Doce Bruna: o trabalho de matemática na casa de Jorge



Durante o intervalo, enquanto Jorge seguiu tentando a sorte com a Bruna sendo perseguido também por Ana, eu discuti brevemente com Júlia sobre como resolveríamos os principais pontos do trabalho. Ficou claro pra gente que a coisa toda ficaria por nossa conta.

— Mas será que Bruna é folgada também? - perguntou Júlia.
— Eu não sei, é a primeira vez que vejo ela fazendo trabalho em grupo. Acredito que não. - respondi.
— Eu vou perguntar pra ela depois - disse Júlia
— Não! - respondi afobado pensando em usar a oportunidade a meu favor. Mas por ter sido tão ríspido, Júlia fez uma cara de quem não entendeu minha reação que seguiu com:
— Pode deixar que eu vejo isso, já está mexendo com um monte de coisa no trabalho. Eu falo com ela. - falei tentando diminuir o efeito negativo da minha péssima reação. Júlia consentiu e falou que ia resolver outra coisa se afastando de mim.

Fui atrás de Bruna no intervalo. Não foi difícil encontrá-la e, pra minha sorte, Jorge parecia ter dado um tempo. Ela estava só num banco de concreto.

— Oi Bruna, estava te procurando para falar sobre o trabalho - cheguei falando.
— Oi, tudo bem? Hum, que bom que lembraram que tô no grupo - respondeu com um sorrisinho amarelo.
— É claro que não íamos te esquecer, Bruna. Teria alguma ideia pra já irmos pensando no trabalho? - perguntei.

Bruna começou dando algumas ideias que nem eu e nem Júlia tínhamos pensado e então ficamos ali falando até o final do intervalo sobre o trabalho. O papo foi tão orgânico que até esqueci de minhas inseguranças. Como era bom ver aquela mulher falar, que gostoso ouvir sua voz e, mais que isso, como era prazeroso contar uma ou outra gracinha pra fazê-la rir. Me senti no céu, mesmo o assunto sendo longe daquele que realmente gostaria de puxar com ela.

Mais tarde, no mesmo dia, fui para a casa de Jorge. Já tinha passado na rua dele, mas nunca tinha sido convidado para suas festinhas exclusivas. A frente devia ter uns 20 metros de largura e os muros eram muito bonitos, com um pequeno jardim do lado de fora e um belo trabalho paisagístico. Logo que o portão abriu vi que a casa era uma mansão. A piscina ficava na frente, do lado esquerdo. No meio tinha uma trilha para os carros passarem e do lado direito uma enorme área de churrasco de altíssimo nível. Ana já estava por lá. Coloquei minha bicicleta numa lateral conforme Jorge indicou ao me receber.

— É um prazer recebê-lo em casa. Fica a vontade. Tem bebidas diversas aqui na geladeira da área, o banheiro fica ali e se quiser realmente ir pra piscina, tem toalha ali e o chuveirão tá daquele lado. - orientou Jorge.

Na garagem, uma Dodge Ram enorme de cor preta, uma Hornet CB600 e um Opala restaurado. Ainda foi possível notar que tinha até uma mesa de sinuca numa outra parte. Me senti um nada em meio à tudo aquilo. Fui para a área de churrasco com a mochila e retirei o material enquanto Ana ficava petiscando algo sem dar nenhuma atenção. Fazia caras e bocas para Jorge, que não estava nem aí pra ela e também nem para o trabalho.

Instantes depois foi a vez de Júlia chegar. Também ficou surpresa com tudo aquilo, ficou nítido. Ela logo veio para perto de onde eu estava para começar a fazer o trabalho. Íamos fazendo tudo enquanto Jorge e Ana ficavam conversando algumas bobeiras e ela seguia no ataque para tentar fisgar Jorge.

Com uma hora e meia de atraso, Bruna chegou. Diferente de mim e de Júlia, pareceu não ver nada demais. Cumprimentou Jorge, que ainda a convidou para conhecer a casa - algo que não foi sugerido à mim e nem a Júlia. Mas Bruna falou que não tava muito afim. Passou por Ana, a cumprimentou, depois Júlia e, quando foi minha vez, me deu um abraço, se desculpou pelo atraso e falou que estava ansiosa para resolver aquilo o quanto antes. Fiquei embasbacado com sua reação e é claro que adorei.

Porém, assim que olhei para Ana, notei que seu olhar era de quem tinha notado que eu tava afim dela e curti muito aquele momento. O mesmo estava estampado na cara de Júlia, que ficou surpresa, mas não fez nada demais. Já o Jorge, não conseguiu esconder sua contrariedade e ficou indignado, fechou a cara e foi para sua casa pisando firme. Bruna pareceu não ter percebido.

Então resolvemos ir organizando o trabalho. Fui liderando as garotas e, tentando reagir de forma neutra e sem preferência, percebi que até a Ana resolveu ajudar. Depois de meia hora, Jorge retornou sem camiseta, peitoral trincado e, tentando impressionar Bruna. Ana e Júlia ficaram claramente excitadas ao notar o colega, mas Bruna não demonstrou isso.

— Então galera, como posso ajudar no trabalho? - disse Jorge.
— Tem uma parte aqui que vai ser fundamental para o sucesso do trabalho, acredito que só você é capaz de conseguir. - respondi aproveitando que ele queria provar ser o bonzão e demonstrando que não ia me expor ao ridículo como ele estava fazendo.
— Mas será que ele vai dar conta? - perguntou Bruna.
— Claro que vou, pode deixar! - respondeu Jorge pegando o papel e indo se sentar na outra ponta para fazer sua parte.

