A Professora Universitária - o começo

Helena nunca imaginou que sua vida, uma vez plena e apaixonada, tomaria um rumo tão doloroso. Ela e seu marido, um militar de alto escalão, haviam vivido uma vida intensa, mas sempre marcada pela separação de sua profissão e as intensas ausências dele. Quando ele faleceu em uma missão inesperada, Helena se viu sozinha, em um vácuo emocional que parecia impossível de preencher. A solidão a envolveu de maneira cruel, e por um tempo, ela se permitiu afundar nas memórias do que havia perdido. O corpo, ainda jovem e vibrante, já não sentia mais prazer, e o espírito, que antes se entregava com fervor, parecia desconectado da vida.

Foi então que a vida, com sua maneira cruel e inusitada de recomeços, a trouxe de volta para a sala de aula. Ela começou a dar aulas na universidade, buscando se manter ocupada, sem saber que a chave para sua renovação estava ali, diante dela, na forma de uma aluna de direito do terceiro período.

Laura era uma jovem brilhante, mas também marcada por um relacionamento tóxico com um namorado possessivo e controlador. Sua relação com ele estava desmoronando, mas o medo e a insegurança a mantinham presa em um ciclo vicioso. Ela buscava se afirmar, conquistar sua liberdade, e o direito se tornara seu refúgio, onde se sentia poderosa, mas ainda com a sombra de sua relação que a sufocava.

Desde o primeiro olhar, Laura sentiu uma atração instantânea por Helena. O modo como a professora se movia, a confiança em sua postura e os olhos carregados de dor e sabedoria. Havia algo em Helena que a atraía profundamente, algo que despertava nela um desejo reprimido, uma necessidade de se libertar de sua própria prisão emocional. Helena, por outro lado, sentiu algo diferente pela jovem. Era uma energia única, uma intensidade de espírito que a desafiava, e a beleza que Laura escondia por trás de sua fachada de vulnerabilidade a tocou de uma forma inesperada. Ela via em Laura uma chama, algo que ela mesma havia perdido após a morte do marido.

O relacionamento entre as duas começou de maneira sutil. Conversas tímidas após as aulas, olhares furtivos nos corredores, toques ocasionais nas mãos durante a entrega de trabalhos, tudo estava carregado de uma tensão elétrica que nenhuma das duas conseguia ignorar. Helena, com sua experiência de vida, sabia que aquele desejo não era apenas físico, mas uma necessidade de resgatar algo profundo e perdido. Laura, em sua busca por liberdade, ansiava por ser vista e desejada de uma forma que jamais sentira antes.

E então, uma noite, após uma palestra da universidade, as duas se encontraram no café. Helena estava sozinha, e Laura, decidida a dar um passo à frente, a procurou. O ambiente estava vazio, o som suave das conversas ao fundo quase abafando a atmosfera densa entre elas.

— Eu… precisava te ver. — Laura disse, seus olhos brilhando, carregados de algo que Helena soubera reconhecer: desejo.

— Eu também… — respondeu Helena, a voz baixa, quase imperceptível. — Você sempre esteve em minha mente, Laura.

E ali, no silêncio entre elas, algo se rompeu. Não houve mais palavras. Helena se levantou e se aproximou lentamente, as mãos de Laura tremendo ligeiramente, mas sem hesitar, como se tudo que ela desejava estivesse finalmente à sua frente. As duas estavam prestes a cruzar um limite que jamais poderiam voltar atrás.

O toque foi suave no começo, um roçar de mãos que parecia testar os limites, mas rapidamente, a tensão tomou conta. Laura a puxou para mais perto, seus lábios se encontrando com os de Helena com uma intensidade imensa, como se ambas estivessem se entregando a algo que há muito tempo esperavam. Helena, no primeiro momento, quase cedeu à intensidade do beijo, mas rapidamente percebeu que aquele era o começo de algo muito maior do que um simples desejo. Era uma entrega. Uma promessa de redenção.

Quando Laura a puxou para mais perto, as mãos de Helena roçaram sua cintura com suavidade, mas em seguida, a força de seu toque se intensificou, fazendo Laura gemer de desejo. Os corpos delas se colaram, e a temperatura do ambiente parecia aumentar, como se o mundo inteiro tivesse desaparecido.

— Eu quero você, Helena… — Laura sussurrou, as palavras carregadas de necessidade.

A resposta de Helena foi um beijo mais profundo, mais urgente. Ela a deitou na mesa, as mãos agora explorando com precisão cada pedaço de Laura. O desejo a tomava por completo, e tudo o que ela sabia era que precisava ter aquela jovem, libertá-la de seu próprio cativeiro emocional e, ao mesmo tempo, se redescobrir na intensidade de seu toque.

Laura, por sua vez, estava perdida naquele momento, nas carícias de Helena, no calor de seu corpo. Ela se entregava, sem reservas, ao prazer que tanto desejava. Os toques de Helena eram ao mesmo tempo cuidadosos e intensos, como se ela estivesse desvendando Laura de uma maneira única, e cada movimento era uma revelação.

— Deixe-se levar… — Helena murmurou, suas mãos deslizando pelas curvas de Laura com uma precisão de quem sabia exatamente o que fazia.

Laura não precisou de mais palavras. Ela respondeu com um beijo ardente, suas mãos desabrochando os botões da camisa de Helena, tocando sua pele com uma urgência de quem finalmente encontrava a liberdade. O desejo entre elas era palpável, insuportável, e logo o ambiente se tornava pequeno demais para conter a intensidade de seus corpos.

O primeiro clímax chegou como uma explosão de sensações, um descontrole total, e quando as duas finalmente se acalmaram, os corpos entrelaçados, o mundo ao redor delas parecia ter parado. Mas, para elas, o tempo não importava mais. Elas estavam ali, em um momento que havia começado com dor e solidão, mas que agora estava preenchido com desejo, paixão e um novo começo. Algo imenso, que ambas sabiam que não seria esquecido.