Sob o Frio de Gramado, o Calor do Segredo – Parte 2



O despertador tocou às seis e meia como combinado. Acordei aninhada no calor da lembrança da noite, dei em Ricardo um beijo ardente e silencioso, e voltei para o meu quarto no Hotel Colline de France para me preparar. O banho quente, o perfume leve, o casaco sobre os ombros, e desci.
Pouco a pouco o grupo foi surgindo no saguão. A madeira polida, os arranjos elegantes e aquele silêncio de manhã fria davam ao hotel um ar de segredo. Na recepção havia um envelope discreto com nosso nome. O bilhete do guia pedia que não tomássemos café ali, porque ele havia preparado uma surpresa.
Carolina quis adivinhar, Beth jurou que viria algo típico da serra, Rafaela e Solange riram da ansiedade geral, Silvana só ajeitou a gola como quem já estava pronta para qualquer roteiro, Alberto e Douglas falavam de fome como se fosse esporte, Roberto observava calado. Ricardo cruzou meu olhar por um instante e eu entendi que a cumplicidade da noite ainda respirava ali.
Minutos depois chegou o Sr. Sebastião, nosso guia, sorriso aberto e olhos de quem conhece cada curva da cidade. Disse que nos levaria a um café colonial inesquecível. Não revelou o nome. Pediu calma, garantiu que seria daquelas memórias que ficam.
A van nos deixou diante de uma casa de madeira com jardins bem cuidados e movimento alegre logo cedo. Entramos e o letreiro confirmou a promessa: Bela Vista Café Colonial.
O primeiro impacto foi o perfume doce e salgado no ar. A sala ampla com teto de madeira, janelas grandes deixando a luz entrar, e as mesas vestidas com toalhas listradas. Sobre a nossa, um banquete que parecia pintura. Duas chaleiras vermelhas fumegavam, ao lado de uma jarra de suco de uva espesso e brilhante. Cestas de pães ainda mornos, manteiga amarela e geleias em potinhos, bandejas de frios com salame e queijos, cucas douradas, waffles com bordas crocantes, bolos úmidos, quadradinhos de amendoim, docinhos cobertos de chocolate, biscoitinhos amanteigados, polentas fritas de cor intensa. Era como se a mesa respirasse abundância.
Senti meu rosto se abrir num sorriso inevitável. Karol arregalou os olhos com um brilho travesso e sussurrou que aquilo era exagero do melhor tipo. Alberto passou a mão no queixo como quem calcula a estratégia para começar. Carolina já posicionava a câmera, encantada com as cores. Beth deu uma risadinha culpada e confessou que tinha perdido a compostura só de olhar os waffles. Rafaela batucou de leve na mesa como quem diz que vai ser vencida pelas tentações. Solange já ria alto, escolhendo por onde atacar. Silvana olhou cada prato com calma e método, como se estivesse catalogando um tesouro. Douglas fingiu seriedade e declarou que precisava de disciplina para não se perder. Roberto serviu duas xícaras de café com a paciência de um ritual. Ricardo, sereno, deixou escapar um meio sorriso que só eu percebi.
Foi impossível não nos demorarmos na cena. As mãos se estendendo, as primeiras mordidas silenciosas, os olhos se fechando por um segundo para guardar o sabor. A manteiga derretendo no pão quente, o doce do suco de uva subindo pelo paladar, a textura do bolo macio, o sal do queijo equilibrando o mel das geleias. A cada prato, um comentário, uma risada, uma descoberta.
Eu observava tudo com o coração leve. Aquele amanhecer tinha cheiro de café forte e de promessa. E, enquanto o salão nos envolvia com sua fartura, eu sabia que Sr. Sebastião tinha acertado em cheio. Era o começo perfeito para o nosso dia em Gramado.
As travessas iam se acumulando, e cada prato que chegava parecia um convite impossível de recusar. Foi aí que Carolina olhou para a cuca coberta de farofa crocante e soltou, com um sorriso rendido, que naquele instante a dieta dela tinha ido direto para o espaço.
Beth concordou de imediato, já com um pedaço de queijo derretendo no pão de milho. Se alguma balança me olhar na volta, eu finjo que não conheço. Rafaela ergueu um copinho de suco de uva e declarou que a nutricionista dela já tinha perdido a batalha antes mesmo de começar o café.
Solange caiu na risada, apontando para o prato cheio que montava. Quem falar em caloria aqui, eu mesma levanto e expulso da mesa. Silvana, sempre mais serena, deu uma mordida lenta no bolo de laranja e disse que pelo menos uma vez na vida não havia mal algum em se entregar ao excesso com prazer.
Karol, que já estava na terceira rodada de doces, ergueu a voz como quem sela um pacto. Pronto, meninas, nossas dietas entraram em órbita. Todas nós explodimos em gargalhadas, brindando com taças de suco como se fosse champanhe.
