Depois da Corrida

O sol já começava a se pôr por entre as copas das árvores do parque Ibirapuera, tingindo de dourado o suor que escorria pelos corpos suados de Lívia e Natasha. Tinham acabado de completar um treino de quinze quilômetros, ambas ofegantes, pulsando de energia e endorfina, os músculos das pernas latejando em êxtase atlético. Era assim toda semana, mas aquele dia... havia algo diferente.

Lívia, a loira de 36 anos, usava um top justo e um short colado ao corpo definido. Seus seios turbinados pelo silicone saltavam firmes a cada passo, atraindo olhares, mas era Natasha quem lhe prendia a atenção. A ruiva de 42 anos exalava poder com sua presença. Alta, forte, dona de uma beleza selvagem. Seus longos cabelos ondulados, presos em um rabo de cavalo, estavam úmidos pelo suor. Os olhos verdes cintilavam com intensidade, e seu sorriso carregava algo a mais naquele dia: provocação.

— Você tá me olhando como se quisesse me devorar, Lívia — provocou Natasha, secando o rosto com a toalha, sem disfarçar o olhar que percorria o decote da amiga.

— Talvez seja isso mesmo... — respondeu Lívia, aproximando-se. — Já faz tempo que eu penso nisso. Na gente. Mas nunca tive coragem.

Natasha sorriu, felina. — Então agora tem.

Sem mais palavras, o desejo acumulado entre elas explodiu. Natasha puxou Lívia pela cintura, colando seus corpos suados, quentes, vibrando de energia. As bocas se encontraram com urgência, um beijo úmido, profundo, faminto. As línguas dançavam, se exploravam, enquanto as mãos deslizavam pelos corpos umedecidos pelo esforço do treino.

Foram até um canto mais afastado do parque, onde a vegetação escondia um banco de madeira. Natasha empurrou Lívia suavemente até sentá-la ali, tomando o controle com a confiança de quem sabia exatamente o que fazia. As mãos firmes da ruiva subiram por dentro do top, encontrando os seios redondos de Lívia, que gemeu baixinho, mordendo o lábio inferior.

— Seus seios são perfeitos — murmurou Natasha, chupando um dos mamilos com volúpia, enquanto a outra mão escorregava entre as pernas de Lívia, por dentro do short colado.

Lívia arqueou o corpo, perdida entre o prazer e a adrenalina que ainda circulava por suas veias. Seus dedos agarraram os cabelos ruivos, puxando levemente, incentivando. Natasha tirou o próprio top, revelando os seios firmes, bronzeados, desejáveis. Montou no colo da amiga, esfregando os quadris em ritmo sensual, até as respirações virarem suspiros descompassados.

Ali, escondidas pelo verde do parque e embaladas pelo calor do final de tarde, as duas amigas deixaram de ser apenas parceiras de corrida. Transformaram-se em amantes. Intensas, ousadas, suadas e completamente entregues.

A corrida terminou com outra espécie de explosão — de prazer, de libertação, de algo que ambas não sabiam que buscavam, mas que agora jamais iriam abrir mão.