A luz suave da manhã invadia o chalé, trazendo consigo o som distante de pássaros e o farfalhar do vento no campo. Abri os olhos devagar, ainda pesada, o corpo latejando como se tivesse atravessado uma tempestade. Bastou um movimento para sentir o incômodo delicioso: as coxas ardiam, minha vagina pulsava úmida, e o meu ânus ainda queimava com a lembrança das estocadas profundas. Era como se ele ainda estivesse dentro de mim.
Passei a mão pelo pescoço e encontrei marcas vermelhas, chupadas ardentes que ele deixou na madrugada. Toquei meus seios, sensíveis, os mamilos rígidos só de lembrar de sua boca me sugando com fome. Respirei fundo e o cheiro da palha ainda estava na minha pele, impregnado, misturado ao suor da noite.
Fechei os olhos por um instante e voltei ao estábulo. Vi de novo o feno sob meu corpo, áspero e quente. Senti o gosto do beijo dele, a força de seus braços me suspendendo, a brutalidade doce das estocadas que me faziam perder o ar. Vi, você é o meu incêndio. A voz rouca ecoou na minha mente e um arrepio percorreu minhas costas.
Levantei devagar, as pernas trêmulas. A cada passo, era como se eu carregasse as provas vivas do que tinha acontecido. No espelho, meu reflexo devolveu a verdade: olhos brilhando, o rosto corado, cabelos desgrenhados, e o corpo marcado pelo pecado delicioso que ardiu no silêncio da madrugada.
Sorri sozinha, ajeitando o vestido. Estava pronta para encontrar o grupo, como se nada tivesse acontecido. Mas por dentro eu sabia: ainda trazia Ricardo em cada marca, em cada lembrança, em cada pulsar escondido entre as pernas.
O quarto ainda estava em penumbra quando ouvi a porta se abrir devagar. Karol entrou sem cerimônia, de short jeans e blusa leve, trazendo consigo o cheiro fresco da manhã. Encostou-se à parede e ficou me observando em silêncio por alguns segundos.
Eu estava diante do espelho, ajeitando os cabelos com pressa, tentando esconder o que meu corpo insistia em mostrar. Nossos olhos se encontraram pelo reflexo e o sorriso maroto dela apareceu de imediato.
Não precisa me dizer nada, Vivi, murmurou baixinho. Eu já sei.
Meu coração disparou. Levei a mão ao rosto, mas ela se aproximou e parou bem atrás de mim, ainda olhando através do espelho. Esse brilho nos seus olhos não engana ninguém. Pode até tentar disfarçar para o resto do grupo, mas comigo não funciona.
Abaixei a cabeça, mordendo os lábios, mas um sorriso tímido escapou. Perguntei se estava tão óbvio assim. Karol cruzou os braços e respondeu firme, quase divertida. Para mim está escrito. Você voltou diferente, o corpo mais leve, mas ao mesmo tempo marcado. Não precisa de lençol sujo para provar nada, está estampado em você.
Suspirei fundo, e a lembrança da madrugada me atravessou inteira. Foi intenso, Karol, confessei. Selvagem e ao mesmo tempo terno. Ele me fez perder a noção de tudo.
Karol segurou minhas mãos, os olhos marejados de emoção. Eu te entendo. E vou te proteger. Ninguém mais precisa saber. Esse segredo é só nosso.
Nos abraçamos forte, cúmplices, e quando nos afastamos ela riu baixinho. Mas lava esse rosto antes de descer. Se aparecer assim no café, todo mundo vai perceber.
O riso escapou de mim também, leve e cúmplice, como se ela tivesse acabado de me dar um escudo invisível.
O salão do hotel-fazenda estava cheio de vozes, risadas e o aroma de café fresco misturado ao pão caseiro que saía do forno. A turma já se espalhava pelas mesas, ocupando lugares com pressa. Entrei tentando manter a naturalidade, mas logo percebi a armadilha: havia apenas uma cadeira livre, justamente ao lado de Ricardo.
Ele estava sentado com a postura impecável, uma camisa leve de linho que deixava à mostra parte do peito marcado pela madrugada. O sorriso discreto surgiu no instante em que nossos olhos se encontraram. Eu corei de leve, mas não havia escapatória. Caminhei até lá e puxei a cadeira.