Os homens só observavam. Alberto abanava a cabeça, fingindo desaprovação, mas comendo salame e pão como se fosse o último. Douglas provocou que já podia ver a academia lotada na segunda-feira. Roberto disse que se alguém perguntasse sobre dieta, ele responderia que não tinha vaga no carro para levar de volta. Ricardo, discreto, apenas sorriu de canto, atento ao meu prato que já não escondia minha rendição.
A mesa, antes cheia de expectativa, virou um espaço de rendição coletiva. Entre mordidas, risos e provocações, a sensação era de que não existiam mais lados nem restrições. Ali, estávamos todos juntos, celebrando como se o próprio café colonial fosse um ritual de união.
O cheiro de café fresco ainda preenchia o ar quando começaram as provocações. Beth, sempre atenta às expressões, cutucou Alberto de leve e perguntou em voz alta como tinha sido a noite dele naquele lugar tão encantador.
Karol, que estava ao lado, quase engasgou com a fatia de pão de queijo, rindo nervosa. Alberto ergueu as sobrancelhas, fingindo dignidade, mas não conseguiu esconder o ar meio cansado. Foi o suficiente para a mesa inteira explodir em gargalhadas.
Rafaela se adiantou. Ah, então é por isso que ele está demorando tanto para atacar os doces, o homem não tem mais energia. Douglas bateu palmas. Se o teste no gramado foi pesado, imagina o teste da noite passada.
Solange abanava o guardanapo, teatral. Karol, confessa, você deixou o pobre rapaz dormir pelo menos uma hora. Karol ficou vermelha, tentando disfarçar, e respondeu entre risos que ninguém ali precisava de tantos detalhes.
Roberto completou, malicioso. Detalhes não, Karol, só precisamos saber se o cansaço dele é físico ou espiritual. A mesa veio abaixo em novas gargalhadas.
Enquanto todos se deliciavam com o banquete, as brincadeiras iam e vinham. Até mesmo Silvana, que raramente entrava em provocações, comentou baixinho que se Alberto estava cansado, ao menos tinha motivo para sorrir naquela manhã.
Entre risos, fatias de cuca e goles de suco de uva, o humor correu solto pela mesa. O café colonial não era só fartura de pratos; era também fartura de piadas, cumplicidade e provocações que deixavam tudo ainda mais leve e inesquecível.
Continuei saboreando o pão de queijo quentinho quando o guia Sr. Sebastião sorriu e disse que tinha preparado mais uma surpresa; que depois do café colonial iríamos a um lugar onde fazem chocolate caseiro, um dos melhores da cidade. O nome que ele revelou foi Chocolate Caseiro Planalto, mini-fábrica famosa em Gramado.
Ele conduziu o grupo pela Avenida Borges de Medeiros até a loja-fábrica. Pelas janelas víamos operários moldando, derretendo tabletes, “batendo” com espátulas de metal sobre a bancada de mármore branco; o cheiro de cacau aquecido misturava-se ao aroma doce de baunilha. Carolina já estava com a câmera, captando reflexos no chocolate derretido, gotas de brilho que pareciam jóias. Beth e Rafaela trocaram olhares de encanto.
A loja era aconchegante, com prateleiras escuras de madeira cheias de bombons coloridos, barras ricas, trufas roliças, coberturas brilhantes. Vi Ricardo provar uma trufa de chocolate amargo com recheio de avelã. O gosto era potente, doce-amargo, textura suave, final cremoso. Minhas unhas marcaram o bombom ao morder, e o suco de uva ainda parecia refrescante contra o calor do chocolate.
Enquanto desfrutávamos da degustação, Sr. Sebastião comentou que, logo depois, poderíamos passear pelo Lago Negro, fazer uma parada na Igreja Matriz São Pedro, talvez dar uma volta pela Rua Coberta antes do almoço, para que o dia misturasse sabores e paisagens.
Carolina falou, quase em êxtase, que tudo era tão fotogênico que faltava até moldura. Karol respondeu que se as calorias do chocolate viessem em fotos, estaríamos todas arruinadas, e Beth que deveria existir “lei do chocolate com bônus de sorriso”. Ricardo riu, envolveu meu olhar com carinho, e disse que aquele momento era perfeição de sabor e companhia.
Continuei saboreando o pão de queijo quentinho quando o guia Sr. Sebastião sorriu e disse que tinha preparado mais uma surpresa; que depois do café colonial iríamos a um lugar onde fazem chocolate caseiro, um dos melhores da cidade. O nome que ele revelou foi Chocolate Caseiro Planalto, mini-fábrica famosa em Gramado.
Ele conduziu o grupo pela Avenida Borges de Medeiros até a loja-fábrica. Pelas janelas víamos operários moldando, derretendo tabletes, “batendo” com espátulas de metal sobre a bancada de mármore branco; o cheiro de cacau aquecido misturava-se ao aroma doce de baunilha. Carolina já estava com a câmera, captando reflexos no chocolate derretido, gotas de brilho que pareciam jóias. Beth e Rafaela trocaram olhares de encanto.
