O Guardião Revelado
Os dias passaram desde o episódio no shopping, mas a cena ainda queimava em minha memória. O susto, o assédio, e principalmente a forma como Ricardo reagiu. Em segundos, sem levantar a voz, sem usar força aparente, ele fez o homem desmaiar diante de todos. Um poder silencioso, misterioso, que só aumentava meu fascínio.
Sábado à noite chegou, e com ele o encontro marcado no nosso barzinho de sempre. Quando entramos, a mesa já estava tomada. Karol, Solange, Beth, Carolina, Rafaela, Douglas, Roberto e Silvana ocupavam seus lugares, cada um com um copo na mão, risadas altas enchendo o ambiente.
Assim que nos viram, começaram as piadinhas. Roberto comentou que estávamos atrasados porque eu tinha dado trabalho demais para me arrumar. Solange brincou que Ricardo devia estar de guarda-costas até para escolher minha roupa. Todos riram, e Karol, cúmplice daquilo que ninguém mais sabia, riu mais alto ainda. Provocava, fazia caras e bocas, mas sempre mantendo a fachada de amiga debochada.
Sentamos, e a noite seguiu com brindes e conversas. Até que, entre uma risada e outra, decidi contar o que havia acontecido no shopping. A mesa ficou em silêncio enquanto eu relatava. Expliquei sobre o homem que me abordou de forma agressiva, o susto que tomei, e como Ricardo reagiu. Disse que em questão de segundos o homem estava no chão, desacordado, e que eu mesma não conseguia entender como aquilo tinha acontecido.
Todos se entreolharam, chocados. Silvana foi a primeira a perguntar como ele tinha feito aquilo. Douglas emendou dizendo que parecia cena de filme. Beth segurava o copo com força, os olhos brilhando de curiosidade. Carolina, maliciosa como sempre, provocou dizendo que estava louca para ouvir essa explicação.
Foi então que Roberto perguntou alto, com a mesa inteira atenta. Afinal, Ricardo, o que foi que você fez com aquele cara?
O barzinho ficou em silêncio.
Ricardo pousou o copo sobre a mesa e mudou o tom. Ficou sério, os olhos firmes, a voz grave. Disse que não havia mágica nenhuma, apenas precisão. Contou que usou um ponto vital, parte de uma arte marcial chamada Kyusho Jitsu, também conhecida como Dim Mak. Disse que desde criança havia aprendido com um mestre japonês, um homem que lhe ensinou disciplina, respeito e autocontrole.
Então revelou algo que deixou todos de boca aberta. Era 10º Dan, o grau máximo que herdara de seu mestre antes de sua morte. Um título que não era troféu, mas responsabilidade. Explicou que nunca poderia usar aquele conhecimento para proveito pessoal nem para comércio. Seu mestre havia sido claro: aquilo era um legado sagrado, só devia ser usado para proteger.
O silêncio tomou a mesa. Roberto e Douglas se entreolharam, incrédulos. Disseram quase juntos que ele deveria abrir uma escola, dar aulas, que faria sucesso. Ricardo respondeu com calma, firme, que isso seria trair o mestre. Conhecimento assim não era mercadoria. Era compromisso.
Solange levou as mãos à boca e disse que parecia coisa de filme. Beth suspirou alto, como se tivesse acabado de descobrir um herói escondido diante dela. Carolina riu nervosa e comentou que nunca mais provocaria Ricardo, não depois de ouvir aquilo. Rafaela, mais contida, apenas disse que fazia todo sentido com o jeito dele de ser.
Olhei para ele, com o coração batendo forte. Comentei que agora tudo se explicava: sua calma, sua firmeza, sua forma de me proteger sem nunca perder o equilíbrio. Todos concordaram, elogiando, impressionados, como se estivessem diante de alguém que só existia em lendas.
Foi nesse instante que a lembrança me atingiu. O elevador. O jeito como ele tinha me segurado, como me desarmou em segundos, me arrancando um prazer fulminante. Não consegui segurar. Cai em gargalhada sozinha.
