Era para ser apenas uma saída comum. A falta de um creme de maquiagem me deu a desculpa perfeita para me produzir como se fosse noite de gala. Escolhi o macacão preto colado de tricô, justo em cada curva, moldando meu corpo como uma segunda pele. O tecido canelado abraçava minha cintura, realçava meu quadril, marcava cada detalhe, e cada passo meu parecia ensaiado para incendiar olhares.
Quando chamei Ricardo, percebi em seus olhos a reação imediata. Ele tentou manter a calma habitual, mas no elevador, atrás de mim, não resistiu. Senti o calor do seu corpo se aproximar, sua respiração no meu pescoço, e a voz grave sussurrando no meu ouvido dizendo que hoje teria problemas.
Me virei devagar, olhei em seus olhos e, com um sorrisinho cheio de veneno doce, respondi que as mulheres dos homens casados também, e que eu iria infartar muito homem por aí.
Ele me segurou firme, colando seu corpo ao meu. Senti seu pênis já duro pressionando minha bunda. Meu corpo reagiu no mesmo instante. Dei uma rebolada provocadora, e ele não resistiu: uma mão subiu até meu seio, apertando meu bico com precisão, enquanto a outra deslizou entre minhas pernas, apertando minha vagina por cima do macacão.
O choque foi fulminante. Minhas pernas amoleceram, e um orgasmo intenso me atravessou como raio. Nunca havia sentido algo tão rápido, tão avassalador. Quando a porta do elevador se abriu, precisei me apoiar para não desabar. Saí rindo, ofegante, e disparei em tom de vingança que ele teria o troco.
Ele não respondeu. Apenas manteve aquele olhar calmo, sereno, e largou um comentário dizendo que eu quem mandava, dona Vivi.
Senti o peso daquelas palavras como provocação, e soube que o jogo só estava começando.
No carro, ele abriu a porta traseira para mim, como sempre. Mas desta vez, sorri e recusei, dizendo que não, que hoje eu iria ao seu lado. E entrei na frente, já com segundas intenções claras.
Durante o caminho, não resisti. Inclinei-me para ele, abri o zíper de sua calça e agarrei seu pênis. Cresceu em segundos, imenso, pulsando em minha mão. Aquilo me deu água na boca. Sem pensar, comecei a me deliciar, sugando como quem queria sugar sua alma, engolindo fundo, arrancando gemidos que ele tentava conter enquanto dirigia.
O suor escorria pelo seu rosto. Eu olhava para ele, vendo-o lutar contra a direção e contra o prazer. Senti o momento em que seu corpo cedeu. Ele segurou minha cabeça e empurrou com força, socando tudo em minha boca. Engasguei, mas não parei. Foi quando ele explodiu, urrando alto, o carro brecando de repente, quase causando um acidente.
O gozo quente inundou minha boca. Engoli tudo, sem saída, até escorrer pelos cantos. Ele, ofegante, sussurrou que quase causamos um acidente, que isso tinha sido muito perigoso, que eu havia ido longe demais.
Sorri, satisfeita, limpando o canto da boca com a língua, e disse que tinha sido ótimo, que minha vingança estava feita. Eu também havia gozado junto, molhando minha calcinha inteira.
No shopping, desci tentando recompor a postura. Senti ainda o escorrer entre minhas pernas e corri até o banheiro, conferindo se algo havia passado para fora do macacão. Por sorte, estava tudo contido na calcinha. Quando voltei, decidi provocar mais: caminhei à frente de Ricardo, rebolando deliberadamente. Os olhares masculinos queimavam em mim, parando para me seguir, e eu sabia que ele via tudo.
Até que um homem ousou demais. Passou por mim, parou de frente e apertou minha vagina por cima do macacão. Soltei um grito. Num segundo, Ricardo estava sobre ele. Vi apenas sua mão na garganta do sujeito, e em instantes o homem desmaiou, caindo como pedra.
Seguranças correram, cercaram Ricardo, tentando contê-lo. O sangue me subiu à cabeça — ele só estava me defendendo. Contei a versão ao chefe da equipe, e uma vendedora que presenciou confirmou. Ricardo apenas comentou, sereno, que não me preocupasse, que ele já iria acordar.
E acordou minutos depois, como se nada tivesse acontecido. O segurança me perguntou se eu queria registrar ocorrência. Pensei rápido e disse que não, que apenas tirassem aquele homem da minha frente.
Antes de irem, fui até ele e dei um tapa no rosto. Os seguranças riram, dizendo que agora sim ele tinha sido apagado duas vezes.
Orgulhosa, voltei a Ricardo e beijei seu rosto. Agradeci.
Mas confesso: fiquei perplexa. Ele o apagou em segundos, sem usar força extrema. Caminhando ao meu lado, perguntei como. Foi aí que ele revelou que era 10º Dan em Kyusho Jitsu, Dim Mak. Disse que aprendeu com um mestre japonês que o ensinou desde menino, e que nunca usou isso para o mal, apenas para defesa.
Fiquei impressionada, mas também emocionada. Pela primeira vez ele estava me revelando um pedaço íntimo da sua história. Senti orgulho e ternura.
O clima parecia pesado, até eu me lembrar da sua fala no elevador. Olhei para ele, sorrindo maliciosa, e disse que ele havia falado que teria muito trabalho hoje, não foi?
Ele retribuiu com o mesmo tom, dizendo que sim, que tinha falado, mas que dessa vez eu iria pagar. Disse ainda para terminarmos logo as compras, porque depois iria me levar para o nosso recanto, e lá ele aplicaria o castigo.
Seu sorriso sereno, misturado à promessa, incendiou meu corpo de novo. Senti meu ventre vibrar, minha calcinha já úmida só de imaginar. Eu sabia: o verdadeiro incêndio da noite ainda estava por vir.
Continua....