Da cor do pecado - parte quatro



O tempo passou. O inverno chegou com a promessa de um feriado prolongado e uma viagem que Sílvia e Valéria haviam planejado juntas. A ideia de escapar da rotina para um destino romântico, longe de todos os olhares curiosos, foi uma proposta irrecusável. As malas estavam prontas. O destino: uma charmosa vila de montanha, com chalés de madeira aconchegantes, lareiras crepitando e paisagens cobertas pela neve — o cenário perfeito para uma pausa apaixonada.

Sílvia, em um momento de desprendimento, decidiu que não seria apenas uma viagem de prazer. Aquela seria a viagem. A viagem em que ela finalmente diria as palavras que ecoavam em seu coração desde a última noite na sua casa. Mas não seria de qualquer maneira. Seria um pedido de namoro. Algo sincero, cheio de intensidade, mas também de ousadia.

O chalé em que estavam hospedadas era puro charme. A entrada dava para um ambiente acolhedor, com uma enorme lareira e um sofá de veludo onde elas se aconchegavam sempre que chegavam após um dia explorando os arredores cobertos de neve. Havia um charme rústico no ambiente, mas também um luxo discreto, com móveis de design e um banheiro que mais parecia um spa. O inverno lá fora contrastava com o calor que elas compartilhavam entre os lençóis.

A viagem começou de maneira suave e tranquila. As primeiras noites foram de exploração da cidadezinha, caminhadas pela neve com roupas pesadas e passeios pelas lojas de artesanato local. Mas a verdadeira magia começou quando voltaram para o chalé, com a noite caindo rápida e fria.

No segundo dia, o tempo fora do chalé era gelado, mas dentro, o calor era irresistível. Valéria, com sua energia vibrante, começou a provocar Sílvia de maneira leve, brincando com seu cabelo e seu corpo como se fossem velhos conhecidos, mas também com a energia de quem sente a emoção do primeiro toque, mesmo depois de tantas noites juntas.

— Você me enlouquece, sabia? — disse Valéria, beijando o pescoço de Sílvia enquanto as mãos dela deslizavam pela espinha, provocando arrepios.

— E eu adoro o efeito que você tem em mim — respondeu Sílvia, puxando-a para mais perto e roçando seus corpos de forma provocante.

À noite, após o jantar à luz de velas, Sílvia tirou Valéria para dançar ao som de uma música suave tocada ao fundo. Não havia necessidade de palavras. Os corpos de ambas conversavam, se aproximando, se afastando, em uma coreografia sensual, onde o espaço entre elas se tornou quase inexistente. Os olhares eram profundos, desafiadores, enquanto os corpos se moviam no ritmo da melodia e da sedução.

Mas no meio daquele ambiente de pura intimidade, Sílvia sabia que tinha que agir. A noite já estava se estendendo, e ela sentia a necessidade de formalizar o que já sentia. Se Valéria estava pronta para o que vinha, ela também estava.

Com um gesto delicado, mas carregado de intenção, Sílvia pegou a mão de Valéria e a conduziu até o jardim do chalé. A neve caía levemente, criando um cenário romântico, como se o mundo ao redor estivesse congelado em um único momento de quietude.

Ali, em meio ao silêncio da neve caindo e o crepitar da lareira dentro do chalé, Sílvia se virou para Valéria, segurou seu rosto com ambas as mãos e a olhou nos olhos. Havia algo nos seus olhos que Valéria nunca havia visto antes — uma sinceridade profunda, uma vulnerabilidade que só quem ama pode revelar.

— Valéria... — disse Sílvia, sua voz rouca, mas suave. — Eu quero algo mais. Quero que isso não seja só uma viagem ou uma noite. Quero você, de verdade. Todos os dias, todos os momentos. Quero que seja minha.

Valéria, surpresa pela profundidade do pedido, a olhou por um momento, avaliando as palavras e o significado delas. Depois, um sorriso lento e verdadeiro tomou conta do seu rosto.

— Eu também quero isso, Sílvia. Mais que qualquer coisa. Eu quero você, e não estou indo embora.

Sílvia sorriu, aliviada e ao mesmo tempo excitada. As palavras haviam sido ditas, e o que estava entre elas agora era algo concreto, algo real. Ambas se abraçaram com força, como se o frio da noite fosse nada comparado ao calor que crescia entre elas.

