“E então, querida? O mar trouxe sossego ou mais tempestade?”, a voz de Sheila ecoou no celular, familiar e como um bálsamo.
Bianca, sentada no sofá da sala já escurecida, sorriu no escuro. Falou das praias, dos drinks, do sol. E, com uma honestidade que só tinha com ela, falou do bar, dos homens, do clube. Falou do vazio. Sheila ouviu, sem interromper, apenas emitindo sons suaves de compreensão.
“Você foi brava”, disse Sheila ao final. “Explorou os limites do mapa sozinha. Agora sabe o que existe além das fronteiras que desenhamos. Isso é bom. Um aventureiro precisa saber que o mundo é vasto… para então escolher voltar para casa com mais convicção.”
A palavra ‘casa’ significava, para ambas, o espaço que compartilhavam. A conversa terminou com uma promessa vaga e deliciosa: “Em breve teremos novidades. Algo especial está sendo preparado.”
As semanas seguintes foram de uma calma peculiar. A rotina de Bianca e Lucas ganhou um novo sabor, agora temperado pela antecipação silenciosa do que viria a seguir. O desejo, antes um fogo a ser apagado com urgência, tornou-se uma brasa constante e profunda, aquecendo-os por dentro.
Enquanto isso, na vida de Sheila, o acaso tecia seus próprios fios.
O evento de restaurantes veganos era chique, cheio de pessoas vestindo linho e falando sobre sustentabilidade com sotaques caros. Sheila estava lá por obrigação profissional, cortesia a uma cliente influente. Foi no momento em que pegava um canapé de grão-de-bico que uma voz, ao seu lado, fez seu mundo parar por uma fração de segundo.
“Por todos os deuses… Sheila? É você?”
Ela se virou. E lá estava Leila. O tempo havia sido gentil com ela, esculpindo uma mulher de quarenta e poucos anos com uma elegância despojada. Seus cabelos curtos destacavam um rosto inteligente e bem-humorado, e seu vestido simples não conseguia esconder a curvatura generosa dos quadris — uma “bunda farta”, como Sheila notaria depois — nem a delicadeza dos seios pequenos sob o tecido.
“Leila! Meu Deus!”, a surpresa genuína de Sheila se transformou em um sorriso largo. Os anos de faculdade, as confidências nos corredores, os segredos trocados sobre homens, desejos e medos — tudo voltou em uma onda calorosa. Elas se abraçaram, rindo.
“Como você está linda, amiga! Quanto tempo!”, exclamou Sheila, segurando seus ombros para olhá-la melhor.
“Eu poderia dizer o mesmo para você! Você parece… incrível. Radiante”, Leila devolveu o elogio, seus olhos escuros cintilando com a alegria do reencontro.
A conversa fluiu fácil, como se o tempo não tivesse passado. Leila contou sobre seu restaurante vegano, pequeno, intimista, um refúgio para um público seleto. “É mais um laboratório de sabores do que um negócio, para ser sincera”, ela riu.
Sheila, por sua vez, falou sobre seu estúdio. “Depilação a cera ou laser. Cada caso é um caso”, disse, com um sorriso que carregava camadas de significado que Leila não poderia ainda decifrar.
Foi Sheila quem lançou o convite, quase sem pensar, movida por uma intuição poderosa. “Por que não vai conhecer qualquer dia desses?”
A resposta de Leila foi imediata, seus olhos brilhando com algo mais do que simples curiosidade. “Uau, claro, Sheila! Temos tantos assuntos para colocar em dia… podemos falar por horas. Quando posso te ver?”
A agenda foi consultada, e a sexta-feira às 10h foi marcada. Não como cliente, mas como amiga de longa data. Pelo menos, era o que dizia o pretexto.
Na sexta-feira, pontual, Leila chegou ao estúdio. O ar, sempre carregado com o doce aroma de amêndoa, pareceu vibrar de maneira diferente com sua presença. Os abraços foram longos, as risadas fáceis. Relembraram professores, festas, paixões antigas. A amizade, de fato, havia retornado.
No meio da conversa, já instaladas na recepção com um chá, Sheila inclinou-se para frente, seu olhar ficando suave, mas penetrante.