Todos me olharam sem entender. Ricardo também me encarou sério, esperando uma explicação. Mas eu apenas sorri, com os olhos brilhando de malícia, e disse entre risos: você me paga.
A mesa inteira explodiu em risadas, mesmo sem entender nada. Karol foi a primeira a rir mais alto, cúmplice, provocando de propósito, disfarçando como se fosse apenas zoeira de amiga. Disse que nós dois tínhamos segredinhos demais. Douglas entrou na brincadeira, Roberto acompanhou, e o clima voltou a ser leve.
Ricardo ficou sem jeito, mas acabou rindo junto. Não fazia ideia do motivo da minha provocação, mas entrou no jogo.
A mesa ainda vibrava com o impacto da revelação quando Roberto, já meio animado pela bebida, bateu o copo na mesa. Não adianta só falar, Ricardo, queremos ver isso funcionando. Mostra para gente, dá um exemplo.
Todos riram e se inclinaram para frente, curiosos. Ricardo, sereno como sempre, hesitou. Ia recusar, mas antes que pudesse falar, Karol saltou da cadeira, rindo alto. Usa em mim, eu quero ser a cobaia.
A mesa veio abaixo em gargalhadas. Beth quase cuspiu a bebida, Solange cobriu a boca de tanto rir, Carolina já gritava que queria ver. Ricardo suspirou fundo, mas acabou se levantando. Disse apenas que faria algo leve, para demonstrar a sensibilidade dos pontos, nada que fosse perigoso.
Karol se posicionou de frente para ele, ainda rindo, mas já com os olhos brilhando de curiosidade. Ricardo se aproximou e tocou seu braço, pressionando um ponto perto do ombro. Ela riu mais alto, dizendo que parecia cócega. Ele não sorriu. Moveu a mão para o pescoço e explicou calmamente que aquele ponto controlava a circulação de energia. Karol abriu a boca surpresa e sentiu um arrepio percorrer a espinha.
O grupo estava hipnotizado. Ricardo passou para a base das costas, pressionou devagar, e Karol de repente ficou mole, como se estivesse bêbada. Cambaleou e segurou o ombro dele, arregalando os olhos. Meu Deus, o que é isso? murmurou entre risos nervosos.
Ele não parou. Deslizou a mão até outro ponto e pressionou com precisão. O corpo de Karol reagiu com um suspiro profundo, a respiração acelerada, o rosto corando. Ela se curvou levemente para frente e, entre risos e gemidos, exclamou alto, sem conseguir segurar. Parece um orgasmo.
A mesa explodiu em gritos, assobios e gargalhadas. Solange bateu palmas como se fosse um show. Beth se abanava com o guardanapo, Carolina gritava que queria ser a próxima, Roberto ria sem parar, e Douglas berrava que queria aprender aquilo para a vida. Rafaela e Silvana, mais contidas, estavam de boca aberta, mas rindo de nervoso.
Ricardo manteve-se firme, apenas com um leve sorriso de canto. Seus olhos diziam mais do que sua boca. Era como se estivesse cobrando silenciosamente cada provocação que Karol já tinha feito comigo e com ele. Karol, meio sem fôlego, confirmou diante de todos, ainda rindo. Foi isso mesmo, juro, pareceu real, nunca senti nada igual.
E foi aí que meu corpo inteiro lembrou do elevador. Da forma como ele me segurou, do toque preciso, do prazer avassalador que me arrancou sem que eu tivesse controle. A certeza me atravessou como fogo líquido. Senti de novo a mesma onda, quente, arrebatadora, e não consegui segurar.
Soltei uma gargalhada alta, tão intensa que todos se calaram por um segundo. Ricardo me olhou sério, sem entender. A mesa inteira esperava uma explicação. Eu apenas encarei meu guardião com malícia, os olhos queimando, e disse ofegante entre risos: agora está tudo explicado.
