Hora — 22:05.
Oi, boa noite, amigo e íntimo, diário!
Bem, a cada dia que passa, a temperatura da cidade vai baixando mais um pouquinho. É aquela sensação gelada que entra pelas frestas da janela e me faz querer um cobertor e uma xícara de chá.
Para ser sincera, eu amo o outono. Tem algo nessa estação que me acalma… talvez sejam as folhas caindo das árvores ou o céu com aquele tom mais pálido. Me sinto mais centrada.
Bom, mudando de assunto…
Hoje, depois da faculdade, fui de metrô, direto para o dentista. Nada de mais, só uma limpeza e um clareamento de rotina mesmo. Sorriso é ferramenta de trabalho, né? E, além disso, gosto de ver meus dentes branquinhos no espelho. Me dá muita segurança.
Saí da clínica e voltei de táxi pro apartamento. Quando cheguei, almocei algo leve, comi — arroz, frango grelhado e saladinha — e só depois fui tomar banho.
O encontro foi marcado às 14h30, com um cliente chamado Caio. — Programa de uma hora e meia aqui mesmo. Esse cliente combinou comigo há dois dias. “Ele disse estar na cidade só de passagem”. Ele mora em outro estado, veio a trabalho e lazer.
Pois bem… O bofe enviou sua foto por mensagem enquanto conversávamos sobre o encontro. Confesso que não achei bonito. — Não é meu tipo de homem. Mas… quem escolhe cliente por fisionomia nessa profissão não dura muito. A verdade é que eu não estou aqui para encontrar o amor da minha vida. Estou aqui pra foder, para provocar, para encantar — e receber por isso.
Diário — Ele disse ter 25 anos, gordinho, barba por fazer e cabelo preto, um pouco cumprido, um pouco abaixo do pescoço. Sabe, fazia o estilo metaleiro.
Seguindo, me arrumei toda para atendê-lo. Coloquei uma blusinha preta justa, daquelas de alcinha fina, que expõem os ombros. Por baixo, escolhi vestir uma calcinha rosa de renda. Depois, vesti saia jeans curtinha e par de sandália de salto alto. A maquiagem levinha — só o básico para dar um brilho no olhar, passei batom vermelho nos lábios e dar toque de cor na boca.
A parte de que não gostei. O cliente se atrasou uns vinte minutos do horário marcado. Não me irritou, mas também não gostei. Tempo é tempo, e eu sou pontual.
Quando o som do interfone ecoou pelo apartamento, atendi e mandei o homem subir. Dois minutos depois, a campainha tocou.
Abri a porta e lá estava o Caio. Ele já foi pedindo desculpas pelo atraso. Sorriu meio sem graça. O cliente era maior do que eu, o que é raro por aqui. Ele tinha aquele jeito meio deslocado, mas simpático. Trouxe uma garrafa de vinho, daquelas da marca Pérgola. — Ri por dentro, porque já sei o gosto doce que aquilo vinho tem, achei gentil ele ter trazido algo. Educação ainda é um diferencial.
Bom, cumprimentei o cliente com um beijo leve nos lábios, daqueles que só encostam e já dizem “você é bem-vindo, mas só vai me comer, porque está pagando”. Depois, um abraço forte. E já fui convidando para entrar.
Reparei bem na sua roupa: camiseta preta, com estampa da banda Dire Straits, calça jeans, e um par de botina de couro preta.
Assim que fechei a porta, ele me pediu, meio sem jeito:
— “Posso usar o banheiro?”
— Claro, ali à esquerda. — Respondi, peguei a garrafa de vinho das mãos dele, enquanto o mesmo seguiu para o banheiro.
Amigo diário — Ele não avisou, mas o cliente tomou um banho, demorou cerca de dez minutos. Aproveitei para separar uma lista de músicas para tocá-las. Ajeitei o sofá, peguei duas taças e o esperei.
O cliente voltou descalço e todo cheirosinho, com a toalha que mal dava para enrolar na sua cintura. Ele parecia mais relaxado que antes de tomar banho.
Bom, começou a puxar assunto, mas não aquele papo raso, não. Veio com perguntas diretas, que me pegaram meio desprevenida:
— “Há quanto tempo você faz programas?”
— “Qual foi sua pior experiência? E a melhor?”
Fiquei olhando para o sujeito por um momento. Não gosto muito quando entram nesse tipo de assunto logo de cara. Sei que tem gente curiosa, mas… nem sempre tô disposta a abrir meus segredinhos.
Respondi com cuidado, selecionando bem as palavras. Falei só o básico, o suficiente para manter a conversa amigável e não parecer mal-educada. Não gosto de mentir, mas também não vou falar tudo pra alguém que tá pagando por uma transa.
Caio entendeu o recado, acho. Não insistiu mais. Em vez disso, abriu a garrafa de vinho. Servi as taças, ele colocou a bebida e fomos pro sofá. As músicas que coloquei para tocar foram seguindo. Ficamos ali sentados, bebericando, conversando, com ele passando a mão que não segurava a taça no meu corpo. — O gordinho ficou fascinado por mim e com a roupa que eu vestia.
