O Café da Manhã (As Pistas no Corpo) – Hotel-Fazenda - Parte 2



O salão do hotel estava iluminado pela manhã clara. As janelas abertas deixavam entrar o cheiro de campo e o canto dos pássaros. A mesa estava farta de frutas, pães, bolos e café fresco. A turma já se espalhava em volta, rindo alto, lembrando dos exageros da noite anterior.
Entrei tentando manter a postura. Mas cada passo denunciava o cansaço ardente. Caminhava de pernas mais abertas, lenta, o corpo entregando o quanto tinha sido invadida. Carolina foi a primeira a notar. Cutucou Beth e riu em silêncio.
Beth, sem filtro, comentou alto que eu parecia ter passado a noite em cima de um touro bravio. Solange completou, rindo, que pelo meu jeito talvez não tivesse sobrado nem cama inteira. A mesa inteira caiu em gargalhadas.
Karol, percebendo meu embaraço, entrou no jogo para me proteger. Disse que o vinho da noite anterior derrubava qualquer um, que talvez eu estivesse apenas de ressaca. Mas Carolina não largou o osso. Disse em tom malicioso que ressaca não deixava mulher andar com pernas afastadas, que aquilo parecia outro tipo de lembrança.
O salão explodiu em risadas. Respirei fundo, servi-me de café e respondi sorrindo que, se a natureza tinha me dado corpo, não seria eu quem ia desperdiçar. A gargalhada voltou ainda mais alta, e a atenção se dispersou. Mas Ricardo, em silêncio, me observava de longe. Um olhar firme, rápido, cheio de fogo. Só nós dois sabíamos a verdade.
Depois do café, o grupo se dividiu em atividades: alguns foram para a piscina, outros caminharam pelo gramado. Aproveitei a confusão e escapei discretamente. Ricardo já sabia. Encontramo-nos atrás de uma cerca, perto de uma trilha que levava ao lago. Era um lugar afastado, cercado de árvores, longe de qualquer olhar curioso.
Ele me puxou para a sombra e me encostou contra o tronco de uma árvore grossa. O beijo veio urgente, quente, como se a fome da noite não tivesse sido suficiente. Senti o peso dele contra mim, a mão subindo pela minha coxa, levantando meu vestido. O pênis já duro pressionava contra mim por dentro da calça.
Abri minhas pernas sem pensar, deixando que ele deslizasse a mão entre elas. Um gemido escapou quando seus dedos encontraram minha vagina ainda sensível. Ele me penetrou ali mesmo, de pé, me erguendo no colo, as costas pressionadas contra a árvore, a boca colada na minha.
Os movimentos eram curtos e fortes, urgentes, abafados pela natureza ao redor. Eu mordia seu ombro para não gritar, sentindo cada estocada como se fosse a primeira. O vento balançava as folhas, mas o som que ecoava era o dos nossos corpos se chocando, úmidos, desesperados.
Explodi de prazer rápido, tremendo inteira, e senti ele se derramar dentro de mim logo depois, quente, fundo, como se quisesse deixar sua marca de novo.
Descemos devagar, ajeitamos as roupas e voltamos pelo caminho separados, fingindo normalidade. O grupo ria à beira da piscina, sem desconfiar. Mas dentro de mim, cada músculo, cada fibra lembrava que eu já não pertencia a ninguém além dele.
O sol já estava alto quando a turma se espalhou pelo hotel-fazenda. Alguns se jogaram na piscina, outros decidiram caminhar até o lago. Eu tentava acompanhar, mas cada passo denunciava o corpo ainda dolorido da noite anterior. As pernas abertas, o andar lento, a sensação constante de que Ricardo ainda me preenchia.
Logo começaram os comentários. Beth foi a primeira a notar, com aquele sorriso debochado. Disse que eu andava como quem tinha cavalgado a noite inteira. As risadas estouraram. Solange, abanando-se, completou que parecia até que eu tinha participado de um campeonato de montaria escondida.
O grupo gargalhava, e eu sentia o calor subir pelo rosto. Era preciso uma desculpa rápida, algo que todos acreditassem. Sorri, fingindo naturalidade, e disse que havia feito uma cavalgada cedo com um dos monitores do hotel e que o cavalo era bravo demais, tinha me deixado com as pernas bambas.
As risadas continuaram, mas dessa vez em tom cúmplice. Carolina brincou que, se o cavalo tinha feito aquilo, ela mesma queria testar a montaria. Rafaela completou que então devíamos todas marcar o passeio para o dia seguinte, só para conferir se era tão intenso assim.