Karol caiu no chão de tanto rir, cúmplice e debochada, fingindo que não sabia de nada, mas gargalhando como se fosse a dona do segredo. O grupo inteiro veio abaixo, Roberto gritou que eu estava possuída, Douglas berrava que queria aulas urgentes, Beth suspirava olhando para Ricardo como se fosse um super-herói.
Ricardo voltou a se sentar, sereno, ajeitando a camisa como se nada tivesse acontecido. Mas eu sabia. Karol sabia. E dentro de mim o fogo do elevador reacendeu em chamas.
Karol ainda estava de pé, rindo e se abanando, tentando se recompor da demonstração de Ricardo. Os olhos dela brilhavam, meio marejados, e a respiração ainda estava descompassada. Disse alto, para todo mundo ouvir, que nunca tinha sentido nada igual na vida e que queria de novo, mas dessa vez do jeito dela. A mesa explodiu em gargalhadas, alguns assoviando, outros batendo na mesa.
O grupo inteiro começou a bombardear Ricardo de perguntas. Douglas queria saber se ele conseguia apagar qualquer um com apenas um toque. Roberto perguntou se isso poderia ser ensinado. Beth e Solange estavam em êxtase, querendo entender como alguém conseguia provocar sensações tão intensas sem usar força. Carolina, provocadora, soltou que se ele fizesse aquilo com ela, não sairia nunca mais da cama.
Ricardo, sereno como sempre, explicou que cada ponto do corpo reage de forma diferente. Disse que não era mágica, apenas estudo e prática. E reforçou que nunca usava para abusar, mas sim para proteger.
Mas o clima já tinha virado outra coisa. As mulheres, entre risos e copos levantados, começaram a comentar que gostariam de ter um homem como Ricardo perto delas. Que ele era raro, diferente, que combinava força e calma de uma maneira única.
Foi aí que Karol, sempre debochada e cúmplice, entrou no jogo. Colocou a mão na cintura, olhou para mim com aquele olhar malicioso e disse em voz alta, sem medo de nada. Viviane, eu vou roubar o Ricardo de você.
A mesa veio abaixo. Gritos, gargalhadas, assovios. Roberto caiu para trás de tanto rir, Douglas bateu palmas, Carolina e Beth começaram a gritar que também queriam a mesma chance. Solange e Rafaela riam envergonhadas, mas concordavam, entrando no clima.
Eu olhei para Ricardo, depois para Karol, e comecei a rir junto. Mas por dentro a leoa despertava. Disse apenas que podiam tentar, mas teriam que passar por cima de mim primeiro. A mesa explodiu mais uma vez, todos rindo, brindando, se divertindo com aquela provocação que, para eles, era só piada.
Mas entre olhares, eu sabia. Ricardo sabia. Karol sabia. Era um jogo perigoso, malicioso, escondido no meio de risadas e taças, mas o segredo e o fogo continuavam queimando só entre nós três.
As gargalhadas ainda ecoavam pela mesa depois da provocação de Karol. Ela insistia, olhando para mim e depois para Ricardo, dizendo que se ele fosse dela, não o deixaria em paz nunca mais. Beth aproveitou a deixa e riu alto, dizendo que também toparia roubar um homem assim sem culpa alguma. Carolina completou com veneno, afirmando que com um guardião desses ao lado, dormiria tranquila todas as noites. Até Solange, sempre mais contida, deixou escapar que seria um sonho ter alguém como ele.
A mesa virou um coro de insinuações, risadas e provocações. Taças se erguiam, assobios cortavam o ar, e cada mulher parecia competir na ousadia. Karol, no papel de guardiã, conduzia tudo como se fosse uma orquestra, sempre colocando lenha na fogueira, sempre voltando a piada para mim e Ricardo.
