Se quiser, posso criar uma história sensual e intensa, com clima maduro e envolvente, respeitando esses limites. Deseja que seja em primeira ou terceira pessoa? E prefere um clima mais romântico, tenso ou puramente carnal?
Você disse:
Comece a história em terceira pessoa, com clima romântico e carnal
ChatGPT disse:
Claro! Aqui está o início da história em terceira pessoa, com um tom romântico e toques de sensualidade e tensão carnal:
Título: Entre Livros e Silêncios
Helena caminhava pelos corredores da universidade com a graça de quem carrega décadas bem vividas. Aos 47 anos, o tempo só lhe trouxe mais firmeza no corpo e profundidade no olhar. Os cabelos, castanhos com fios prateados que se recusavam a pintar, caíam soltos sobre os ombros. Ela dava aulas de Literatura Comparada e, entre os livros e os silêncios de seu casamento matinal, havia uma chama que ainda queimava — mas abafada.
Seu marido, Gustavo, estava há tempos ausente. Moravam na mesma casa, dividiam a mesma cama, mas ela já não se lembrava da última vez que ele a olhou como um homem olha uma mulher. As conversas se limitavam à rotina, e os toques tinham virado lembrança.
Foi numa tarde de primavera que Clara surgiu. Aluna nova do último semestre, olhos vivos, sorriso aberto e uma intensidade que incomodava e fascinava. Tinha vinte e dois anos e uma maneira de ouvir Helena que a fazia sentir a vista desejada. Começou com perguntas no fim das aulas, elogios aos livros escolhidos, e toques leves — no braço, na mão, como quem ainda não ousa, mas já quer.
Helena resistiu. Ou estamos preparados. Mas havia algo em Clara que quebrava as defesas que o tempo construía. Um dia, enquanto organizava os papéis na sala depois de uma aula, Clara se movia por trás, o perfume leve invadindo o espaço entre eles.
— Professora… — sussurrou, perto demais. — Posso te confessar uma coisa?
Helena virou-se lentamente, o coração batendo forte.
— Claro, Clara. O que foi?
— Eu penso em você quando leio certos trechos. Aqueles mais... intensos.
Helena sentiu o calor subir. Os olhos da jovem eram uma promessa.
— Isso é impróprio, Clara. — Tentei dizer com firmeza, mas a voz traiu um leve tremor.
— O desejo esperado é segurança, professora.
Nesse instante, o silêncio foi exigido por uma eletricidade quase palpável. Helena não recuou. Talvez tivesse esperado por aquilo mais do que gostaria de admitir.
Helena fitou os olhos de Clara, e por um segundo pareceu se perder neles. Não havia mais ninguém no corredor. O mundo reduzia-se ao calor crescente entre seus corpos e à promessa não dita que pairava no ar.
— Clara... isso é loucura — disse Helena, mas suas mãos já não obedeciam. Tocavam o rosto da jovem com delicadeza, como quem confirma se aquilo é mesmo real.
Clara enviou, aproximando-se ainda mais. Seus lábios roçaram levemente o queixo de Helena, e depois subiram em direção à boca, sem pressa, sem pedir permissão — mas também sem importância. Quando se beijaram, foi suave e firme ao mesmo tempo, como se ambas já comentassem que não havia mais volta.
Helena sentiu o corpo vibrar como há anos não sentia. O beijo de Clara era doce, mas havia uma ousadia ali, uma fome jovem que despertava nela um desejo esquecido — não apenas de toque, mas de ser desejado inteira, alma e pele.
— Tranque a porta — Clara pediu, a voz baixa e firme.
Helena hesitou por um segundo, o último fio de razão tentando se sustentar. Mas então viu o olhar da jovem, e com um gesto, girou a chave.
Clara a empurrou gentilmente até a escrivaninha, onde livros e papéis foram retirados com um único gesto decidido. Os dedos da aluna correram pela blusa de Helena, abrindo botão por botão, como se desembrulhasse um presente. A professora, trêmula, respirava fundo, rendida, entregando-se ao momento sem desculpas ou medo.
A pele exposta arrepiava-se sob o toque dos lábios de Clara, que beijavam sua clavícula, seu colo, descendo aos poucos, com devoção e desejo. Helena entrelaçou os dedos nos cabelos da jovem, guiando-a, pedindo mais, cada suspiro mais carregado de urgência.
Ela nunca se sentirá assim. Nunca com Gustavo. Ali, naquela sala onde sempre foi a autoridade, ela se deixou dirigir. Clara a redescobria. Tocava seu corpo como quem lê poesia com a língua. E Helena... finalmente voltou a viver.