O Jantar Incendiado - Hotel Fazenda Parte 6



As mesas estavam arrumadas sob as luzes amarelas do salão aberto, taças de vinho tinto refletindo o brilho das velas. O cheiro de carne assada se misturava ao da brisa noturna, mas o assunto ainda era o mesmo: Ricardo saindo da piscina com a sunga colada, imagem gravada na mente de cada uma de nós.
Mal sentamos e já começou. Roberto, malicioso, ergueu a taça. Se depender da cara de vocês, meninas, a piscina hoje foi mais perigosa que qualquer treino de luta.
Beth bateu palmas. Perigosa não, deliciosa. E se ele resolvesse salvar alguém de verdade, ia ter fila para se afogar.
A mesa explodiu em risadas.
Douglas, provocador, completou. Então quer dizer que nosso guardião está dando trabalho até fora do campo de batalha?
Carolina sorriu com malícia. Trabalho é pouco. Aquilo ali seria serviço de madrugada inteira, sem descanso.
O silêncio breve foi substituído por gargalhadas e suspiros.
Rafaela se inclinou sobre a mesa. Eu só queria saber se ele conseguiria terminar a refeição ou se alguém aqui ia puxar ele para outro tipo de jantar.
As mulheres gritaram e bateram na mesa. Até os homens riram, meio sem jeito.
Karol tentou disfarçar, mas não resistiu e ergueu a taça. Vocês são terríveis. Mas devo admitir que… estão todas certas.
O coro foi geral, as gargalhadas mais altas que antes.
Foi então que Beth mirou em mim. E você, patroa? Vai deixar esse banquete só para a gente comentar ou vai se pronunciar também?
Eu respirei fundo, sorri provocativa e soltei, sem medo. Se eu fosse falar tudo o que pensei naquela piscina, esse jantar teria que virar madrugada.
A mesa explodiu. Solange se abanava, vermelha de tanto rir. Carolina quase cuspiu o vinho. Roberto gargalhava, dizendo que nunca mais conseguiria olhar para Ricardo sem lembrar da cena.
Ricardo, no meio de tudo, permanecia sereno, mas o sorriso de canto denunciava. Ele levou a taça aos lábios, bebeu devagar e disse com calma. Vocês estão me fazendo desistir de jantar. Daqui a pouco vou precisar de outro mergulho.
O silêncio de segundos foi quebrado pela risada escandalosa de Beth, que bateu na mesa. Claro, está sentindo calor nas partes baixas, Ricardo? Por isso precisa esfriar a cabeça na piscina?
A mesa veio abaixo. As gargalhadas ecoaram alto, os homens rindo sem jeito e as mulheres se abanando com as mãos.
Karol ergueu a taça, rindo até as lágrimas. Guardião ou Deus Grego? Melhor ficar quieto, porque hoje nós estamos impossíveis.
Todas brindaram com ela, mas não pararam. A deixa de Ricardo era o que faltava para transformar o jantar num festival de provocações.
Rafaela suspirou teatralmente. Imagina esse calor todo sendo resolvido embaixo dos lençóis… eu não sobreviveria.
Carolina completou, rindo com malícia. Se ele entrar de novo na água, vai ferver a piscina.
Eu mesma, sem resistir, soltei em voz alta, fingindo inocência. Eu só queria saber se esse mergulho resolveria… ou se deixaria ainda mais duro de lidar.
A mesa explodiu em gritos, risadas e palmas. Roberto se curvava de tanto rir, enquanto Douglas dizia que nunca mais teria coragem de sentar à mesa com esse grupo sem pensar besteira.
Ricardo passou a mão pelos cabelos molhados, rindo desconcertado, tentando manter a compostura. Vocês todas são impossíveis.
E eu, firme, finalizei. Impossíveis não, guardião. Apenas curiosas… e muito observadoras.
As gargalhadas tomaram conta outra vez, brindes tilintaram, e o jantar se tornou mais que uma refeição: foi um banquete de desejos disfarçados em piadas, cada palavra mais provocativa que a anterior.
As taças de vinho já iam pela metade, e a mesa estava em chamas. As risadas ecoavam pelo salão aberto, misturadas ao aroma da comida e ao calor dos olhares. O tema não mudava: Ricardo, ainda sereno, mas marcado pelo mergulho na piscina e pela imagem que não saía da cabeça de nenhuma de nós.
Beth foi quem lançou a primeira bomba. Ricardo, se uma de nós tivesse a sorte de passar uma noite inteira com você… como seria?
O silêncio caiu por um instante. Todos esperavam. Ele pousou a taça devagar, olhou firme e respondeu com calma. Eu faria essa mulher esquecer o mundo. Não deixaria forças nem para levantar da cama pela manhã.