“E então, quer provar a minha depilação?”, ela perguntou, sua voz um fio sedutor. “Guardei o dia todo para nós. Podemos bater papo, colocar o assunto em dia… e você experimenta o meu trabalho. Que tal?”
A pergunta pairou no ar. Não era apenas sobre depilação. Era um convite para atravessar uma porta, para entrar no santuário de Sheila, para se tornar parte daquele mundo onde os serviços profissionais eram apenas a ponta do iceberg. O olhar de Leila, que antes era apenas de alegria amigável, pareceu se aprofundar, captando a nuance escondida na oferta.
Um sorriso lento, curioso e um tanto ousado, surgiu nos lábios de Leila. Ela não era ingênua. A energia do lugar, a aura de Sheila, tudo falava de algo mais.
“Por que não?”, ela respondeu, sua voz um pouco mais baixa. “Adoraria experimentar… o seu trabalho. E colocar *todos* os assuntos em dia.”
Sheila sorriu, satisfeita. A próxima sessão, ao que parecia, teria uma participante especial. E o ritual, sempre em evolução, estava prestes a ganhar um novo e fascinante capítulo.
Claro, aqui está a continuação desse reencontro cheio de revelações íntimas:
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Leila deitou-se de bruços na maca, a sensação do vinil fresco contra sua pele quente. A vergonha inicial começava a se dissipar, substituída pela familiaridade confortável da amizade reencontrada e pela aura não-julgadora de Sheila. A confissão sobre o peso ainda ecoava em seus ouvidos, mas as palavras de Sheila tinham sido um bálsamo. *"Você tem que é ser feliz do jeito que você é."* Era algo que ela precisava ouvir há muito tempo.
Quando Sheila pediu para ela abrir um pouco as pernas, Leila obedeceu, sem pudor exagerado. A intimidade do momento, somada à história que compartilhavam, criava uma bolha de privacidade poderosa.
Foi então que ela ouviu o comentário de Sheila, dito mais como uma observação clínica misturada com um toque de curiosidade lasciva: "Nossa, amiga... esse buraquinho aqui é um pouco dilatado, hein? Deve gostar de coisa grande, estou errada?"
A pergunta não veio como um golpe, mas como uma chave girando em uma fechadura há muito tempo trancada. Leila respirou fundo, o rosto enterrado no apoio da maca. A vergonha voltou, sim, mas junto com ela veio um impulso irresistível de confissão. Era Sheila. A mesma Sheila com quem ela havia dividido seus primeiros segredos sobre masturbação e paixões proibidas na adolescência.
"Amiga...", ela começou, a voz um pouco abafada. "Posso me abrir com você? Como nos velhos tempos?"
A resposta de Sheila foi imediata, suave como um acolhimento: "Claro, Leila. Sempre."
Coragem encontrada, as palavras saíram em um fluxo, libertando um segredo guardado a sete chaves: "É que... eu gosto, sim. E me viro sozinha. Sou meio... viciada em enfiar pepinos. Não aqueles fininhos, sabe? Gosto daqueles pepinos gordos, *grandes*. E, geralmente...", ela hesitou por um segundo, então prosseguiu em um sussurro mais rápido, "... eu uso dois de uma só vez. Um na frente e outro atrás. Por isso que o 'buraquinho' ficou assim."
E as vezes eu coloco os dois na frente, meio que submissa, sabe amiga???
Gosto assim, Leila mostra a foto no celular.
Às vezes também gosto muito de uma beringela grande e grossa no meu cuzinho, é macio e entra gostoso. Amo Sheila, não me julgue.
Nossa Leila, estou chocada, impressionada… Vamos nos dar bem gargalhadas de Sheila.
Um silêncio pairou no estúdio, preenchido apenas pelo zumbido baixo do ar-condicionado. Leila esperava por um choque, uma repreensão disfarçada de preocupação.
Em vez disso, ouviu um leve suspiro de Sheila, seguido por uma pergunta prática, quase profissional: "Nossa, miga... Já pensou em usar um vibrador? Algo feito para isso, sabe? Mais higiênico, com textura e formato diferentes..."
A resposta de Leila foi um murmúrio de vergonha genuína: "Não... nunca. Tenho muita vergonha de entrar numa sexy shop. De ser julgada. De achar que vão pensar 'olha a gordinha procurando brinquedo'."
