Ao meu doutor...

Igor...
Não é o teu corpo que une o caminho que trilho na agenda do seu consultório.
É o tempo.
O tempo em que te bebo na luz que o teu sorriso me concede de olhos fechados, a demora doce da consulta com teus dedos trémulos envolvendo a chama do meu corpo.
É o tempo.
Esse tempo incerto e expectante que me ofereces na carícia ardente da tua boca, como se sua língua fosse perfeita pois nunca falta os meus orgasmos.
É a espera audaz sem procura de minha vulva que o teu membro me contamina, me afaga e me acende com teu néctar.
É o tempo.
O tempo que perdura o afeto derramado na consulta, que busco e sinto, apaixonada, me perco, reinvento e gozo.
É o tempo.
O tempo que se esvai, que termina na despedida da consulta e o reencontro nos caminhos da próxima consulta…!!

HUNSAKER.