O impacto foi imediato. Gritos, gargalhadas e até palmas preencheram a mesa. Rafaela quase caiu para trás na cadeira. Ele fala calmo, mas mata a gente por dentro.
Carolina, atrevida, se inclinou sobre a mesa. E quanto tempo você aguentaria, guardião? Uma, duas, três rodadas?
Ricardo sorriu de canto. O quanto for preciso. Eu paro só quando ela pedir.
As mulheres se contorciam de tanto rir e suspirar. Solange se abanava com a mão. Isso não é resposta, é ameaça deliciosa.
Karol ergueu a taça, os olhos brilhando. Vocês não entendem, ele não se entrega… só joga mais lenha no fogo.
Eu entrei no jogo, cruzei as pernas e disparei em tom provocativo. Eu só queria ver se toda essa promessa é real. Porque, pelo que vimos na piscina, sobreviver à primeira hora já seria milagre.
A mesa explodiu. Gargalhadas eufóricas, assobios, batidas na mesa.
Douglas, rindo, balançou a cabeça. Eu quero ver quem teria coragem de testar isso aí.
Roberto completou, malicioso. Porque pelo jeito, uma só não daria conta. Precisaria de turno, revezamento.
As mulheres gritaram, rindo até chorar, algumas caindo para trás nas cadeiras.
Beth suspirou alto, com as mãos no peito. Se eu tivesse essa chance, aceitava morrer feliz.
Ricardo apenas ergueu a taça de novo, mantendo o tom sereno. Eu só garanto uma coisa. Quem se entregar a mim nunca mais vai ser a mesma.
O silêncio caiu pesado por um segundo, antes que a mesa inteira explodisse em gritos, aplausos e gargalhadas. O vinho tilintava nas taças, mas o que embriagava era o desejo mascarado de piadas.
E eu, olhando firme para ele, sabia que aquelas palavras não eram só para a roda. Eram para mim.
As risadas estavam tão altas que a mesa parecia um palco. O vinho corria solto, e as provocações vinham em ondas cada vez mais ousadas. Ricardo mantinha a serenidade, mas o sorriso de canto denunciava o desconforto delicioso de ser o alvo da noite.
Beth, já vermelha pelo vinho, foi a primeira a avançar sem pudor. Ricardo, você é do tipo que acaba com a gente logo de cara ou prefere torturar devagarinho até a gente implorar?
O grupo explodiu em gargalhadas e gritos. Os homens se curvavam, rindo sem acreditar, enquanto as mulheres batiam palmas exigindo resposta.
Ricardo bebeu um gole de vinho, apoiou a taça na mesa e respondeu sereno. Eu começo devagar. Mas só até ela não aguentar mais e pedir.
O impacto foi imediato. Carolina caiu para trás na cadeira de tanto rir, Rafaela bateu as mãos na mesa, Solange abanava o rosto quente.
Carolina aproveitou a deixa. E quando pedem mais, guardião… você aguenta?
Ricardo sorriu discreto, mas firme. Eu só paro quando ela não tiver forças para continuar.
A mesa veio abaixo. As mulheres gritavam, riam alto, algumas até aplaudiram. Os homens balançavam a cabeça, meio sem jeito, mas também gargalhavam.
Beth suspirou alto. Misericórdia, eu ia pedir arrego já na primeira hora.
Rafaela completou, atrevida. Eu não sei nem se caberia tudo, não pela boca nem por baixo… aquilo na piscina já parecia descomunal.
O grupo explodiu outra vez. Gritos, assobios, gargalhadas sem freio.
Eu, em silêncio, observava. Meu corpo vibrava com cada palavra dele, porque eu sabia a quem essas respostas realmente pertenciam. Ele estava se expondo, mas ao mesmo tempo me protegendo. Toda a atenção era dele. Eu era apenas mais uma na mesa, e isso era o escudo perfeito.
Douglas tentou quebrar a tensão, rindo. Esse guardião fala como se fosse capaz de acabar com qualquer uma de vocês de uma só vez.
Roberto completou, gargalhando. Do jeito que vocês estão, acho que nenhuma sobrevivia. Ia precisar de revezamento.
As mulheres gritaram ainda mais, algumas batendo na mesa, outras chorando de rir.
Karol ergueu a taça, brilhando de malícia. Melhor vocês se controlarem. Porque, pela cara dele, o guardião está deixando vocês sonharem, mas eu não apostaria que fosse tão inofensivo assim.
O grupo aplaudiu, e Ricardo permaneceu em silêncio, apenas sorrindo.