Sheila ficou em silêncio por um momento, seus dedos, que estavam avaliando a pele, pararam. Quando falou novamente, sua voz tinha perdido qualquer traço de julgamento clínico, tornando-se íntima, conspiratória, de amiga de verdade.
"Que bobagem, Leila. Prazer é prazer. Corpo é corpo. O seu é lindo, cheio de curvas, e claramente sabe exatamente do que gosta. Isso é um *dom*." Ela fez uma pausa, e Leila podia quase ouvir o sorriso em sua voz. "E sabe de uma coisa? Acho que você não precisa de uma sexy shop."
Leila virou a cabeça para o lado, conseguindo enxergar Sheila de soslaio. "Não?"
"Não", Sheila confirmou, seus olhos brilhando com uma ideia. "Você precisa de uma *experiência*. Algo feito sob medida. Algo que honre essa... *fome* que você tem. Algo que não seja um substituto frio de plástico, mas que tenha vida, calor, intenção."
O coração de Leila começou a bater mais rápido. O que Sheila estava insinuando? A conversa havia saído completamente do território da depilação e mergulhado em águas profundas e desconhecidas.
"O que você quer dizer, Sheila?", Leila perguntou, sua voz um fio de ansiedade e excitação.
Sheila acariciou suavemente a parte interna de sua coxa, um toque que agora era inegavelmente carregado. "Quero dizer que talvez... apenas talvez... você não precise mais brincar sozinha com pepinos. Talvez existam... *instrumentos* melhores. Mais interessantes. E mãos mais experientes para guiá-los."
A oferta estava lançada. Não era explícita, mas era clara como cristal no ambiente íntimo do estúdio. Era um convite para algo muito além de uma depilação ou de uma conversa entre amigas. Era um convite para que Leila explorasse seus desejos mais secretos não na solidão de seu banheiro, mas em companhia. Na companhia de Sheila.
Leila sentiu um calor intenso subir por seu corpo, não de vergonha, mas de antecipação pura. Ela olhou para os olhos de Sheila e viu neles reconhecimento, permissão e uma promessa de prazer sem julgamento.
"E... como seria essa 'experiência'?", ela ousou perguntar, seu próprio desejo superando a última barreira da timidez.
Sheila sorriu, um sorriso lento e satisfeito. "Isso, amiga... é uma conversa para depois que eu terminar de trabalhar aqui. Vire-se de novo. Vamos acabar com essa depilação. E depois, você e eu vamos conversar seriamente sobre o que você *realmente* gosta... e como podemos tornar isso ainda melhor."
E, pela primeira vez em anos, Leila sentiu que seu corpo, seus desejos, sua "xota gorda e gulosa", não eram algo a ser escondido ou envergonhado, mas algo a ser celebrado. E ela mal podia esperar para descobrir o que Sheila tinha em mente.
Finalizado o processo, ambas se despedem e deixam marcado uma nova visita para um papo mais detalhado, e Sheila comenta, tenho vibradores que você vai amar. Leila comenta, sério???
Sim, me aguarde!
Claro, aqui está a continuação, explorando a dinâmica crescente e a integração de Leila no círculo:
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O toque do celular interrompeu Bianca no meio da revisão de uma planilha. O nome “Sheila” na tela fez seu estômago dar um pequeno salto, aquele frio bom de antecipação. A rotina do escritório pareceu desbotar instantaneamente.
“Sheila, fala comigo”, ela atendeu, tentando manter a voz profissional, mas um sorriso já invadia seus lábios.
“Bianca, querida. Tenho novidades. Especiais.” A voz de Sheila era suave, mas carregada daquela autoridade íntima que fazia Bianca se arrepiar. “Preciso te apresentar uma nova… colega. Alguém que, se tudo correr como planejo, em breve fará parte da família.”
Bianca sentou-se mais reta na cadeira, o trabalho completamente esquecido. Uma nova colega. *Família*. As palavras tinham um peso específico no vocabulário que elas compartilhavam.
“Uau”, Bianca deixou escapar, uma risada baixa de curiosidade misturada com excitação. “E eu… vou gostar dela?”
Do outro lado da linha, Sheila soltou uma risadinha satisfeita. “Vai se surpreender com ela, Bianca. É uma joia bruta. Cheia de… potencial submissivo. Muito obediente. Uma verdadeira escrevinhadora. Vai adorar aprender, adorar servir.”