A loja era aconchegante, com prateleiras escuras de madeira cheias de bombons coloridos, barras ricas, trufas roliças, coberturas brilhantes. Vi Ricardo provar uma trufa de chocolate amargo com recheio de avelã. O gosto era potente, doce-amargo, textura suave, final cremoso. Minhas unhas marcaram o bombom ao morder, e o suco de uva ainda parecia refrescante contra o calor do chocolate.
O atendente nos convidou a chegar mais perto da bancada de mármore. A massa escura escorria lisa, brilhante, e ele espalhava com a espátula, puxava de volta, levantava em fita e deixava cair com aquele som seco que parecia um suspiro. Explicou que era o momento do choque térmico, o tal do tempero do chocolate, para dar brilho, textura e aquele estalo perfeito quando a gente morde. Bateu com cuidado a forma no mármore e eu vi pequenas bolhas subirem e sumirem como se a superfície respirasse.
Carolina pediu licença para fotografar de pertinho. A lente captou o reflexo do lustre no espelho marrom do chocolate e eu ri por dentro ao ver o olho dela brilhar quase tanto quanto a calda. Beth apontou para uma travessa de trufas polvilhadas e disse que aquilo parecia pecado embrulhado. Rafaela beliscou um quadradinho com nozes e fechou os olhos como quem faz uma prece. Solange provou um bombom com crocante e comentou que era crime tentar comer devagar. Silvana escolheu um pedaço simples e amargo, mastigou devagar e disse que aquilo tinha dignidade.
Karol chegou com uma caixinha de degustação e fez pose como se fosse joia. Alberto apareceu logo atrás com outra, e o cansaço divertido da noite anterior ainda desenhava o sorriso dele. Douglas anunciou que, tecnicamente, estávamos fazendo pesquisa de campo, então cada repetição era método científico. Roberto, metódico, comparou dois percentuais diferentes e decretou qual tinha o estalo mais bonito. Ricardo provou outra trufa e, no silêncio dele, eu reconheci um elogio inteiro.
O atendente virou a forma e liberou as placas recém-moldadas, brilho impecável. Cortou fileiras com faca larga e o cheiro que subiu parecia mais denso. Algumas prateleiras exibiam barras com castanhas, frutas cristalizadas e raspas finas; noutras, bombons em moldes delicados, folhas, florzinhas, corações discretos. As caixas eram de papel rígido, em tons sóbrios, com fitas que pediam laços caprichados. Peguei uma menor para mim e outra para presentear, sabendo que seria impossível chegar ao hotel com elas intactas.
O sr. Sebastião veio ao nosso encontro com aquele jeito de quem guia e observa. Sugeriu que escolhêssemos logo nossos favoritos porque o dia ainda era longo. Houve uma pequena correria contida. Carolina queria fotografar as mãos do chocolatier polvilhando cacau em pó, Beth pedia outra prova do recheio de avelã, Rafaela fazia contas de quantas trufas cabiam dentro da desculpa de levar para a família. Solange me cutucou e apontou discretamente para Ricardo, que me oferecia um quadradinho partido ao meio como se fosse segredo compartilhado. Aceitei com a ponta dos dedos e o sabor se abriu redondo, prolongado, como se o próprio cacau aquecesse a garganta.
Pagamos, rimos, organizamos as sacolas. O atendente lembrou de manter as caixas longe do calor direto e eu, por reflexo, segurei a minha como quem guarda algo vivo. Na saída, a porta de madeira rangeu baixinho, e o ar frio da rua devolveu aos nossos rostos um rubor de criança que foge com doce escondido.
O guia avisou que a próxima parada ficava a poucos minutos e que o roteiro tinha sido desenhado para costurar sabores e lugares na mesma linha do dia. Olhei o grupo à minha volta, cada um com a sua pequena conquista de chocolate, e senti que a cidade nos acolhia do jeito mais simples e eficaz: primeiro pelo paladar, depois pelo coração.
De volta à van, o sr. Sebastião ajeitou o boné e disse que agora era hora de conhecer um dos cartões-postais de Gramado. O silêncio tomou conta por alguns segundos, mas logo ele completou com aquele jeito sereno: — O Lago Negro nos espera.
A estrada até lá parecia um túnel de araucárias. Os galhos se encontravam por cima da pista, filtrando a luz do sol como se fosse vitral natural. O frio batia contra os vidros da van, mas o ar cheirava a mato úmido e pinho, típico da serra. Quando o carro parou, um suspiro coletivo se espalhou.
O lago surgiu diante de nós como um espelho escuro e profundo. A água refletia as árvores que o circundavam, e os pedalinhos em forma de cisne deslizavam vagarosos, deixando pequenos rastros que brilhavam sob a luz da manhã. Um vento cortante passava pelo rosto, trazendo o perfume suave das hortênsias plantadas à beira da margem.
