Doce Bruna: o reencontro

Fui ao seu encontro, era numa praça da cidade. Não havia movimento e ela estava lá, linda como sempre. Mas haviam alguns detalhes diferentes. Ela se vestia com um shortinho curto que tornava seu corpo mais sexy que o habitual. Estava muito erótica, chamava a atenção de qualquer homem minimamente interessado em mulheres. Sempre foi bela, e seu jeitinho angelical era um convite ao prazer.

Assim que cheguei, ela veio ao meu encontro e me abraçou forte. Colocou a cabeça como na época dos encontros em frente à escola. Aquilo me deixou com um sentimento bom. Ela dizia baixinho para que a desculpasse pela ligação e por ter sido tão cruel comigo. A tranquilizei e fomos conversar. Ela quis me atualizar e contar uma versão dos fatos que não tinha contado.

- Amor, eu precisei ser rude com você porque muita coisa estava em jogo. Primeiro que o Jorge tinha virado braço direito do meu pai e passou a contar que iria sacanear minha família roubando-a. Eu contei para meus pais, mas eles achavam graça, diziam que mesmo que fosse verdade, seria muito difícil fazer isso. Jorge continuou a ameaçar e disse que não faria isso se eu terminasse com você para a gente formar um casal. Eu não queria topar, mas estava com tanto medo que fiz e decidi ser tão rude com você. Não merecia isso. Desculpa.

Dizia com uma carinha de choro de fazer bico. Estava muito arrependida. Ela continuou:

- Depois que virei a namorada dele, passei por várias humilhações com o Jorge tendo caso com outras, depois me apresentando aos seus amigos como uma qualquer. Alguns deles chegavam até a dar em cima de mim. Jorge então mandou eu ficar com roupas cada vez mais curtas, como se quisesse que os outros me desejassem. Me desrespeitou falando que faria qualquer coisa para fazer acordos. E eu senti uma falta tão grande de você. Jamais faria isso comigo. Nem trair e nem desrespeitar, mesmo eu não valendo nada e tendo feito coisas ruins pra você.

Bruna se calou, olhou pro chão e concluiu de forma firme.

- Queria te ver para pedir desculpas e dizer o que realmente estava por trás. A verdade é que iria te pedir uma nova chance, mas não mereço. Não fiz por onde, te sacaneei, me deixei levar pelo tesão de ficar com um cara cheio de atitude como o Jorge, mas ele passou demais do ponto. Parece que ele só queria mesmo mostrar que te tomaria. Foi como um jogo pra ele. Mas eu vou terminar com ele e vou viver minha vida.

- Mas e seu pai? Sua família? Ele não iria roubar de vocês?

- Que se dane. Se nem minha família acredita em mim. Olha, eu vou sair dessa. Desculpa te envolver nisso e agora te fazer ficar preocupado.

- Ué, termina com ele e vem morar comigo. Eu não tenho nada, sou pobre, não vou te dar luxo, mas respeito e carinho sempre terá.

Bruna parou, olhou com um sorriso de quem tinha gostado do que ouviu. Depois olhou para o lado, ficou séria e então comentou:

- Me dê um tempo, eu sei que é pedir demais. Mas me dê um tempo, uma semana! Eu vou refletir, vou terminar e vamos ver o que acontece. Vou falar com minha família sobre o que tem acontecido e a gente vê o que faz. Eu te amo!

E veio beijar minha bochecha. Sorri para ela e então fomos embora. A levei até perto de sua casa e então fui embora. Não queria ser visto com ela, ainda mais ela estando com o Jorge e o Jorge estando numa posição de influência na família. No fundo eu não queria retomar relacionamento com Bruna. Até porque ela não tinha tido caso só com ele, mas vários caras. Ela mesmo contou isso. Se a história com o Jorge tinha sido para proteger a família, porque teria contado os outros casos?

Continua...