A descrição pintava um quadro claro. Não era uma concorrente, era uma adição. Uma nova peça no jogo elaborado por Sheila.
“E ela já sabe disso? Sabe do… papel dela?”, Bianca perguntou, baixando a voz instintivamente.
“Ainda não. Não completamente”, Sheila admitiu, seu tom sendo de uma confidencia. “Estou preparando o terreno. Cultivando. Ela tem sede, Bianca. Uma sede que ela mesma mal compreende. E nós vamos saciá-la.”
Bianca sentiu um fluxo de poder percorrê-la. Ela, que antes era a novata, a iniciada, agora estava sendo consultada sobre a integração de outra. Era um sinal de confiança, de posição elevada dentro da hierarquia não dita.
“E você quer que eu a conheça?”, Bianca perguntou, já sabendo a resposta.
“Quero. Quero que você venha aqui em casa ainda essa semana. Um encontro casual. Para que ela te veja, sinta sua energia. Para que você a avalie.” A proposta de Sheila era, na verdade, uma ordem disfarçada de convite.
Bianca não pensou duas vezes. O “sim” saiu em triplicata, rápido e ansioso: “Sim, sim, sim! Quando e que horas?”
Sheila riu, o som era como um agrado. “Te retorno com os detalhes. Vou marcar com ela primeiro. Mas prepare-se, Bianca. Essa vai ser… diferente. Ela é de um mundo fora do nosso. Mais inocente em certos aspectos, mas com um apetite que pode ser… deliciosamente primitivo.”
A conversa terminou com a promessa de um novo capítulo. Bianca desligou o telefone e ficou olhando para a tela do computador, sem ver os números. Uma nova escrevinhadora. Submissa. Obediente. A família estava crescendo.
Naquela noite, durante o jantar silencioso com Lucas, ela não conseguiu segurar a notícia.
“Sheila encontrou alguém”, ela disse, brincando com o garfo.
Lucas ergueu o olho do prato, um interesse imediato acendendo em seus olhos. “Oh? Alguém como?”
“Uma mulher. Uma ‘colega’, nas palavras dela. Diz que tem potencial para ser… da família.”
Lucas ficou em silêncio por um momento, processando. A dinâmica com Fábio e as outras experiências haviam sido intensas, mas sempre com homens. A adição de outra mulher, especialmente uma escolhida por Sheila, mudava a equação.
“E como você se sente com isso?”, ele perguntou, sua voz cuidadosa.
Bianca pensou. Sentia uma pontada de ciúme? Talvez um pouco. Mas era ofuscada por uma curiosidade enorme e uma sensação estranha de… posse futura. Ela seria, de certa forma, uma mentora para essa nova pessoa.
“Curiosa”, ela respondeu, finalmente. “E… excitada. Sheila disse que ela é muito obediente.”
Um sorriso lento se espalhou pelo rosto de Lucas. A palavra ‘obediente’, no contexto deles, carregava todo um universo de possibilidades. “Bem”, ele disse, voltando a comer. “Parece que as coisas vão ficar ainda mais interessantes por aqui.”
Bianca concordou com a cabeça. Enquanto ajudava a lavar a louça depois, sua mente já estava a mil, imaginando como seria essa nova mulher. Como ela se parecia. Como cheirava. Como reagiria ao primeiro contato com o mundo que Sheila havia criado.
E, principalmente, como seria ter alguém abaixo dela naquela cadeia de desejo e submissão. A ideia era inebriante. Ela mal podia esperar pelo retorno de Sheila com a data e a hora. A família estava prestes a receber um novo membro, e Bianca estava pronta para dar as boas-vindas.
O apartamento de Sheila respirava uma atmosfera diferente da do estúdio. Era mais íntimo, mais pessoal, mas não menos carregado de intenção. O bate-papo entre as três mulheres começou leve, cheio de risadas sobre o passado compartilhado de Sheila e Leila, e da curiosidade gentil de Bianca. O vinho fluía, soltando línguas e diminuindo inibições.
Leila sentia-se acolhida, parte de algo especial. Até que Sheila, com a naturalidade de quem comenta o tempo, lançou a bomba.