Naqueles minutos seguintes, o ar ao redor delas parecia mudar. Elas se beijaram, e aquele beijo foi mais profundo do que os anteriores. Havia paixão, mas também promessas não ditas. Os corpos se tocavam com mais urgência, e a sensualidade da noite tomou conta do ambiente, onde a neve ao redor não fazia diferença, pois o fogo dentro delas estava mais do que aceso.

Valéria puxou Sílvia para dentro, e lá, diante da lareira, entre beijos, toques e sussurros, a noite se transformou em uma série de momentos íntimos e ardentes, um envolvimento que as aproximava ainda mais.

Após o pedido de namoro de Sílvia e a resposta calorosa de Valéria, o ambiente ao redor delas parecia desaparecer, deixando apenas o que realmente importava: o vínculo crescente e a atração palpável entre elas.

De volta ao chalé, o calor da lareira iluminava suavemente o ambiente, enquanto a neve caía lá fora, criando uma sensação de isolamento aconchegante. Sílvia puxou Valéria para mais perto, as mãos explorando suavemente o corpo da jovem, como se cada toque fosse uma descoberta.

Valéria sentiu o coração disparar, mas ao mesmo tempo, uma calma a envolvia. Estava nos braços de Sílvia, e isso era tudo o que ela desejava naquele momento. Não era apenas a atração física, mas o sentimento de pertencimento que agora tomava forma entre elas. As palavras de Sílvia ecoavam em sua mente: "Quero você, de verdade." E Valéria sabia que era recíproco, mais do que uma simples aventura. Elas estavam em sintonia, não só na cama, mas na alma.

As mãos de Sílvia desceram lentamente pelas costas de Valéria, traçando linhas suaves pela pele quente. Ela podia sentir o arrepio que cada toque causava, e isso só aumentava sua vontade de explorar cada parte do corpo da amante. Valéria fechou os olhos por um momento, aproveitando a sensação de estar sendo completamente cuidada e desejada.

— Você me deixa sem palavras — sussurrou Sílvia, enquanto seu polegar acariciava o contorno do rosto de Valéria. O olhar entre elas era quente e cheio de promessas, mas também de suavidade.

Valéria se aproximou, suas bocas quase se tocando, mas deixando o suspense no ar. Ela deslizou uma mão pelos cabelos de Sílvia, puxando-a para um beijo demorado, que se transformou em algo mais urgente. Os lábios se encontraram com intensidade, enquanto as mãos de Valéria exploravam as curvas de Sílvia, descobrindo cada pequeno detalhe de sua pele.

— Não há mais volta, não é? — disse Valéria entre os beijos, suas palavras carregadas de desejo.

— Nunca houve — respondeu Sílvia, com um sorriso provocante, enquanto se deitava por cima de Valéria, seu corpo aquecendo ainda mais o ambiente ao redor.

O clima da noite estava carregado de eletricidade. O toque das mãos de Sílvia e Valéria se tornou uma dança de sedução, onde a leveza dos movimentos contrastava com a intensidade do que elas compartilhavam. A roupa foi retirada lentamente, cada peça caindo ao chão como uma declaração de entrega.

A primeira vez que seus corpos se tocaram completamente foi como se o mundo lá fora não existisse mais. As mãos de Sílvia passeavam por todo o corpo de Valéria, fazendo-a arrepiar a cada toque. A sensação de estar completamente exposta e ao mesmo tempo profundamente desejada a deixava sem fôlego. Valéria se curvou para beijar o pescoço de Sílvia, enquanto as mãos da mais velha desciam por suas costas, apertando-lhe a cintura, guiando-a com sutileza, mas também com paixão.

O calor das chamas na lareira refletia o calor crescente entre elas. A cada movimento, as sensações de prazer se misturavam com os sussurros suaves e os toques delicados, mas também ousados, que se tornaram parte de quem elas eram naquela noite. O desejo não era só físico — era uma fusão de almas, um reconhecimento silencioso de que ambas queriam mais.

Quando finalmente se entregaram à paixão sem reservas, foi uma dança lenta e carinhosa, onde cada toque, cada beijo, parecia renovar a promessa que haviam feito. As mãos de Sílvia exploraram as curvas de Valéria com respeito, mas também com a urgência do desejo que arde entre elas. E Valéria, com um sorriso tímido mas cheio de confiança, retribuía a intensidade com que Sílvia a envolvia.

Entre beijos e carícias, o tempo se esticava. O mundo parecia lá fora, mas elas estavam ali, no agora, imersas em sua própria história. A noite continuou, com momentos de prazer e suavidade, onde cada suspiro e toque parecia fortalecer o vínculo entre elas.