Carolina foi a primeira a se lançar, pedindo fotos de todos os ângulos. Posava de braços abertos, com a capa balançando, como se fosse protagonista de um filme europeu. Beth, rindo, comentou que se caísse na água congelada não sobraria glamour nenhum. Rafaela já corria em direção ao deck, pedindo para subir num pedalinho. Solange, ajeitando o casaco, dizia que não tinha coragem de encarar aquele frio molhado, mas que topava ser fotógrafa oficial do passeio.
Silvana, sempre serena, ficou parada por um instante olhando o reflexo do céu no espelho d’água e comentou que certos lugares parecem suspender o tempo. Karol, encostada em Alberto, concordou e disse que o lago parecia cenário de um conto de fadas. Alberto a abraçou pelos ombros, completando com ironia: conto de fadas talvez, mas com final feliz só se tiver chocolate no final.
Douglas e Roberto foram logo ver os preços dos pedalinhos, brincando que queriam uma corrida de cisnes. O guia riu, deixando-os se divertir, mas recomendou que ninguém demorasse muito, pois o roteiro ainda estava cheio.
Eu permaneci um pouco afastada, observando o cenário. O frio entrava pela gola do meu casaco, mas dentro de mim era outro calor que me aquecia. Ricardo, em silêncio, estava perto, e eu sabia que, mesmo sem palavras, a presença dele bastava.
Sr. Sebastião então reuniu o grupo, pedindo que todos voltassem para a van. O próximo destino seria a Igreja Matriz São Pedro e depois a Rua Coberta, dois símbolos de Gramado que, segundo ele, guardavam histórias e sabores próprios.
Saímos do Lago Negro já com o frio colando nos casacos. As hortênsias balançavam leves, e o ar fresco parecia avivar ainda mais os risos. Carolina ainda insistia em rever as fotos dela, pedindo que todos confirmassem que tinha ficado perfeita em cada ângulo. Beth debochava, Rafaela queria repetir o passeio no pedalinho, e Douglas dizia que o único cisne que o interessava era aquele que viesse acompanhado de vinho. O sr. Sebastião apenas ria, recolhendo a tropa como quem guarda crianças grandes.
Seguimos para a Igreja Matriz São Pedro. Quando descemos da van, a visão da fachada de basalto me arrancou um suspiro. As pedras, alinhadas com perfeição, erguiam-se num tom cinza que contrastava com o céu azul profundo do fim da tarde. Os vitrais, coloridos, refletiam a luz que começava a declinar. Entramos em silêncio, e o eco dos nossos passos no piso frio deu a sensação de cerimônia. O altar reluzia em dourado discreto, e as imagens sacras pareciam vigiar cada movimento.
Mas nem isso segurou o humor da nossa roda. Rafaela cochichou que se casaria ali só para desfilar pelo corredor com aquele vestido longo que já sonhava. Beth soltou que entraria de branco, mas com um chocolate Planalto na mão, porque não aguentaria passar fome. Carolina, exagerada como sempre, disse que se ajoelharia no altar pedindo um marido tão dedicado quanto Ricardo, o que fez a turma cair na gargalhada e o olhar dele endurecer por um instante. Eu respirei fundo e desci os olhos, disfarçando o rubor no rosto.
Quando saímos, o sol já se despedia atrás das araucárias. A cidade ganhava nova vida com as luzes acendendo, vitrines iluminadas, cheiros de café fresco e chocolate quente se espalhando pela Rua Coberta. Andamos devagar, observando turistas, lojinhas e músicos de rua que tocavam violão sob o arco florido. Solange arrastava Silvana para provar cachecóis, Roberto e Douglas brigavam por quem escolheria o melhor vinho, e Karol e Alberto caminhavam de mãos dadas como se estivessem sozinhos no mundo.
O guia então anunciou o fecho do dia: jantar de fondue. O restaurante escolhido parecia um chalé alpino, com paredes de madeira, lareira acesa e mesas cobertas por toalhas vermelhas. O calor do fogo misturava-se ao cheiro do queijo derretido. Sentamos todos em volta de uma grande mesa e o festival começou. Primeiro, o fondue de queijo, com pedaços de pão mergulhados na panela borbulhante. Rafaela reclamava do calor no garfo, Carolina quase derramou queijo no colo e Douglas disse que aquilo era treinamento para resistência. Depois vieram as carnes no óleo quente, com molhos picantes e doces que atiçaram novas piadas. Beth dizia que cada molho tinha personalidade, e Roberto retrucava que o mais apimentado parecia feito para ela.
Por fim, o fondue de chocolate encerrou a noite como coroação. Morangos, uvas, bananas, marshmallows, todos mergulhados no creme escuro e quente. As risadas se misturavam ao estalo das velas e ao tilintar das taças de vinho. Era impossível não se sentir parte de algo único.