A gargalhada tomou conta, e a desculpa ficou registrada. Mas os olhares não paravam. Ricardo, deitado em uma espreguiçadeira próxima, acompanhava tudo em silêncio, o rosto impassível, mas os olhos encontravam os meus em breves instantes. Era como se dissesse sem palavras: “está funcionando, eles acreditaram”.
Karol percebeu o risco e entrou no jogo para me proteger. Contou uma história engraçada de quando caiu de cavalo anos antes e não conseguiu andar direito por uma semana. Alberto riu e reforçou, dizendo que era normal, que quem não estava acostumado com cavalgada sempre ficava dolorido. O grupo seguiu na onda, e o peso saiu dos meus ombros.
Ainda assim, a farra não parava. Solange sugeriu que a cavalgada devia ser com sela dupla, porque de outro jeito não havia coluna que aguentasse. Beth, sem freio, comentou que, se fosse mesmo isso, pelo menos eu tinha saído com um sorriso no rosto.
O resto do dia seguiu nesse clima. Brincadeiras veladas, risadinhas em grupo, provocações que sempre voltavam para mim ou para Ricardo. A cada piada, eu sorria e entrava na onda, mas por dentro queimava, lembrando de cada investida no estábulo, sentindo ainda a ardência do corpo que não deixava espaço para esquecer.
E no fundo, eu sabia: o segredo estava seguro por enquanto. Mas bastava um olhar mais atento, uma palavra atravessada, e toda a farsa poderia ruir.
O calor da tarde já se espalhava pela piscina quando Karol se aproximou de mim. Segurou meu braço com firmeza e me puxou discretamente para o lado do jardim, afastando-nos dos outros. O sorriso dela era debochado, mas o olhar carregava cumplicidade.
— Você é louca — disse em voz baixa, mas logo completou: — Eu te entendo. Não precisa me contar nada, eu já sei. Basta olhar para o seu rosto e para o brilho dos seus olhos. Vi, você não consegue esconder quando volta inteira de um homem.
Meu coração disparou. Abri a boca para negar, mas ela apenas riu e segurou minhas mãos.
— Não precisa dizer nada. Eu vi ontem à mesa como você olhava para ele. Hoje, seu corpo inteiro grita. E não se preocupe, porque não vou abrir a boca.
O alívio veio misturado à vergonha. Karol apertou meus dedos e piscou.
— Só não se esqueça, quanto mais você tentar esconder, mais ele vai te entregar com esse olhar de posse.
Balancei a cabeça, sabendo que ela tinha razão.
No fim da tarde, o grupo descansava espalhado pelas espreguiçadeiras da piscina. O clima era leve, risadas aqui e ali, taças de caipirinha passando de mão em mão. Ricardo estava deitado, braços cruzados atrás da cabeça, a camisa aberta mostrando o peito marcado pelo sol.
Foi então que aconteceu. Carolina, já solta pelo álcool e pelas próprias intenções, tropeçou de propósito ao passar por ele. Caiu sentada direto sobre o colo de Ricardo, arrancando gargalhadas da mesa inteira. Fingiu susto, mas o sorriso maroto entregava tudo. Disse alto que aquela era a cadeira mais confortável do hotel e que não sairia tão cedo.
O sangue me ferveu instantaneamente. O ciúme queimava como faca. Senti minhas mãos tremerem, a respiração acelerar, e estava prestes a levantar e tirar Carolina dali à força.
Foi quando Karol, rápida como sempre, percebeu. Se aproximou de mim e segurou meu braço com força, sussurrando ao meu ouvido:
— Calma, Vi. Respira. É só provocação. Ela quer te testar. Não dá esse gostinho.
Apertei os dentes, engoli em seco e fiquei imóvel. Karol se levantou, foi até a piscina e puxou Carolina para dentro com uma gargalhada, como se fosse apenas uma brincadeira. O grupo inteiro riu alto, Carolina emergiu molhada e fingindo indignação, mas a cena havia sido desarmada.
Ricardo permaneceu deitado, o olhar fixo em mim por um segundo, firme, intenso. Eu entendi o recado silencioso: ele só pertencia a mim. Mas o fogo do ciúme ainda queimava por dentro, mais forte do que nunca.

Continua....

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Comentários


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farmaceutico- Comentou em 12/09/2025

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Ficha do conto

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Nome do conto:
O Café da Manhã (As Pistas no Corpo) – Hotel-Fazenda - Parte 2

Codigo do conto:
242260

Categoria:
Traição/Corno

Data da Publicação:
12/09/2025

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