A loira se jogou no sofá, descalçando os saltos altos, as pernas cruzadas revelando as coxas torneadas. Roxy a olhava como quem olha uma obra de arte prestes a ser violada com devoção.
— Quer banho? Ou quer foder primeiro? — perguntou Sofia com aquele sorriso que só ela sabia dar.
Roxy se aproximou, tirando a camiseta justa que usava, revelando o corpo marcado, os seios siliconados arrepiados sob o ar-condicionado.
— Foder. Sempre. Mas hoje eu quero mais do que isso.
Ajoelhou-se diante de Sofia. Beijou-lhe os pés, os tornozelos, subiu pelas pernas com a língua úmida, lenta, como quem reverencia um altar. Sofia recostou-se, abrindo as pernas sem nenhuma vergonha, o vestido curto subindo até a cintura, sem calcinha.
— Gosta de provocar, né? — murmurou Roxy, afundando o rosto entre as coxas da loira.
— Você me ensinou... — respondeu com um gemido já trêmulo.
Roxy sabia o que fazia. Cada movimento da língua era firme, preciso, e ao mesmo tempo cheio de paixão. Usava os dedos e a boca alternando ritmos, fazendo Sofia implorar, gozar, e implorar de novo. A loira se contorcia no sofá, os olhos revirando, o corpo suando.
— Mais… me dá tudo… me fode de verdade…
Roxy se levantou, com os lábios brilhando, e sem dizer uma palavra pegou Sofia nos braços, levando-a até a parede do corredor. A loira a envolveu com as pernas, se encaixando com perfeição no quadril da morena. E então, com um movimento bruto e delicioso, Roxy penetrou Sofia com um strap bem ajustado, já molhado pela excitação.
Os gemidos ecoavam pelo apartamento.
A cada estocada, a cada beijo mordido, os corpos batiam com urgência e paixão, como se o mundo fosse acabar naquela noite. Sofia arranhava as costas de Roxy, marcando-a, exigindo mais, mais fundo, mais forte. Roxy obedecia como uma fera solta, suando, rosnando, amando com fúria.
Trocaram posições. Foram para a cama. Depois para a mesa da sala. Foderam até perder a noção da hora, do nome, do ego.
Até que, nuas, exaustas e com os corpos colados, elas ficaram em silêncio, respirando juntas. Os olhos se encontraram no escuro do quarto.
— Você me fez acreditar de novo. — disse Roxy, com voz rouca.
— E você me fez sentir viva. — respondeu Sofia, acariciando o rosto da morena.
— Vamos seguir assim? Selvagens? Loucas? Livres?
— Juntas. Do nosso jeito. Com amor. E muito sexo.
Riram.
Se beijaram de novo.
E fizeram amor mais uma vez. Dessa vez com calma, com reverência, com fogo no coração.
Porque ali não havia apenas prazer.
Ali havia entrega.
Havia pertencimento.
Havia um amor construído com orgasmos, palavras sinceras e cicatrizes aceitas.
Selvagens. Intensas. E, agora, inseparáveis.