Vestiam shorts justíssimos e tops que moldavam seus corpos de maneira quase indecente. Era o tipo de roupa que fazia pescoços virarem — mas os olhos delas só se grudavam uma na outra.
— Pronta pra suar? — perguntou Andreia, ajustando o boné, a voz provocante como um sussurro no escuro.
— Tô pronta pra você me fazer gemer… de esforço — respondeu Paula, mordendo o lábio com um sorriso de canto.
O sinal da largada soou.
Saíram em ritmo forte, os corpos sincronizados, os olhares se cruzando entre passadas e provocações. Logo no primeiro quilômetro, Andreia deslizou a mão pelas costas de Paula, com a desculpa de “afastar um fio de cabelo”.
— Você não faz ideia do que eu planejei pro pós-prova.
— Espero que envolva gelo, vinho branco… e você nua.
— E talvez um iate.
Paula arqueou a sobrancelha, surpresa.
— Iate?
— O sócio do escritório viajou. Liberou pra mim o domingo inteiro. Só nós duas. Sol, mar e… a punição que você merece por correr mais rápido que eu.
Do km 8 ao 16, o ritmo seguiu forte. Mas a tensão entre as duas era mais acelerada que os batimentos. Paula propositalmente deixava Andreia correr atrás, rebolando o quadril em passadas provocantes. Andreia alcançava, colava no cangote da ruiva e sussurrava frases carregadas de promessas e malícia:
— Quando a gente chegar, você vai correr de novo. Mas vai ser da minha língua.
Ou:
— Você tem cinco gemidos de punição acumulados.
Aos 21K, cruzaram a linha de chegada de mãos dadas. Rosto colado. Suadas, arfando, sorrindo como viciadas em desejo. O mar logo ali, o corpo pulsando, mas o que queimava mesmo era o que viria depois.
O iate estava ancorado numa marina privativa. Era branco, moderno, com acabamentos em madeira, uma cama queen na cabine inferior, cozinha gourmet e — o que mais interessava — uma proa espaçosa com almofadas largas, toalhas e uma champanhe no balde.
Paula subiu primeiro, tirando o tênis e sentando-se na beirada. Andreia veio logo depois, tirando a blusa de prova e ficando só com o top. Os seios siliconados saltavam, suados, firmes, prontos.
— Quero brindar com seu suor — disse Paula, se aproximando e lambendo o colo da loira devagar.
Andreia se deixou deitar na proa. O sol aparecia entre nuvens. O barco balançava suave. Paula montou sobre ela, as coxas pressionando os quadris da mais velha.
— Lembra da nossa primeira vez no parque? — sussurrou Paula.
— Lembro da sua língua no meu clitóris antes mesmo da toalha estar no chão.
— Hoje quero fazer você gozar com o barulho das ondas.
A ruiva tirou o top com firmeza. Estava suada, bronzeada, os cabelos desgrenhados do esforço da corrida. Andreia puxou-a para baixo, colando os corpos, sentindo a pele quente e o sal do suor.
Beijos longos. Línguas que se enroscavam. Dedos que invadiam. Paula beijava o pescoço, os seios, descia pela barriga com a boca molhada, até chegar à calcinha preta de corrida.
— Tira com a boca — ordenou Andreia, a respiração pesada.
Paula obedeceu. Puxou devagar, os dentes roçando o tecido. Andreia arfava, os olhos semicerrados.
A língua da ruiva mergulhou com fome. Andreia segurou nos cabelos dela, guiando os movimentos, gemendo alto, o som abafado pelas ondas e pelo vento.
— Mais forte. Isso. Isso… Ah, porra, Paula…
Andreia se contorceu inteira, as coxas apertando a cabeça da ruiva, o quadril levantando da almofada. Gozou com o corpo todo, pulsando em ondas como o mar ao redor.
Mas não pararam.
Paula subiu, a boca brilhando, e beijou a loira com gosto de mar e desejo.
— Agora é minha vez — disse ela.
Andreia não hesitou. Deitou Paula com firmeza. Arrancou a calcinha dela com um puxão. E começou a montar. Os quadris deslizavam, o clitóris roçava em rotação exata. Paula arqueava as costas, gemendo entre dentes.
— Isso… continua… eu vou… vou…
E foi. Um orgasmo quente, gritado, molhado.
Horas depois, deitadas na proa, nuas sob o sol filtrado por nuvens, Andreia acariciava os cabelos de Paula.
— Você quer saber por que eu gosto de controlar? — perguntou, a voz agora mais baixa, introspectiva.
— Quero tudo de você — respondeu Paula.
— Porque por anos, eu fui manipulada. Por um marido que me traía, mentia e ainda me fazia sentir culpada. Depois que me libertei, prometi que nunca mais deixaria alguém me dizer quem sou.
— Agora você manda. Mas comigo, você se permite sentir.
Andreia virou o rosto. Olhou nos olhos da ruiva.
— E contigo, eu sinto tudo. Sem medo.
Paula sorriu, acariciando a pele bronzeada da loira.
— Então sente mais. Hoje ainda é domingo. E o mar tá só começando a ficar agitado.
Ali, naquela proa, sob o sol e o vento do litoral, os corpos delas não descansavam. Se procuravam. Se exigiam. Se devoravam.
Correram 21K. Mas a linha de chegada… era só o início.