. Eles passaram no mesmo concurso da Policia Federal, fizeram a academia de policia e só se separaram quando se formaram, com o Arthur voltando para Belém e o Luís Carlos indo para Tabatinga, na fronteira do Brasil com a Colômbia e o Peru. O Luis Carlos me contou que foi lá que conheceu a sua esposa, a Cleusa, que agora trabalhava no escritório regional de uma Agência Governamental. Eles não tinham filhos, mas tinham um enorme poodle preto, o Thor.
               De Manaus, pegamos um voo e até a cidade de Parintins, também no Estado do Amazonas. Lá só passamos um dia. Fizemos um passeio turístico de barco e a noite fomos ao Bumbódromo e assistimos ao ensaio de um dos Bois Bumbá (só não vou falar de qual boi foi, porque a disputa entre o Garantido e o Caprichoso é tão grande que, se eu falar que fomos ver só um o outro pode ficar chateado), e a Manú caiu na dança.
               No outro dia madrugamos no porto, para pegar uma lancha com destino a Santarém, já no Estado do Pará. Foi um passeio inesquecível pelo Rio Amazonas e, chegando a Santarém, já fomos direto para a nossa pousada, em Alter do Chão. Foi onde mais me surpreendi na viagem. As praias de lá são umas das mais belas que já conheci. Os dois dias que passamos lá foram insuficientes para ver tudo e também ficamos de voltar para passar, no mínimo, mais uma semana por lá. Em Alter do Chão fomos na Ilha do Amor, subimos o morro da Piraoca, curtimos o banho de Rio, fizemos uma trilha pela mata e a noite saímos de barco, para ver jacarés, e depois voltamos para a vila, onde estava tendo um festival de dança de carimbó. Não preciso dizer que a Manú tirou as sandálias e entrou na dança. E vendo ela dançar toda maravilhosa, só serviu para aumentar ainda mais o meu tesão. Eu estava curtindo muito aquela experiência inesquecível.
               Chegamos à pousada e, enquanto eu fui conversar com o rapaz da recepção, ela passou direto para o nosso quarto, pois estava pingando de suor, de tanto dançar.
               Quando entrei no quarto ela estava me esperando, deitada na cama só com uma camisolinha bem sensual. Aquela mulher era irresistível. Me aproximei dela e comecei a beijá-la e logo ela falou:
               — Amor, toma um banho, que hoje eu quero tudo que eu tenho direito.
               Aquela frase deixou claro que nossa noite estava só começando. Corri para tomar um banho rápido e já voltei. E a encontrei peladinha sobre a cama.
               Vendo aquela mulher linda, toda bronzeada e peladinha fez meu pau ficar tão duro que ele até escapuliu da cueca.
               Dei uns beijos voluptuosos na boca dela, mamei aqueles peitos que eu adorava tanto. Ela então segurou uma de minhas mãos e a colocou sobre o abdômen e depois a fez ir descendo, em direção à virinha. Que delícia era a pele da Manú. Eu a olhava nos olhos no momento que meus dedos encontraram a penugem macia, que eram seus pelos pubianos (que incrivelmente eram lisos e sedosos). Parti para cima dela e já fui direto na sua bocetinha, que já estava melada de desejo. Me fartei naquele grelinho pequenininho e duro, mordi o interior de suas coxas e quando escorreguei um pouco mais a língua para baixo para alcançar o seu cuzinho a minha putinha abriu mais as pernas, para facilitar o meu serviço. Eu entendi o recado e a virei de bunda para cima e caí de boca naquele cuzinho lindo. Fui alternando entre chupar aquele cuzinho rosadinho e lamber sua xoxota. Ela gemia gostoso e gemia mais alto quando eu tentava penetrar o seu cuzinho com a língua. E vi o tesão que ela sentia com aquela invasão profana. Eu estava no céu, com aquela bunda maravilhosa a minha disposição. E foi chupando o cuzinho dela, enquanto lhe tocava uma siririca, que ela gozou pela primeira vez. Foi aí que ela falou, ainda com a respiração bem forte:
               — Come meu cuzinho! Estou desde manhã querendo que você me foda...
               Eu também estava doido para comer aquele cuzinho. Pensei que iria conseguir na nossa noite de núpcias, porém naquele dia acabou não rolando. Peguei o lubrificante na mala e a Manú já foi para a posição, deitadinha de barriga para cima na beira da cama. Como das outras vezes, chupei sua bocetinha enquanto, com os dedos, preparava aquele cuzinho para ser comido. Logo ela gozou novamente, enquanto eu a chupava. Ela tentou puxar meus cabelos (que ela não conseguiu pois estavam muito curtos) e esfregou minha cara na sua xoxota o máximo que pode. Ela gozou tão gostoso e esfregou tanto a xoxota na minha cara que, se ela conseguisse, ela enfiava minha cabeça boceta a dentro.
