— Você tá muito safada hoje, priminha — disse Caio, com a voz rouca, enquanto mordia o lóbulo da orelha dela.
— Para com isso, seu idiota — respondeu Aline, rindo, mas sem se afastar.
Ele a colocou no chão, mas manteve o corpo colado ao dela, encostada na parede. A blusa molhada de Aline deixava tudo à mostra, e Caio não disfarçava o olhar. Ele passou a mão pelo rosto dela, descendo até o pescoço, e disse:
— Tô pensando em te molhar mais um pouco.
Aline riu, mas havia um tom diferente na risada dela, algo que eu nunca tinha ouvido antes. Era como se ela estivesse gostando do jogo. Ele pegou uma garrafa d’água na pia e, sem aviso, jogou um pouco no short dela. Aline deu um gritinho, fingindo indignação, mas logo caiu na risada.
— Olha só, agora vou ter que tirar isso também — disse ela, provocadora, enquanto puxava o short para baixo, deixando-o cair no chão. Ficou só de calcinha, uma peça preta minúscula que mal cobria o necessário.
Eu senti um calor subindo pelo corpo. Era minha namorada ali, mas a cena me prendia de um jeito que eu não conseguia explicar. Caio a puxou pela cintura novamente, e os dois voltaram a se beijar, agora com mais urgência. Ele a levantou de novo, dessa vez colocando-a sentada na pia. As pernas dela se abriram instintivamente, e ele se posicionou entre elas, as mãos explorando cada curva do corpo dela.
— Caio, para… a gente não pode — murmurou Aline, mas a voz dela era fraca, quase suplicante.
— Não posso o quê? — retrucou ele, com um sorriso malicioso. — Você tá adorando, priminha.
Ele deslizou a mão por dentro da calcinha dela, e Aline jogou a cabeça para trás, soltando um gemido mais alto. Eu sabia que precisava fazer algo, mas meus pés pareciam grudados no chão. Era como se eu estivesse assistindo a um filme proibido, incapaz de desviar o olhar.
De repente, ouvimos um barulho vindo da sala. Era Bruna, que tinha voltado mais cedo do encontro com o namorado. Caio se afastou rápido, e Aline desceu da pia, pegando o short no chão e vestindo-o às pressas. Quando Bruna entrou na cozinha, os dois já estavam agindo como se nada tivesse acontecido.
— Tô morrendo de fome! — disse Bruna, sem perceber o clima. — Vocês não vão fazer nada pra comer?
— Tava pensando em pedir uma pizza — respondeu Caio, com uma naturalidade impressionante. Aline apenas concordou, ainda meio desconcertada, ajustando a blusa molhada.
Eu aproveitei o momento para entrar na cozinha, fingindo que tinha acabado de chegar. Peguei minha carteira na mesa e disse:
— Esqueci isso aqui. Tô indo pra casa agora.
Aline me olhou, um pouco nervosa, mas tentou disfarçar.
— Tá bom, amor. Te vejo amanhã?
— Claro — respondi, seco, e saí.
Naquela noite, não consegui dormir. As imagens de Aline e Caio não saíam da minha cabeça. O ciúme queimava, mas havia algo mais, uma mistura de raiva e excitação que eu não queria admitir. No dia seguinte, era domingo, e Aline me chamou para passar o dia na casa dela. Cheguei por volta do meio-dia, e a casa estava tranquila. A mãe delas não estava, e Bruna tinha saído novamente. Só estávamos eu, Aline e Caio.
Aline estava na sala, deitada no sofá, usando um vestidinho leve que marcava cada curva do corpo. Caio estava na poltrona, mexendo no celular. Quando me viu, ele apenas acenou, como se nada tivesse acontecido. Aline se levantou e veio me abraçar, mas eu estava distante, ainda pensando na noite anterior.
— Tá tudo bem, amor? — perguntou ela, percebendo meu humor.
— Tô de boa — menti, forçando um sorriso.
Passamos a tarde assistindo a um filme, mas a tensão no ar era palpável. Caio fazia comentários aleatórios, e Aline ria de tudo que ele dizia. Em um momento, ela se levantou para pegar água, e Caio foi atrás. Eu fiquei na sala, mas meu instinto me fez levantar e ir até a cozinha em silêncio. Quando cheguei, vi os dois de novo, ele encostado na pia, ela bem perto, rindo de algo que ele disse.
— Você é muito bobo, sabia? — disse Aline, dando um tapinha no peito dele.
— E você gosta, né? — respondeu Caio, segurando a mão dela e puxando-a para mais perto.
Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, ele a beijou novamente. Dessa vez, Aline não resistiu nem por um segundo. Ela se entregou completamente, as mãos dele subindo pelo vestido, levantando-o até a cintura. Eu sabia que precisava intervir, mas algo em mim queria ver até onde aquilo ia.
— Caio, a gente tá correndo risco — sussurrou Aline, entre beijos.
— Relaxa, priminha. Ele tá lá na sala, vidrado no filme — respondeu Caio, com um tom confiante.
Eu voltei para a sala antes que me vissem, o coração disparado. Não sabia o que fazer. Confrontar Aline? Confrontar Caio? Ou continuar fingindo que não via nada? A única certeza era que, naquela casa, as coisas estavam longe de ser normais. E, no fundo, eu me perguntava até onde eu mesmo estava disposto a deixar isso ir.
Continua...
Sussurro Proibido
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