O silêncio pós-clímax era espesso, pontuado apenas pelo ruído rouco da respiração ofegante. Bianca ainda tremia, cada fibra do seu corpo cantando um hino de exaustão e realização profana. O vazio deixado pela mão de Sheila dentro dela era uma presença por si só — uma lembrança física de uma fronteira cruzada.
Ela virou a cabeça sobre as peles, seus olhos escuros e vidrados encontrando os de Sheila, que a observava com uma expressão de posse satisfeita e curiosidade lasciva.
Havia algo mais. Uma coceira no fundo da alma, um desejo que o ato brutal e glorioso havia desenterrado, mas não completamente satisfeito. O olhar de Lucas, seu marido, fixo nela durante tudo aquilo… aquilo havia acendido algo novo. Algo perverso e poderoso.
Com uma voz que saiu mais áspera e ousada do que ela imaginava possuir, Bianca quebrou o silêncio.
“Sheila…”
A depiladora ergueu uma sobrancelha, um sorriso lento surgindo em seus lábios. “Sim, querida?”
Bianca engoliu, sentindo as palavras queimar em sua língua antes de saírem. “Tem… mais um lugar. Um lugar que ainda é só meu. E eu… eu quero que seja seu primeiro.”
Os olhos de Sheila estreitaram, faiscando com interesse aguçado. “Oh?”
“Eu quero sua mão…”, Bianca continuou, sua voz ganhando força, tornando-se um sussurro carregado de intenção. “Não na frente. Atrás. Na minha bunda. Eu quero que você me abra por trás. Que enfie seu punho inteiro na minha bunda e me deixe… me deixe toda aberta. Arrombada para você.”
Um suspiro coletivo, mais de admiração do que de surpresa, percorreu os homens ao redor. Rafael emitiu um baixo gemido de excitação. Fábio cruzou os braços, observando com um sorriso de expectativa. Dante, o mais reservado, simplesmente inclinou a cabeça, seu olhar intenso.
Sheila soltou uma risada baixa, rouca, cheia de puro prazer. “Deus, Bianca. Você está se tornando poesia viva.” Seus dedos tocaram o rosto de Bianca. “É um pedido lindo. E perigoso. E eu adoraria atendê-lo. Mas…” Seus olhos se desviaram para Lucas. “… isso muda as coisas. Coloca o seu marido em um novo papel. Você tem certeza de que é isso que você quer?”
Bianca seguiu seu olhar. Lucas estava sentado um pouco afastado, seu rosto uma máscara de emoções conflitantes: desejo fervilhante, uma ponta de incredulidade e algo mais profundo — uma submissão admirante ao desejo da esposa. Ele a observava como se a visse pela primeira vez.
“Sim,” Bianca disse, dirigindo-se diretamente a Lucas. “Eu quero que ele veja. Quero que ele assista você me arrombar por trás enquanto os outros me tocam. Quero ver o rosto dele.”
Ela então falou diretamente para Lucas, as palavras saindo como um chicote sujo e doce: “Você vai gostar, não vai, meu corno? Vai gostar de ver a sua putinha sendo aberta por outra mulher? Sendo possuída de um jeito que você nunca poderia?”
A palavra ‘corno’ pairou no ar, elétrica, tabu, transformadora. Lucas estremeceu visivelmente, sua mão indo instintivamente ao próprio colo. Seus olhos escureceram, não com raiva, mas com uma rendição tão profunda quanto a de Bianca. Ele não disse nada. Apenas acenou com a cabeça, uma vez, devagar, seu queixo tremendo ligeiramente. A confirmação era mais poderosa que qualquer grito.
Foi o sinal que todos esperavam.
“Deitem ela de bruços,” Sheila ordenou, sua voz assumindo um tom de comandante de campo. “Almofadas sob os quadris. Rafael, Miguel — segurem suas pernas abertas. Fábio, Dante — toquem nela, beijem suas costas, preparem-na. Lucas…”, ela disse, e seu olhar foi tão intenso quanto um toque físico, “… você fica bem na frente dela. Onde ela possa te ver. E onde você possa ver TUDO.”
A cena se recompôs com uma eficiência erótica. Bianca foi posicionada de bruços, seus quadris elevados. Rafael e Miguel seguravam suas pernas bem abertas, expondo-a completamente. Fábio e Dante se espalharam ao longo de suas costas, suas línguas e mãos traçando caminhos em sua pele. E Lucas ajoelhou-se diante de seu rosto, seus olhos a centímetros dos dela.
Sheila se ajoelhou atrás dela, sua mão já generosamente lubrificada. Ela não foi direto ao alvo. Primeiro, sua língua traçou um caminho lento e torturante entre as nádegas de Bianca, fazendo-a gemer e pressionando seus quadris para trás. Seus dedos então começaram a trabalhar, massageando, alongando, preparando o músculo tenso com uma paciência infinita e uma expertise brutal.
