Depois de um certo tempo já estávamos tão perto um do outro que a distância era um mero detalhe.O detalhe que logo não existira mais. Marcamos o nosso encontro desta vez tudo deu certo. Fui para sampa encontra-lo.Você estaria no hotel, eu iria até você. Cheguei na porta do hotel. Fui autorizada a subir. Degrau por degrau me sentia mais perto de ti. Meu coração pulsava tão forte denunciando minha ansiedade. Mil coisas na cabeça… Quarto 230, lá estava eu, em frente a única barreira de abraçar o homem que dando desejos me provoca. Bati na porta. Observo o girar da fechadura, a porta se abre lentamente, não sei exatamente o que aconteceu, quando dei por mim estava pendurada no seu pescoço num dos abraços mais ansiados. Fiquei ali alguns segundos, minutos não sei dizer, sussurrei ao seu ouvido: – Não me larga. Ficamos ali abraçados, o primeiro beijo. O mundo para, naquele momento somos só nós dois. Juntos, nos olhando nos beijando nos tocando sentindo a respiração um do outro o alivio do fim da grande espera.
Toques, cheiros e carinhos dessas coisas que não sabemos explicar, parecia que sempre vivemos juntos, tudo foi tão leve, tudo tão natural. Peça por peça cai no chão as bocas se devoravam. Os lábios unidos as mãos exploram. A língua desenha. A mente vazia os corpos se encaixaram. Os olhos se procuravam. O ritmo frenético. O beijo que devora as pernas tremulas. Gemidos intensos Palavras sem sentido Respiração ofegante Corpos suados Prazer intenso O cheiro O gozo misturado. O cansaço. O conforto do abraço O silencio da cumplicidade Depois de três dias juntos, conversando, amando, brincando, fazendo compras, trocando presentes. Estava chegando o momento da despedida, meu coração gelava. Como seria se afastar de alguém que me fazia tão bem? Poderíamos conviver com isso? A vida não perdoa os Amantes e todos tem de voltar a sua rotina. Você me acompanhou até o metro tinha umas coisas para fazer pelo caminho fomos conversando, um clima estranho estava no ar… O metro fica mais próximo. O silêncio nos dominou.Os passos eram mais pesados as mãos se tocaram quase sem querem você quebrou o silêncio querendo consolar o inconsolável Iriamos nos afastar fisicamente. Chegando no metro abraçamo-nos, beijei seu rosto, segurei sua mão pela última vez. Desci a escadaria, olhei para trás e ainda vi seu corpo sumir na multidão… Hoje meu coração ainda está cheio de esperanças que novamente um dia estarei frente da porta do quarto de um Hotel e do outro lado você estará me esperando.