Eu ria junto, mas o ciúme e o orgulho ardiam dentro de mim. Aproveitei uma pausa nas gargalhadas e soltei, com voz firme, que elas podiam falar o que quisessem, mas se tentassem alguma coisa teriam uma leoa furiosa pela frente. A mesa explodiu mais uma vez, todos batendo palmas e brindando.
Foi então que Ricardo, que até ali mantinha o silêncio sereno, se inclinou para frente e deixou a voz grave atravessar a mesa. Disse com calma, mas firme, que era justamente por isso que preferia manter distância quando estava com todas aquelas mulheres ao redor. Que eram lindas, inteligentes, divertidas, mas que sempre tinham duas intenções escondidas.
A mesa congelou por um segundo. Então, quase em uníssono, os homens se levantaram, ergueram os copos e gritaram juntos. Sem mais. Ponto. Matou. Encerrado com chave de ouro.
As mulheres fingiram indignação, mas caíram na risada logo em seguida. Até Karol levantou o copo, rindo alto, e disse que dessa vez tinha que concordar. A mesa inteira explodiu em festa, brindes batendo, gargalhadas enchendo o barzinho.
Eu aproveitei o alvoroço e me inclinei discretamente em direção a Ricardo. Toquei sua perna sob a mesa, apertando firme, como quem confirma um pacto silencioso. Ele apenas olhou para mim, aquele olhar que incendiava, e sorriu de canto.
A noite seguiu leve, mas marcada por aquela fala. Para todos, Ricardo tinha encerrado a discussão com maestria. Para mim, era mais uma prova de que meu guardião sabia como dominar qualquer situação — dentro e fora da cama.
As provocações ainda ecoavam pela mesa quando o riso foi cedendo a um silêncio mais pesado. Solange, que até então estava mais contida, ergueu os olhos lentamente. Primeiro olhou para mim, depois fixou Karol, como se buscasse confirmar algo. Por fim, seus olhos se prenderam em Ricardo.
A voz dela saiu calma, mas firme, e a mesa inteira pareceu parar para ouvir. Ricardo, com seu jeito, sua postura, pelo conhecimento que acabou de revelar, me surgiu uma dúvida. Você tem condições de ser alguém grandioso, poderia estar em qualquer lugar, poderia ser muito mais. Então por que se sujeita a ser apenas motorista e segurança?
O grupo inteiro silenciou. Roberto coçou o queixo em silêncio, Douglas cruzou os braços, Beth arregalou os olhos curiosa. Carolina, que sempre tinha uma piada pronta, pela primeira vez ficou calada. Rafaela e Silvana se entreolharam discretamente, como se tivessem tido o mesmo pensamento, mas não ousaram perguntar.
Ricardo não desviou o olhar. Pousou o copo sobre a mesa e respirou fundo, como quem puxa do fundo da alma algo que estava guardado. Quando falou, sua voz era grave, firme, mas tranquila. Meu mestre me ensinou que a verdadeira grandeza não está em títulos, nem em riquezas, nem em cargos de poder. Ele sempre dizia que a árvore mais forte não é a que resiste sem se mover, mas a que sabe se dobrar ao vento. Quem busca ser grande demais, um dia quebra.
A mesa continuava em silêncio, absorvendo cada palavra. Ricardo prosseguiu. Eu escolhi uma vida simples porque nela encontro sentido. Prefiro trabalhar em silêncio e proteger aqueles que confiam em mim, do que buscar fama ou fortuna. Para mim, servir com dignidade vale mais do que qualquer reconhecimento. O que faço não é pouco. É exatamente o que escolhi fazer.
As palavras dele caíram como pedra no meio da mesa. Roberto balançou a cabeça devagar, dizendo que nunca tinha pensado por esse lado. Beth suspirou fundo, murmurando que isso só o tornava ainda maior. Carolina apoiou o queixo na mão e admitiu, meio sem graça, que pela primeira vez não tinha piada alguma para soltar. Até Solange, que havia feito a pergunta, parecia satisfeita com a resposta, os olhos marejados pelo impacto.
