Na tarde de sexta-feira, o celular vibrou discretamente. Uma mensagem:
“Tenho horário livre às 20h. Me encontre no ateliê atrás do salão. Leve vinho. E coragem.”
Laura sentiu o coração bater mais rápido. Respondeu apenas com um emoji de boca entreaberta e uma chama.
Às 20h em ponto, Laura estacionou discretamente ao lado do salão. Carregava uma garrafa de vinho tinto e usava um vestido preto justo, de tecido leve e decote generoso. Por baixo, apenas uma calcinha de renda e perfume nas clavículas. O coração batia forte, e algo dentro dela — algo adormecido havia anos — despertava.
O ateliê era um espaço pequeno e acolhedor, com luz baixa, velas acesas e um cheiro doce de jasmim no ar. Ana abriu a porta, vestindo um robe de cetim vermelho que realçava sua pele bronzeada. Os cabelos soltos caíam pelos ombros. Ela sorriu, puxando Laura pela cintura antes que qualquer palavra fosse dita.
O beijo foi imediato. Ardente. As línguas se tocaram com familiaridade, mas com a ansiedade de quem esperou demais.
— Achei que você não viria — disse Ana, entre um beijo e outro, enquanto Laura a empurrava contra a parede do ateliê.
— Eu não conseguiria ficar longe nem se quisesse — murmurou Laura, roçando os lábios no pescoço da manicure.
Ana gemeu baixinho quando sentiu os dedos de Laura abrindo o cinto do robe, expondo seu corpo nu por baixo. Os seios de Ana estavam firmes, os mamilos duros e convidativos. Laura os beijou com reverência, sugando levemente, lambendo com lentidão, enquanto a outra mão deslizava pelas coxas quentes da manicure, explorando a maciez de sua pele.
Guiadas pelo desejo, caminharam tropeçando até o futon no chão, onde almofadas vermelhas e um lençol branco as aguardavam. Laura deitou Ana ali, e se despiu com calma, revelando cada centímetro de si como quem oferece algo precioso. Ana a olhava com olhos famintos.
Deitaram-se juntas, os corpos nus se enroscando como vinhas. O vinho ainda intocado na garrafa sobre a mesa.
Laura posicionou-se entre as coxas de Ana e começou a beijá-la com profundidade. Sua língua dançava em movimentos lentos, circulares, seguidos por leves sucções no ponto mais sensível. Ana contorcia-se, as mãos agarradas ao lençol, os gemidos cada vez mais altos. Seus quadris se moviam em sintonia com os gestos de Laura, até que, com um grito contido, ela se desfazia em prazer.
Mas Laura não parou. A beijou nas coxas, na barriga, nos lábios, e sussurrou:
— Agora quero que você me explore. Com tudo.
Ana inverteu as posições, subindo sobre Laura com um olhar selvagem. Sentou-se em seu quadril, as mãos percorrendo os seios fartos da mulher mais velha, os dedos roçando os mamilos já duros. Beijou cada um com adoração, depois desceu até o ventre e, com lábios e língua, mergulhou fundo no prazer de Laura.
Laura segurava os cabelos de Ana com força, guiando os movimentos, o corpo se arqueando, tremendo de tesão. A língua de Ana era firme e delicada ao mesmo tempo — sabia exatamente como provocar, como enlouquecer. Quando o clímax veio, Laura gemeu alto, os olhos fechados, os músculos tensionados, como se todo o corpo se abrisse em luz.
E ali ficaram, suadas, nuas, abraçadas. Ana acariciava as costas de Laura com as unhas, traçando linhas invisíveis.
— Eu não sabia que era possível me sentir tão... viva — disse Laura, num sussurro.
Ana beijou seu ombro. — Eu sempre soube que você tinha um fogo guardado. Só precisei acender.
Laura sorriu, os dedos brincando com os cachos negros de Ana. Havia mais por vir. Muito mais. Aquele não era o fim de uma noite — era o começo de algo que ainda se revelaria aos poucos.