               Decidi não dilatar muito aquele cuzinho. Dessa vez eu queria ver a pica entrando e sentir mais a resistência. Lubrifiquei bem aquele anelzinho, virei-a de bruços e coloquei um travesseiro debaixo do seu quadril, para que ela ficasse com a bunda bem empinada. Coloquei uma camisinha e já me ajoelhei encima dela. Botei o cacete duro encima do rego dela, para que ela pudesse sentir a encrenca em que tinha se metido e fui beijar o seu pescoço e acariciar seus cabelos. E ela gemendo me falou:
               — Seu safado! Agora vai enrrabar uma mulher casada...
               — Eu adoro foder essa casadinha. Minha pica fica até mais dura.
               Eu via como aquela brincadeira a excitava e, falando isso, eu levantei meu quadril, coloquei a cabecinha da piroca no cuzinho dela e comecei a forçar. Assim que a cabecinha entrou ela deu um gritinho, reclamando que tinha doido. Eu só fiquei parado, esperei um tempinho para ela se acostumar e voltei a forçar a entrada. E que espetáculo era ver aquele cuzinho rosado engolindo minha piroca. A pica ia entrando naquele cuzinho macio e quebrando a resistência das pregas. Ela só reclamou novamente da invasão quando já tinha entrado mais da metade. Esperei mais um pouquinho e então enrolei seus cabelos em uma das mãos, puxei-os para o lado e me deitei sobre ela, para morder seu pescoço. Com isso o restante do meu cacete deslizou para dentro da sua bunda. Ela deu um gritinho abafado e mordeu o travesseiro.
               Eu adorava a sensação de meu cacete sendo praticamente mastigado por aquele cuzinho sedoso, que se contraia a toda hora. Parecia que meu pau iria explodir de tanta pressão. Comecei subir o quadril, tentando empurrar meu cacete, penetrando mais fundo, mas sem tirar um milímetro seque de dentro. Depois comecei um movimento lento de vai e vem e ela já tinha parado de reclamar e me falou:
               — Você é um cafajeste que gosta de sodomizar mulher casada...
               Estava na hora de aumentar o ritmo então respondi para ela:
               — Bora putinha casada, rebola com meu caralho grosso socado no seu cu.
               Ela começou a ensaiar uma rebolada e eu continuava o vai e vem num ritmo lento e então aumentei a velocidade gradativamente, intensificando os movimentos e castigando aquele seu cuzinho apertado.
               Ela então me falou:
               — Fode Beto! Fode!!!. tá doendo mais tá gostoso.
               E, depois disso, voltou a morder o travesseiro, que era o que impedia seus gemidos mais altos. Ela gemia, fechava os olhos e fazia careta. Só não reclamava mais. A dor inicial havia se transformado em prazer e então passei a dar tapas estalados na sua bunda, enquanto socava sem dó o meu cacete no cuzinho apertadinho dela. Dessa vez eu não dei trégua, soquei a pica sem parar por uns 10 minutos. Então atingi o clímax e pouco antes de gozar, tirei a pica de dentro e gozei encima da bunda dela. Acho que meus jatos de porra nunca foram tão fortes e tão longe.
               Quando saí de cima ela continuou deitada, toda molinha e vi que o cuzinho estava todo arrombado e sua xoxotinha estava pingando de tanto tesão.
               Me deitei ao lado dela e perguntei se estava tudo bem. Ela só confirmou com a cabeça. Seu rosto estava vermelho e ela respirava fundo, como se estivesse acabado uma corrida extenuante. Só depois de alguns minutos ela conseguiu falar:
               — Você acabou comigo.
               Dei um beijo em seu rosto, puxei sua cabeça até o meu ombro e comecei a acariciar os seus cabelos e a sua orelha. Depois de um tempinho ela voltou a falar:
               — Eu devia ter me guardado para a lua de mel.
               — Como assim?
               — Você sabe... quando você se casou com a Fernanda ela era virgem...
               — Poxa Manú isso para mim não tem importância nenhuma!
               — É que para mulher isso é diferente...
               — Não é diferente não! Eu sei que tem todos esses tabus e o machismo, só que eu acho isso uma furada. Você é minha mulher e eu te quis, te quero e te desejo do jeito que você é.
               Ela ficou me olhando emocionada e então resolvi brincar para quebrar o clima. Passei o dedo indicador por dentro da orelha dela e falei.
               — Olha, se o problema for virgindade, eu já te vi enfiando o dedo no nariz e a sua outra orelha tem muitos piercings. Só que essa aqui, com um pouquinho de vaselina dá pra...
               — Olha Beto, você vai enfiar a sua pica na orelha da sua avó!
               Rimos da brincadeira e dormimos agarradinhos naquela noite. Ainda passeamos durante o dia e, na noite do dia seguinte, voltamos para Belém e de lá fomos para a nossa casa.
               
