O Renascimento! - parte extra

Dois anos se passaram desde a lua de mel, e Marta e Helena não apenas continuavam juntas — agora, floresciam. O apartamento de Marta virou uma extensão de ambas: um loft de linhas modernas, cheio de obras de arte, plantas tropicais e toques de sensualidade sutil — velas, tecidos, aromas.

Mas o que mais chamava atenção era o novo empreendimento delas: Essência, uma clínica boutique que unia dermatologia, estética, sexualidade e bem-estar feminino. Localizada em um casarão restaurado, tinha salas com espelhos dourados, iluminação quente, música ambiente e profissionais treinadas para atender não só a pele… mas também a alma e os desejos reprimidos das clientes.

Helena cuidava da parte médica, desenvolvendo tratamentos personalizados, inclusive para regiões íntimas — técnicas modernas de laser, radiofrequência, rejuvenescimento e cuidado com o prazer feminino. Marta, por sua vez, comandava a parte estética e sensorial: massagens, rituais com óleos afrodisíacos, banhos de ervas, e o espaço de aromaterapia erótica — um sucesso entre mulheres maduras.

E toda sexta-feira à noite, quando a clínica fechava, as duas exploravam os corredores como amantes secretas, reacendendo o fogo nos próprios espaços que criaram.

Sexta-feira, 22h: Ritual de Poder

A clínica estava vazia, a luz suave refletia nos espelhos. Helena usava um jaleco de seda preto, sem nada por baixo. Marta entrou usando salto alto, cinta-liga vermelha e um robe de renda.

— Hoje quero que me trate como uma de suas pacientes carentes — provocou, encostando-se à marquesa da sala sensorial.

Helena fechou a porta. Trancou. Sorriu.

— E eu quero explorar cada centímetro do seu prazer reprimido, senhora Marta.

A médica amarrou os punhos da esposa nas laterais da maca, vendou-a e começou um procedimento que nunca ofereceu a ninguém: uma massagem com óleo quente nos lábios da vulva, com movimentos circulares, seguidos de toques com penas macias, alternando com leves tapas que faziam Marta gemer.

Depois, posicionou-se entre suas pernas, usando um vibrador em forma de flor, estimulando clitóris e entrada ao mesmo tempo, enquanto murmurava no ouvido:

— Você é dona da sua libido, do seu corpo, do seu prazer. E agora… é só minha.

Marta explodiu num orgasmo longo, tenso, tremendo inteira. Mas Helena não parou. Trocou o acessório por um mais intenso e penetrou com ritmo, olhando cada reação da esposa, cada expressão de prazer absoluto.

Quando a soltou, Marta se levantou, virou-a de costas e tomou controle. Montou Helena sobre a maca e a cavalgou como uma deusa selvagem, segurando firme nos ombros dela, os seios balançando, o quadril em sincronia com gemidos suados.

— Quem manda agora, doutora?

Helena ria entre gemidos.

— Nós duas. Porque esse império é nosso.

Finais de Semana de Luxo e Prazer

Com o sucesso da clínica, os fins de semana passaram a incluir viagens para eventos sobre saúde e sexualidade. Em um congresso em São Paulo, hospedaram-se numa suíte de hotel cinco estrelas. Durante uma palestra sobre orgasmo feminino, Marta cochichou no ouvido de Helena:

— Quero que prove o que aprendeu hoje… em mim… agora.

Subiram para o quarto antes mesmo da última pergunta ser feita. Marta se deitou nua sobre a mesa de mármore da varanda envidraçada, pernas abertas para a cidade abaixo. Helena ajoelhou-se ali mesmo e a chupou com fome, saboreando cada gemido abafado, cada tremor do corpo que tanto conhecia.

E naquela mesma noite, fizeram amor no espelho. Em pé. De frente uma para a outra. Observando-se. Admirando os próprios corpos, os toques, os olhos suados, as mãos sujas de desejo.

O Prazer é a Revolução
Marta agora dava palestras sobre autoestima para mulheres acima dos 40. Helena publicava artigos sobre medicina sexual feminina e criava conteúdo online desmistificando o prazer.

Mas à noite, entre lençóis vermelhos ou no chão da clínica, quando uma dizia o nome da outra com um gemido rouco, o mundo desaparecia.

Porque amar, para elas, era mais que rotina ou afeto.

Era ter liberdade para se possuir.

Para gozar com quem se deseja.

Para fazer do próprio corpo uma bandeira.

E do prazer, um manifesto.