Karol, sentada do outro lado da mesa, piscou para mim em silêncio, a cumplicidade evidente. Alberto apenas sorriu de canto, entendendo mais do que demonstrava.
Assim que me sentei, Beth soltou uma risada alta. Olha só que coincidência. A Vivi sempre acaba grudada no guardião dela.
Rafaela completou, debochada. Coincidência ou destino, hein?
As provocações arrancaram gargalhadas da roda. Eu tentei manter o tom sereno, servindo-me de café como se não fosse comigo. Mas Ricardo, em tom calmo e provocador, quebrou o silêncio. Talvez seja apenas a vida organizando as coisas como devem ser.
O coro de risadas voltou, e eu quase derrubei a xícara de nervoso. Meu coração batia tão forte que parecia que todos podiam ouvir. Ainda assim, ergui os olhos e soltei em voz firme, para não perder a pose. Pelo menos assim sei que estou segura. Ninguém se mete quando o guardião está ao lado.
As mulheres suspiraram com a frase, algumas soltando gritinhos de deboche. Carolina inclinou-se sobre a mesa e provocou. Segura demais até, eu diria.
Karol interveio rindo, para aliviar. Se for pra ter ciúmes, Carolina, a fila vai ficar grande demais.
O clima ficou leve, as gargalhadas encheram o salão. Mas dentro de mim, cada gesto, cada palavra e até o simples fato de estar sentada ao lado dele era um segredo perigoso que queimava sob a pele.
Carolina não perdeu a chance e disparou: Vivi, será que você não vai dividir o seu guardião com a gente? Porque aqui a fila está grande.
O comentário arrancou mais gargalhadas. Eu me servi de café com calma, fingindo não me importar. Melhor deixarem o guardião quieto, respondi, porque senão vão descobrir que a natureza foi mais generosa do que conseguem aguentar.
O salão explodiu em risos e assovios. Carolina colocou a mão no peito, fingindo desmaiar. Se isso é um aviso, confesso que fiquei com ainda mais curiosidade.
Rafaela completou em tom debochado. Então você confirma, Vivi? O guardião é realmente tudo isso?
Ricardo quebrou o clima com uma frase curta, mas carregada de veneno doce. Coincidência ou destino, certas coisas não precisam ser confirmadas, só vividas.
As provocações se voltaram também para Alberto. Karol, protetora, brincou alto. Ei, não se esqueçam que aqui não tem só um guardião, são dois.
Beth riu e retrucou. Então vamos ter que organizar um ranking. Quem sabe até um campeonato.
A gargalhada foi geral. Douglas bateu na mesa e sugeriu. Eu quero ver é o guardião carregar a patroa no colo. Aí sim vai ser cena para ficar na história.
Roberto não perdeu a chance. Ou então salvar na piscina. Mas com respiração boca a boca, senão não tem graça.
As mulheres suspiraram de propósito, abanando-se como se estivessem prestes a desmaiar. Eu soltei uma risada alta, sem me conter. Vocês não têm jeito mesmo.
Ricardo apenas sorriu de canto, deixando que o riso coletivo tomasse conta. Mas quando nossos olhos se encontraram por um breve instante, senti a mensagem silenciosa: ele sabia que, por trás de todas as piadas, só nós dois entendíamos a verdade.
Pouco depois, o grupo começou a se levantar. Alguns seguiram para a piscina, outros falaram em trilha, e havia até planos de cavalgada pelo campo. Mas ninguém deixou de comentar que, com dois guardiões daqueles por perto, qualquer passeio prometia emoções.
O sol estava forte, refletindo na água cristalina da piscina. O grupo se espalhava pelas espreguiçadeiras, alguns já mergulhavam, outros apenas conversavam. Foi então que Ricardo se levantou.
Devagar, retirou a camisa de linho, revelando o peito e os ombros marcados, cada músculo se movendo em sincronia. Depois desabotoou a bermuda clara e a puxou para baixo, revelando a sunga preta que já usava por baixo. O silêncio que se seguiu foi quase cômico.
