Diretora se encanta a Professora de Educação Física

A diretora Helena completara cinquenta anos recentemente, e apesar de carregar as marcas do tempo com elegância, fora apenas após o divórcio que ela realmente se descobrira. Durante o casamento de vinte anos, apagara aos poucos sua vaidade, sua energia, sua feminilidade vibrante. Mas a separação — difícil, dolorosa — acendeu algo dentro dela. Ela passou a cuidar do corpo, voltou a frequentar o salão, trocou os ternos cinzentos por vestidos que realçavam sua silhueta. Seus cabelos castanhos, levemente ondulados, ganharam reflexos dourados, e seus olhos verdes — agora livres de tristeza — chamavam atenção como nunca antes. Era uma mulher madura, segura, que andava de cabeça erguida e exalava uma sensualidade tranquila, mas irresistível.

Camila, a professora de educação física, era o oposto em energia, mas igualmente fascinante. Com trinta e três anos, corpo atlético e curvilíneo, ela irradiava vitalidade. Seus cabelos escuros caíam em camadas sobre os ombros, e seus olhos castanhos pareciam rir mesmo quando seus lábios estavam sérios. Sempre sorridente, querida por todos, Camila vivia um momento de recomeço. Havia terminado um relacionamento intenso com uma mulher ciumenta e controladora, que sufocava sua liberdade. Desde então, escolhera estar só — até Helena começar a mexer com algo que Camila não sabia que ainda estava ali: desejo genuíno, atração verdadeira, aquela faísca que começa no olhar e termina na pele.

Era fim de tarde quando Camila bateu à porta da diretoria, para entregar um relatório. Helena estava sozinha, os corredores já silenciados. Usava uma blusa de seda vinho, colada ao corpo, e uma saia lápis que moldava seus quadris. Camila hesitou um segundo antes de entrar. Seus olhos se cruzaram — demoradamente.

— Pode entrar, Camila — disse Helena, a voz mais baixa que o habitual.

Camila entrou, o andar firme de sempre, mas os olhos não desgrudavam dos de Helena. O silêncio pairou no ar, espesso, até que Helena fechou a pasta e se levantou devagar, andando até a frente da mesa.

— Está tudo bem? — perguntou Camila.

Helena sorriu de lado. — Está. Só... cansada. E você?

— Cansada também... de me segurar perto de você.

O ar pareceu sumir da sala. Helena, surpresa, parou um passo antes de encostar. Camila deu o último passo. As mãos se tocaram primeiro — quentes, hesitantes — depois os rostos se aproximaram. O beijo veio com fome contida, com desejo represado por semanas de olhares, de toques acidentais, de sonhos silenciosos.

A sala da diretora tornou-se cenário de algo mais. Helena se apoiou na borda da mesa, enquanto Camila a explorava com os olhos e os dedos. A blusa de seda escorregou como água entre os ombros, revelando a pele alva, madura, firme. Camila beijava devagar, como quem descobre um segredo, enquanto as mãos de Helena, mais experientes, guiavam, provocavam, puxavam.

Os corpos se colaram, ritmados pela urgência. Camila, com seu corpo ágil e jovem, entrelaçava-se ao de Helena, que respondia com intensidade surpreendente. Cada toque parecia novo, cada suspiro um convite. As mãos de Camila desceram pelas curvas da diretora, enquanto Helena, com um gemido baixo, sussurrou seu nome.

Ali, entre relatórios e prêmios na parede, viveram não apenas um encontro de corpos, mas o começo de uma paixão que não seguia regras. Era desejo, mas também era admiração. Era fogo, mas também era reconhecimento — de duas mulheres que se encontraram no meio da vida, prontas para recomeçar.

O beijo entre elas deixou de ser apenas um gesto. Tornou-se uma promessa. Helena, tomada por uma coragem que desconhecia, puxou Camila pela cintura com firmeza, colando seus corpos. Sentia o calor da pele mais jovem contra a sua, os seios fartos pressionando seu próprio peito em um encaixe natural, como se aquela dança já fosse antiga.

Camila levou as mãos à cintura da diretora e deslizou lentamente até encontrar o fecho da saia, desabotoando-o com destreza. A saia caiu em um suspiro, revelando coxas firmes, pele macia, a lingerie rendada preta que Helena escolhera sem saber que, naquela tarde, seria desnudada por outra mulher. Por ela.

— Você é ainda mais linda assim — murmurou Camila, a voz rouca, os lábios roçando o pescoço de Helena.

A diretora respondeu com um gemido baixo, guiando a professora até a poltrona próxima. Sentou-se ali e puxou Camila para seu colo. A blusa esportiva de Camila foi erguida com rapidez, revelando um sutiã claro que pouco cobria seus seios empinados. Helena passou os dedos lentamente pela borda do tecido, sentindo o arrepio que causava a cada centímetro. O toque evoluiu para carícias firmes, apertos suaves que provocavam suspiros quentes e entrecortados.

Camila, montada sobre as coxas da diretora, movia-se com lentidão, sentindo o volume da excitação crescer entre elas. Beijava o colo de Helena, seus ombros, sua clavícula, e então desceu, traçando o caminho com a língua até alcançar os seios, já livres, rígidos, provocados. Sugou um dos mamilos, fazendo Helena arquear o corpo e apertar os quadris contra ela.

— Faz tanto tempo... — sussurrou Helena, com um sorriso de prazer no rosto. — E você me faz querer tudo de novo.

Camila respondeu com mordidas suaves, com a língua quente, com os dedos explorando a pele até encontrar o ponto de calor entre as coxas da diretora. Acariciou sobre a renda primeiro, em movimentos circulares que fizeram Helena morder os lábios, a respiração acelerada. Então, com um gesto lento e decidido, puxou a peça para o lado e deslizou os dedos por entre os lábios úmidos, sentindo a entrega total ali, pulsante.

Helena segurou a nuca de Camila com força, trazendo-a para outro beijo — agora mais urgente, mais profundo. Enquanto os dedos da professora brincavam com seu clitóris, sua língua dominava a da diretora com a mesma intensidade. Os quadris de Helena começaram a se mover, buscando mais, pedindo mais. E Camila atendeu, enfiando dois dedos com firmeza, mas com a delicadeza de quem lê o corpo da outra como poesia. A diretora se abriu, se entregou, se desfez ali, nos braços de uma mulher que a fazia sentir viva como nunca.

Quando Helena gozou, foi com um gemido abafado contra o ombro de Camila, o corpo inteiro tremendo, as pernas entreabertas, o peito arfando. Camila sorriu, satisfeita, e sem dizer nada, ajoelhou-se entre as pernas da diretora. A olhou nos olhos enquanto deslizava a língua com lentidão até tocar o ponto mais sensível e, então, a devorou com fome. Helena gemeu mais alto, já sensível, já dominada por um prazer que parecia não ter fim.

E quando finalmente Camila subiu de volta, cobrindo-a com o corpo, ambas estavam ofegantes, suadas, despenteadas. Mas sorrindo. Sorrindo com a intensidade de quem acabou de descobrir um segredo precioso.

— Isso foi só o começo — sussurrou Camila, beijando-lhe os lábios com ternura agora.

Helena acariciou o rosto dela e concordou, o olhar profundo, ainda embriagado.

— Espero que sim. Porque eu não quero mais esconder nada.