"Relaxe, Bianca", a voz de Sheila, era um bálsamo, uma promessa sussurrada que ecoava pela pele nua da cliente. "Só mais um pouquinho e terminamos as costas."
As mãos de Sheila, fortes e habilidosas, deslizavam pela pele macia de Bianca, alongando músculos e afundando em camadas de tensão que se dissolviam sob seu toque. Cada movimento era preciso, quase clínico, mas havia uma intenção diferente no ar, uma corrente elétrica que fazia a respiração de Bianca ficar mais profunda. Ela sentia o calor do corpo de Sheila se aproximando, a sombra da depiladora cobrindo-a como um cobertor de desejo.
Quando as mãos de Sheila deslizaram para a parte inferior das suas costas, beirando o topo do seu glúteo, Bianca soltou um gemido abafado. Não era um gemido de dor, mas de antecipação. Sheila sorriu, uma curva de lábios que ninguém podia ver.
"Toda tensa aqui, querida", murmurou Sheila, seus dedos pressionando os músculos do quadril de Bianca, fazendo-a arquejar. "Deixa eu cuidar de você."
E então, o toque mudou. O toque profissional deu lugar a uma exploração lenta e deliberada. As mãos de Sheila afundaram na carne macia das nádegas de Bianca, massageando, separando. Bianca estava totalmente relaxada, mas também totalmente alerta, cada nervo vibrando como uma corda de violino. Ela sentiu os dedos de Sheila, lubrificados com o óleo, deslizarem pelo sulco entre as nádegas, um toque feather-light que fez seu estômago contrair de prazer.
Sheila se inclinou, e Bianca sentiu o calor de seu hálito na pele sensível da sua região íntima posterior. E então, a língua. Um lampejo quente e úmido que percorreu todo aquele caminho secreto. Bianca gritou, um som abafado pelo apoio do rosto, seu corpo estremecendo violentamente. Sheila não parou. Sua língua traçou círculos, beijou, lambeu aquela área proibida com uma devoção que fazia Bianca perder a noção de tempo e espaço. Ela estava flutuando, ancorada apenas pelas sensações que Sheila incutia nela.
Foi então que a porta do estúdio se abriu sem aviso.
Um calafrio de pânico percorreu Bianca, mas foi rapidamente substituído por uma onda ainda mais forte de excitação quando ela ouviu uma voz masculina e grave.
"Sheila? Querida, eu... caralho."
Era Fábio, o marido de Sheila. Bianca congelou, mas não por vergonha. Era uma estase erótica, uma paralisia do prazer mais profundo. Ela não se moveu, não cobriu seu corpo. Pelo contrário, sentiu-se ainda mais exposta, mais vulnerável, e isso era intoxicante.
Ela ouviu os passos pesados de Fabio se aproximando. Ele parou ao lado da maca. Bianca podia sentir o calor dele, o cheiro de seu perfume misturado com o ar da rua. Sua mão, grande e áspera, tocou a parte de baixo das suas costas, um contraste gritante com as mãos suaves de Sheila.
"Nossa, Sheila", a voz de Fábio estava rouca de desejo. "Que visão linda."
Sua mão desceu, passando pela curva das nádegas de Bianca, até encontrar seu sexo, que estava inchado e latejante, absurdamente molhado. Um dedo dele deslizou através de seus lábios sensíveis, e Bianca gemeu, um som longo e trêmulo, enquanto seu quadril se contraía involuntariamente em direção ao toque dele. A dupla atenção – a língua hábil e insistente de Sheila em suas costas e os dedos rudes de Fabio na sua frente – estava levando Bianca à beira do delírio.
"Ela está gostando, amor", sussurrou Sheila, sua voz um pouco abafada pela posição. "Olha como ela está molhada."
Fábio riu, um som baixo e predatório. Bianca ouviu o ruído de um zíper sendo aberto, e então a sensação de algo quente e duro roçando em suas coxas. Ela não precisava ver para saber.
"Gostosa, vai. As duas", ordenou Fabio, sua voz firme. "Quero sentir as mãos de vocês em mim."