Bruna olhou pra mim como se tivesse percebido o que eu tinha acabado de fazer, deu um sorrisinho e uma piscadinha. Sorri pra ela de volta com o cuidado de Jorge não notar aquilo. A parte do trabalho, na verdade, era a mais fácil, e não íamos desperdiçar a vontade que ele demonstrou, mesmo que o objetivo fosse para tentar ficar com a Bruna, algo que ela claramente não tava afim.

Com mais duas horas, o trabalho estava praticamente todo pronto. Júlia então falou que poderia deixar com ela, para finalizar os detalhes e deixar tudo organizado. Jorge então falou que tinha pedido um lanche especial para comemorarmos o fato de já termos terminado tudo com duas semanas de antecedência e, mesmo eu, Bruna e Júlia loucos pra ir embora, resolvemos ficar e esperar.

Durante toda a espera, Jorge voltou a tentar a sorte com Bruna, que ficou perto dele por um tempo para não gerar ciúmes nele. Era tão gracioso ver ela sendo tão gentil com ele e demonstrando que não estava disponível para tentar nada com ele que meu coração se aquecia. Mais ainda quando ela o respondia tirando-lhe a ideia de que estaria afim dele e me procurava com os olhos em seguida para sorrir discretamente.

— O que é que vocês viram nessa fulana? - cochichou Ana se aproximando de mim e Júlia, que seguíamos finalizando alguns detalhes.
— Como assim? - respondi surpreso.
— Tá na cara que você e o Jorge estão loucos por ela, o que é que ela tem? - insistiu.
— Também não é assim, né? - me defendi.
— Olha, o que vocês viram nela não é do meu interesse, mas que você tá afim dela, isso tá bem claro! - disse Júlia provocando.
— Ah, eu acho ela bonita sim - tentei me esquivar.
— Fala logo, assume! - disse Ana, também provocando.
— Tá bom. Eu acho ela bonita e sou afim dela sim, mas não conta pra ela. Até porque nem tenho chance assim - falei envergonhado.
— Se você pensar assim, realmente não vai conseguir nada nunca. Isso se seu objetivo é ser apenas amigo - continuou Ana.
— E não é da minha conta de novo, mas tá na cara que ela te enxerga diferente, depois conversa com ela sobre isso e para de ser bobo - falou Júlia.
— Nessa eu devo concordar. Fala com ela, mas não seja afobado que nem o Jorge. Ele tá pagando tanto mico que até eu tô pensando se vale a pena continuar a tentar a ficar com ele mesmo - disse Ana.

Depois disso nós três rimos e aproveitei pra mudar de assunto perguntando se ela já não teria falado com ele sobre os sentimentos. Ana não quis responder, mas foi o suficiente para as duas pararem de pegar no meu pé. Pouco depois, Bruna voltou a se aproximar da gente e Jorge, agora com camiseta, também veio aguardar o lanche. Estava mais tranquilo, embora um pouco chateado, não demonstrava mais o mesmo interesse por Bruna.

O lanche eram sanduíches artesanais e refrigerantes. Jorge fez questão de arcar com tudo, mesmo a gente insistindo para rachar a conta e falando que ele já tinha dado a casa. Mas agora, sendo o velho Jorge que todos da escola curtiam, simplesmente falou que era uma honra ter recebido a gente pra fazer o trabalho e que aquela tarde tinha sido muito boa. Agradeceu por termos passado uma parte do trabalho pra ele tentar fazer - não conseguiu totalmente, mas tentou ao máximo.

Depois de lancharmos, Júlia se despediu e foi embora com seus pais lhe buscando. Ana perguntou se Jorge poderia levar ela em casa e então ele estendeu o convite para mim, que estava pegando a bicicleta pra ir embora, e para Bruna. Falou que colocaria minha bicicleta na caçamba da Dodge e me levaria. Agradeci, mas recusei ao passo que a Bruna falou que esperaria seus pais lhe buscarem. Eu até pensei em ficar para esperar junto com ela, mas Ana falou que então aguardaria Bruna ir para depois ser levada por Jorge.

Resolvi ir. Antes, cumprimentei Jorge, depois dei um tchauzinho pra Ana e quando ia dar um para Bruna, ela pediu pra esperar, veio até mim e me deu um abraço com um beijinho no rosto. Diferente de antes, Jorge agora fez um sinal como quem diz para aproveitar, mas com a bicicleta na frente, a surpresa de ter sido abordado e a mochila, abracei como deu, no maior tempo possível e fui embora.

À caminho de casa, pedalava tão satisfeito e feliz que me sentia no céu. Será que ela estava na minha? Será que eu era só amigo? Resolvi passar numa sorveteria para tomar um milk-shake e fiquei lá com meus pensamentos. Mais uns quarenta minutos depois, indo finalmente pra casa, paro no semáforo e uma cena me chama a atenção.

Ou era real, ou apenas uma miragem, mas assim que o sinal abriu, vi Jorge dirigindo a Dodge preta com Bruna super sorridente e alegre no banco da frente sem nenhum sinal de Ana. Será que eu tava vendo coisa demais?

Continua...


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Ficha do conto

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Nome do conto:
Doce Bruna: o trabalho de matemática na casa de Jorge

Codigo do conto:
244785

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
15/10/2025

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