A peça justa realçava sua imponência sem pedir licença, como se a própria natureza tivesse decidido exibir sua obra-prima. Os olhos femininos ao redor acompanharam cada detalhe, e um suspiro coletivo escapou sem disfarce.
Ele caminhou até a borda da piscina e mergulhou com elegância felina. Nadou de uma ponta a outra sem esforço, o corpo deslizando sob a água como se fosse feito para aquilo. Quando emergiu, os cabelos molhados grudados na testa e a água escorrendo por cada linha do seu corpo, o ar parecia mais pesado ao redor.
Nós, mulheres, estávamos reunidas num canto, e não demorou para as risadas e comentários começarem. Beth abanava o rosto com a mão, rindo alto. Isso é desumano. Quem é que vai se concentrar em qualquer outra coisa agora?
Rafaela gargalhou. Eu vou ser sincera: já achava antes, mas agora não tenho dúvidas. Esse homem é escultura viva.
Eu, sem conseguir segurar, deixei escapar. Confesso que me tirou o fôlego. Nunca tinha visto desse jeito. Foi como levar um choque.
Carolina arqueou as sobrancelhas, triunfante. Então até você admite, Vivi. Agora sabemos que a patroa também se rendeu ao espetáculo da natureza.
As risadas explodiram. Karol me puxou pelo braço, rindo cúmplice. Bem-vinda ao clube, irmã.
Do outro lado, os homens estavam reunidos num círculo próprio. Notavam nossas risadas, cochichos e suspiros, e certamente especulavam sobre o que dizíamos. Roberto chegou a comentar algo que fez todos caírem na gargalhada, e isso só aumentou o clima de provocação velada entre os dois grupos.
Entre nós, o jogo seguia solto. Uma cutucava a outra, todas disfarçando o desejo em forma de piada. Eu, mesmo conhecendo cada detalhe daquele corpo e guardando em segredo o gosto dele na minha pele, entrei nas brincadeiras para não me expor. Mas por dentro, cada gota que escorria pelo peito de Ricardo era como fogo queimando em mim.
Beth foi a primeira a soltar, abanando-se com exagero teatral. Ricardo é covardia. O homem parece esculpido em mármore.
Rafaela completou com malícia. Escultura viva. A natureza decidiu caprichar nele e deixou o resto da humanidade a ver navios.
As risadas explodiram. Carolina, com aquele jeito atrevido, entrou no jogo. E não vamos esquecer de Alberto. Que abdômen é aquele, que ombros são aqueles? Se eu fosse Karol, não deixava o homem em paz.
O grupo inteiro caiu em gargalhadas. Solange levou a mão à boca, fingindo choque. Karol, fala a verdade, você está sabendo aproveitar?
Karol fez charme, mas o sorriso denunciava. Aproveitando cada segundo, minhas queridas.
A roda vibrou em risadas, algumas batendo palmas. Silvana inclinou-se à frente, provocando. Se fosse comigo, ele não teria tempo nem de respirar.
Carolina completou sem pudor. Nem de sair de casa.
O riso foi geral, e eu, para não ficar de fora, deixei escapar em tom leve, mas firme. Ver o Ricardo desse jeito molhado, cada músculo em evidência, faz qualquer uma perder o ar. Não vou mentir, até eu tive que respirar fundo.
As mulheres me encararam e explodiram em gargalhadas. Beth cutucou meu braço com malícia. Então até a Vivi entrou no coro, achei que ia ficar só observando.
Soltei uma risada alta. Eu não sou de ferro, meninas.
Rafaela suspirou de propósito. Eu confesso que não saberia escolher entre Ricardo e Alberto.
Solange riu. Escolher? Eu ficava com os dois de uma vez.
O grupo caiu em gargalhadas mais uma vez, alto o bastante para os homens notarem e lançarem olhares curiosos de longe. Mas nós não nos importamos. Entre comentários picantes e provocações elegantes, seguimos como um clube secreto, cúmplices de desejos confessados em tom de brincadeira.
No fundo, cada uma sabia que aquela roda não era só piada. Era a permissão de se deixar levar pelo fascínio de corpos que arrancavam suspiros — principalmente o de Ricardo, que, mesmo à distância, parecia dominar a cena sem precisar dizer uma palavra.