Eu, quieta, deixava escapar apenas um sorriso discreto. Por dentro, meu coração queimava. Eu amava aquela cena. Amava ver como ele segurava tudo sozinho, atraía cada provocação para si, desviava todas as atenções de nós dois. Ninguém lembrava de mim. Ninguém suspeitava de nada. E, ainda assim, cada resposta dele era uma declaração muda, dita só para mim.
O jantar seguia incendiado, mas eu já sabia: Ricardo era mais que o meu guardião. Ele era o escudo perfeito para o nosso segredo.
As taças já estavam quase vazias, e as provocações queimavam como brasa. Até então eu havia ficado em silêncio, apenas rindo e observando. Mas não podia passar despercebida. Cruzei as pernas, ergui a taça e soltei em tom de desafio. Ricardo, até agora você só respondeu para elas. Mas me diga… uma mulher como eu, com fogo e orgulho, aguentaria quanto tempo com você?
A mesa explodiu em assobios, palmas e gargalhadas. As mulheres se animaram imediatamente, gritando juntas. Boa, Vivi! Agora ele não escapa.
Ricardo me olhou firme, com aquele sorriso de canto que eu conhecia bem. O quanto fosse preciso, patroa. Você cairia de cansaço antes de eu parar.
A resposta incendiou de vez. Carolina bateu a mão na mesa. Eu duvido! Uma noite comigo, ele ia implorar primeiro.
Beth levantou a mão como quem disputa num leilão. Não, querida. Eu duraria mais. Eu só desmaiaria de manhã.
Rafaela riu alto. Vocês não têm chance. Eu aposto que eu seria a última a levantar da cama.
O clima virou uma competição escandalosa. Cada uma queria provar que seria a mais resistente, a que mais suportaria os “dotes” do guardião.
Solange, rindo, cutucou Karol. E você, não vai entrar na disputa?
Karol ergueu a taça e gargalhou. Não preciso apostar. Eu sei bem do que Alberto é capaz. E garanto: a gente também não perde em nada.
A mesa vibrou com gritos e gargalhadas. Agora eram provocações duplas, com os dois homens mais desejados sendo o centro das fantasias.
Eu, aproveitando o embalo, finalizei. Pelo jeito, esse jantar virou uma prova de resistência. Só quero ver quem sobrevive até o fim da noite.
O coro foi uníssono, todos gritando, brindando e rindo alto. O clima estava no limite do indecente, mas ninguém conseguia parar.
E no meio da algazarra, eu sabia: Ricardo havia me respondido não para a mesa, mas para mim. Só eu entendia o peso verdadeiro daquela promessa.
O vinho já soltava todas as línguas. O riso era alto, as provocações ainda mais. A disputa de quem resistiria mais ao guardião tinha se transformado numa verdadeira confissão coletiva.
Carolina foi a primeira a atravessar a linha. Se fosse comigo, eu o deixaria amarrado. Só soltaria quando ele me implorasse.
Beth gargalhou. Pois eu faria o contrário. Deixava ele me usar até eu não aguentar mais, sem pedir trégua.
Rafaela se inclinou na mesa, os olhos brilhando. Eu quero só saber se caberia tudo. Pela marca que vimos na piscina, acho que só a boca não daria conta.
A mesa explodiu em gritos e palmas, alguns homens batiam na mesa, sem acreditar no que ouviam.
Foi a minha vez. Eu ergui a taça, olhei firme para Ricardo e soltei em tom provocativo. Ricardo, me diga… você gosta mais de fazer a mulher implorar ou de deixá-la sem forças para falar?
O silêncio caiu por um instante, todos esperando. Ele respirou fundo, apoiou a taça e respondeu com calma. Eu gosto de levar ao limite, até ela implorar. Mas não paro aí. Continuo até ela não ter mais voz.
As mulheres gritaram em coro, algumas quase caíram da cadeira. Solange abanava o rosto, sem fôlego.
Beth voltou com mais ousadia. Eu quero saber uma coisa, Ricardo. Você já fez uma mulher gozar tantas vezes que ela não conseguia mais se levantar da cama?
Ele sorriu de canto. Já. E não uma vez.
As palmas e gritos ecoaram como aplausos de teatro.
Eu aproveitei a deixa, inclinando o corpo para frente. E você acha que eu resistiria mais que elas?
Ele olhou direto para mim, os olhos queimando. Você não resistiria. Você se entregaria.
A mesa foi à loucura. Todos gritavam, batiam na mesa, alguns levantaram as taças brindando.
Roberto, entre risadas, tentou aliviar. Isso aqui já virou manual proibido.
Douglas gargalhou. Manual nada, virou competição olímpica.