Bianca não desgrudava os olhos de Lucas. “Está vendo, corno?” ela ofegou, enquanto os dedos de Sheila a invadiam, um, depois dois. “Está vendo como ela me abre? Como ela vai me ter de um jeito que você nunca teve?”
Lucas apenas gemeu, sua mão se movendo freneticamente sobre a própria calça, seu olhar fixo no ponto onde os dedos de Sheila desapareciam no corpo de sua esposa.
Então, Sheila fechou a mão. A pressão na entrada era diferente, mais firme, mais desafiadora. Bianca gritou quando a ponta do punho começou a ceder, um grito de dor que se transformou instantaneamente num rugido de prazer absoluto quando ele finalmente, inexoravelmente, deslizou para dentro.
Ela estava sendo *fistfucked* por trás. A sensação era de ruptura total, de uma abertura que chegava ao centro de seu ser. Ela gritou, babou nas almofadas, seu corpo sacudindo entre as mãos que a seguravam.
“AGORA OLHA, CORNO!”, ela berrou para Lucas, as lágrimas de êxtase escorrendo de seus olhos. “OLHA O BURACO DA SUA MULHER! OLHA COMO ELA ESTÁ ARROMBADA! VOCÊ GOSTA? DIZ QUE GOSTA!”
Lucas finalmente quebrou, um soluço gutural saindo de sua garganta. “Eu gosto!”, ele gritou, sua voz quebrada. “Porra, eu gosto! Eu amo! Você é uma puta linda! Minha puta!”
Sheila, então, começou a mover a mão dentro dela, devagar no início, depois com mais firmeza. Cada movimento era amplificado, uma onda de choque que percorria a coluna de Bianca. No auge daquela sensação avassaladora, Bianca teve uma nova ideia, um novo desejo de reciprocidade e domínio compartilhado.
“Sheila…”, ela gemeu, ofegante. “Sua vez… por trás também… eu quero… quero te dar… o mesmo. Enquanto você me come… deixa eu te comer também.”
Sheila parou por um instante, surpresa genuína dando lugar a um prazer ainda mais profundo. “Você… quer enfiar sua mão em mim? Por trás?”
“SIM!”, Bianca gritou, perdendo o controle. “Quero te abrir também! Quero você sentindo isso enquanto faz isso comigo! Lucas, seu corno! Se masturba! Olha sua mulher arrombando a outra! OLHA!”
A ordem era caótica, louca, e perfeita. Lucas, obediente, libertou-se da calça e começou a se masturbar furiosamente, seus olhos saltando entre o rosto transfigurado da esposa e a cena explícita atrás dela.
Com dificuldade, mas com determinação feroz, Bianca conseguiu liberar um de seus braços. Rafael passou o óleo para ela. Com a mão trêmula, ela alcançou para trás, encontrando o corpo de Sheila. Guiada pelo instinto e pelos gemidos de incentivo da depiladora, ela posicionou seus dedos, depois sua mão fechada, na entrada estreita de Sheila.
Era uma coreografia de possessão mútua, uma profanação simétrica. Sheila movia seu punho dentro de Bianca, e Bianca, com um esforço hercúleo, começou a pressionar o seu dentro de Sheila, por trás.
Quando as duas mãos finalmente se alojaram, profundamente enterradas uma na outra, o duplo grito que saiu delas ecoou pelas paredes do apartamento. Era um som de conquista total, de entrega absoluta e de poder compartilhado. Dois corpos, duas mentes, duas vontades, fundidas no ato mais íntimo e violento de prazer.
Lucas, assistindo aquele espetáculo inimaginável, chegou ao seu clímax com um rugido, seu corpo se contorcendo. Seu gozo jorrou sobre as costas de Bianca, marcando-a como uma bênção final e suja.
As mulheres, presas uma à outra nesse abraço brutal, seguiram-se logo depois, seus corpos convulsionando em uma tempestade dupla de orgasmo que parecia não ter fim.
Quando finalmente desmoronaram, separando-se muito lentamente, o silêncio que caiu sobre eles não era mais pesado. Era leve. Era o silêncio de um tabu não apenas quebrado, mas pulverizado. Bianca olhou para o rosto de seu marido, exausto e extasiado, e soube que nada entre eles seria igual. E, pelo sorriso lento e satisfeito de Sheila, ela soube que isso era apenas mais um capítulo. A próxima sessão, com certeza, já estava sendo planejada.
Duas semanas de abstinência forçada — se é que a tensão sexual constante que percorria a casa de Bianca e Lucas podia ser chamada de abstinência — haviam deixado os poros de ambos ávidos. A memória do punho de Sheila, da multidão de mãos, da palavra "corno" ecoando como um mantra sagrado, era um fantasma que habitava cada canto silencioso.
