Sempre tive uma obsessão que me roía por dentro: foder duas mulheres ao mesmo tempo. Falei disso à minha ex, ao início em sussurros, depois em imagens mais claras, até a fantasia ganhar corpo entre nós. Ela era um vício: loira, coxas fortes, rabo pequeno e firme, seios médios que enchiam a mão. Uma tarde, com o vinho a soltar verdades, confessou, também queria provar outra mulher. Tinha curiosidade, faltava-lhe coragem. O resto era o meu trabalho. Aluguei um apartamento em Moledo. Fins-de-semana de mar, lençóis húmidos e copos vazios. Ela falou do “nosso refúgio” a uma amiga, outra loira, cabelo comprido a cair pelas costas, pele branca de leite, corpo rijo como se tivesse sido esculpido para provocar. Quando soube que a amiga queria ir connosco, senti o sangue a bater nas têmporas e o pau a empurrar o tecido do calção. Sábado de manhã chegámos, arrumámos as coisas, descemos à praia. Os biquínis eram tiras de pano a desistir. A minha ex deitava-se de lado, a anca a desenhar um S perfeito; a amiga passava protetor nas coxas com movimentos lentos e eu quase perdia a cabeça. À tarde voltámos, parámos no supermercado e trouxemos garrafas de vinho. Eu já pressentia o desfecho. A noite assentou. Televisão ligada sem volume, sofás fundos, copos cheios. A minha ex, como sempre, com álcool no corpo ficava com a pele em lume brando. Sentou-se ao meu lado, pousou a mão na minha coxa e foi subindo, sem pudor. A amiga olhava, a sorrir. A minha ex disse, malandra: - Olha para este pau. Diz-me se não é bonito. A amiga mordeu o lábio, olhos presos na minha braguilha. - É… e parece grande. A minha ex baixou-me o calção, libertou-me o pau já duro, pesadão na mão. Passou-lhe os dedos devagar, virou-se para a amiga: - Se quiseres, é teu também. Queres? A amiga aproximou-se, sem uma única palavra de hesitação. Primeiro a mão, quente, curiosa, depois os lábios. Em segundos, estavam as duas de joelhos, a minha ex a engolir-me a cabeça e o tronco, a amiga a lamber-me as bolas, alternando lambidelas longas com beijos na boca uma da outra. O meu corpo oscilava entre elas, dividido, conquistado. O vinho abriu espaço à luxúria. As roupas começaram a cair. Mamilos duros, pele arrepiada, unhas nas ancas. A minha ex deitou a amiga no sofá, beijou-lhe o pescoço, desceu até aos seios, chupou-lhe os mamilos com avidez. A amiga arqueava-se, gemendo. Viraram-se e encaixaram-se num 69 perfeito, a minha ex por cima, a amiga por baixo, duas bocas famintas a trabalharem em espelho, grelos inchados a latejar entre lábios. Fui por trás de quem estava por cima, a minha ex, e apontei. “Queres?”, murmurei ao ouvido. “Quero.” Entrei de uma só vez. Ela gemeu com a boca cheia de cona, a amiga abafou o grito com um tremor. Meti fundo, ritmado, segurando a cintura da minha ex enquanto ela chupava e era chupada. O corpo dela bateu naquele ponto onde a carne se rende, vibrou, estremeceu e desfez-se em orgasmo contra a boca da amiga, que lambeu tudo. Troquei de alvo. Deitei a amiga de costas, pernas abertas, joelhos contra o peito, posição de frango assado. A minha ex ficou ao lado, a chupar-lhe os mamilos e a massajar-lhe o clitóris, deixando-o a brilhar. Empurrei, entrei até ao fundo. A amiga cravou-me as unhas nas costas: - Mete… mete tudo, cavalo… mais! Acelerei. O som do meu corpo a bater no dela enchia a sala. Ela veio-se, gata em cio, a morder-me o ombro, a pedir que não parasse. Não parei. A minha ex aproximou-se do meu ouvido: - Queres ouvir um segredo? Ela quer-te no rabo. A amiga, ainda ofegante, confirmou com um olhar húmido e um “quero” quase pedido. Pegou num frasco de lubrificante que tinha deixado na mala “por acaso”, eu sorri por dentro, untou os dedos, preparou-se com calma: um dedo, depois dois, a respirar, a abrir. Olhou-me: - Devagar primeiro. Cuspi para a mão, lubrifiquei a glande e encostei ao pequeno orifício rosado. Fui entrando, a resistência a ceder milímetro a milímetro, até a cabeça passar. Ela ofegou, corpo tenso. “Respira”, pedi. Quando o corpo a acolheu, empurrei mais, até estar todo dentro. A transição de dor para prazer foi nítida: a anca ganhou vida, ela começou a rebolar contra mim, a pedir: - Agora… agora mete-me como a tua vadia. Fodi-a devagar, depois com força, a mão a segurar-lhe as ancas, a minha ex deitada ao lado a lamber-lhe o clitóris para a incendiar. “Sou tua”, repetia, “sou tua”. O orgasmo subiu-lhe pela coluna; arqueou-se, tremeu, desfez-se, e eu mordi-lhe o trapézio para segurar a cabeça. Parecia suficiente. Não era. As duas puxaram-me e ajoelharam frente a mim, uma de cada lado, bocas alternadas, línguas cruzadas no meu pau, a partilharem-me como quem prova um fruto e passa a polpa de boca em boca. A sucção acelerou, as mãos coordenadas, uma no tronco, outra nos colhões. A visão, o som, a entrega. Senti o orgasmo a subir sem piedade. - Quero na cara - disse a amiga, olhos azuis fixos nos meus. - Partilha - respondeu a minha ex, boca aberta, língua de fora. Disparei. Leite quente a salpicar-lhes as faces, os lábios, o queixo, um fio a atravessar o nariz da minha ex, outro a cair na língua da amiga, que se lambeu e lambeu a outra, trocando o meu sabor num beijo obsceno. Caí para trás, a respirar como depois de ter corrido um sprint, o coração a martelar. Não acabou ali. O resto do fim-de-semana foi uma geometria variável de corpos, duches a três com a água demasiado quente, a minha ex a cavalgar-me na bancada da cozinha enquanto a amiga lhe chupava o grelo por trás; a amiga montada em mim no sofá, de costas, a minha ex por cima a dar-lha com a boca até a fazer berrar; preservativos a encher o caixote; garrafas mortas no parapeito da janela; a maresia a colar-se aos lençóis. Dormíamos aos bocados, comemos o suficiente para não desmaiar, e voltávamos a cair uns nos outros. Domingo à tarde, as malas feitas, o apartamento a cheirar a vinho e sexo, a minha ex encostou-se a mim na varanda: - A tua fantasia? - Não era fantasia. Era uma necessidade - respondi, a sorrir. A amiga apertou-me o pulso, um brilho de malícia: - Quando quiserem repetir, dizem. Fechámos a porta. O corredor ficou vazio. Dentro de mim, a certeza antiga, as melhores fodas não se planeiam, reconhecem-se.
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