Helena também estava diferente. Seus plantões estavam mais leves, o cansaço menor. No celular, uma mensagem esperava.
Marta: “Acho que esqueci alguma coisa na clínica… Talvez o seu beijo. Podemos resolver isso?”
Helena sorriu e respondeu com um simples: “Hoje. 20h. Meu consultório. Só nós duas.”
O consultório estava escuro quando Marta chegou, exceto por uma luminária baixa que criava sombras quentes sobre os móveis. Helena a esperava de jaleco aberto, revelando por baixo um conjunto de lingerie preta rendada que contrastava com sua pele morena clara.
Marta estava com um vestido de seda vinho, decotado, justo, os seios erguidos por um sutiã firme. O batom vermelho escuro parecia convidar ao pecado.
Sem dizer palavra, Helena trancou a porta, caminhou até Marta e puxou-a pela cintura com firmeza. O beijo veio carregado de fome. Línguas se encontraram com avidez, mãos invadiram costas, coxas, cabelos. A médica empurrou Marta contra a maca, deitando-a lentamente enquanto o vestido era erguido, revelando a pele macia e quente.
— Você se cuida tanto... e cada parte de você é melhor do que eu imaginei — murmurou Helena, deslizando os lábios pelo colo de Marta.
Marta gemeu baixinho ao sentir os beijos descerem, língua úmida, lábios suaves alternando entre provocação e desejo. Os dedos de Helena afrouxaram o sutiã, libertando os seios fartos, os mamilos já enrijecidos. Ela chupou um deles com fome, enquanto a outra mão deslizava por dentro da calcinha de renda, encontrando o sexo úmido de Marta.
— Você está tão molhada... — sussurrou, roçando os dedos devagar, com domínio e carinho.
Marta arqueou o quadril, levando as mãos ao cabelo preso de Helena, que agora estava entre suas pernas. A língua explorou cada dobra com precisão, lenta, depois firme, até Marta se contorcer de prazer, o corpo inteiro tremendo sob ela.
Depois do clímax, Marta a puxou para cima e virou o jogo. Era sua vez. Com destreza, despiu Helena por completo, os olhos famintos apreciando cada centímetro daquele corpo jovem e forte. Os seios médios, firmes, os mamilos escuros e enrijecidos. O abdômen definido, o quadril largo que Marta segurou com firmeza ao beijá-la no ventre.
Marta ajoelhou-se no chão do consultório, guiando Helena para sentar-se na maca. A língua de Marta era madura, experiente, e logo fez a médica perder o controle. Gemidos baixos, corpo trêmulo, mãos puxando os cabelos soltos. Os gemidos de Helena se perderam entre os ecos da sala vazia.
Depois de dois orgasmos, Helena se deitou exausta, sorrindo, olhando para Marta com outra expressão: não só tesão, mas encanto.
— Você é perigosa, Marta.
— Você que me provocou, doutora.
Riram juntas, deitadas, nuas, em silêncio por um tempo. O sexo tinha sido intenso, mas algo no jeito como se olhavam agora sugeria que era mais que desejo. Era o início da descoberta.