Casamentos emoldurados em retratos,
sorrisos de mentira, contratos ingratos.
Vidas paralelas em quartos fechados,
um pacto de silêncio em nomes sagrados.
Tradição que aprisiona, prisão que engana,
famílias de ouro, mas a alma profana.
Não é amor que sustenta, é medo do escândalo,
não é união, é teatro ridículo.
E o preço? Vidas secas, risos decorados,
gerações perdidas em ciclos viciados.
A grandeza não mora em sobrenomes,
mas na coragem de despir-se dos nomes.
A nobreza real é viver sem disfarce,
amar sem correntes, quebrar toda a farsa.
Só a verdade sustenta, só ela liberta —
o resto é encenação, cortina deserta.
Intenso, triste e verdadeiro!