Por fim, o fondue de chocolate encerrou a noite como coroação. A panela fumegava no centro da mesa, o aroma doce se espalhando como se quisesse abraçar cada um de nós. Os morangos vermelhos mergulhados no creme escuro pareciam pequenas joias aveludadas, as uvas ganhavam brilho sob a camada quente, as bananas ficavam macias e douradas, e até os marshmallows se derretiam lentamente, puxando fios longos que arrancavam risos da roda.
Carolina foi a primeira a se lambuzar, com um fio de chocolate escorrendo pelo queixo. Rafaela, rápida, brincou que parecia uma cena de filme erótico. Beth gargalhou alto e mergulhou dois pedaços de fruta de uma só vez, dizendo que sua dieta já tinha se mudado para outro planeta. Douglas, provocador, levantou o garfo pingando e afirmou que aquele era o batismo oficial do grupo na serra gaúcha.
Karol, sempre afiada, ergueu uma taça e disse que se houvesse uma coroa naquela noite, ela só poderia ser feita de chocolate. Alberto completou rindo que então todos nós éramos reis e rainhas, porque ninguém ali escaparia daquela tentação. Solange, mais elegante, apenas comentou que havia viagens que a gente lembrava pelos passeios, mas que esta, ela já sabia, ficaria marcada pelos sabores.
Silvana, com um sorriso discreto, observava tudo em silêncio, mas os olhos dela brilhavam cúmplices, como se guardassem um segredo. Ricardo, ao meu lado, levou um pedaço de morango à boca e por um instante nossos olhares se cruzaram. O sabor doce e quente parecia ganhar outro significado só pela maneira como ele me fitava.
As risadas se misturavam ao estalo das velas, ao tilintar das taças e ao cheiro intenso do chocolate. Era impossível não se sentir parte de algo único.
Quando Ricardo levou o morango coberto de chocolate à boca, fazendo o gesto simples parecer uma cena carregada de intenção, Carolina não perdeu a chance. Com aquele sorriso atrevido, soltou em voz alta: cuidado, Ricardo, desse jeito até eu vou querer ser fruta na sua mão.
A mesa inteira explodiu. Rafaela bateu no braço dela rindo, dizendo que a bebida já tinha subido à cabeça. Beth, sempre mais debochada, completou: fruta? Quer ser é a cesta inteira, Carolina.
Douglas, provocador nato, ergueu a taça e disse que a noite estava oficialmente inaugurada — porque se começássemos com piadas desse nível, ninguém sairia dali ileso. Solange abanava o guardanapo diante do rosto, teatral, afirmando que aquela era a sobremesa mais perigosa que já tinha visto.
Karol, meio indignada, meio divertida, retrucou: vocês não têm jeito, nem comendo chocolate conseguem se comportar. Alberto aproveitou para cutucá-la e disparou: fala isso quem já cansou o marido antes do fondue. Mais uma gargalhada geral.
Silvana, mesmo sempre discreta, deixou escapar um riso baixo, o olhar fixo em Ricardo, que tentava disfarçar a situação. Ele engoliu o morango, limpou os lábios com o guardanapo e permaneceu em silêncio, mas eu, ao lado dele, percebia o leve rubor subindo pelo pescoço.
As provocações se multiplicaram. Beth disse que com aquele jeito de morder fruta, Ricardo devia dar aulas práticas. Rafaela, rindo alto, afirmou que queria inscrição imediata. Até Roberto entrou na onda, comentando que nunca tinha visto o grupo tão interessado em fruta na vida.
Eu tentava manter a compostura, mas por dentro sentia o coração disparado. O clima estava quente, não apenas pelo chocolate derretido, mas pelas insinuações que circulavam entre nós como brasas atiradas de uma boca à outra.
As provocações não paravam. Rafaela mergulhou um marshmallow no chocolate, deixou o fio escorrer de propósito e, olhando para Ricardo, comentou que certas mãos sabiam lidar melhor com situações meladas. A mesa veio abaixo em gargalhadas.
Carolina, animada pelo efeito do vinho, insistia em cutucar: se até um morango já causa tanto efeito, imagina um fondue inteiro só para ele. Douglas não perdoou e retrucou que aí não sobraria nada para ninguém. Beth riu alto e disse que já estava até pensando em escrever um manual das provocações do grupo.
Karol, tentando pôr ordem, balançou a cabeça: vocês só prestam para fazer bagunça. Mas o sorriso dela entregava que, no fundo, se divertia tanto quanto todos. Alberto, cúmplice, completou: e se não fosse assim, nem teria graça viajar juntos.
Silvana, com sua calma habitual, disse que o chocolate estava servindo mais para revelar os desejos do que para matar a fome. Solange aproveitou o gancho e comentou que não conhecia sobremesa mais afrodisíaca. O garçom, ao passar para repor a vela, até disfarçou um riso, percebendo a algazarra.