Beth foi a primeira a soltar mais fundo. Eu vou falar o que todas aqui pensam, mas não têm coragem. Se Ricardo me encostasse na parede daquele jeito molhado, eu acho que não resistia nem cinco segundos.
Rafaela riu alto. Cinco segundos? Eu já teria me jogado antes mesmo dele encostar.
Carolina se abanava com as mãos, fingindo desespero. Eu não queria só um mergulho na piscina, queria mergulhar nele.
As risadas explodiram. Solange entrou na onda. E não esqueçam do Alberto. Karol, se ele fosse meu, eu juro que passava o dia inteiro testando cada músculo daquele homem.
Karol fingiu inocência, mas a boca se abriu num sorriso atrevido. Meninas, se vocês soubessem…
O silêncio breve foi quebrado por gritinhos, todas caindo na gargalhada, pedindo mais detalhes. Ela apenas deu de ombros, deixando o mistério no ar.
Foi quando Silvana, mais ousada, deixou escapar. Eu já me contentava só em experimentar aquele beijo de Ricardo. Aquele homem deve beijar como quem arranca a alma.
Rafaela completou. E Alberto? Eu queria ver se esse ar de aluno aplicado se mantém na cama. Aposto que não.
O riso era geral, mas o ar estava carregado de desejo mascarado em piada. Eu mesma, para não ficar de fora, soltei em tom provocativo. O problema é que esses dois juntos são covardia. Um guarda o fogo, o outro a doçura. Quem aguentaria?
As mulheres caíram para trás de tanto rir, algumas batendo palmas. Carolina respirava ofegante de tanto rir, mas não perdeu a chance de ser ainda mais ousada. A verdade, Vivi, é que você parece saber demais para quem só está olhando de longe.
O comentário arrancou um silêncio cheio de malícia, seguido de gargalhadas que ecoaram pela piscina. Eu ri junto, jogando a cabeça para trás, e respondi com ironia calculada. É só imaginação fértil, Carolina. Mas convenhamos, quem aqui não fantasiou pelo menos uma vez?
As gargalhadas voltaram, mais soltas, mais cúmplices. Ficava claro que aquela roda era mais que brincadeira. Era uma confissão coletiva de desejos que nenhuma teria coragem de admitir em outro momento.
E entre risos e provocações, ficou marcado: os corpos de Ricardo e Alberto eram o centro das fantasias de todas nós.
O sol ardia lá fora, mas o calor de verdade estava naquela roda de espreguiçadeiras. As taças de vinho branco já estavam quase vazias, e o riso fácil dava espaço a olhares cúmplices. Carolina, atiçada, decidiu elevar o jogo.
Chega de florear. Quero detalhes. O que cada uma faria de verdade se tivesse Ricardo ou Alberto na cama? Sem censura.
Beth não esperou nem respirar. Eu começaria com a boca. Colocaria a língua nele até não sobrar fôlego, faria ele gemer alto, e só parava quando sentisse o corpo inteiro tremer.
As gargalhadas vieram acompanhadas de suspiros, algumas batendo palmas, outras se abanando.
Rafaela tomou coragem e completou. Eu subiria nele devagar, sentindo cada centímetro, até não restar nada fora de mim. Ia cavalgar até o corpo dele pedir trégua… e mesmo assim eu não pararia.
Solange foi ainda mais ousada. Eu queria virar de costas e sentir ele me tomar por trás, forte, fundo, até me deixar sem voz. Só de imaginar já fico molhada.
O coro de risadas ecoou alto, mas ninguém recuava. Carolina, atiçadora-mor, suspirou teatralmente. Eu começaria lambendo cada músculo, do peito até a virilha. Seguraria ele firme e não pararia até sentir explodir na minha boca. Só então deixaria entrar em mim, para me foder até eu perder a consciência.
O silêncio foi carregado por um calor quase palpável. Todas olharam para Karol, que sorria, vermelha, mas sem fugir. Meninas, eu já realizei alguns desses desejos. E posso garantir: vocês não têm ideia da intensidade.
