Depois de superar a dor do primeiro chifre acabei viciando em levar outros



Se tem uma coisa que a gente nunca esquece é de levar chifre. Briga, confusão, porrada, prejuízo, discussão, humilhação, tudo isso você esquece com o tempo. Do chifre não. O meu primeiro aconteceu num namoro que ia durando 4 anos, ela branquinha, baixinha, seios pequenos, rabuda com algumas marquinhas de celulite aqui e acolá e um jeitinho dócil e inocente. Acho que por ser mais baixinha. Tinha o cabelo pintado de vermelho e usava shortinhos curtinhos, não era do decote, mas sempre que podia, exibia o rabo.

Era meu primeiro namoro e embora repreendesse ela com as roupas num primeiro momento, após ela me criticar muito e ameaçar término por isso eu fui relevando até não me importar com isso. Ela ficava muito linda assim e talvez por receber muita atenção e olhares de outras pessoas o dia todo, sempre compensava com um sexo delicioso. Era expert em cavalgar, uma cavalgada funda com um gemidinho delicioso e pedidos de tapa no rabo que mata qualquer um de tesão.

Pois bem, quatro anos e nunca tinha indícios de que ela tivesse alguém. Vivia enciumada comigo, era olhar pro lado e pronto, uma briga louca. A relação estava bem rotineira e eu não tinha muita atitude. Ela era de sair, eu não. Confusão até que resolvi que levaria ela com as amigas dela nas festas e depois buscava. Como conhecia todas e nunca me deram motivo pra desconfiar, fazia isso numa boa e no começo, quando buscava e voltava pra casa nós dois, mais sexo gostoso. Isso meio que me tornava permissivo, já que sempre rolava um sexo bom.

Um dia o sexo não rolou. Ela alegou estar cansada e tudo bem. No dia seguinte, nada. A princípio isso não me chamou atenção, era meio tapado. A ficha foi cair com outras duas outras situações que aconteceram dias depois e ligaram o farol pra mim. Ela deve ter saído (comigo levando ela e buscando) mais umas três vezes de modo que agora não tinha sexo. E os dois fatos que me deixaram ligado foi que numa das vezes ela entrou no carro emburrada, muito transtornada. Disse que tinha sido colocada em saia justa por um amigo da amiga - dando a entender que ele deu em cima dela e ela não gostou - e eu quis resolver a coisa toda, mas ela logo mudou o tom e pediu pra só ir embora. O outro fato foi que ela voltou a sair com as mesmas amigas da tal confusão e uma delas, pegando carona na volta pra casa comentou que ela tinha um namorado muito legal e que queria muito ter um assim. Essa amiga era uma das mais problemáticas do grupo porque vivia com dois, três, quatro caras simultaneamente e quando ela comentou isso fiquei pensativo.

Então somei toda a equação e o óbvio estava na minha cara o tempo todo. Ela estava tendo um caso nessas festas com alguém e eu jamais saberia porque odiava o tipo de festinha que ela ia. Então resolvi falar que na próxima iria com ela para acompanhar e me divertir com ela, afinal, éramos namorados e que mal haveria nisso. Esperei para falar numa festa que ela estava querendo muito ir, que tinha ligado para todas as amigas, feito todos os contatos. Para minha surpresa, ela alegou que não teria como ir quando me viu planejar em ir também para conhecer todos. Ficou super raivosa, inclusive, mas não direcionou a raiva a mim, seguiu tratando bem e sempre dizendo que na próxima iríamos.

A festa que ela queria muito ir aconteceu com as amigas ligavam caçando ela e o máximo que ela dizia é que um imprevisto aconteceu. A próxima, que ela tinha prometido ir comigo, nunca teve. Ela passou a encontrar suas amigas em outros lugares e em horário que ela tinha certeza que eu estaria trabalhando. Afirmava com muita clareza que não devia aparecer sem avisar pois elas conversavam muita "conversa de mulher" e nenhum namorado aparecia, para não atrapalhar o clima entre elas. Inicialmente faziam o encontro sempre tirando fotos delas todas em algum lugar. Logo passou a ser esporádico isso.

Eu, que vinha duvidando do óbvio, resolvi então organizar uma folga no serviço para analisar esses encontros de perto. Havia uma similaridade entre os encontros. Aqueles em que ela falava alto no celular resultavam em fotos das amigas depois e os contatos em que ela falava com um mix de voz alta, mais baixa e sorrateira e mensagens de celular, não tinha foto nenhuma. Deixei minha folga pra um desses encontros e mostrei minha falta de atitude de sempre não levantando qualquer suspeita.

Sai para o serviço pelo percurso de sempre e numa esquina já distante retornei dando a volta e parando numa posição estratégica em que veria o portão claramente. Esperei dar o tempo programado para chegar no serviço e ainda dei alguns minutinhos extras para depois mandar a mensagem desejando a ela um bom dia e que o trânsito tinha sido um pouquinho chato. Ela logo respondeu como sempre também. A cada minuto que passava me sentia um idiota fazendo aquilo, como que a minha namorada iria fazer algo assim, eu devia estar pirando, mas sempre que tentava me enganar pensando isso, eu lembrava de outra coisa: fazia um bom tempo que não rolava sexo e parecia ficar cada vez mais difícil.

Depois de longos 30 minutos, uma movimentação. Um carro aparece e ela logo sai de casa com uma roupa bem atraente. Dá um sorrisinho e se vira para trancar o portão. Depois corre como uma namoradinha adolescente até a porta do passageiro. Eles ainda demoram mais um pouco, aparentemente dando um beijinho no outro e então o carro sai. À distância, os acompanhei e mesmo torcendo pra tudo aquilo ser só coisa da minha cabeça, eles logo partiram para uma área com motéis. Entraram num dos mais baratos e eu fiquei na porta pensando no que fazer.

O chifre realmente existia, e confirmar ele dói. Fiquei sem chão. Imaginei que se descobrisse era só terminar e vida que segue. Mas não queria perdê-la daquela forma. Mas o que poderia fazer? Invadir o motel? Passar uma vergonha maior ainda? Quem era a pessoa? Porque fazia isso comigo? Onde errei? Dezenas de perguntas surgiam e eu fiquei ali amargando a dor da cornitude inesperada. Me senti muito mal. Queria que saíssem logo para abordar, fazer algo. Mas quanto mais o tempo passava, mais eu ficava sem reação. Pensei em ir embora, mas desisti.

Uma hora e meia depois o carro sai e a deixa em casa. Logo vai embora. Foi só uma foda. O que farei?


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Ficha do conto

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Nome do conto:
Depois de superar a dor do primeiro chifre acabei viciando em levar outros

Codigo do conto:
238467

Categoria:
Traição/Corno

Data da Publicação:
17/07/2025

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