Naquela primeira noite no novo lar, o silêncio foi quebrado pelo som da respiração ofegante e gemidos contidos. Lívia, estendida de bruços sobre a cama king-size, sentiu as mãos firmes de Natasha deslizando por seus ombros, descendo pela coluna com uma carícia que queimava a pele, até alcançar os quadris. O contraste da pele bronzeada da ruiva com o dourado dos cabelos da loira, espalhados pelo travesseiro, formava um quadro perfeito de desejo e entrega. Natasha não perdeu tempo; seus dedos exploraram cada curva definida pelos treinos, cada músculo que guardava o suor e a força das corridas, provocando arrepios profundos que faziam Lívia se entregar de olhos fechados.
A voz rouca da ruiva sussurrou contra a pele macia da loira: “Aqui, neste espaço só nosso, vamos correr o tempo todo — e também explorar cada centímetro do prazer.” Com um movimento lento, Natasha virou Lívia para cima, seus olhos encontrando os dela com intensidade. As mãos da ruiva desceram pelo corpo da loira, desabotoando devagar a regata que delineava seus seios firmes e realçados pelo silicone. Os dedos brincavam com os mamilos, tornando a respiração de Lívia rápida e tremida, enquanto os beijos de Natasha desenhavam um caminho do pescoço até o colo, deixando um rastro de fogo na pele.
De manhã, o despertar era um ritual de sedução. O aroma do café forte se misturava com o calor dos corpos nus, abraçados sobre lençóis brancos. Rindo, Lívia puxava Natasha para perto, seus lábios se encontrando num beijo lento e profundo, o sabor da madrugada ainda presente. O desejo parecia pulsar em cada toque, e elas se entregavam a carícias que iam desde toques delicados até mãos firmes que exploravam com urgência.
Os treinos seguiam com a mesma intensidade, mas o retorno para casa era o ápice dos seus encontros. Não importava o cansaço das pernas ou o suor que escorria pela pele, assim que a porta fechava, Natasha invadia Lívia com beijos ardentes, mãos que exploravam sem cerimônia. Na parede da sala, a loira sentia o corpo pressionado contra o concreto frio, e a língua da ruiva provocava cada centímetro de pele exposta, enquanto seus dedos corriam para dentro da cintura da amiga, apertando e moldando o corpo forte que ela amava.
A dança selvagem se repetia no chão, onde o frio do piso contrastava com o calor dos corpos entrelaçados, as respirações entrecortadas, os gemidos que ecoavam nas paredes. Óleos perfumados, pele brilhando, mãos que descobriam lugares secretos, sussurros que pediam mais, sempre mais.
Às vezes, a paixão as levava para a cozinha, onde entre olhares ardentes, Natasha erguia Lívia contra o balcão, beijando cada linha do seu pescoço e desvendando seu corpo com a boca, provocando arrepios que faziam a loira se perder em suspiros e gemidos. O moletom oversized que Lívia usava caía ao chão, revelando a pele dourada e firme que Natasha não cansava de tocar.
Os planos para o futuro ganhavam vida entre um beijo e outro. Ultramaratonas nas montanhas do Colorado, uma casa no campo para se esconder do mundo, um retiro para corredoras que buscassem conexão e paixão. Mas o que realmente importava era o agora — o corpo da outra, o calor do toque, o sussurro urgente no ouvido dizendo que ali, naquele espaço, o amor era a maior e mais bela corrida.
Na última noite antes de retomar as competições, Natasha segurou a mão de Lívia, puxou-a para perto, e com os olhos brilhando de fogo, sussurrou: “Você é meu destino, minha linha de chegada. Vamos correr a vida juntas, no mesmo ritmo, com a mesma paixão.”
Lívia sorriu, o corpo inteiro tremendo de emoção, e respondeu com voz embargada: “Até o fim. De mãos dadas. No treino, na corrida, no desejo.” O beijo que se seguiu foi longo, profundo, como se tentassem congelar o tempo ali, embaladas pelo ruído distante da cidade que nunca dorme, enquanto dentro daquele quarto o mundo delas era só calor, pele e amor.
CELEBRAÇÃO NA VOLTA À ILHA
O sol começava a cair atrás das montanhas que abraçam Florianópolis quando Lívia e Natasha cruzaram juntas a linha de chegada da Volta à Ilha. A multidão vibrava, a adrenalina da prova ainda pulsava forte nas veias, mas o que dominava era o calor intenso que irradiava entre elas — um fogo que nada tinha a ver com o esforço físico da corrida.
Com os músculos ainda queimando, elas se afastaram do grupo da assessoria, caminhando lado a lado para um cantinho mais reservado na orla, onde o som do mar embalava a brisa morna do final da tarde. O suor misturado ao sal do oceano brilhava na pele bronzeada de Natasha, enquanto os olhos cor de mel de Lívia brilhavam de desejo e orgulho.
Natasha não precisou dizer nada. Com um sorriso malicioso, puxou Lívia para perto, os corpos se encaixando como peças que se completam. A loira sentiu o toque firme e familiar da ruiva nas suas costas, as unhas deslizando suavemente pela pele quente, enquanto os lábios de Natasha encontravam o pescoço dela com beijos que ardiam como o sol daquele dia exaustivo.
Entre a areia fina e as ondas que lambiam os pés, elas se perderam numa dança silenciosa, os corpos se comunicando em toques e suspiros, longe dos olhares alheios, mas dentro de um universo onde só existiam elas duas. Lívia arqueou o corpo quando a língua de Natasha traçou um caminho da nuca até o ombro, enquanto as mãos exploravam os seios firmes, ainda mais sensíveis depois da prova e da exposição ao vento marinho.
Os minutos se transformaram em horas, o tempo diluído pelo prazer e pela cumplicidade. Entre beijos urgentes e carícias precisas, elas tiraram a camiseta suada e os shorts, até ficarem quase completamente nuas, exceto pelos tênis que, curiosamente, continuavam nos pés, lembranças daquele desafio compartilhado.
O som do mar misturava-se aos gemidos baixos, e o mundo ao redor desaparecia. Natasha deitou Lívia sobre a areia fina, o corpo firme da ruiva cobrindo o da loira, o calor dos dois corpos se fundindo em perfeita sintonia. Cada toque, cada suspiro era uma reafirmação do que construíram: uma paixão tão intensa quanto as corridas que enfrentaram juntas.
Quando a noite finalmente desceu, as estrelas foram testemunhas silenciosas daquele amor que, assim como a maratona da vida, prometia ser longa, intensa e cheia de conquistas — não só nas pistas, mas no coração.
Ali, na orla de Florianópolis, entre o sal e o suor, entre o cansaço e o êxtase, Lívia e Natasha encerraram aquele capítulo da vida com a certeza de que a corrida mais importante era a que corriam juntas: a da entrega absoluta uma à outra.