A explosão de gritos e gargalhadas foi geral. Beth jogou a taça para o alto. Isso é crueldade, Karol. Você não pode soltar isso e parar aí.
Entre risos, todas se voltaram para mim. E você, Vivi?
Meu coração disparou, mas deixei escapar com firmeza e malícia. Eu o deixaria deitado, totalmente à minha mercê. Colocaria a língua nele até não aguentar mais, sugando cada gota. Depois montaria e não pararia até ouvir ele gritar meu nome. E, quando achasse que estava acabado, faria de novo, até ele se render por completo.
As mulheres se inclinaram para frente, gargalhando e aplaudindo. Solange quase caiu da espreguiçadeira de tanto rir. Meu Deus, a patroa é a mais selvagem de todas.
Carolina ergueu a taça, triunfante. Está decidido. Se algum dia esses guardiões caírem em nossas camas, ninguém vai sair inteira.
As gargalhadas ecoaram, mas o ar estava pesado, úmido de desejo. Não eram apenas piadas. Eram fantasias proibidas, ditas em voz alta pela primeira vez. E naquele círculo secreto, cada confissão era um convite silencioso para sonhar ainda mais fundo.
As risadas já eram tão altas que os homens do outro lado começavam a lançar olhares curiosos. Mas nós estávamos presas em nosso próprio jogo de alcova.
Beth tomou a dianteira, abanando o rosto. Eu não sei como vocês estão rindo assim, porque eu só consigo pensar em uma coisa. O tamanho daquilo. Jesus. Só de olhar já parece descomunal. Se ele viesse com tudo, ia ser um estrago.
Rafaela engasgou de tanto rir, mas não perdeu o fio. Estrago? Aquilo deixaria um buraco enorme. Eu acho que não teria nem como andar no dia seguinte.
As gargalhadas ecoaram tão alto que Carolina precisou se segurar na espreguiçadeira. E eu pergunto, meninas: será que caberia inteiro na boca? Porque, pelo amor de Deus, isso aí que vimos agora estava só meia bomba. Imagina no ponto exato.
Um coro de gritos, gargalhadas e suspiros tomou conta da roda. Solange se jogou para trás, gargalhando sem ar. Eu não sei se teria coragem, mas que vontade eu teria, ah, isso eu teria.
Karol, ainda rindo, tentou defender. Vocês são todas loucas.
Beth a cortou com malícia. Loucas não, realistas. Você que deve saber melhor do que ninguém o que é segurar aquilo.
Karol ficou vermelha, cobrindo o rosto, mas a gargalhada a entregava. A roda explodiu em gritos. Carolina completou. Eu só digo uma coisa: se um homem desses resolvesse me foder de verdade, eu não voltava inteira.
O silêncio pesado durou poucos segundos antes que todas gritássemos e ríssemos ao mesmo tempo. Era desejo mascarado de piada, proibido, íntimo, mas escancarado.
Foi nesse clima que vimos os homens se aproximando. Ricardo à frente, de sunga preta ainda molhada, cada músculo marcado, os olhos semicerrados de curiosidade. Alberto logo atrás, também só de sunga, exibindo o mesmo porte atlético que arrancava suspiros. Roberto e Douglas vinham de bermuda clara, ainda pingando da piscina.
Eles pararam diante de nós, confusos, enquanto nós mal conseguíamos conter as risadas cúmplices. Se soubessem que eram justamente eles — e principalmente Ricardo — o tema daquelas confissões proibidas, talvez não tivessem se aproximado tão confiantes.
Alberto foi o primeiro a falar, com o olhar estreito. E aí, meninas, o que era tanta gargalhada? A gente lá de longe ouviu como se fosse festa.
Beth fingiu inocência, girando a taça na mão. Estávamos falando de vinho, claro. Esse está uma delícia.
Douglas gargalhou alto. Vinho? Sei… vinho faz vocês gritarem desse jeito?
As risadas voltaram, mas Ricardo se inclinou um pouco à frente, olhando direto para mim e para Karol. Vocês estavam comentando sobre alguém aqui, não estavam?