Sheila se afastou por um momento, e Bianca sentiu sua falta como uma dor física. Mas, a mão suave da depiladora se juntou à de Fabio, e juntas, elas envolveram seu membro rígido. Bianca, ainda de bruços, esticou o braço para trás, juntando sua mão às deles. Era uma dança de mãos, uma exploração conjunta de texturas e calor. O veludo da pele de Fabio, a pressão do sangue pulsando sob a superfície. Bianca estava enfeitiçada, sua mente uma névoa de prazer.
"Por favor", ela suplicou, sua voz um fio de som. "Sheila... por favor, na parte de trás. De novo. Eu preciso."
Sheila não hesitou. Com os dedos generosamente lubrificados com o óleo – e agora com o próprio desejo de Bianca –, ela posicionou a ponta de um dedo na entrada tensa mas ansiosa. Enquanto as mãos de Bianca e Sheila continuavam a acariciar Fabio, Sheila pressionou para dentro.
Era uma invasão gloriosa. Um preenchimento que fez Bianca gritar, seu corpo arqueando na maca. A sensação era avassaladora, uma combinação de dor transformada em puro êxtase. Cada movimento dos dedos de Sheila lá atrás era amplificado pelo toque deles em Fabio na frente. Ela estava sendo preenchida, usada, adorada, tudo ao mesmo tempo. A umidade entre suas pernas era um rio, escorrendo pelas suas coxas.
Fabio, observando a cena, com a esposa dedando a cliente com uma mão enquanto a outra acariciava ele junto com a mão da própria Bianca, não aguentou mais.
"Vou gozar, sua putinha linda", ele rosnou. "Abre a boca, Bianca."
Instintivamente, Bianca virou a cabeça para o lado, abrindo a boca como uma ave faminta. Fábio se moveu rápido, e um jato quente e espesso jorrou em sua língua, enchendo sua boca com o sabor salgado e primitivo dele. Ele gemeu, seu corpo tremendo com a intensidade da liberação.
Bianca engoliu, seus olhos fechados, saboreando a última prova de sua submissão e prazer.
Fabio, ofegante, olhou para sua esposa. "Agora, Sheila... beija ela. Limpa ela. Quero ver vocês duas se beijando com o meu leite na boca."
Sheila, com os dedos ainda profundamente enterrados em Bianca, obedeceu. Ela se inclinou, seu rosto se aproximando do de Bianca. Seus lábios se encontraram em um beijo lento e profundo. Bianca pôde sentir o sabor de Fabio na boca de Sheila, uma mistura proibida e deliciosa. A língua de Sheila explorou sua boca, lambendo, compartilhando, possessiva. Era um beijo de posse, de cumplicidade, de celebração do prazer que haviam criado juntos.
O beijo quebrou o feitiço final. Bianca gemeu na boca de Sheila, seu corpo contraindo-se violentamente em uma série de orgasmos intermináveis, alimentados pelos dedos dentro dela, pelo beijo na sua boca, e pela sensação de ter sido completamente e possuída por marido e mulher. Ela estava destruída, reconstruída, e levada a um lugar onde não existiam mais inibições, apenas pura, crua e doce sensação.
Quando o último tremor a abandonou, Bianca ficou deitada, exausta e encharcada, sentindo os dedos de Sheila se retirarem lentamente, sentindo o beijo terminar em um último e doce lambeijo em seu lábio. Fábio se vestiu, olhando para as duas mulheres com um sorriso de satisfação profunda.
Sheila acariciou o rosto de Bianca, limpando uma lágrima de prazer que escorria de seu olho.
"Pronta para a próxima sessão, querida?" ela sussurrou, sua voz ainda carregada de luxúria. "Acho que você vai adorar o que temos planejado para a depilação da frente na próxima vez."
Antes de se virar e ir embora, Fábio diz: "Conte em detalhes para seu marido tudo que aconteceu aqui. Quem sabe ele participe da próxima.
Bianca ainda tremendo de tesão, responde, pode deixar!
Com aquele gostinho de quero mais!


Simplesmente delicioso, maravilhoso, conto gostoso demais de ler, bem sutil, até cândido, sem apelações, sem exageros, só o que tem que ser dito e interpretado nas entrelinhas, muito bem escrito, pelo jeito, tem um cunho quase profissional nessa escrita. Bom demais. votado e aprovado