Karol ergueu a taça, rindo alto. Melhor todo mundo tomar cuidado. Porque hoje nem a madrugada vai dar conta do fogo dessa mesa.
O jantar já não era apenas provocação. Era uma batalha de confissões, cada palavra mais indecente que a outra, cada resposta de Ricardo mais uma promessa velada que só eu sabia decifrar.
O vinho já não era mais vinho, era combustível. As provocações haviam atravessado todas as barreiras, e agora o grupo fazia perguntas sem filtros, entre gargalhadas e suspiros.
Carolina foi a primeira a soltar. Ricardo, qual a sua posição preferida? Não vale falar todas.
Ele respirou fundo, segurando a taça. Gosto quando ela está por cima. Assim sei que ela se entrega inteira.
A mesa explodiu em gritos. Beth se abanava, rindo alto. Misericórdia, eu não ia sair viva.
Rafaela foi além. E o lugar mais louco onde você já fez?
Ricardo sorriu de canto. Num estábulo.
O silêncio caiu por um segundo, antes de virar gargalhada geral. Algumas bateram na mesa, outras gritavam. Eu senti o sangue ferver por dentro, mas me mantive serena, como se fosse só mais uma piada.
Foi a minha vez. Ricardo, você prefere uma mulher que pede delicadeza… ou uma que pede para ser castigada até não aguentar mais?
Ele me olhou direto, como se não houvesse mais ninguém ali, e respondeu firme. A segunda. Sempre.
As mulheres gritaram em coro, algumas cobriam o rosto, outras batiam palmas.
Solange, encorajada, riu alto. Eu não resistiria a uma noite de quatro. Só isso.
Beth completou, gargalhando. Eu pediria de costas, puxando meu cabelo.
Carolina suspirou, maliciosa. Eu deixaria até no meu… só para ver até onde ele iria.
As risadas se misturaram com gritos escandalosos.
Douglas balançava a cabeça, rindo sem acreditar. Vocês estão todas loucas.
Roberto completou. Não tem mais volta, hoje ninguém dorme.
Karol ergueu a taça, encerrando a farra. Chega, meninas. Se continuarmos, vamos ter que transformar esse jantar em orgia.
O coro foi uníssono, todos rindo alto, brindando, deixando a noite terminar em festa.
A madrugada estava silenciosa quando ouvi a batida discreta na porta. Meu coração acelerou antes mesmo de abrir. Ricardo entrou no quarto devagar, fechou a porta atrás de si e veio deitar ao meu lado. O peso do corpo dele na cama me fez suspirar de alívio, como se o mundo lá fora tivesse sumido.
Deitei a cabeça sobre seu peito, ouvindo o coração forte que batia no mesmo compasso da minha ansiedade. Fiquei alguns segundos apenas sentindo o calor dele, até sussurrar o que precisava. Ricardo, hoje eu não posso me entregar… fiquei naqueles dias. Mas se você quiser, eu posso te aliviar, você sabe… posso descarregar você em mim.
Ele parou o movimento da mão que acariciava meus cabelos, ergueu meu rosto com delicadeza e olhou firme nos meus olhos. Nunca, Vi. Não assim. Isso não seria justo com você. Eu não quero apenas o meu prazer, quero a troca, quero sentir você inteira. Se não for assim, prefiro apenas te ter nos meus braços.
Meu coração se apertou, tomado por orgulho e ternura. Beijei sua boca com delicadeza e murmurei. Hoje você foi um verdadeiro guardião. Se colocou na frente de todos, atraiu as provocações só para si e tirou qualquer suspeita de nós dois. Eu fiquei em silêncio, mas por dentro eu transbordava de orgulho. Você não sabe a alegria que eu senti ao ver o homem que tenho do meu lado.
Ele riu baixo, acariciando minha cintura. Vocês estavam possuídas hoje. Nunca vi uma mesa virar uma arena tão rápido.
Sorri com malícia. Mas você lidou com tudo como se fosse fácil. E eu sei que, por trás de cada resposta, estava falando comigo.
Ricardo beijou minha testa e respondeu grave. Sempre com você. Sempre para você.
A conversa seguiu entre risos abafados e lembranças da noite. Eu o provoquei, lembrando da cara de Carolina, do exagero de Beth, da forma como Douglas quase caiu da cadeira. Ele ria junto, o riso grave misturado a beijos no meu pescoço e na minha boca.
Entre uma pausa e outra, declarei sem esconder. Eu te amo de uma forma que não tem volta, Ricardo. Você me transformou.
Ele segurou meu rosto com as duas mãos, os olhos queimando na penumbra. Eu me sinto inteiro só com você, Vi. Você é a razão de eu suportar tudo isso.