Foi Sheila quem quebrou o jejum, com uma mensagem que não pedia, mas declarava:
*Sábado, 22h. Meu lugar. Convidei alguns amigos especiais para uma festa privada. Você e eu seremos as anfitriãs. Lucas e Fábio serão… nossos convidados de honra no sofá. Eles apenas assistem. Eles apenas se tocam. O resto é para nós. Cinco deles. Cinco amigos dispostos a nos usar como merecemos. Topa?*
Bianca leu a mensagem com Lucas sobre seu ombro. O ar entre eles ficou elétrico. Ela olhou para ele, e nele não viu hesitação, mas uma sede profunda e resignada. Ele já havia aceitado seu papel no novo de seus desejos.
*Estou mais do que pronta*, ela respondeu, os dedos tremendo de antecipação.
O sábado chegou com a lentidão de um sonho erótico. No apartamento de Sheila, as luzes eram ainda mais baixas, a música um pulso eletrônico profundo que parecia vibrar nos ossos. Fábio e Lucas estavam sentados em um amplo sofá de couro, vestidos, mas com uma rigidez nas expressões que denunciava a excitação contida. Uma garrafa de uísque não aberta estava sobre a mesa baixa, um objeto decorativo. A verdadeira bebida seria o espetáculo.
A campainha tocou.
Sheila abriu a porta com um sorriso de predadora. E eles entraram.
Eram cinco. Três homens negros, não atletas esculpidos, mas com uma presença física sólida e uma confiança silenciosa que emanava de seus olhares. Dois eram mais altos, de ombros largos; o terceiro, mais baixo e compacto, tinha um sorriso fácil e dentes muito brancos. Os outros dois eram brancos: um loiro de cabelos longos amarrados, com tatuagens cobrindo os braços, e outro moreno, de olhar penetrante e calculista, vestindo jeans e uma camiseta preta justa.
"Rapazes, sejam muito bem-vindos," Sheila disse, sua voz um mel sedutor. "Esta é Bianca, minha amiga mais querida… e mais *necessitada*."
Sheila estava usando apenas um chemise de renda preta que mal a cobria. Bianca, por sua vez, usava um vestido solto de seda, fácil de ser tirado. Todos os olhos se voltaram para ela, a avaliação sendo feita não com delicadeza, mas com a crueza de quem sabe exatamente por que está ali.
O homem moreno de olhar penetrante foi o primeiro a se aproximar. "Eduardo," disse, sem estender a mão. Seu olhar percorreu Bianca dos pés à cabeça. "Sheila falou muito sobre o seu… apetite."
Bianca sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Ela olhou para o sofá, para Lucas. Seu marido estava imóvel, os punhos cerrados sobre os joelhos, os olhos fixos nela com uma intensidade que a queimava.
"Ela não mentiu," Bianca respondeu, sua voz surpreendentemente firme. "E estou com ainda mais fome hoje."
Sheila riu, um som de pura alegria perversa. "Ouviram, meninos?" Ela se voltou para Bianca. "Está preparada para ser arregaçada por eles? De verdade? Sem voltar atrás?"
Bianca não olhou mais para Lucas. Olhou para os cinco pares de olhos famintos sobre ela, e depois para Sheila. Um sorriso largo e desafiador abriu-se em seu rosto.
"Vou adorar. E já que estamos sendo sinceras…", ela disse, projetando a voz para que Lucas no sofá a ouvisse claramente, "... quero uma dupla penetração anal hoje. Acho que o *corno* vai amar ver isso. Depois da última vez… nosso casamento nunca mais foi o mesmo. E queremos mais. Muito mais."
A palavra "corno" cortou o ar como uma lâmina, e do sofá, Lucas emitiu um grunhido baixo, sua mão indo instintivamente ao colo.
Os homens trocaram olhares, sorrisos de cumplicidade surgindo. A dinâmica estava clara, e ela apenas adicionava tempero ao banquete.
Sheila ficou com os lábios entreabertos, ofegante de tesão. "Perfeito. Então vamos lá." Ela ergueu os braços, como uma maestrina. "Rapazes, podem começar. Três com a Bianca. Dois comigo. Não economizem. Arregacem ela como ela merece. Ela veio aqui para ser *usada*."
Foi como liberar feras. Os três homens negros — que se apresentaram rapidamente como Jonas, Kaique e Davi — se aproximaram de Bianca. O loiro tatuado (Leo) e o moreno calculista (Eduardo) voltaram-se para Sheila.