Foi então que eu não aguentei e entrei na conversa. É exatamente por isso que ele é diferente. Porque não precisa se exibir, não precisa provar nada. Sua força está no caráter, e é isso que o torna insubstituível.
Karol, rindo, completou do jeito dela. Só alguém realmente grande consegue se esconder na pele de alguém comum. Agora vocês entendem porque esse homem é único.
A mesa concordou em silêncio, alguns batendo os copos, outros apenas balançando a cabeça, como se ainda processassem. Ricardo ficou quieto novamente, sereno, como se não tivesse dito nada além do óbvio.
O brinde seguinte foi mais lento, mas carregado de respeito. Naquela noite, ninguém mais olhou para ele apenas como motorista ou segurança. Para todos ali, Ricardo já era muito mais.
Em meio às risadas e provocações, levantei-me para ir ao banheiro. Karol logo se ofereceu para me acompanhar, e fomos juntas, rindo ainda da confusão na mesa. Quando a porta se fechou atrás de nós, o barulho do grupo ficou distante e o silêncio trouxe outro peso.
Karol encostou-se à parede, cruzou os braços e me olhou séria, bem diferente da figura debochada da mesa. Então perguntou, quase num sussurro. Vivi, me fala a verdade. Como é estar com Ricardo? Vale mesmo todo esse risco que nós duas sabemos que você corre?
Por um instante, fiquei muda, olhando meu reflexo no espelho. Depois respirei fundo e encarei minha amiga. Contei sem filtros. Disse que estar com ele era sentir cada fibra do corpo e da alma em chamas, que era devoção e selvageria, que era como ser possuída por inteiro e ainda assim se sentir protegida. Confessei que se tivesse que começar tudo de novo, sabendo do risco e do peso, eu não pensaria duas vezes. Faria igual. Porque ele valia tudo.
Os olhos de Karol se encheram de lágrimas. Ela se aproximou de repente e me envolveu em um abraço forte, daqueles que parecem apertar a alma. Me surpreendeu ao beijar meu rosto com ternura, como se fosse um sinal silencioso de aprovação. Não disse nada, mas naquele gesto deixou claro que estava comigo, de corpo e alma, como guardiã e amiga.
Voltamos para a mesa com sorrisos leves, como se nada tivesse acontecido. Os outros continuavam rindo, brindando, provocando Ricardo e se perdendo em suas próprias piadas. Eu e Karol trocamos apenas um olhar cúmplice, guardando o segredo daquele momento.
A noite seguiu em clima descontraído até o último brinde. Entre risadas e despedidas, cada um tomou seu rumo, e nós partimos juntos, eu e Ricardo, levando comigo a promessa dele e o fogo que ardia só em nós dois.
A madrugada avançava quando deixamos Karol em casa. Antes de descer, ela nos encarou com aquele jeito atrevido e cúmplice. Vai, meus amores, aproveitem ao máximo, juntos vocês merecem. Mas cuidado, Ricardo. Se ousar machucar a minha irmã, você vai se entender comigo. Não sou essa menina folgada que todos pensam. Também tenho meu lado de leoa.
Ela piscou para mim e bateu a porta. Ficamos sozinhos, e o silêncio voltou a nos envolver. Eu gargalhei, mas o sorriso de canto de Ricardo mostrava que tinha entendido o recado de Karol.
No caminho, não resisti. Olhei para ele e soltei em tom provocador. No elevador… você usou em mim, não foi? Ele manteve os olhos na estrada, mas sorriu devagar. Você mesma sentiu, Vi. Não precisa de resposta.
Meu coração disparou. Segurei sua mão e pedi séria. Me promete que nunca mais vai usar essa técnica comigo se não tiver sentido. Eu quero sentir você, Ricardo. Quero o homem, não apenas o toque. Ele me olhou com aquela calma que sempre me desmontava e respondeu grave. Vi, eu não preciso de pontos vitais para te dominar. O que me move é o que existe entre nós. Isso é maior do que qualquer técnica.
