Priscila



Priscila tinha 31 anos, pele bem branquinha, cabelos pretos lisos até a cintura, corpo de quem faz jejum três vezes por semana e ora de madrugada. Casada há dez anos com o irmão Diego, diácono da Assembleia de Deus, mãe de dois meninos lindos. Usava saia abaixo do joelho no trabalho, blusa de manga, aliança grossa de ouro brilhando no dedo. Todo mundo na empresa sabia: ela era “a crente”. Nunca ria de piada suja, nunca ia ao happy hour, saía pontualmente às 18h para o culto de quarta ou o ensaio do coral.
Exceto naquela quarta.
Rodrigo já a observava há meses. 40 anos, divorciado, sempre bem vestido, barba feita, perfume. Sabia exatamente onde apertar.
Tudo começou com conversas “inocentes” sobre planilhas. Depois mensagens no Teams depois do horário. Depois um “Deus te abençoe” que ele respondia com “amém, linda”. Aos poucos, as mensagens ficaram mais longas. Mais pessoais. Ele elogiava o cabelo dela, a voz suave, o jeito que a saia marcava a curva do quadril quando ela se inclinava na impressora.
Naquela quarta, o sistema caiu às 17h. Todo mundo foi liberado mais cedo. Priscila ficou, “para terminar o relatório do pastor que pediu urgência”. Rodrigo ficou também.
Quando o prédio esvaziou, ele se aproximou da mesa dela.
“Priscila… deixa eu te levar você pra casa. Tá escurecendo, não é seguro.”
Ela hesitou. Olhou o relógio, olhou a aliança, olhou pra ele.
“Eu… não sei se é certo.”
“É só uma carona. Prometo.”
Dez minutos depois, o carro dele já chegava na Avenida Brasil. Ela quieta, mãos apertadas no colo, rezando baixinho. Ele colocou um louvor antigo no som, bem baixinho. Ela relaxou um pouco.
Então ele saiu da rota.
“Rodrigo… isso aqui não é o caminho da minha casa.”
“É verdade”, ele disse, voz calma, mão já no joelho dela por cima da saia. “Mas eu não aguento mais, Priscila. Eu preciso de você. Só uma vez. Ninguém vai saber.”
Ela não tentou tirar a mão dele. A voz saiu trêmula.
“Eu sou casada. Eu sirvo a Deus. Isso é pecado.”
Ele parou o carro no estacionamento discreto do motel, apagou o farol. Virou pra ela, olhos escuros.
“Então por que você tá tremendo assim? Por que tá molhada desde que eu toquei no seu joelho?”
Priscila fechou os olhos. Rezou. Chorou uma lágrima só. Mas não disse não.
No quarto do motel, luz vermelha baixa, espelho no teto, cheiro de lavanda barata.
Rodrigo trancou a porta. Ela ficou parada no meio do quarto, saia e blusa abotoada até o pescoço, mãos cruzadas na frente do corpo como se ainda estivesse no culto.
Ele se aproximou devagar, como quem se aproxima de um animal assustado. Beijou a testa dela. Depois a boca, devagar, com respeito quase. Ela correspondeu com um gemido abafado, como se doesse.
“Me perdoa, Jesus…”, sussurrou.
Mas as mãos dele já desabotoavam a blusa. Botão por botão. Quando chegou no sutiã de algodão branco, simples, ele parou, olhou pra ela nos olhos.
“Você é a mulher mais linda que eu já vi na vida.”
Priscila chorou de novo, mas dessa vez deixou. Deixou ele tirar tudo. Deixou ele deitar ela na cama, beijar cada centímetro do corpo que nunca ninguém além do marido tinha tocado. Quando ele desceu a boca entre as pernas dela, ela agarrou o lençol, gritou um “ai, meu Deus” que era metade oração, metade orgasmo.
Ele chupou devagar, com reverência, como quem adora. Ela gozou rápido, forte, as pernas tremendo, chorando alto, chamando o nome dele misturado com o nome de Jesus.
Depois ela se ajoelhou na frente dele, olhos baixos.
“Eu nunca fiz isso… o Diego acha que é pecado.”
E fez. Engasgou, chorou, mas fez até o fim, até ele gozar na boca dela, segurando o cabelo preto com carinho.
Quando ele entrou nela, de frente, olhando nos olhos, ela chorava e gemia ao mesmo tempo.
“É pecado… é pecado… mas é tão bom…”
Ele metia devagar, depois forte, depois devagar de novo, dizendo o tempo todo que ela era perfeita, que era dele, que Deus entendia.
Ela gozou três vezes. A última, cavalgando em cima dele, cabelo solto, gritando alto, sem vergonha nenhuma.
Quando acabou, ficaram deitados, suados, em silêncio. Ela chorando baixinho no peito dele.
“Eu vou me arrepender amanhã”, sussurrou.
“Talvez”, ele respondeu, beijando a testa dela. “Mas hoje você foi minha. E eu vou lembrar disso pro resto da vida.”
Ela ficou quieta um tempo. Depois falou, voz firme pela primeira vez:
“Na semana que vem o sistema vai cair de novo às 17h.”
E beijou a boca dele, longa, lenta, sem culpa nenhuma pela primeira vez.
O pecado tinha gosto de liberdade.
E ela já queria mais.

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Ficha do conto

Foto Perfil weblover1978
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Nome do conto:
Priscila

Codigo do conto:
248261

Categoria:
Heterosexual

Data da Publicação:
30/11/2025

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