Essa noite foi muito mais do que uma simples aventura — foi um marco no relacionamento de Sílvia e Valéria. O desejo físico se entrelaçou com a emoção profunda e a conexão sincera. Elas sabiam, naquele momento, que haviam dado um passo importante em direção a algo mais. O que antes parecia ser um simples desejo agora se transformava em algo real, algo que poderia durar.

O último dia da viagem chegou silenciosamente, como se o tempo tivesse se estendido para dar espaço àquelas últimas horas juntas. Sílvia e Valéria despertaram com a luz suave da manhã penetrando pelas janelas do chalé, iluminando o quarto de forma delicada. O frio da neve lá fora parecia contrastar com o calor que ainda queimava entre elas. O quarto, envolto em lençóis brancos, estava impregnado da essência daquela viagem: desejo, carinho, entrega.

Elas haviam se acostumado à presença uma da outra, o que antes parecia ser um jogo de sedução agora se transformava em uma cumplicidade natural. Os gestos mais simples, como o toque de uma mão ou o olhar cruzado, carregavam um significado profundo. Sílvia sabia que havia algo mais entre elas, algo que não poderia ser ignorado. A viagem, que começou como uma fuga do cotidiano, agora era o reflexo do vínculo que se formava entre elas — não só físico, mas emocional e espiritual.

Valéria estava deitada ao lado de Sílvia, seu corpo ainda quente e relaxado pela noite passada, onde haviam se entregado ao prazer e à intimidade de uma forma mais profunda do que qualquer uma poderia ter previsto. As palavras estavam quase de mais, pois a conexão entre elas já dizia tudo. Mas havia algo que Sílvia sentia, algo que ela não poderia mais adiar.

Ela virou-se para Valéria, olhando profundamente em seus olhos. A luz suave da manhã refletia nos seus cabelos bagunçados, e a pele de ambas parecia brilhar, ainda marcada pela intensidade dos toques e carícias da noite anterior.

— Valéria, você... — Sílvia começou, mas sua voz falhou um pouco. Ela estava prestes a dar o próximo passo, a transformação definitiva daquele relacionamento. Mas o medo, o receio do desconhecido, quase a segurou.

Valéria percebeu a hesitação e, com um sorriso tranquilo, tocou o rosto de Sílvia, acariciando-a com carinho. Ela sabia onde Sílvia queria chegar, e seu olhar foi a resposta que Sílvia precisava.

— Eu sei, Sílvia. Eu também sinto isso. — Valéria puxou a mais velha para um beijo suave, carregado de significado. O desejo estava lá, mas era agora uma mistura de carinho, devoção e desejo. Elas não precisavam mais de palavras.

O que começou com uma paixão intensa e ousada, agora estava em um lugar mais sereno, mas ainda vibrante de sensualidade. Elas se levantaram e, ainda de mãos dadas, caminharam até a janela, olhando para a neve caindo lá fora. Não era só o cenário ao redor delas que era lindo, mas o que havia dentro delas: um vínculo crescente que só aumentava com o passar do tempo.

À medida que o dia avançava, Sílvia e Valéria aproveitaram os últimos momentos no chalé, se entregando aos pequenos gestos: toques que não tinham pressa, sorrisos que não diziam nada, mas tudo ao mesmo tempo. Elas sabiam que aquilo era o começo de algo mais. Cada beijo, cada toque, agora era um lembrete do que estavam construindo juntas. O prazer, a intensidade, a ousadia, tudo se misturava com a ternura e a promessa de um futuro compartilhado.

Na despedida, ao saírem do chalé para seguir em direção ao carro, Sílvia segurou a mão de Valéria com firmeza, como se quisesse garantir que aquilo não fosse apenas uma experiência passageira. Olhou para ela, sorriu e disse, com uma confiança renovada:

— Isso é só o começo, Valéria. Eu quero você. Sempre.

Valéria, com um sorriso que misturava felicidade e desejo, respondeu:

— Eu também, Sílvia. E não vou a lugar nenhum.

E assim, com a neve cobrindo o caminho à frente, as duas se afastaram do chalé, mas o que estava entre elas era eterno. A viagem poderia ter terminado, mas o que haviam começado era apenas o começo de uma nova história, mais profunda e mais intensa a cada dia.

Foto 1 do Conto erotico: Da cor do pecado - parte quatro


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Ficha do conto

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Nome do conto:
Da cor do pecado - parte quatro

Codigo do conto:
235088

Categoria:
Lésbicas

Data da Publicação:
07/05/2025

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