As mãos de Jonas, grandes e pesadas, puxaram o vestido de seda de Bianca pelos ombros, rasgando-o sem cerimônia. Kaique a envolveu por trás, seus dedos entrando em sua boca enquanto a forçava a se ajoelhar no tapete macio. Davi, o de sorriso fácil, ajoelhou-se à sua frente, seu jeans já aberto, expondo-se.
"Olha seu corno, Bianca," sussurrou Kaique em seu ouvido, forçando sua cabeça a virar para o sofá. "Olha ele te ver engolir outro."
Bianca obedeceu, seus olhos encontrando os de Lucas. Ela abriu a boca para Davi, engolindo-o com uma voracidade que era meio performance, meio necessidade visceral. Enquanto isso, Jonas abria suas pernas, seus dedos ásperos encontrando seu sexo já encharcado.
"Viu, corno?", ela gemeu, arfando em torno de Davi. "Viu como ela já está melada só de saber que vai ser arregaçada por cinco? Você nunca me deixou assim!"
Lucas no sofá arfou, seu corpo se contorcendo. Fábio, ao seu lado, colocou uma mão em seu ombro, mas seus próprios olhos estavam vidrados na cena, sua outra mão se movendo discretamente sobre sua própria calça.
Do outro lado da sala, Sheila já estava sendo dominada. Leo a tinha de bruços sobre uma poltrona, enquanto Eduardo a penetrava por trás com movimentos firmes e metódicos. Ela gritava, mas seus olhos estavam abertos, assistindo Bianca, sorrindo.
A troca foi rápida e brutal. Em minutos, Bianca estava deitada de costas, com Jonas sobre ela, Davi em sua boca novamente, e Kaique preparando-a por trás com os dedos e muito lubrificante. Ela estava sendo triplamente penetrada — boca, vagina, ânus — e cada empurrão a fazia gritar em torno da carne na sua boca.
"AGORA, CORNO! OLHA! OLHA O CU DA SUA MULHER SENDO ARREGAÇADO!", ela berrou, no limite entre a dor e o êxtase, quando Kaique finalmente a penetrou analmente, completando a dupla penetração vaginal e anal que ela pedira.
Lucas, no sofá, não aguentou mais. Ele abriu suas calças e começou a se masturbar abertamente, seus olhos esbugalhados, sua respiração um apito rouco. "Minha puta!", ele gritou de volta, sua voz quebrada. "Minha puta arregaçada! É isso! É isso que você é!"
Sheila, vendo o clímax da cena de Bianca, gritou uma nova ordem: "TROCA! Agora, três comigo! Arregaça minha buceta também, quero dupla! Leo, Eduardo… me virem! E você…", ela apontou para Jonas, que estava sobre Bianca, "... venha pra mim! Deixa os outros terminarem com a Bianca!"
Foi um rodízio de carne, suor e gemidos. Bianca, agora com Davi e Kaique nela, e um dos homens brancos (que havia se soltado de Sheila) em sua boca, estava perdida em um nevoeiro de sensações. Seu corpo era um brinquedo, um receptáculo, um altar onde sua submissão e seu poder (o poder de destruir a antiga Bianca e de excitar seu marido até a loucura) eram venerados.
"GOZA, CORNO! GOZA VENDO SUA CADELA SER ARREGAÇADA!", ela urrou no momento em que um orgasmo violento a atingiu, fazendo seu corpo arcar e convulsionar entre os três homens.
Seu grito foi o sinal. Lucas, no sofá, gemeu alto e se contorceu, com seu próprio orgasmo manchando suas calças. Fábio, ao seu lado, seguiu-o momentos depois, ofegante.
Sheila, por sua vez, estava sendo brutalmente possuída por três homens ao mesmo tempo, seu corpo contorcido em posições impossíveis, seus gritos de prazer se misturando aos de Bianca.
Quando todos finalmente desmoronaram, exaustos, o ar no apartamento estava irrespirável, carregado do cheiro do sexo grupal. Corpos estavam espalhados pelo chão. Bianca estava deitada de lado, tremendo incontrolavelmente, um fio de saliva e sêmen escorrendo de seu lábio.
Ela arrastou o olhar até o sofá. Lucas estava lá, exausto, vazio, mas com um sorriso de paz estranha e profunda no rosto. Seus olhos se encontraram, e não havia vergonha, não havia arrependimento. Havia um entendimento profundo, um pacto renovado nas águas sujas do prazer mais proibido.
Sheila, rastejando até Bianca, deitou-se ao seu lado e a abraçou.
"Bem-vinda de volta, querida", ela sussurrou, rouca. "A família está completa."
E Bianca soube, no fundo do que restava de sua mente clara, que aquela não era uma família convencional. Era uma família de desejo, construída sobre a ruína de todos os seus tabus. E ela nunca foi tão feliz.
Continua…