— Entramos! Vamos correr Nova York!
Lívia pulou no colo da ruiva, as pernas firmes se enroscando na cintura dela. Natasha girou com a loira no ar, rindo, antes de colá-la na parede e beijá-la com força.
— Vamos correr Nova York… e gozar em Manhattan.
1. Central Park, seu novo playground
Chegaram em outubro, poucos dias antes da prova. O outono tingia as árvores de tons alaranjados e vermelhos. Ficaram num hotel boutique no Upper West Side, a poucos passos do Central Park. A primeira corrida leve na cidade foi como um filme: as duas, de legging justa e regata, trotando entre folhas caídas, entre casais com café na mão e esquilos saltando de galho em galho.
Fizeram tiros na subida do Harlem Hill, alongamentos em frente ao reservatório de Jackie Onassis, e treinos regenerativos pelo West Drive. À noite, voltavam com as panturrilhas ardendo, os olhos brilhando — e a libido acesa.
No segundo dia, após 16km leves pela cidade, correram direto para o chuveiro. Natasha entrou primeiro. Quando Lívia entrou atrás, a água já descia quente sobre os ombros musculosos da ruiva. A loira encostou-se pelas costas, esfregando os seios firmes contra ela, as mãos já explorando a pele molhada. Natasha virou-se e a beijou com fome, encostando Lívia na parede de azulejo. Sem dizer uma palavra, ajoelhou-se no chão escorregadio, abriu as pernas da loira e a saboreou como se estivesse há semanas sem tocá-la. Lívia gemeu alto, deixando a água correr por seus cabelos enquanto gozava com intensidade. Depois puxou Natasha para cima, virou-a de costas e passou a língua por toda a extensão da coluna da ruiva, até alcançar sua feminilidade latejante. Ali mesmo, com os dedos e a boca, fez Natasha tremer até os joelhos cederem.
Tomaram banho duas vezes. Para limpar o suor… e depois para limpar o desejo.
2. Dias de prazer e preparo
Durante a semana, correram pela Brooklyn Bridge, experimentaram bagels com salmão e treinaram ladeiras no Queens. À noite, exploravam também outras curvas — as dos corpos uma da outra. Na cama king-size do hotel, testaram posições novas, brinquedos trazidos na mala, óleos quentes e beijos longos.
Em uma noite fria, Lívia usava apenas um moletom largo e meias até o joelho. Natasha apareceu de lingerie preta e cinta-liga. Sem falar, pegou a câmera e fotografou Lívia de joelhos, a boca aberta recebendo os dedos da ruiva, que a provocava lenta, até deixá-la em transe. Em seguida, deitou-a na cama e montou sobre ela com o strap, penetrando com força e firmeza, segurando-a pelos quadris. Os gemidos misturados às buzinas da rua abaixo criavam uma trilha urbana para o ato selvagem e apaixonado.
Depois de cada orgasmo, elas se deitavam entrelaçadas, falando baixinho sobre a corrida, os quilômetros, as roupas que usariam… e o que fariam quando cruzassem a linha de chegada.
3. O grande dia
5 de novembro. O alarme tocou às 5h. As duas vestiram o uniforme que haviam escolhido juntas: regatas combinando com os nomes escritos no peito — e uma pequena faixa no braço com as iniciais uma da outra.
Na largada em Staten Island, Natasha abraçou Lívia por trás, as duas pulando para se aquecer no frio de 6°C. Quando soou o tiro, saíram lado a lado, passo sincronizado.
Atravessaram a Verrazzano Bridge com o vento cortando o rosto, depois vieram os bairros: Brooklyn, com suas bandas de jazz e torcedores vibrantes; Queens, com crianças estendendo a mão para “high five”; Manhattan, onde gritaram seus nomes em diversas línguas.
No quilômetro 30, quando a parede parecia surgir, Natasha virou-se e falou entre suspiros:
— Lembra do que eu te fiz naquela primeira sauna em Lisboa? Imagina o que te espera quando cruzarmos a linha.
Lívia sorriu, arrepiada, e encontrou forças no desejo.
Cruzaram a linha de chegada no Central Park em 3h29m. Um tempo excelente. Mas mais do que isso: inesquecível. Caíram no abraço, exaustas, ofegantes, lágrimas e suor se misturando. Natasha segurou o rosto de Lívia:
— Você é minha prova mais difícil… e mais deliciosa.
— E você é minha medalha mais quente.
4. Amor com vista para Manhattan
De volta ao hotel, medalhas no pescoço, tomaram banho juntas em silêncio. Quando deitaram na cama, a cidade ainda vibrava do lado de fora, mas dentro do quarto o mundo parou.
Natasha acariciou o corpo de Lívia com calma, beijando cada músculo dolorido, cada marca de esforço. Desceu entre as coxas dela, lambeu com suavidade, deixando o prazer crescer como a maratona: passo a passo. Lívia gozou gritando o nome da ruiva. Depois foi a vez da loira fazer Natasha gemer agarrada ao travesseiro, o corpo arqueado, o prazer vindo em ondas como as ruas de Nova York.
Dormiram nuas, enroladas nos lençóis, as medalhas sobre a cômoda.
E enquanto Manhattan brilhava do lado de fora, lá dentro duas mulheres sorriam. Tinham vencido juntas. E já sonhavam com o próximo desafio — nas pistas e na cama.