Ricardo permanecia quieto, mas o olhar dele queimava. Eu sabia, como só eu sabia, que por trás daquele silêncio havia um mundo inteiro de provocações guardadas apenas para mim. Meu corpo respondia a cada risada, a cada piada atravessada, como se a sobremesa estivesse sendo servida em camadas invisíveis.
Quando as últimas frutas foram mergulhadas no creme escuro e os copos de vinho esvaziaram, o ambiente já era de pura descontração. O estalo das velas se misturava às últimas gargalhadas, e o frio lá fora parecia distante.
Sr. Sebastião, nosso guia, foi quem pôs ponto final: lembrou que o dia seguinte seria longo, com novas paradas e mais surpresas, e sugeriu que todos se recolhessem para descansar. A mesa respondeu com vaias e risos, mas logo começamos a nos levantar, ainda comentando cada provocação da noite.
O grupo saiu do restaurante animado, passos lentos pelas ruas de Gramado iluminadas, o frio cortando a pele, mas o calor da noite ainda aceso nos sorrisos.
A noite já tinha se espalhado pelas ruas frias de Gramado quando voltamos ao Hotel Colline de France. As luzes douradas iluminavam a fachada, e cada passo pelo corredor acarpetado parecia lento demais diante da expectativa que me queimava por dentro. O grupo se despediu entre risadas abafadas, cada um seguindo para o seu quarto, mas eu sabia que a minha noite ainda estava apenas começando.
No silêncio do meu quarto, tudo já estava preparado. As cortinas entreabertas deixavam entrar a penumbra da cidade, mesclada ao brilho das velas que acendi uma a uma, espalhadas em pontos estratégicos. O reflexo dourado dançava nas paredes, criando um cenário que não era apenas romântico, mas sagrado.
Eu vesti a lingerie que havia guardado apenas para essa noite. Renda fina, preta, justa, abraçando cada curva como se fosse moldada para mim. Sobre a mesa, uma garrafa de espumante gelada esperava. Eu tinha planejado cada detalhe como se fosse um ritual de entrega.
A batida discreta na porta fez meu coração disparar. Quando abri, encontrei Ricardo diante de mim, ainda com o semblante sério que só ele tem, mas os olhos denunciando o fogo que o consumia. Não precisei dizer nada. Apenas puxei sua mão e o conduzi para dentro, fechando a porta atrás de nós.
Ele me olhou em silêncio, devorando cada detalhe da lingerie, cada curva exposta à luz das velas. Eu sorri de canto, segurei a garrafa e, diante do olhar dele, comecei o gesto que transformaria a noite em eternidade. Inclinei o vidro e deixei o líquido escorrer pelo meu colo, deslizando pelo vale dos seios, descendo pelo ventre, até molhar a renda fina. O frio da espuma contrastava com o calor do meu corpo, e cada gota parecia chamar o toque dele.
Ricardo não resistiu. Ajoelhou-se diante de mim, sua boca percorrendo o caminho das gotas, sugando a espuma diretamente da minha pele. Seu olhar subia e me prendia, como se dissesse que eu já não tinha mais escapatória. Meus dedos se perderam nos cabelos dele, guiando-o, puxando-o, implorando sem palavras para que continuasse.
O sabor do espumante misturado ao meu gosto fez dele um homem em transe. Ele mordia, lambia, sugava cada traço da minha pele úmida, como se o próprio vinho tivesse sido feito para isso. Eu arqueava o corpo, sentindo o contraste entre o frio líquido e a chama que ele acendia em cada investida da boca.
Quando finalmente ergueu o rosto, seus lábios ainda molhados, veio o beijo. Um beijo ardente, molhado, de posse, que tinha o sabor do vinho e a fome de nós dois. Me entreguei inteira, sentindo a espiral de prazer subir sem freios.
A lingerie já não era barreira. Ele a rasgava com as mãos firmes, sem hesitar, deixando pedaços de renda caírem pelo chão. A cada gesto, eu me sentia ainda mais nua, ainda mais dele. A garrafa vazia tombava ao lado, esquecida, porque o banquete já estava em nós dois.
No tapete macio do quarto, sobre o brilho dourado das velas, nos perdemos um no outro. Ele me tomou com força e ternura ao mesmo tempo, cada movimento firme, profundo, me levando ao limite do prazer. Eu gritava seu nome, ele gemia contra meu ouvido, e juntos explodimos em um ritmo que parecia incendiar o mundo inteiro.
A noite não terminou ali. Cada suspiro virava um recomeço, cada pausa apenas prenúncio de uma nova onda. O espumante ainda brilhava em gotas pela minha pele, e ele as buscava como se fossem joias raras.
Ele me ergueu nos braços com a força de quem sabe que a mulher que carrega é dele. O espumante ainda escorria em pequenas gotas pelo meu corpo quando me deitou lentamente na cama, sem deixar que o contato dos nossos olhares se rompesse. A lingerie já não existia, restava apenas pele, calor e o desejo queimando.
