Valéria a esperava com um sorriso mais atrevido, menos profissional. Usava um short curto, o biquíni preto por baixo da regata solta deixava entrever mais do que cobria. Seus olhos buscaram Sílvia como se já soubessem exatamente o que aconteceria.
— Pronta para a segunda sessão? — perguntou, com um brilho malicioso.
— Só se for com você — respondeu Sílvia, com um sorriso que misturava charme e desafio.
A cabine parecia mais quente que o normal, ou talvez fosse o clima entre elas. Valéria aproximou-se com as fitas e o óleo bronzeador nas mãos, mas demorou a começar. Estava ali, perto demais, observando Sílvia com uma intensidade que fazia o ar vibrar.
— Pode tirar a parte de baixo também hoje? — sugeriu, com naturalidade, mas os olhos fixos nos de Sílvia.
Ela não respondeu com palavras. Apenas tirou a canga que usava, ficou completamente nua diante de Valéria e deitou-se de bruços sobre a espreguiçadeira.
Valéria passou o óleo com movimentos lentos, cuidadosos, mas carregados de intenção. Suas mãos deslizavam pelas costas, descendo pelas curvas das pernas, voltando pelas coxas até alcançar os quadris. Quando chegou ali, hesitou. Mas Sílvia arqueou levemente o corpo, como um convite silencioso.
A sessão, se é que ainda podia ser chamada assim, virou um ritual de sedução. Valéria inclinou-se, depositando um beijo leve na lombar de Sílvia, que estremeceu. Depois, subiu com os lábios, beijando devagar a coluna até chegar à nuca.
— Eu pensei em você desde o outro dia — sussurrou, enquanto os dedos afastavam com suavidade os cabelos úmidos de Sílvia.
Sílvia virou-se de lado, os olhos encontrando os de Valéria.
— Então me mostra o que imaginou.
A resposta veio em forma de toque. Valéria se deitou ao lado dela, os corpos nus se tocando agora sem qualquer barreira. Beijos vorazes substituíram as palavras, e a pele colada à pele tornou-se linguagem.
Valéria conhecia cada curva com uma reverência ousada, conduzindo o prazer com segurança. Sílvia se entregava mais fundo, mais livre. Não era só desejo — era um redescobrimento de si. Os dedos entrelaçados, os sussurros abafados, o suor misturado ao óleo... tudo pulsava.
Foi mais do que sexo. Foi um ritual íntimo onde ambas se desnudaram por completo — não só os corpos, mas os medos, as vontades, o desejo por algo que ia além da carne.
Quando terminou, ficaram ali deitadas, sem dizer nada por longos minutos, ouvindo o som abafado do vento contra o tecido da cabine.
Sílvia virou-se lentamente e disse:
— Isso foi muito mais que uma sessão de bronze.
Valéria sorriu, traçando com o dedo a linha entre os seios de Sílvia.
— É que com você, tudo fica mais quente.