               Antes do casamento concordamos que, pelo menos por enquanto, nenhum de nós dois mudaria de nome. Haviam me falado que a Fernanda (minha ex) ainda usava o meu nome de família e a Manú teve muito trabalho para voltar a usar o nome de solteira, pois no seu casamento com o Bidu ela havia adotado o sobrenome Fracinelli, que era da família dele. Assim, iríamos pensar nessa mudança de sobrenome só quando o nosso primeiro filho nascesse.
               Passadas umas duas ou três semanas depois que voltamos da lua de mel, em uma sexta-feira depois do almoço, fui surpreendido pela visita do meu antigo chefe, o Thomas. Ele falou que viu meu nome na reportagem que um blog fez sobre as câmeras para os foguetes. Disse que tentou sem sucesso me ligar e que, como estava passando pela cidade, voltando do Rio de Janeiro para São Paulo, resolveu tentar a sorte e me encontrar.
               Conversamos a tarde toda. Contei para ele tudo que aconteceu na minha vida, desde a última vez que conversamos e lhe passei meus novos contatos, dizendo que depois que fui para São José mantive o meu número de telefone de Maceió por mais uns sete meses e depois o desativei. Contei do meu divórcio da Fernanda, da minha ida para São José, da abertura da empresa e do casamento com a Manú. Já ele continuava na empresa em que eu trabalhei em Criciúma, agora como vice-presidente regional, e ele também tinha outro cargo, na gerência nacional. Falou que tentaram transferi-lo de volta para a Alemanha, mas ele bateu o pé e continuou no Brasil.
               No final do expediente eu o convidei para tomar um aperitivo na minha casa e conhecer a Manú. Falei que morava pertinho e acabamos indo. Por incrível que pareça, naquela semana eu havia ganho de um cliente oito kits de uma cerveja artesanal feita em Campo do Jordão. Eu distribuí essas cervejas para o meu pessoal, mas acabei guardando dois kits em casa e eu sabia que o Thomas adorava cerveja.
               No caminho de casa, já dentro do condomínio eu encontrei um vizinho, o Dr. Marcos, com quem já havia jogado tênis uma vez. Nos cumprimentamos e até falei para o Dr. Marcos que o Thomas seria uma ótima aquisição para as partidas de tênis. Eu só havia ido no clube de tênis uma vez mas, no condomínio, além do Dr. Marcos, que era um médico ortopedista, ainda tinha o Lucas Eduardo (dono de uma loja de auto peças) que também jogava tênis quase toda semana. Os dois sempre iam aos sábado, no Tênis Clube, junto com o Dr. Vicente, que era um médico cardiologista, e que morava em um condomínio ao lado do nosso.
               Menos de 15 minutos depois de nós a Manú chegou do trabalho e entrou em casa, já acompanhada de sua amiga Helena e de nossa vizinha a Tais. A Helena era uma amiga de infância da Manú e que veio fazer um trabalho em São Paulo, passou para nos visitar e estava hospedada em nossa casa por uns dias. As amigas e parentes da Manú viviam nos visitando e tínhamos hospedes em casas na média de uns 10 dias por mês.
               Já a Tais era a nossa vizinha de muro. Ela estava com o seu filho, o Miguel, no colo. O bebê tinha uns três meses de idade e ela ainda estava meio gordinha, se recuperando da gravidez. A Tais simplesmente idolatrava a Manú e sempre que podia estava com ela. Ela era uma loirinha de 21 anos, descendeste de poloneses e estava no segundo ano de odontologia. Era casada com o Pedro Paulo, que trabalhava em um grande banco em São Paulo. Ela era toda alegre quando estava perto da minha esposa, só que o marido dela era do tipo anti-social e tinha o temperamento do tipo fleumático, sendo reservado e introvertido. Eles eram ótimos vizinhos e eu até me identificava com o Pedro Paulo. Acredito que se eu não tivesse ido trabalhar muito cedo, sempre em locais com muitas pessoas e atendendo ao público eu seria meio parecido com ele, pois eu tenho um pouco do fleumático, pois sou um bom ouvinte, sou calmo e procuro o equilíbrio.
               Eu sempre brincava com a Manú, dizendo que, dentro do condomínio, era da Tais que eu tinha mais ciúmes, porque a admiração dela era tanta que se a Manú desse um mole sequer a Tais lhe agarraria. Acredito que a Tais me via como um concorrente, pois às vezes me dava uns olhares meio ameaçadores e chegava a me tratar com indiferença quando a Manú não estava perto. Quando eu contava isso para a Manú, ela sempre ria e falava “— Credo, eu quero é distância de mulher... não tenho a menor tara por mulher nenhuma”. — Acabou que eu nunca criei confusão e sempre relevei as atitudes da Tais, porque as duas acabaram virando amigas e confidentes.
