UMA CONFISSÃO...

Agora irei falar sobre mim mesmo.
Bem!
Eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela escrita é indecente. Minha vida está em meus livros, eles são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas.
Minhas condições não trabalham apenas com as palavras, minhas condições são como laudos médicos.
E ao confessar não me impeço de ser insano.
Sendo holístico, todo momento gera uma confissão, e com satisfações intensas, a sanidade se torna pequena.
Leio minhas confissões,
com saudades intermináveis,
atestando óbitos que não tiram minhas satisfações.
E antes de me julgarem, não busquem em meu confessionário o errado que possa ter feito. Assim haverá menos dedos apontados para meus momentos satisfatórios.
HUNSAKER