Carolina, atrevida, rebateu antes que qualquer uma pudesse pensar. Estávamos sim. Mas será que vocês têm coragem de ouvir?
Os homens se entreolharam, provocados. Roberto respondeu rindo. Depois de tanta gargalhada, agora a gente quer saber tudo.
Rafaela suspirou alto, dramatizando. Vocês não têm preparo emocional para o que falamos.
Ricardo sorriu de canto, sem se abalar. Eu já ouvi coisas piores. Podem tentar.
Karol tentou cortar a tensão, mas não conseguiu segurar o riso. Melhor não, vai que vocês se acham demais.
Alberto soltou uma gargalhada, piscando para ela. Mas a gente já se acha.
As provocações foram crescendo, até que Carolina, mais ousada que todas, soltou sem pudor. Vou resumir. A gente estava discutindo se o que vimos caberia inteiro… na boca.
O silêncio foi imediato, seguido de gargalhadas masculinas. Douglas quase engasgou de tanto rir. Eu sabia! Eu sabia que era isso!
Roberto completou, rindo. Eu quero ver é quem aqui teria coragem de testar.
A roda virou um caos de risos e gritos, cada mulher tentando disfarçar, cada homem cutucando o outro, e Ricardo… apenas sorriu com aquele ar sereno, deixando no ar a dúvida sobre o quanto tinha entendido — e sobre o quanto eu estava vermelha por dentro.
O silêncio depois da ousadia de Carolina durou apenas segundos. Foi quebrado por gargalhadas masculinas que ecoaram alto, chamando atenção até de quem passava pelo outro lado da piscina. Roberto balançava a cabeça, incrédulo. Eu sabia que vocês estavam aprontando. Mas não achei que era desse nível.
Douglas, rindo ainda mais alto, se inclinou para frente. Então a dúvida era se cabia inteiro? Quero ouvir as respostas. Quem aqui teria coragem de testar?
As mulheres se entreolharam, algumas escondendo o rosto, outras gargalhando sem pudor. Beth não deixou passar. Coragem eu tenho, meu bem. O problema é sobreviver depois.
Rafaela completou, em tom ainda mais malicioso. Acho que eu encarava sem medo. A boca é elástica, não é?
Os homens foram à loucura. Alberto ria, mas olhou fixo para Karol, que fingia inocência com um sorriso maroto. E você, Karol, que já tem o seu deus particular, não vai responder?
Karol, sem perder o charme, ergueu a taça. Meninas de coragem sempre têm recompensa.
A roda explodiu em gargalhadas, mas Ricardo, sereno, decidiu atiçar ainda mais. Ele passou a mão nos cabelos molhados, o corpo ainda pingando da piscina, e lançou com a calma que só ele tinha. A questão não é só caber. É aguentar até o fim.
O silêncio pesado virou alvoroço. Gritos, gargalhadas, palmas, assobios. Carolina quase caiu da espreguiçadeira. Meu Deus, ele falou. E com essa calma!
Beth se abanava, vermelha de tanto rir. Eu não sei se sobrevivia, mas pelo menos morreria feliz.
Eu mesma, para não ficar de fora, soltei rindo alto. Acho que coragem todas nós teríamos. Mas alguém aqui garante que sairíamos andando depois?
As gargalhadas explodiram mais uma vez. Roberto levantou a taça, ainda rindo. Uma coisa é certa: depois desse papo, ninguém aqui vai olhar para a piscina do mesmo jeito.
O clima estava incendiado. O jogo tinha ultrapassado o limite da provocação inocente. Agora eram insinuações diretas, quase explícitas, transformando aquele fim de tarde em uma festa de risos, desejo e segredos compartilhados.
As provocações dos homens tinham incendiado o ar. Mas nós, mulheres, não íamos deixar barato. Carolina se inclinou para frente, com o olhar faiscante. Muito bem, já que vocês querem tanto saber, vamos inverter o jogo. Quem aqui garante que conseguiria dar conta de nós?
Douglas riu, batendo no peito. Eu garanto. Mas todo mundo caiu na gargalhada com a autoconfiança.
Beth balançou a cabeça. Quero ver se tem resistência. Porque, meu querido, com uma mulher de verdade, não é só uma vez. É até a gente pedir trégua.