               Como eu iria trabalhar no sábado a Manú e a Helena iriam para São Paulo, para fazer compras, e a Tais queria ir com elas, porém não estava conseguindo ninguém para deixar o filho. Elas cumprimentaram o Thomas e as duas saíram, deixando a Manú sozinha com nós dois.
               A Manú subiu, tomou um banho rápido e logo em seguida retornou, nos serviu um tira gosto e ficamos conversando até tarde da noite. O Thomas ficou encantado com a minha esposa e contou várias histórias da época de Criciúma. No final ele tinha tomado tanta cerveja que acabei insistindo para que ele dormisse lá em casa. Ele aceitou e, no outro dia, todos eles saíram bem cedo de casa. O Thomas foi para a sua casa e as meninas foram às compras.
               Nesse sábado cheguei no trabalho, procurei a reportagem que o Thomas me falou e até ri do conteúdo. Lá eles falavam que eu, através da minha empresa, iríamos nacionalizar todo o sistema de comunicação com o foguete e também as câmeras de monitoramento. Só que eu ainda não havia feito nada com relação àquele projeto. Havia apenas assinado uma carta de intenções, juntamente com outra empresa e ainda estávamos tentado dimensionar os parâmetros dentro dos quais os equipamentos teriam que operar e pesquisando sobre quais tipos de equipamentos os americanos, russos, chineses e indianos usavam, para então ter um ponto de partida para o projeto (nessa vida nada se cria, tudo se copia).
               Nesse dia todos trabalharam até por volta do meio dia e só eu voltei depois do almoço, para adiantar meu serviço. Só voltei para casa quando a Manú mandou mensagem dizendo que já estava chegando. Chegamos em casa praticamente juntos e vi que elas realmente compraram muita coisa, pela quantidade de sacolas que haviam no porta malas do carro. Então a Tais foi para a casa dela, a Helena e a Manú entraram em casa com algumas sacolas e eu peguei as últimas sacolas e fui fechar o carro. Nessa hora entrou no quintal uma das cachorrinhas da Solange, outra de nossas vizinhas, que morava na casa em frente a da Tais. A Solange tinha dois cães da raça corgi, que eram da mesma raça dos cães da rainha Elisabeth, da Inglaterra (na época a rainha Elisabeth ainda estava viva. Ela só faleceu uns cinco meses depois disso).
               Logo a Solange veio atrás da cachorrinha. Ela era uma coroa, que deveria ter bem mais de 50 anos e que era casada com o Fernando, que era de cinco a 10 anos mais novo que ela. A Solange era uma loirinha de um pouco mais de um metro e meio e vivia se vestindo como se fosse uma menininha, adorava mostrar o corpo e se insinuar para os homens. E ela se cuidava, pois vivia na academia, era siliconada, fazia lipo, botox e tudo mais. Na minha opinião, ou o Fernando era um super corno e levava muitos chifres ou eles tinham um casamento aberto. Mas, até aquele momento eu não havia percebido em qual situação eles se encontravam. Ela chegou se desculpando pela cachorrinha e depois foi me parabenizando pelo casamento. E disse que ficou sabendo do casamento pelas nossas fotos do perfil do aplicativo de mensagens e através do grupo de condomínio.
               Eu peguei a cachorrinha no colo e fui entregar para ela no portão de casa. E ela, antes de pegar a cachorrinha, apertou meu braço na parte do bíceps e falou:
               — Você está muito forte! Um dia desses eu vi sua foto com a Manú no colo e ela é grandona... com uma baixinha como eu você ia fazer loucuras!
               Eu ouvi aquela cantada, com ela ainda fazendo uma cara de safada, como a de quem quer foder, e me fiz de desentendido. Falei que estava forte de tanto carregar sacolas e fui logo me despedindo dela e pegando as sacolas da Manú, que estavam junto ao carro. Quando me virei percebi que a Manú estava na porta de casa, nos olhando. Entrei em casa e não falei nada mas, pela cara, ela tinha visto tudo. E não demorou muito para que a Manú começasse a falar:
