Ana sorriu sozinha. Nunca tinha se sentido tão tranquila. Não era só o lugar, era a presença de Lara, o jeito como a noite anterior ainda morava no seu corpo, na sua pele.
Quando Lara abriu os olhos, encontrou Ana olhando para ela com um sorriso calmo e olhos marejados de ternura.
— Tá me encarando por quanto tempo? — brincou, ainda com a voz rouca de sono.
— O suficiente pra saber que eu não quero mais passar os dias sem te olhar assim.
Lara estendeu a mão e puxou Ana para perto, abraçando-a. Ficaram assim, em silêncio, ouvindo seus próprios corações batendo próximos. Não havia pressa. Logo o abraço virou um beijo intenso e demorado e o toque entre os seus seio provava uma excitação intensa em Ana e Lara que a transa logo pela manhã foi inevitável.
Ana beijava cada parte do corpo de Lara e sugava com muito desejo os seus seios, deixando Lara de quatro, alternando chupadas em sua buceta e no sua bundinha rosada, com toques suaves no clitóris. Lara teve múltiplos orgasmos que a pousada inteira podia ouvir.
Lara logo se recompôs e retribuiu tudo para Ana, que se contorcia na cama de tanto prazer e gemia cada vez mais alto, gozando três vezes em questão de minutos.
Mais tarde, após se recomporem e tomarem um demorado banho juntas, com muitos de beijos e toques, caminharam até um café pé na areia, de mãos dadas, agora sem hesitação. Não importavam os olhares curiosos; o mundo parecia menor e mais leve quando estavam juntas. Pediram suco natural, tapioca, frutas. Riam de coisas bobas, relembravam momentos da amizade que agora tinham outro sentido.
— Você percebeu? — Ana disse, olhando o mar à frente.
— O quê?
— Que sempre que a gente viajava juntas, a gente fugia de alguma coisa. Um exemplo, um problema no trabalho, um coração partido...
— E agora? Estamos fugindo do quê?
Ana a olhou, séria e doce.
— De nada. Pela primeira vez, acho que a gente está indo ao encontro.
Lara sorriu. Pegou a mão de Ana por cima da mesa e entrelaçou os dedos.
— Então vamos. Juntas.
O dia passou entre mergulhos, fotos espontâneas e planos sussurrados ao pôr do sol e muitos beijos. À noite, voltaram à varanda do quarto, onde o vento agora trazia promessas.
Ali, entre as risadas compartilhadas e os silêncios que diziam mais que palavras, Ana e Lara descobriram que o amor não precisa chegar com tempestade. Às vezes, ele vem como o mar: calmo, constante, e impossível de conter.