Nos aconchegamos mais, trocando carícias lentas, beijos suaves que ardiam sem pressa. Eu percorria seu peito com as mãos, ele passava os dedos pela minha pele como quem gravava lembranças. Não havia urgência, não havia fome, apenas o peso doce da entrega.
Ricardo ajeitou o corpo na cama e me envolveu em seus braços, colando-me contra ele. A respiração quente dele batia nos meus cabelos, enquanto sua mão passeava devagar pela minha cintura. Eu me aninhei, como quem finalmente encontra repouso no lugar certo.
Fiquei em silêncio por um instante, ouvindo apenas nossos corações no mesmo compasso. Então falei baixinho. Ricardo, hoje eu senti uma mistura de orgulho e amor por você que não sei explicar. Você se colocou como escudo, absorveu tudo sozinho naquela mesa. Todos riram, todos se distraíram, e ninguém lembrou de nós dois. Você me protegeu de uma forma tão linda… um verdadeiro guardião.
Ele sorriu, passando o polegar devagar pelos meus lábios antes de me beijar com ternura. Você é a razão de cada gesto meu, Vi. Eu posso suportar todos os olhares, todas as provocações, desde que você esteja segura.
Meu peito se apertou de emoção. Beijei-o de novo, lenta, apaixonada, e sussurrei contra sua boca. Eu te amo de uma forma que não consigo esconder de mim mesma. Você me transformou, Ricardo.
Ele apertou minha mão, entrelaçando nossos dedos. E você me fez homem de verdade. Não só por desejo, mas por tudo. Você despertou o meu coração.
Rimos em seguida, lembrando das expressões na mesa. Karol erguendo a taça, Carolina suspirando como se fosse desmaiar, Beth se abanando como louca. Eu gargalhei com a lembrança e brinquei. Você viu a cara do Douglas? Ele parecia um menino, não sabia onde enfiar os olhos.
Ricardo riu junto, com aquele riso grave que vibrava em meu peito. Vocês estavam possuídas, Vi. Eu pensei que ia ter que me levantar da mesa e mergulhar de novo na piscina.
Deitei de lado, encarando-o na penumbra. Passei os dedos pelo seu rosto, contornei a linha da barba, o nariz, os olhos fechados que se abriram só para me olhar de volta. Toquei seus lábios e falei baixinho. Meu guardião, meu homem, meu segredo mais lindo.
Ele beijou meus dedos e respondeu suave. Minha deusa, minha força, minha razão.
Ficamos assim, trocando palavras que eram juras veladas. Ele beijava minha testa, meus ombros, minhas mãos. Eu percorria seu peito com os dedos, como se quisesse memorizar cada detalhe. As risadas davam lugar a silêncios confortáveis, e os silêncios voltavam a se encher de sussurros de amor.
Ricardo roçou os lábios nos meus e disse. Eu não preciso do seu corpo hoje, Vi. Só preciso disso… de você aqui comigo. É o bastante para me manter vivo.
Senti os olhos marejarem. Aproximei meu rosto e o beijei de novo, longa e ternamente. E entre um beijo e outro, respondi. Então nunca me solte. Eu quero ser sempre seu refúgio, assim como você é o meu.
A madrugada se alongava, mas o tempo parecia suspenso. Eu já não sabia se era noite ou sonho. Só sabia que estávamos ali, dois corpos entrelaçados, duas almas confessando em silêncio que pertenciam uma à outra.
Meus olhos foram se fechando aos poucos, vencidos pelo peso da madrugada. O peito de Ricardo subia e descia debaixo da minha cabeça, a respiração grave e quente embalando meu sono. A última coisa que lembro foi a voz dele, baixa, quase um sussurro. Dorme, minha deusa, eu estou aqui.
Apaguei nos braços dele, envolvida pelo calor, pela segurança, pela certeza de que nada poderia me tocar.
Quando despertei, o quarto estava em silêncio. O lado da cama estava vazio, mas o lençol sobre meu corpo tinha sido ajeitado com cuidado. O travesseiro ao lado ainda guardava o calor e o cheiro dele. Sorri sozinha, sabendo que não era preciso ter visto nada para entender: Ricardo tinha ficado comigo até eu adormecer, depois se levantou em silêncio, deixando-me descansar em paz.
Aquele gesto simples me atravessou mais fundo do que qualquer palavra.

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Ficha do conto

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vivianebeatriz

Nome do conto:
O Jantar Incendiado - Hotel Fazenda Parte 6

Codigo do conto:
242399

Categoria:
Traição/Corno

Data da Publicação:
14/09/2025

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