               — Olha amor, eu sei que você não tem culpa, mas da próxima vez que a Solange se insinuar para você eu vou chamar ela para conversar. Vê se pode... uma puta velha dessas, que não se enxerga. Vive desfilando pelo condomínio de top e micro short, que quer lavar o carro de biquíni e que até já a vi com os peitos de fora na sacada (essa última eu não sabia).
               Resolvi não falar nada. Aquela crise de ciúmes foi uma das poucas que ela teve durante todo o tempo que estivemos juntos, tanto que depois ela veio se desculpar comigo. E é claro que eu concordava com esse desabafo que ela estava fazendo, pois a outra estava dando motivos (e pelo visto a Solange queria me dar mais coisas).
               Comecei a refletir e, eu acho que naquela semana eu estava meio doce, pois já era a terceira cantada que eu recebia. Teve um dia que eu fui em um restaurante com a Manú e, em uma das mesas haviam duas meninas que tinham no máximo uns 20 anos e que não tiravam os olhos de mim. Ficavam rindo e cochichando uma para a outra. Elas esperaram a Manú ir ao toalete para sair e, no caminho colocaram um papelzinho na minha frente, com o telefone delas. Peguei o papel, amassei e joguei fora.
               E em outro dia fui ao mercado com a Manú e uma senhora, que estava com uma garotinha de uns dois ou três anos, praticamente me comeu com os olhos. Acho que ela estava nos seguindo, pois topamos com ela umas quatro vezes e quando eu estava escolhendo uma alface ela chegou do meu lado e começou a puxar conversa, disse que não sabia escolher verduras e pediu para que eu escolhesse um para ela. Só que, na hora a minha esposa já desconfiou de algo e se meteu entre nós dois e a outra foi embora.
               Foram duas situações que me deixaram até mais constrangido do que a cantada que havia levado a pouco da Solange, pois já até meio que esperava aquilo. E fiquei imaginando a quantidade de olhares, assédio e cantadas que a Manú levava. Com certeza eram umas 50 vezes mais do que eu. Normalmente eu fazia vista grossa para as encaradas e olhares que ela recebia e sabia que ela lidava muito bem com os assédios de outros homens sobre ela. A Manú não comentava muito, mas às vezes ficava tão revoltada que chegava a me falar de situações em que homens (e até algumas mulheres) que se aproximaram dela com a intenção de a levarem para a cama e da forma com que ela se esquivava deles.
               Voltei do meu devaneio e a Manú continuava a falar:
               — E você acredita que a Solange já ofereceu o próprio marido para a Taís. A Tais me contou que ela falou assim: “— Olha Taís, você é muito novinha e, caso você se envolvesse com um cara experiente... como o Fernando, por exemplo, ele poderia te ensinar muita coisa.” — Quando que para mim ela vem falar uma coisa dessas!
               — Amor, ela não merece nem que você se preocupe com ela. Agora, vai se arrumar senão vamos nos atrasar para o cinema.
               Apesar de eu estar trabalhando tanto, nas minhas folgas estávamos sempre juntos. Íamos ao cinema, a restaurantes e até ao mercado juntos. Eu sempre me posicionava ao lado dela, andávamos de mãos dadas, comigo sempre marcando meu território, como seu marido. Em casa, ela adorava ficar sentada no balcão da cozinha, me olhando enquanto eu cozinhava. Continuávamos viajando aos domingos e até quando íamos estudar ficávamos um ao lado do outro no escritório. Também a ajudei no blog que ela tinha e nas suas redes sociais, nas quais ela dava orientações sobre diversos temas relacionados ao direito, principalmente quanto ao direito de família, e também dava dicas de como estudar para concursos. Ficávamos horas lendo as dúvidas das seguidoras dela, discutindo para quem ela iria responder, gravando e editando para depois ela postar. Era o nosso passatempo juntos. E eu tinha transformado o blog dela em algo mais profissional, e isso gerou vários elogios de quem a seguia. Além do cenário, da iluminação, da melhoria da qualidade com as câmeras e microfones novos, eu também criei vinhetas, fazia os cortes de câmera e colocava as legendas.
               A Manú tinha a necessidade de sair, de ir a festas, de ficar em algum barzinho, de dançar e cantar. Ela amava conversar e conhecer gente diferente e eu sempre estava do lado dela. Também íamos assistir alguns jogos. São José tinha um time decente de basquete e outro de vôlei e também íamos para a cidade de Taubaté, que tinha um time de vôlei masculino que era uma verdadeira seleção. Além de também freqüentarmos muito o barzinho temático em que passavam jogos da NBA e da NFL.