Deitou-se sobre mim e começou ali, no mais puro instinto. Eu o recebia com as pernas abertas, puxando-o contra mim, sentindo cada centímetro preencher meu corpo com firmeza. O ritmo foi lento no início, como se ele quisesse prolongar cada detalhe, mas logo nossas respirações se fundiram e tudo se tornou urgente, voraz.
Girei o quadril para encontrá-lo mais fundo, minhas unhas marcando suas costas, meu gemido preso na garganta. Ele acelerou, e quando pensei que já não poderia suportar mais, Ricardo segurou minha cintura e, num movimento brusco, me virou de bruços.
A cama rangia sob o peso do nosso desejo. Ele me tomou por trás, a pele contra pele, o corpo dele encaixado no meu. Cada estocada profunda fazia meu corpo estremecer inteiro, meus seios esmagados contra os lençóis, minha boca mordendo o travesseiro para abafar os gemidos que escapavam sem controle. Senti-o inclinar-se sobre mim, a boca quente no meu pescoço, palavras roucas ao ouvido, promessas de que eu era dele, só dele.
Minhas pernas tremiam, mas eu queria mais. Virei-me de lado, uma das pernas sobre ele, e nessa posição senti cada investida alcançar lugares ainda mais sensíveis. O prazer vinha em ondas, cada uma maior que a anterior. Meus olhos se fechavam, meu corpo arqueava, e eu não sabia mais se chorava ou gemia.
Quando achei que não havia mais espaço para outra explosão, ele se afastou por um instante, me puxou para cima e me colocou sobre ele. Montada em seu corpo, eu tinha o controle, mas na verdade era ele quem guiava, segurando firme minha cintura, ditando o ritmo enquanto meus seios balançavam e o suor escorria entre nós dois. Eu cavalgava sobre ele com força, gemendo alto, sentindo a cada movimento o orgasmo crescer até me despedaçar inteira.
Ainda ofegante, fui surpreendida quando me puxou de volta para o colchão e, com um gesto preciso, me posicionou de costas novamente, mas dessa vez elevando meu quadril com firmeza. Senti-o entrar mais fundo, ainda mais intenso, até arrancar de mim gritos que ecoaram pelo quarto.
A entrega não tinha fim. Cada posição era um novo capítulo, cada gesto uma nova chama.
Foi aí que decidi inverter tudo. Saí debaixo dele com a respiração acelerada, o peito arfando, e o empurrei suavemente até que ficasse deitado, de barriga para cima, entregue. Seu corpo brilhava de suor, o olhar fixo em mim, selvagem e ao mesmo tempo rendido.
Peguei a garrafa de espumante que estava caída no tapete, ainda fria, gotas escorrendo pelo vidro. Inclinei-a sobre seu corpo e derramei o líquido dourado, que deslizou pelo abdômen até alcançar seu sexo ereto, reluzindo como se fosse uma jóia rara. O aroma adocicado se misturava ao calor da pele, o som do líquido estalando contra a carne me deixou em transe.
Aproximei-me lenta, provocativa, a boca a centímetros dele. Minha língua buscou as primeiras gotas, saboreando o gosto do espumante misturado ao sal da sua pele. Depois circulei seu membro inteiro, lambendo cada traço, sugando cada resquício da bebida que escorria. Ele arqueou o corpo, gemeu grave, apertando os lençóis com força.
Envolvi-o com meus lábios e comecei a sugar devagar, sentindo-o pulsar dentro da minha boca. O ritmo foi crescendo, minha língua desenhando cada curva, cada veia, enquanto o espumante ainda deslizava pelo meu queixo. Seus gemidos tornaram-se mais intensos, sua mão prendeu meus cabelos, e num impulso ele se entregou inteiro, derramando seu líquido quente em minha boca.
Engoli tudo sem hesitar, saboreando como se fosse continuação do espumante, olhando direto em seus olhos. O prazer dele ainda estremecia o corpo quando subi novamente, deitei sobre seu peito e senti seus braços me envolverem com força. O silêncio do quarto foi quebrado apenas pelo som da nossa respiração pesada, pelo cheiro do espumante que ainda pairava no ar e pelo calor dos nossos corpos exaustos.
Foi assim que terminamos nossa noite. Espumante, suor, desejo e a certeza de que o segredo que nos unia era mais ardente do que qualquer chama acesa sob o frio de Gramado.
Já eram 3 da manhã. O espumante havia secado em nossa pele, mas o calor ainda permanecia, vibrando entre nós. Conversamos em sussurros, rimos de detalhes da noite e depois simplesmente nos deixamos ficar em silêncio, abraçados, pele colada em pele, coração contra coração. Dormimos assim, entregues um ao outro.
O amanhã prometia mais, mas isso é outra história que irei continuar.
Foto 1 do Conto erotico: Sob o Frio de Gramado, o Calor do Segredo – Parte 2