As palavras atravessaram fundo. Senti os olhos marejarem e percebi que estava entregue antes mesmo de chegar em casa.
O beijo aconteceu ainda na garagem, urgente, sem tempo a perder. Entramos tropeçando em roupas, mas com passos decididos. No quarto, tentei provocar, dizendo que dessa vez seria eu quem o dominaria. Ele apenas sorriu, me puxou firme e deixou o mundo desaparecer.
Os beijos começaram lentos, descendo pelo meu pescoço, acendendo cada centímetro da pele. As mãos dele exploravam como se conhecessem mapas secretos do meu corpo. Quando tocava meu seio, era devoção. Quando pressionava minhas coxas, era posse. Eu gemia baixo, incapaz de controlar o fogo que crescia.
Deitada, senti sua boca percorrer minha barriga até me fazer arquear inteira. Era como se cada suspiro fosse roubado. Ele me tomava por completo, primeiro com calma, depois com fome. Quando entrou em mim, meu corpo o recebeu como se tivesse esperado por toda a eternidade.
O ritmo alternava entre selvagem e terno. Eu o agarrava forte, como se quisesse me fundir nele. Nossos corpos colados, suados, dançavam em ondas que me arrancavam gemidos e sussurros sem controle. A cada estocada, um orgasmo surgia, e logo outro, até que perdi a conta.
Ele me virou, me tomou por trás, segurando firme minha cintura, e ali me entreguei como leoa domada pelo próprio guardião. O prazer foi avassalador, minhas pernas tremiam, meu corpo pedia mais. E ele dava.
Quando desabei em seus braços, ainda houve espaço para mais. Ele me puxou para cima dele e me deixou conduzir, montada, olhando em seus olhos. Ali percebi que não era só desejo, era pacto. Me movi com força e doçura, até sentir mais uma vez a explosão que nos uniu em gritos abafados.
Por fim, exausta, desmoronei sobre seu peito. Sua mão acariciava meus cabelos, e minha perna se jogou por cima dele como quem sela posse. Adormeci ali, com a certeza absoluta de que só Ricardo era capaz de dobrar a leoa sem nunca quebrá-la.
A luz da manhã atravessava as cortinas, suave, dourada, mas dentro de mim o desejo ardia como brasas. Ricardo dormia sereno ao meu lado, o corpo quente, respirando fundo. Fiquei observando por alguns instantes, até que não resisti. Puxei o lençol devagar e encontrei seu membro ainda adormecido. Com a boca, comecei a despertá-lo, lenta, provocativa, até senti-lo pulsar rígido em minhas mãos e lábios.
Seus gemidos baixos começaram a preencher o quarto. Quando abriu os olhos, já me encontrou entregue entre suas pernas, sugando com fome e devoção. Sua mão veio firme aos meus cabelos, guiando o ritmo. Então explodiu, e seu néctar quente encheu minha boca. Engoli tudo, deixando escorrer pelos cantos, e ele sorriu satisfeito, mas ainda não havia acabado.
Me puxou para cima e beijou minha boca molhada com intensidade, espalhando o gosto dele em mim. Logo me deitou e se posicionou sobre meus seios, marcando-os com jatos quentes, espalhando com as próprias mãos, massageando meus bicos até me ver gemer de prazer. Desceu em seguida, me abrindo com força e preenchendo minha vagina com seu calor. O líquido escorreu, sujando minhas coxas, e eu estremeci inteira, já perdida no frenesi.
Cada marca era dele. Meu corpo estava coberto por sua essência.
E então veio o ápice. Ele me virou de costas, segurou minha cintura firme e penetrou lentamente pelo meu outro lado, já conhecido entre nós, mas dessa vez com mais força, mais entrega. Meu corpo reagiu de imediato. Um grito escapou da minha garganta, primeiro de choque, depois de prazer absoluto.
