Boa noite, meu confidencial diário.
Diário, tenho um babado fortíssimo pra contar hoje. Sério. Já tô aqui de pijama, com o cabelo preso num coque e ainda bufando de raiva. Tentei escrever antes, mas não conseguia.
Bom, meu dia até começou legal, fui para a faculdade e tudo caminhando bem…, mas a tarde, diário, virou um caos.
Deixa-me explicar com calma, porque até agora eu tô mais calma, tô tentando entender o que foi que aconteceu. Isso, claro, tem nome e sobrenome: Igor, um cliente, e totalmente IMBECIL.
Tudo começou ontem, depois que voltei daquele encontrinho com o Robert. Já era fim de tarde, e o tal do Igor me mandou uma mensagem todo educadinho no começo. E na mensagem, já veio direto querendo me contratar. Enviei os dados, como: preço e tudo que eu fazia. Falei pra ele mandar uma foto — porque, né, a gente tem que saber com quem tá lidando, mínimo de bom senso.
Demorou um século pra responder e quando mandou… Aff, a foto estava toda escura, ele de óculos escuros, parecia que tava se escondendo da própria vergonha. Mas enfim, aceitou o valor numa boa, combinamos para hoje, às 17h, lá no Mercure Jardins, com o tempo padrão, de uma hora, e encerramos contato.
Hoje cedo fui para a faculdade, tudo tranquilo. Cheguei em casa, almocei rapidinho, troquei de roupa e fui pro salão. Fiz aquela hidratação no cabelo, mandei cortar as pontas. A manicure arrumou minhas unhas e as pintou de vermelho, fiquei me sentindo linda.
Na volta, tomei banho, me arrumei toda no capricho — coloquei uma saia preta bem curtinha, meia-calça, um top branquinho, coladinho com uma blusa por cima, e nos pés aquele par de botas pretas de salto alto, aquelas que fazem toc-toc quando piso.
Fiz uma maquiagem levinha, passei batom, me perfumei toda, passei quinze minutos diante do espelho. — Se arrependimento matasse, eu já estaria sepultada.
Pois bem — peguei minha bolsa, coloquei os brincos, dei aquela última olhadinha no espelho e desci pra pegar um táxi.
O trajeto foi rapidinho, o hotel é pertinho daqui, não mais que dez minutos de carro. Cheguei na porta do Mercure, faltando cinco minutos do horário combinado, me sentindo a própria Gisele no tapete vermelho. Mal sabia eu a cilada que me esperava…
Na recepção, me identifiquei como Lara — sim, já tava no nome dele a reserva — e a recepcionista me liberou pra subir. Quarto andar, suíte 423. Beleza.
Cheguei na porta, bati com os nós dos dedos e esperei. Ele demorou uns segundinhos, e quando a porta se abriu… amigo diário, eu gelei.
A foto que ele me mandou devia ter uns dez anos de validade, sem zoeira. O cara que apareceu na minha frente parecia a versão falida do que eu esperava. Tipo, o tempo bateu nele com gosto. Já fiquei bolada, com aquela cara de interrogação, e soltei:
— “Essa foto que você me mandou ontem… é bem diferente.”
E ele, todo sem noção, respondeu, tropeçando nas palavras, pela leve embriagues, como se fosse normal:
— “Ah, tirei do meu perfil no Orkut.”
Orkut, diário? Fiquei parada ali na porta, já na dúvida se entrava ou dava meia-volta. Fiquei ali pesando o cachê na balança, e infelizmente… o dinheiro venceu o juízo. Ele me deu um beijo no rosto e apalpou minha bunda. Respirei fundo e entrei.
Assim que o Igor fechou a porta, colocou uma música eletrônica pra tocar — dessas bem aceleradas, meio rave de fundo de vale — e eu já achei esquisitíssimo. Quem em sã consciência mete tech numa transa? O clima ficou zero sensual, totalmente bizarro.
Coloquei minha bolsa sobre a mesa, tirei a blusa de cima devagar, tentando me concentrar, mas o cara tava todo sem noção.
O cliente era branquelo, (não era feio), 1,75 cm de altura, cabelo bagunçado, olhos vermelhos, os braços e as pernas com algumas tatuagens, de bermuda, de camisa de botão preta e chinelo Rider.
O cara veio se aproximando de mim, com aquela cara de sedutor de novela mexicana bem ruim. Começou a me apalpar nas coxas, sem nem saber onde tava pegando direito, e me enfiou um beijo que, olha… me deu vontade de sair correndo e gargarejar álcool 70.
Foi o pior beijo da minha vida, beijava, lambendo, parecia que os meus lábios eram uma buceta. Beijava MAL demais. E o hálito? Fedia a uísque barato. Já tava meio trêbado, dava pra ver pelos olhos vermelhos dele, aquele olhar perdido, sem foco.
Fiquei agoniada real. Tentei puxar o beijo do meu jeito, dar uma guiada, uma suavizada no clima, mas ele não deixava. Foi indo do jeito dele, totalmente sem ritmo, sem noção nenhuma, como se eu fosse uma boneca inflável das mais baratas, que ele tirou da caixa.