“Bia, quer ver uma coisa? Minha amiga Leila aqui é uma guerreira. Tem uma xota poderosa. E não é só por fora.” Seus olhos cintilaram maliciosamente para Bianca. “Acredita se quiser, o cuzinho dela já é bem… trabalhado. Dilatado. A moça não brinca em serviço. Pepinos, beringelas… e te garanto, não é nada pequeno que ela gosta de inserir coisa GRANDE e as vezes dois na bucetona que você está vendo. É coisa de fazer estrago.”
A sala ficou em silêncio por um segundo. O rosto de Leila ardeu, mas não era pura vergonha. Era a exposição súbita de seu segredo mais íntimo, e havia algo eletrizante na forma como Sheila falava sobre isso – não com desdém, mas com admiração lasciva.
Bianca, do outro lado do sofá, ergueu uma sobrancelha, um sorriso lento e interessado se formando em seus lábios. Ela olhou para Leila, não com julgamento, mas com a avaliação clínica de um colega conhecedor. “Sério? Eu só acredito vendo”, disse Bianca, sua voz um fio suave de desafio.
Leila encolheu os ombros, um sorriso envergonhado e torto surgindo. “Sheila… era um segredo nosso”, ela murmurou, mas sua voz não tinha força de protesto real.
Sheila sorriu, um sorriso de rainha benevolente. “E agora é um segredo da Bia também. E segredos entre nós… são celebrados, não escondidos.” Seu tom mudou ligeiramente, ganhando uma nuance de comando que era nova para Leila, mas que reverberou em algo profundo dentro dela. “Leila. Abaixe a calça. Tire a calcinha. Deite-se no sofá. E mostre para a Bia.”
Foi uma ordem. Clara, direta, sem espaço para questionamento. E para surpresa de Leila – e talvez até dela mesma – seu corpo respondeu antes de sua mente poder processar a audácia do pedido. Um calor súbito e submisso percorreu-a. Sem hesitar, sem um pio de constrangimento, ela se levantou, desabotoou sua calça e deixou-a cair aos pés. Os dedos encontraram a lateral da calcinha e a puxaram para baixo. Em seguida, deitou-se de costas no sofá de couro, expondo-se completamente para as duas outras mulheres.
Bianca assobiou baixo, seus olhos escurecendo de desejo e aprovação. Ela se inclinou para frente, estudando. “Nossa, Sheila… você não exagerou. Que xota grande. Gorda. Parece tão suculenta. Deve ser uma delícia.”
O elogio, tão cru e específico, fez Leila estremecer. Nunca ninguém havia falado de seu corpo daquela maneira. Era objetificação, sim, mas uma que a fazia sentir-se poderosa em sua própria carne.
Então, Bianca falou novamente, sua voz assumindo uma autoridade que ecoava a de Sheila, mas com sua própria assinatura. “Agora vire-se. Fique de quatro. Quero ver atrás. Quero ver se realmente é verdade que você gosta de coisas grossas aí dentro.”
A transição foi quase automática. Leila, já em um estado de obediência hipnótica, rolou no sofá, apoiando-se nos joelhos e cotovelos, sua ampla traseira elevada, oferecendo uma vista completa e íntima para Bianca.
Sheila observava um sorriso de profunda satisfação estampado no rosto. Sua criação – Bianca, a outrora cliente tímida – agora estava dando ordens, assumindo o controle, avaliando uma nova recruta com a confiança de uma veterana. O círculo se expandia, a dinâmica se estabelecia.
Bianca se aproximou, seus dedos não tocando, mas pairando perto da pele exposta de Leila. “Sheila tem razão”, ela murmurou, mais para si mesma do que para as outras. “Está mesmo bem aberta. Usada. Linda.” Ela então olhou para Sheila por cima do ombro de Leila, seus olhos brilhando com entendimento e antecipação compartilhadas. “Ela vai ser perfeita.”
Leila, tremendo levemente na posição, ouvindo cada palavra, sentiu uma onda de submissão tão profunda e tão doce que anulou qualquer resquício de vergonha. Ela estava sendo vista, julgada e… aceita. Em seus termos mais explícitos e proibidos. E naquele momento, ela soube que aquela “nova amizade” era o ponto de partida para algo muito mais intenso do que ela jamais poderia ter imaginado.
A pergunta de Bianca pairou no ar quente e pesado do apartamento. "Posso te tocar, Leila?" Não era um pedido, era um ritual de permissão.