Aos poucos, tanto eu, quanto ele, fomos nos soltando. Não é fácil fazer esse tipo de trabalho com a pessoa com quem você não sente nenhuma atração. Porém, foi essa profissão que escolhi pra minha vida, certo? Sentei-me no seu colo. Caio pousou a taça na mesinha ao lado do sofá, e não demorou para alisar as mãos pelos meus braços, seios, depois pelas coxas, até alcançar minha “menina” ainda coberta pela calcinha. Começamos a nos beijar, pelo menos o hálito dele cheirava a vinho. Apesar de ele não ser nada interessante, pelo menos pra mim, o cliente até que beijava bem. Os beijos continuaram por mais um tempo, o tesão dele foi crescendo, num ritmo acelerado.
Fingi que estava curtindo o cliente, seus olhos passeavam pelo meu rosto e corpo.
— Você é tão linda, princesa? — Ele disse exatamente isso, a voz meio rouca, meio excitada, me olhando com cara de tarado.
Lógico, o agradeci pelo elogio. Senti um calafrio percorrer minha espinha, mas não era de tesão por ele. Era de culpa por estar enganando o rapaz. Mas ele sabia que aquilo era encenação. Eu não o amo, só aceitei encontrá-lo pela grana, sexo e diversão.
Lembro de ter pedido para ele tirar a minha roupa. Suas mãos foram deslizando pela minha blusinha, puxando-a para cima e deixando meus seios nus. Caio não perdeu tempo, seus dedos gordinhos traçando os contornos dos meus seios. Precisava ver o olhar dele apreciando-os.
— “Você sempre foi tão perfeita assim? — ele disse com essas palavras, com seus lábios roçando nos meus seios.
Por um momento, fiquei sem palavras. Mas o agradeci. Fechei os olhos, sentindo os chupões dele nos meus seios. Caio me deitou no sofá, tirou a toalha que cobria da cintura para baixo e foi por cima de mim. Ele era bem pesadinho! Começou a me beijar na boca, em seguida beijou meu pescoço, minhas clavículas. Suas mãos não pararam, desciam e subiam pelo meu corpo. Não demorou para ele despir a minha calcinha, deixando-me apenas de saia e sandálias.
Abri as pernas para ele ver a minha “menina”. Diário, precisava ver a cara de bobo que ele fez ao ver a minha grutinha. Caio a elogiou e a tocou, passando os dedos nos lábios vaginais, a seguir, estocando dois dedos no meu interior.
— Vai com calma com esses dedos… — pedi a ele, mas o gordinho calou-me com outro beijo.
A música de fundo continuou tocando. O cliente foi se posicionando entre minhas pernas, seu “menino duro” pressionando contra minha coxa. Ele roçou o pau na minha virilha, até que pedi.
— Coloca o preservativo — pedi, olhando pra ele.
Me obedeceu sem reclamar. Dei a ele um preservativo. Caio o colocou rápido. Quando voltou para cima de mim, senti seu peso me pressionando contra o sofá. Continuei de saia e sandálias.
Ele entrou em mim com uma única estocada firme. Seu pau não era grande, e sim de tamanho normal, 15 cm, talvez.
Transamos no ‘papai e mamãe’. Apesar de gordinho, seus quadris trabalharam em um ritmo constante. Caio me beijou, chupou meus seios, chupando-os com uma fome que me fez sentir tesão.
— Me fodi, mais rápido — pedi a ele na empolgação, segurando nos seus ombros, depois o arranhando pelas estocadas fundas que ele me dava.
Em alguns momentos, ele parava de meter, ficava me olhando e continuava com mais dedicação, que me fazia gemer alto.
— “Você é bem macia por dentro” — ele cantou essa pra mim na hora, suas mãos segurando meus ombros.
Quando ele finalmente cansou e parou, nos levantamos e fomos para a cama. Pedi para o cliente deitar de costas. Caio deitou-se, e eu me posicionei sobre ele. A penetração foi rapidinha. Comecei a cavalgar sobre seu “menino duro”. Coloquei intensidade nos movimentos. Sentia seu membro latejando dentro de mim, preenchendo-me completamente, amigo diário.
— “Gostei de você, meu amor” — ele disse, suas mãos segurando meus quadris enquanto eu cavalgava.
Sorri, sabendo que o cliente estava se divertindo. — Sou apenas uma mulher que dá prazer sem amar. Mas o Caio devia saber disso.
Depois de um tempinho, ele gozou, seu corpo ficou tremendo. Desci dele e fiquei deitada ao seu lado na cama. Tirei o preservativo do seu “menino”, e dei um nó. Tinha uma boa quantidade de sêmen no seu interior.
Fizemos uma pausa longa. Ele foi se limpar. E quando voltou, me viu sem a saia e as sandálias. Quis me chupar na cama. Eu deixei.
O cliente me chupou inteirinha diário, de frente e de costas. Depois de um tempo, disse que queria chupar o pau dele. Caio me concedeu a vez. Ele deitou, e eu o chupei gostoso, me engasguei várias vezes, fiquei com os olhos lacrimejados, quando empurrava seu “menino” até a minha garganta. Chupei suas bolas enquanto o masturbava.