Nesse ponto, eu já estava com o estômago embrulhado, contando os minutos mentalmente. “Falta só 55, falta só 54…”. Triste, viu.
Esse cara é o típico “bonito de longe e longe de ser bonito”. E pra completar, ainda fedido e sem o mínimo de sensibilidade.
Pausa — Aí, preciso parar aqui e respirar. Vou ali fazer um chá de camomila antes que eu jogue esse computador na parede.
Voltei — Tô aqui com minha caneca de chá de camomila, bem quente, para acalmar os nervos, porque olha… se eu não registrar tudo no computador agora, vou acabar tendo pesadelo com esse babaca do Igor.
Como eu tava dizendo… com aquele som de eletrônico ao fundo e aquele beijo eca, aquele hálito podre de uísque barato, e eu já tentando mentalizar a grana no final, porque só isso tava me segurando.
Aí, no meio do beijo, do nada, ele começou a me dedar por trás, no cuzinho. Tipo, do nada mesmo, nem rolou aquele clima, aquele toque mais carinhoso, uma preparação. — Foi tudo no seco, no sentido literal da coisa. Eu travada, tensa, e ele achando que tava abalando.
E, óbvio, né… ele foi ficando de pau duro, dava pra sentir no seu olhar e no volume de sua bermuda roçando minha coxa. Os movimentos começaram a ficar mais ágeis, mais desesperados, tipo um ‘adolescente no cio’, sem noção nenhuma do que tava fazendo.
As roupas começaram a cair uma a uma ao chão. Meu top foi o primeiro (não usava sutiã), em seguida a saia, tudo foi descendo, fiquei só de calcinha, meia-calça e botas.
Daí foi minha vez de tirar sua roupa, tirei sua camisa e, quando puxei sua bermuda para baixo, meus olhos se deparam com seu “meninão”. Era grande, muito grande, maior do que estou acostumada, com uma grossura que me deixou assustada.
Amigo diário. A cabeça era fina em comparação com o resto, e havia uma protuberância que me chamou a atenção.
Toquei naquele ‘monstrinho’, sentindo-o, porém, notei uma bolha saltada na glande. Perguntei o que era, e ele apenas respondeu não saber o que era. Veja bem, como alguém tem uma bolha na cabeça da rola e não sabe o que é? Procura um médico, porra?
— Só vou chupá-lo com preservativo — o comuniquei, não ia colocar a minha boca naquilo, né?
Ele, meio que não gostou da minha resposta, mas não insistiu e continuamos. Nos beijamos outra vez. As mãos dele alisaram meu corpo todo. Os seios, a barriga, as coxas e minha bunda.
— “Que tal, você me chupar agora?” — pediu-me, quase exigindo.
Obedeci, porque combinamos com oral. Porém, sem antes de ele pôr o preservativo, que ficou bem apertado no seu “amigo”.
Então comecei meu trabalho. Ajoelhei-me e peguei no seu pau, masturbei-o, dei beijinhos nele inteiro, então comecei a chupá-lo, sentindo o gosto de látex, com uma certa dificuldade e desconforto, devido à grossura. Não consegui pôr todo, só a glande e dois centímetros para baixo.
Conforme chupava, senti o seu corpo reagir ao meu toque. Igor gemia baixinho, e as mãos seguravam meu cabelo, como se o mesmo quisesse gravar na memória o seu pau na minha boca, e as lambidas que dei nas suas bolas.
Quando o cliente pediu para parar, subimos na cama, onde o bofe me colocou de quatro e ficou me apreciando o meu corpo, com seu olhar de tarado. Igor tirou minha calcinha e as botas, me deixando só de meia-calça. Ficou em pé no chão me observando. Senti o seu olhar apreciativo percorrer cada cantinho enquanto se masturbava vagarosamente. Minha respiração acelerava a cada segundinho, e então, sem aviso, a boca do cliente pousou até a minha buceta.
Diário, não posso negar, o filho da puta chupava bem gostoso!
Foi me lambendo com um apetite que me fez gemer e arrepiar todinha. Não contente, a língua dele aventurou-se no meu cuzinho, bem na entrada. Puta merda. Não aguentei de tanto tesão e comecei a rebolar a bunda na língua dele. Sem conseguir me controlar, gozei, tremendo de prazer.
Diário, mas não parou por aí. Já foi querendo me comer, posicionou-se atrás de mim e tentou entrar sem o preservativo.
— Ei, ei, não, não, sem camisinha, eu não dou, não? — disse a ele, recolhendo a bunda e saindo da posição.
Depois que falei isso, voltou suas atenções para pegar outro preservativo extra grande fora da cama e vestir na sua giromba.
Outra coisa, seu pênis não ficava totalmente duro, o que foi muito estranho. Não parava de se masturbar, na tentativa de não broxar comigo. Ele ficou deitado e eu fui por cima dele, com o mesmo, segurando na metade do pênis para baixo. Em contrapartida, eu tentava meter a glande na minha entrada. O pênis do moço era tão grosso que a penetração foi difícil.