Leila, de quatro, seu corpo tremendo levemente de excitação e nervosismo, virou a cabeça para o lado, tentando entender. "Como assim, tocar?"
Bianca se ajoelhou no chão, ao nível do sofá. Seus olhos eram escuros, sérios, mas com uma centelha de prazer antecipado. "Quero passar a mão em você. Ver de perto essa lubrificação toda que está escorrendo entre suas pernas. Posso fazer as honras?" Ela fez uma pausa, seu olhar percorrendo as curvas expostas de Leila com posse calculada. "Se você aguenta um pepino grande e grosso, vai aguentar também minhas duas mãos dentro de você."
O choque da proposta fez Leila arfar. "Como assim? Suas… duas mãos? Juntas?" A imagem era aterradora e, de uma forma que ela não queria admitir ainda, profundamente excitante.
Foi Sheila quem respondeu, sua voz vindo de algum lugar atrás, calma e absoluta como um decreto. "Não são só as mãos da Bianca, querida. Além das dela, você terá o prazer de receber as minhas dentro de você também. É uma honra que concedemos a poucas."
Sheila caminhou até ficar à frente de Leila, forçando-a a erguer o olhar. Seu rosto não tinha mais o sorriso de amiga. Tinha a expressão serena e implacável de uma mestra. "Agora vamos. E você não vai negar isso. A conversa acabou. A partir deste momento, você não é mais apenas uma amiga de visita. Você será nossa escrava sexual. Submissa aos nossos pedidos, aos nossos desejos, aos nossos *caprichos*. É isso que você quer, no fundo? É para isso que seu corpo grita, não é? Ser preenchida até não poder mais?"
Leila não conseguia responder. Sua boca estava seca, mas entre suas pernas, a prova de sua excitação incontestável escorria em um fio mais generoso, umedecendo ainda mais suas coxas. Era a confissão silenciosa que Sheila e Bianca esperavam. A submissão não estava sendo forçada; estava sendo *reconhecida*.
Sem esperar por uma resposta verbal, Bianca agiu. Com as mãos já lubrificadas com o próprio desejo de Leila e um pouco do óleo que Sheila discretamente lhe passou, ela posicionou-se atrás. Seu toque foi firme, sem hesitação. Quatro dedos de uma só mão encontraram a entrada já dilatada do ânus de Leila e, com uma pressão constante, deslizaram para dentro.
Um suspiro longo, rouco e cheio de surpresa arrancou-se da garganta de Leila. A sensação de ser invadida assim, por outra mulher, por ordem de uma terceira, era de uma humilhação gloriosa. Seu corpo se contraiu em volta dos dedos, mas não em resistência — em recepção.
"Está apertando direitinho", murmurou Bianca, observando seu próprio punho desaparecendo parcialmente. "Mas acho que cabe mais. Você aguenta mais, não aguenta, Leila? Quer mais dedos aí dentro?"
A voz de Bianca era um sussurro sedutor e dominador. Leila, com o rosto enterrado no sofá, gemeu. A confusão, o medo e o prazer se fundiam em um só impulso. Ela sabia que cruzar essa linha era irreversível. E, naquele momento, a irreversibilidade era o maior afrodisíaco de todos.
"Sim…", ela ofegou, a palavra saindo como um sopro quente contra o couro. "Enfia mais… eu aguento. Por favor…"
Foi a senha. Bianca olhou para Sheila, que acenou com a cabeça, seus próprios olhos brilhando com antecipação feroz. Era o momento de avançar, de reivindicar completamente a nova recruta.
"Então aguenta", ordenou Bianca, sua voz ganhando uma aspereza prazerosa.
Ela começou a trabalhar, dedo após dedo, alongando, abrindo, preparando o caminho não apenas para sua mão, mas para a promessa dupla que Sheila havia feito. Leila gritou, seus dedos se enterrando no sofá, seu corpo arqueando em ondas de dor que se transformavam instantaneamente em ondas de um prazer primitivo e avassalador. Ela estava sendo aberta, possuída, transformada de uma mulher que brincava sozinha com vegetais em uma escrava que recebia o domínio de duas outras.
E aquilo era apenas o começo da cerimônia de boas-vindas.
**Continua…**