— Seu pau é muito gostoso, sabia? — disse isso a ele, para animá-lo.
Caio ficou bastante animado, quando eu o elogiei. Voltei a chupá-lo por mais um tempo, até ele gozar na minha boca. Não engoli seu esperma, desci da cama e fui descartá-lo na pia do banheiro. Lavei a boca e voltei para o quarto.
Nos beijamos ajoelhados na cama, com ele roçando os dedos no meu cuzinho. Ficamos assim por dois, três minutos, até que ele não aguentou e disse que queria comer meu ânus.
Aceitei, mas antes. Ele teve que passar o gel lubrificante no meu cuzinho e na minha “menina”. Já de quatro, o cliente foi se posicionando atrás de mim. Pedi que fosse com calma. Ele colocou outro preservativo. Aos poucos, senti seu “menino duro” pressionando contra meu ânus, até entrar a ‘cabeça’.
— Vai devagar… — pedi a ele, mas ele me calou com tapinha na bunda.
— “Esse cu é apertado” — ele cantou essa pra mim.
Quando tudo deu certo, Caio começou em mim devagar, depois foi acelerando na estocada, sua barriga saliente batendo com força, contra as minhas nádegas. Senti seu pau todo no meu interior anal, gemi alto. Confesso que doeu um pouquinho no começo. Caio segurava nos meus quadris, depois se apoiou nos meus ombros.
Seu pau escapou umas quatro vezes do meu cu. Aí tínhamos que parar, para ele estocar de novo. Meteu incansavelmente! Diversas vezes falei que poderia me xingar, mas ele não quis, ficava calado, concentrado na transa. Dava várias com força e parava, demorava cinco segundos e continuava metendo a todo vapor.
Sabe diário, transar é uma arte, e tem que ter talento. Apesar de ser nada interessante e pobre de beleza. Caio soube levar a transa muito bem. Me bombeou no ânus por muito tempo, mas demorou bastante para gozar.
— Vai gozar na minha bunda ou na minha cara? — perguntei, a voz já ofegante, com o corpo chacoalhando, suada e toda descabelada.
— Quero na sua cara? — ele respondeu muito ofegante, e eu gemia, sentindo seu membro pulsar dentro do meu rabinho.
Diário — Não mais que dois minutos depois, ele avisou desesperado que iria gozar. Tivemos de ser rápido. Ele ficou em pé na cama, e eu de joelhos, com meu rosto pertinho do seu “menino”.
Não deu tempo pra mais nada, assim que tirou o preservativo. Caio gozou com um rugido rouco. Seu sêmen quente, saiu como um jato atingindo meu rosto, só tive tempo de fechar os olhos e sentir o ‘leite’ jorrar na minha face. Senti-me suja, fisicamente, mas também moralmente. Quase todos os dias, alguém ejacula em mim.
Ao final da sua gozada, dei umas chupadinhas no seu pau. Olhei pra ele e perguntei: E aí, gostou? — Ele respondeu: “Muito, você é dá hora, gata”. Caio se retirou, indo em direção ao banheiro, levando o preservativo usado. Fiquei sentada na cama, passando lenços umedecidos no rosto, na boca e nos seios, ouvindo o som da música, e o ruído da água do chuveiro.
Quando ele voltou sem roupa, foi se vestindo na minha frente, falando que havia curtido o encontro. O agradeci. Já de roupa, me entregou o envelope.
— “Aqui está. Tem cinquenta reais a mais pra você” — avisou ele.
Peguei o envelope, sentindo a mão quente dele sob a minha. Não contei o valor na sua frente, confiei nele. Fiz isso depois que ele foi embora.
— Obrigada, voltei sempre — falei sorrindo, para o gordinho.
Coloquei um roupão de banho e ficamos conversando até dar uma hora e meia (tempo que ele contratou). Falamos de bandas de rock, entre outros assuntos sem muita importância.
Quando seu tempo chegou ao fim, ele calçou as botinas. Demos um super beijão na boca perto da porta, com direito a ele alisar as minhas pernas.
Levei o cliente até a porta e abri.
— “Até a próxima vez, gatinha?” — suas palavras, me olhando nos olhos.
— Vê se volta, hein? — Não vai me esquecer. — Respondi a ele.
— “Com certeza, eu volto” — promessa dele.
Caio saiu, deixando-me sozinha no apartamento. Fui diretamente para o banheiro e tomei um banho. Assim que voltei para a sala, tirei a grana do envelope e contei nota por nota. Em seguida, fui comer um lanche, porque estava faminta.
Acho que é isso, diário. Até a próxima vez.
Com amor,
Fernanda.
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dlç de conto Fer.💖💖
O que é mais maneiro são os detalhes do que vc escreve, o que faz toda diferença.......... PARABÉNS
Passando apenas pra prestigiar, essa maravilhosa escritora que relata tão bem seus momentos de luxúria assim como as vezes seu desabafo, depois eu leio o relato, parabéns Fer!
Tesão por um cu apertadinho de quem sabe fazer. Comecei hoje a ler seus relatos, obrigado por compartilhar com a gente.
delicia de conto e foto