Estive ausente. O trabalho empurrou-me para longe, como se quisesse que esquecesse o cheiro húmido daquela sala escura em Braga, o lugar onde os corpos se desfazem em sombras e silêncio. Mas Agosto trouxe-me de volta, com os primeiros dias livres e a pele faminta. Já tinha trocado mensagens com um casal. Quarentas bem levados, ele com 45, ela 41, cabelo preto, pele clara, olhos cor de mel e um corpo que se adivinhava perverso. Faltava combinar o encontro. O plano era simples, esperaria por eles no café junto ao cinema. Se gostassem do que viam, fariam sinal. Sem compromisso. Tudo no ritmo do desejo. Cheguei cedo. Fiquei de vigia, o olhar a cravar-se em cada perna que subia a escadaria. Recebo o telefonema. Digo como estou vestido. Minutos depois, um casal passa. Ela, num vestido preto, curto e colado ao corpo, pernas torneadas em sandálias de salto alto, mamas soltas, duras, a empurrarem o tecido com insolência. Passaram por mim em silêncio e seguiram em frente. Fiquei ali, num limbo de dúvida. Teriam gostado? Teriam ido embora? Mas o telemóvel vibrou: “Passámos por si. Vamos arriscar. Mas com respeito. Sem forçar nada.” Respondi que sim, que respeitaria tudo. Que me sentaria a uma cadeira de distância e só me tocaria para eles. Que a decisão era deles. “Combinado”, veio a resposta. Entrei na sala. Escura, vazia. Quatro homens dispersos, sozinhos no anonimato. O filme começou, mas quem olhava para o ecrã? O casal sentou-se. Logo se enroscaram. Beijos molhados, mão dele entre as pernas dela. O vestido subiu como se tivesse vida própria. Fiquei com o pau já a endurecer. Abri o fecho das calças e soltei-o para respirar. Ela começou a masturbar o marido com uma lentidão lasciva. Ele chupava-lhe os seios por dentro do vestido e mergulhava os dedos na cona dela, já a escorrer. Eu, a observar, a masturbar-me devagar, saboreando o momento, querendo prolongá-lo até ao limite. Ela baixou-se e começou a chupá-lo com fome de puta fina. Quando se ergueu, olhou-me. Sorriu. Disse-lhe algo ao ouvido. Ele olhou para mim, deu de ombros. Depois ajoelhou-se e começou a lamber-lhe a cona como um cão bem treinado. Ela arfava, chupava os próprios dedos, e fixava-me. Foi então que ela desceu a alça do vestido, abriu bem as pernas e fez-me sinal. O sinal. Aproximei-me. Sentei-me. A mão dela pousou logo no meu pau. Retribuí o toque, mergulhando a minha mão entre as pernas dela. Estava a pingar. O cheiro, o calor, a entrega, tudo me enlouquecia. Ela começou a alternar. Chupava-me e depois a ele. Virava o rabo de um para o outro, oferecida. Quando me chupava, o marido penetrava-a por trás. Cada estocada dele fazia-a afundar-se ainda mais na minha boca. Segurei-a pelo cabelo. Quis que me engolisse até à garganta, mas o pau era demasiado grosso. Ela tentava, babava-se, gemia. Avisei: “Vou-me vir…” Ela olhou-me como se tivesse sede e chupou mais depressa. Explodi-lhe na boca. Ela engoliu tudo. Depois beijou-me. Ela ajoelhou-se na poltrona, oferecida, enquanto ele continuava a foder-lhe o cu com força. Eu ainda a recuperar, fui-lhe chupar os mamilos, chupava-os com força, com fome. Logo me recomponho. Sento-me. Ela monta-me, senta-se em mim com um gemido e começa a cavalgar, enquanto ele volta ao lugar de trás. Mete-lho no cu até se vir lá dentro. Ela nem pestanejou. Continuou a cavalgar-me como se não houvesse amanhã. Gozei-me dentro dela. O filme acabava. Ela arfava, tremia. Vesti-me. Eles pediram para sair primeiro. Obedeci. Meia hora depois, o telemóvel vibra: “Adorámos. Queremos repetir. Talvez em Setembro, depois das férias…” Eu também adorei. E fico à espera. Sempre à espera. E se houver por aí mais alguém que deseje partilhar a sombra daquela sala, digam algo. Sou todo ouvidos. E vontade.
Faca o seu login para poder votar neste conto.
Faca o seu login para poder recomendar esse conto para seus amigos.
Faca o seu login para adicionar esse conto como seu favorito.
Denunciar esse conto
Utilize o formulario abaixo para DENUNCIAR ao administrador do contoseroticos.com se esse conto contem conteúdo ilegal.
Importante:Seus dados não serão fornecidos para o autor do conto denunciado.