               Quando eu cozinhava, ela normalmente ficava do meu lado, de co-piloto, arrumando tudo e lavando as louças. Se ela não cozinhava muito bem, o seu cuidado com a arrumação da casa era impecável. Tínhamos uma diarista, que vinha uma vez por semana em casa, só que a casa ficava realmente brilhante quando a faxina era feita pela Manú. Ela era extremamente caprichosa, detalhista e perfeccionista em tudo o que fazia.
               Na cozinha ela fazia ótimos doces, principalmente pudim, manjar, torta holandesa e bolo. Esses últimos ela decorava maravilhosamente. Eram obras de arte que dava até dó de comer, de tão lindos que ficavam.
               Todo final de semana, em que não íamos viajar, fazíamos uma noite só nossa. Ficávamos conversando em casa, ouvindo uma boa música (às vezes até dançávamos), sempre regado a um bom vinho. Eu fazia ou comprava uma comida legal e virávamos a noite assim, só nós dois, sem TV, com os telefones celulares desligados e em ótima companhia. Não preciso dizer que invariavelmente nossa noite especial terminava em sexo.
               A Manú era a pessoa mais incrível que eu já conheci e nossa união era sólida, com total confiança e cumplicidade. Cada vez estávamos mais próximos e toda a experiência pela qual passávamos só fortalecia os vínculos que havíamos criado um com o outro. Ela adorava carros e a levei para andar de kart, para ver corridas no autódromo e visitamos fábricas e museus de carros.
                Como ela era entusiasta dos automóveis, paguei para ela fazer aulas de pilotagem. Me programei e, durante um mês, fomos todos os finais de semana para essas aulas de direção. Ela amou tanto que eu acho que criei um monstro, pois ela se matriculou em outros três cursos (outro de direção, um de pilotagem de moto e outro de manutenção e preparação de automóveis para corrida). Só que eu não podia ir para São Paulo todos os finais de semana e, nos três meses seguintes ela ia para os cursos e eu ia só quando dava, às vezes ia no sábado à noite ou no domingo a tarde. Às vezes nem ia. Eu ficava preso aos meus clientes.
               Saíamos bastante durante a semana. Me recordo desse dia especial, em que, depois do cinema, fomos jantar com o Nunes e a Carmem, que haviam anunciado que estavam namorando. A operação cupido da Manú havia dado certo. Para vocês terem uma idéia, os dois foram ao nosso casamento e a Manú havia colocado os dois juntos em tudo: na mesma mesa, no mesmo carro e nos mesmos passeios. Só não os deixou no mesmo quarto para não dar muita bandeira, mais deixando-os em quartos que estavam um de frente para o outro.
               
               Depois de mais ou menos uns dois meses da primeira vez que conversamos, o Thomas me ligou, perguntando se poderíamos conversar novamente. Marcamos de almoçar juntos e nesse almoço ele me fez uma proposta excelente, pedindo para que eu vendesse a minha empresa para a empresa em que ele trabalhava. Ele justificou dizendo que eles já pretendiam abrir uma filial na cidade de São José dos Campos e que eu havia conseguido participar de um ramo de negócios em que eles já estavam há um bom tempo tentando entrar, que era o setor de defesa.
Foto 1 do Conto erotico: SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 56

Foto 2 do Conto erotico: SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 56

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Comentários


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obetao Comentou em 05/05/2025

Dali, dizem que é uma cachoeira para cada dia do ano.

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dali Comentou em 05/05/2025

Conheço Presidente Figueiredo, morei 7 anos lá. Betão o terror da vizinhança kkkkkk.




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Ficha do conto

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Nome do conto:
SERÁ QUE TUDO ESTÁ ESCRITO NAS ESTRELAS? Capítulo 56

Codigo do conto:
234914

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
05/05/2025

Quant.de Votos:
3

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3