Foto 2 do Conto erotico: Sob o Frio de Gramado, o Calor do Segredo – Parte 2

Foto 3 do Conto erotico: Sob o Frio de Gramado, o Calor do Segredo – Parte 2

Foto 4 do Conto erotico: Sob o Frio de Gramado, o Calor do Segredo – Parte 2


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thadeu41 Comentou em 20/09/2025

2°) Comentário.... A forma como você usa os detalhes para demonstrar a conexão deles é sutil e poderosa. O "meio sorriso que só eu percebi" ou o "olhar que me envolvia com carinho" são pequenos gestos que contam uma história inteira de intimidade sem precisar de diálogos longos..... Está Perfeito. Parabéns Viviane, assim vou me apaixonar....Bjos Marcelo Thadeu

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thadeu41 Comentou em 20/09/2025

A sua escrita é extremamente eficaz em criar uma imersão sensorial completa. Você não apenas "conta" o que acontece, você faz o leitor sentir, cheirar e saborear.A sua escrita é extremamente eficaz em criar uma imersão sensorial completa. Você não apenas "conta" o que acontece, você faz o leitor sentir, cheirar e saborear. Estou adorando seu conto....Devemos saborear às palavras secretas e seu significado. Parabéns Votadíssimo. ET Me convidem na próxima. Bjos e Abraços Marcelo Thadeu




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Ficha do conto

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vivianebeatriz

Nome do conto:
Sob o Frio de Gramado, o Calor do Segredo – Parte 2

Codigo do conto:
242899

Categoria:
Traição/Corno

Data da Publicação:
20/09/2025

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