Então, peguei o frasquinho de gel na minha bolsa e voltei. Passei um pouco na minha “menina”, e fui tentar outra vez. Aí a cabeça passou, deslizou e o resto custou a entrar.
— Foi um começo desconfortável para mim. Me senti invadida por um alienígena na xoxota.
Pedi que fosse devagar. Igor bombeou vagarosamente, dando-me tempo necessário para me acostumar ao tamanho, e lentamente, foi deslizando até a metade, não ia mais, preenchendo-me por completa, de uma forma que eu nunca havia experimentado.
Quando mudamos para o “papai e mamãe”, minha vagina estava mais dilatada, entrou fácil. — O cliente me bombeou por um tempo. Trocamos beijos, ele chupou meus seios. Com o tempo, as estocadas foram mais fortes e, a cada investida dele, sentia a minha entrada se esticar ao limite. Suas mãos seguravam-me nos braços, seus gemidos misturavam-se com os meus. E então, em algum momento, Igor gozou, o corpo dele estremeceu, soltando um ‘rugido’ alto. Em seguida, tirando-o de mim.
Quando tudo acabou, o cliente ficou deitado na cama, ofegante, olhando para o teto.
— Vou tomar um banho rápido — disse a ele, me levantando da cama. O cliente só acenou com a cabeça, distraído sei lá com o que.
No banheiro, encontrei o dinheiro do programa em cima da pia. —Notas de cinquenta, cem, todas em um envelope. — Tirei a grana e contei uma por uma, como sempre faço, e logo notei faltarem150 reais do combinado.
— Se tem uma coisa que me deixa irritada, é isso, diário. Combinado é combinado, certo? Odeio quando tentam me passar para trás.
Deixei a grana, tirei a meia-calça e fui tomar um banho rápido. Quando voltei para o quarto, vestida de roupão de banho, Igor ainda estava deitado, ele tinha um copo na mão e bebia uísque.
— Tá faltando 150 reais — disse a ele diretamente, parando na frente dele, segurando as notas nas mãos.
Ele olhou para mim, deu aquele sorrisinho sem graça, como se não soubesse do que eu estava falando.
— “Ah, sério? Desculpa. Devo ter entendido mal. No final, eu completo pra você.” — Ele disse, se levantando da cama, aproximando-se de mim, com a cara mais sínica do mundo.
— Não, não, não, por favor, complete o valor agora. — disse eu a ele. Ali, percebi que o cara era meticuloso e pilantra.
O cliente ficou me olhando, olhou-me no fundo dos olhos, e eu parada, ali, louca pra dar uma porra na cara dele. Acabou pegando a carteira e dando nas minhas mãos, cento e cinquenta, que faltava.
Daí guardei a grana na bolsa. O clima entre nós ficou meio bosta, devida à situação. Lembro de ter olhado as horas no relógio do meu celular, na frente dele, ainda faltavam 25 minutos para acabar.
Tentando esquecer o incidente, voltei minha atenção ao caloteiro e começamos a nos beijar, mesmo contra a minha vontade. Seu hálito de pinga era insuportável. Era forte e azedo, como se ele tivesse ingerido uma garrafa de 51 toda antes de eu chegar.
Apesar do desconforto, tive que continuar. Afinal, é a bosta do meu trabalho. O que me deixou mais desconfortável e intrigada foi a bolha saltada na cabeça do seu pauzão. Pois, queria chupá-lo sem o preservativo devido ao gosto de látex. Mas, preciso o gosto, do que arriscar a minha saúde.
O masturbei enquanto a gente se beijava, por fim, o encapei, porém, o pênis do Igor não cooperava. Faltava firmeza, a ereção não vinha. — Tentei várias vezes, chupando-o, mas a cada tentativa, amolecia.
— Relaxa, vai dar certo — disse a ele, tentando acalmá-lo, embora no meu subconsciente, comemorava, porque estava louca pra sair de lá.
Decidi tentar outra vez, deitando na cama, abrindo as pernas e o chamando pra cima de mim, mas o coitado do “menino” dele continuou mole. Tentou forçá-lo com as mãos, todavia, só piorava.
— “Não tá dando certo — ele disse, finalmente desistindo, com uma voz de frustração e vergonha na voz.
— Relaxa, tá tudo bem, acho que você bebeu demais. Vamos tentar de novo outro dia — respondi a ele, com uma carinha triste.
Fiquei deitada de roupão na cama, olhando para o teto, contando os minutos: agora faltam 14, agora faltam 13… enquanto ele, ao meu lado, se lamentava do seu próprio fracasso.
Quando faltavam cinco minutos pra acabar, levantei-me da cama e fui tomar banho pra ir embora. Troquei, coloquei as botas, os brincos, reforcei o batom, peguei a minha bolsa, me despedi do cliente e saí do seu quarto.
Pra ele, prejuízo, pra mim, foi só mais um programa, só mais um cliente que não tive química. O bom é que recebi o pagamento, e é isso que importa.
Nossa, como está tarde. Agora vou descansar, tenho aula pela manhã e outro compromisso à tarde.
Beijos, amigo diário…
Fernanda.
Deliciosa d mais.
Linda essa foto, já conto, o cara broxou? Foi?