- Sim, amor.
- O da fraude?
- Aham.
- Luís, você acabou de ser enrabado pelo dono da empresa que fez o acordo contigo e você tentou ferrar. Fez um brilhante trabalho na empresa. Estava de olho em você desde sempre com a ajuda de Joana. O que estávamos fazendo com você é preparar para sua vida na prisão.
- Como assim?
- Seu trabalho foi bem feito, mas acabou. Não precisamos dos seus serviços. A fraude que fez conosco ainda traz grandes prejuízos e chegamos naquele ponto que, ou apenas te demitimos ou te demitimos e mandamos para prisão. Não quero você sendo meu adversário nos negócios de novo...
- Não, não faça isso, eu faço o que você quiser, nem precisa me manter no trabalho. Por favor.
- Cala a boca. Apenas te usamos como você fez conosco. E aproveitamos para te ferrar um pouco. Tiramos sua esposa de você, fizemos a Joana se casar contigo e preparamos seu cu pra servir a vários prisioneiros durante sua estadia. Fomos bem carinhosos com você. Tá mais que provado que aguenta uma prisão.
Olhei para Joana como se tivesse tomado uma facada pelas costas e ela apenas sorriu e se explicou:
- Então, putinho. Não vou negar que eu realmente curti nosso momento. Inicialmente achava um porre, mas depois que você virou submisso, pedi pra estender um pouco mais e te curtir. Foi tão gostoso dar pro garçom enquanto você cantava de galo. É a coisa que mais vou sentir falta. A facilidade que tem de ser machão na rua e corninho submisso viadinho entre quatro paredes. Mas negócios são negócios e, você sempre soube que eu não era confiável. Sempre falei isso. Também sempre falei que queria uma vida boa e você era esse passaporte. Se casou tendo ciência que sou interesseira. Quando for preso, vou mandar os papéis do divórcio e executar aquele acordo de ficar com 70% das suas coisas. Foi gostoso fazer negócio com você e vou sentir falta de te comer. Se você sentir falta disso, pode me procurar, te como sem ressentimento nenhum.
Não conseguia esboçar nenhuma reação. Estava literalmente a mercê dos dois. Joana mandou me levantar para me limpar e me vestir pois seu amante tinha acabado de chamar a polícia. Retirou a coleira e antes que os policiais chegassem me virei para Joana e falei o que sentia no momento:
- Dona, eu não me importo mais com dinheiro. Se quiser, te dou tudo, mas mantenha sua coleira em mim. Eu imploro!
- A proposta é boa, mas você não é mais tão útil pra mim. E fora que eram negócios. Não quero ter nenhum relacionamento com ninguém. Foi bom colocar a coleira em você, mas é hora de procurar outra pessoa pra te dominar. Quem sabe encontra na prisão.
Joana era apenas uma mulher dissimulada. Estava claro que qualquer coisa que pedisse, seria ignorado. Não dava pra fugir pois nem sabia por onde ir embora. A polícia chegou e fui embora pra cadeia. De lá recebi os documentos do divórcio com o acordo dos 70% e assinei. Com o pouco de dinheiro que me sobrou, arquei as custas de um advogado que foi eficiente para reduzir minha estada na prisão. Fiquei o tempo todo preso e evitava ao máximo o contato com outros homens. Era impossível não pensar na foda que meu antigo chefe tinha me dado para aprender a viver como submisso na prisão. Até sentia excitação com isso, mas era melhor evitar.
Com alguns anos, consegui ser solto. Agora sem dever nada a ninguém, fui para uma pequena casa. Agora sem esposa, sem Dona e com quase nada no bolso. Precisava reconstruir minha vida. Emprego era algo impossível com a ficha de fraude. Foi quando, enviando currículo para todo e qualquer lugar, me deparo com uma visão que mudou minha vida. Era Joana entrando em um saguão do hotel, com um vestidinho vermelho bem justo ao corpo. Ela parecia andar de câmera lenta e eu, como um gado, sentia-me menor perto dela. Estava no balcão, deixando um currículo e ela veio até próximo de mim parecendo não me reconhecer.
Ao chegar, pediu uma chave e levantou os óculos escuros. Olhou para mim que simplesmente retribui.
- Oi, putinho! Sobreviveu à cadeia? - cochichou.
- Oi Senhora, sim.
- Sentiu minha falta?
- Com certeza.
- Hum, que fofo! Eu também senti, não vou negar. Te comer é gostoso. Afim?
- Sim.
- Mas assim, depois que eu gozar é pra você vazar e seguir seu rumo.
Nem precisei responder mais nada. Ao receber sua chave eu simplesmente a segui...
FIM!
PS: Aqui é aquela parte em que você tem liberdade para encontrar o desfecho. Obrigado a todos que acompanharam a saga! De coração. Embora os textos sejam longos, tentei usar muito de recursos sensuais e eróticos. E sim, com um personagem tão desonesto, quis dar um desfecho mais penoso. Também pensei em inserir a história na cadeia, mas cortaria a ligação dele com a relação direta com sua amante dominante, algo que ficou até o final.
Até a próxima! Curta, comente!