Da Mensagem ao Cinema

Abri o e-mail do site como quem não espera nada, e encontrei esta mensagem, curta, directa, suada:
“Olá, tudo bem?
Sempre tive curiosidade de conhecer um cinema porno. Tenho adiado satisfazer esta minha fantasia, por medo. Sempre tive medo de entrar no cinema e ser forçada a fazer sexo com homens com os quais eu não quisesse, embora adore sexo de todas as maneiras, odiaria ser forçada a fazê-lo.
Mas ao falar disso a um amigo, ele mostrou-me os teus contos, e desafiou-me a falar contigo, para saber mais detalhes e, quem sabe, realizar esta fantasia.
Percebi pelos teus relatos que os homens, dentro do cinema, respeitam os limites. Gostaria de falar mais contigo. Espero que aceites.”
Aceitei.
Respondi. Deixei o meu contacto.
Uns dias depois, o telefone tocou. A voz dela era firme, mas havia um tremor por baixo, como um cio contido. Apresentou-se. Tirou dúvidas. Eu expliquei-lhe tudo, como funciona o cinema, quem frequenta, o ambiente, os riscos, os códigos. Despediu-se a dizer que ia pensar, que ia conversar com o amigo, que precisava de tempo.
E o tempo passou.
Até que uma noite, recebo um SMS:
“Vamos hoje. 22h.
Podes estar lá? Sentas-te na fila atrás de nós. Só intervéns se ela quiser. Eu aviso. Ela também.”
Respondi que sim. Que estaria lá. Que os esperaria no café, para que soubessem quem eu era. E que, se precisassem, estaria por perto para o que fosse.
Chegaram cinco minutos depois do filme começar. Subiram directos. O sinal foi discreto. Segui-os. Hesitaram à entrada da sala, mas não recuaram.
Sentaram-se. Ela ficou na ponta, protegida. Ele ao lado. Eu atrás, como prometido.
Ela olhava em volta, nervosa. Era a única mulher na sala. Uns quantos homens lá à frente, dois deles a chuparem-se discretamente. Mas ninguém se aproximava.
Quando se acalmou, virou-se para o ecrã. Começou a mexer-se. A saia já não lhe cobria nada. A mão dele afundava-se-lhe entre as pernas. O som molhado do toque dele ecoava entre cadeiras.
Começaram a segredar. Ela mordeu o lábio. Levantou a blusa. Os seios saltaram, médios, firmes, provocantes. Ele chamava-lhe putinha, ela dizia que sim, que era, que se sentia como tal. Olhava para mim e sorria. Eu sorria de volta.
Até que me chamou com um gesto.
Levantei-me. Aproximei-me. Comecei pelo pescoço, os beijos suaves que a faziam arquear as costas. Apalpei-lhe os seios, meti-os na boca. Ela gemia baixinho.
Procurou-me o pau com a mão, enquanto ainda chupava o do amigo. Não tardou a ter os dois nas mãos, duas vergas duras, quentes, prontas.
Mudámos de posição. Ela sentou-se entre nós, agora com duas mãos na cona e dois paus à mercê.
Alternava as bocas com perícia. Uma vez um, depois outro. Com lambidas lentas e engolidas profundas.
Pediu-nos para nos levantarmos. Queria tê-los ao nível da boca. Obedecemos. Dois homens aproximaram-se, a masturbar-se discretamente, à espera de um convite que não chegou. Ela sabia o que queria.
Fez-nos vir os dois na sua boca. Engoliu.
Depois saímos os três para um motel.
Lá dentro, a excitação dela escalou. Pediu-nos, com a voz trémula e olhos a suplicar. que lhe comêssemos o cuzinho. Era virgem ali. Queria ser nossa.
Fizemos-lhe a vontade. Em várias posições.
Gemidos, gritos, gemas.
Antes de nos despedirmos, ela sussurrou com um sorriso sujo:
- Da próxima, quero estar de quatro. E quem quiser, que me foda. Mas com segurança. E com vocês dois a protegerem-me.
Já conto os dias.