As estocadas eram profundas, intensas, me atravessando como trovões. A cada investida, sentia-me sendo levada para além de mim mesma. Gemidos se transformaram em soluços, lágrimas de prazer desceram pelo meu rosto. Eu estava em transe, entregue por inteiro, como se fosse conduzida a um lugar secreto onde só ele tinha a chave.
Ele não parava. Selvagem e romântico, brutal e terno. Seus beijos percorriam minhas costas, sua respiração quente queimava minha nuca, enquanto seu corpo me dominava sem piedade. O orgasmo veio como uma onda violenta, me arrebatando de dentro para fora, convulsionando meu corpo até o último suspiro.
Ricardo explodiu comigo, enterrando-se fundo e me preenchendo por completo. Senti o calor se espalhar em meu interior, um selo de posse, uma marca final. Meu corpo desabou exausto, tremendo, ainda em êxtase, sem forças nem para me mover.
Ele me virou de frente, cobriu meu rosto de beijos, me estreitou contra o peito e deixou que eu adormecesse ali, ainda com a perna por cima dele. Dormi em paz, mas com a alma em chamas, sabendo que nunca mais seria a mesma depois daquela manhã.
A manhã avançava preguiçosa quando Ricardo me despertou com um beijo suave na testa. Eu ainda estava mole, entregue, com o corpo marcado pelo prazer da noite e da manhã que tivemos. Ele sorriu e murmurou com aquela voz grave que sempre me fazia estremecer. Vi, precisamos ir. Você tem que voltar para casa.
Eu suspirei fundo, sem querer quebrar o encanto, mas sabia que ele tinha razão. Levantamos devagar, trocamos olhares cúmplices no espelho enquanto nos arrumávamos, e antes de sair ele ainda me abraçou por trás, colando os lábios no meu pescoço como quem prometia que nada havia terminado.
O caminho de volta foi silencioso, mas cheio de significados. Suas mãos firmes no volante, a minha perna encostada na dele, e entre nós aquele pacto invisível que ardia mais do que nunca.
Quando chegamos em casa, Karol já estava me esperando. Abriu a porta antes mesmo que eu pudesse. Ricardo, elegante como sempre, me deu um beijo profundo na boca, como quem se despede mas também como quem deixa uma marca de posse. Depois apenas me olhou sério e partiu, deixando-me sozinha com ela.
Karol não perdeu tempo. Cruzou os braços, riu com malícia e lançou a pergunta que já queimava em seus olhos. Então, dona Viviane, quero o relatório.
Não resisti. Sentei no sofá e comecei a contar. Disse tudo, cada detalhe, cada sensação. Contei do jeito que ele me tomou, da forma como me fez perder o fôlego, do prazer avassalador que me levou para além de mim mesma. Falei do olhar dele, da promessa, do domínio e da ternura. Karol me ouvia em silêncio, mas seus olhos brilhavam, às vezes marejados, às vezes debochados, como se alternasse entre amiga, cúmplice e guardiã.
Quando terminei, ela se aproximou e segurou minhas mãos. Seus olhos estavam úmidos, mas o sorriso era largo. Nunca te vi assim, Vivi. Nunca vi você tão viva. Então viva. Seja feliz. Eu estou aqui com você e estou torcendo.
Ela me abraçou forte, como quem sela um pacto secreto, e naquele instante eu soube que não estava sozinha. Tinha Ricardo como guardião… e Karol como cúmplice fiel da nossa loucura.
Atenção À pergunta "mans Comentou em 08/09/2025 eu so queira saber quem é a Viviane e quem é a Karol.... mas as duas são deusas"! RESPOSTA Olha mans, todas as amigas da Vivi são lindíssimas, então foca nas tatuagens...
eu so queira saber quem é a Viviane e quem é a Karol.... mas as duas são deusas
Que duas rabudas lindas. Ótimo conto!!!!!
Olha, Ricardo se deliciou nessa gostosa
É muito gostosa!
Fascinado com a história! Ah tem que comentar né duas gostosas nas fotos!