Rafaela cutucou Alberto com malícia. E você, aluno aplicado, aprende rápido? Aguentaria uma noite inteira sem perder o fôlego?
Alberto abriu um sorriso seguro. Disciplina é a chave, Rafa. O corpo segue a mente.
O coro de risadas foi imediato.
Karol ergueu a taça, rindo com gosto. Disciplina nada, quero ver é suar a camisa. Mestre Ricardo, o que o senhor me diz?
Todos se voltaram para ele. Ricardo respirou fundo, como quem busca paciência, e respondeu com calma. O problema não é começar… é terminar. Nem todas aguentariam o caminho.
O silêncio virou um alvoroço de gritos, gargalhadas e provocações.
Eu, sem conter o riso, completei. Ah, mas será que vocês aguentariam a gente? Porque até agora, só ouvimos bravatas.
Solange bateu palmas. Isso, Vivi! Quero respostas concretas, nada de filosofia.
Os homens começaram a falar todos ao mesmo tempo, defendendo-se em meio às risadas. Ricardo, então, ergueu as mãos em rendição. Desisto de vocês. Vou tomar um banho na piscina, estou precisando.
Foi nesse instante que soltei a melhor de todas, a frase que arrancou o fôlego da roda. Ricardo, mas nem você?
Ele parou, olhou para mim com aquele sorriso de canto e deixou escapar uma gargalhada grave. Até a senhora patroa?
Todos caíram na risada, batendo palmas, gritando, rindo até chorar.
Eu ergui a taça e respondi, firme, mas provocativa. Claro, meu guardião. Também sou filha de Deus.
O grupo explodiu em gargalhadas, e até Ricardo, desconcertado, não conseguiu esconder o riso. Ele balançou a cabeça, ainda sorrindo, e seguiu para a piscina.
Enquanto mergulhava, a água envolvendo cada músculo, nós continuávamos a rir, comentando que até o guardião de aço tinha se rendido à farra da roda.
Ricardo saiu da piscina devagar, a água escorrendo pelos músculos tensos, o corpo brilhando sob a luz do entardecer. A sunga preta colada deixava pouco espaço para a imaginação, marcando sua imponência de forma quase indecente.
Quando ele se aproximou do grupo, nenhuma de nós disfarçou. Os olhares desceram sem pudor, fixando-se diretamente no volume generoso que saltava diante de nós. O silêncio durou alguns segundos, interrompido apenas pelos nossos suspiros cúmplices.
Beth foi a primeira a quebrar o clima. Eu não sei nadar nada, mas agora mesmo me atirava na piscina só para sair agarrada nos braços desse homem. E, se possível, com respiração boca a boca.
O grupo explodiu em gargalhadas, algumas batendo palmas, outras se abanando como se o calor tivesse subido de repente.
Rafaela completou, rindo alto. Eu me atirava junto. O problema ia ser soltar depois.
Carolina suspirou teatralmente. Isso não é um salva-vidas, é um perigo público.
As risadas se espalharam, mas eu não resisti. Cruzei as pernas, ergui a taça e soltei em tom provocativo. Nada disso. Eu sou a patroa, então o direito de ir primeiro é meu. Se sobrar alguma coisa para vocês, que aproveitem.
As gargalhadas e gritos explodiram, Karol quase caiu da cadeira de tanto rir, e Solange abanava o rosto vermelho.
Ricardo, parado diante de nós, respirou fundo e sorriu de canto, desconcertado. Vocês todas são impossíveis. Até a senhora, patroa?
Levei a taça aos lábios, segurei seu olhar e respondi firme, mas com malícia. Claro, meu guardião. Também sou filha de Deus.
O grupo foi ao delírio. O coro era uníssono. O guardião caiu, o guardião se rendeu, até a patroa o pegou.
Ricardo balançou a cabeça, rindo, levantando as mãos em rendição. Vocês venceram. Hoje eu não aguento mais provocações.
A roda seguiu rindo até doer a barriga. E foi nesse clima de festa e zombaria que seguimos para o jantar, ainda com o brilho da piscina estampado em nossos olhos.
Continua....