A biblioteca ficava no subsolo, um lugar meio esquecido, cheiro de livro velho e mofo e madeira podre. Só abria até as 18h, e a tia Lúcia, bibliotecária, saía religiosamente às 17h55 pra pegar o ônibus. Todo mundo sabia. Clara chegou primeiro, com a desculpa de “pegar material de apoio para o terceiro ano”. Sentou-se na última mesa do fundo, entre duas estantes altas de ferro que rangiam quando alguém encostava. Luz fraca, lâmpadas fluorescentes piscando. Perfeito. 17h52. Luana apareceu sem fazer barulho, short do uniforme trocado por uma saia jeans curtíssima (fora do padrão, mas ninguém mais fiscalizava no fim do dia). Nos pés, all-star sem meia. Nos olhos, fogo. Ela nem falou. Passou direto pela mesa, entrou na última estante de referência (a que ninguém nunca mexe) e fez sinal com o dedo pra Clara seguir. Entre as estantes, o espaço era tão estreito que os corpos já se colavam. Luana empurrou a professora contra os livros antigos, mão já dentro da blusa, apertando o peito por cima do sutiã. “Silêncio absoluto”, Clara sussurrou, mas a voz saiu tremendo de tesão. Luana respondeu enfiando a língua na boca dela e a mão por baixo da saia. Não tinha calcinha. Clara tinha vindo preparada. Os dedos da menina entraram fácil, três de uma vez, até o fundo. Clara mordeu o próprio lábio pra não gemer. Luana metia devagar, torturando, olhando nos olhos. “Você veio sem calcinha pra biblioteca, professora? Que putinha…” Clara só conseguiu balançar a cabeça, rebolando nos dedos da aluna. O barulho molhado era baixinho, mas parecia altíssimo no silêncio mortal da biblioteca. De repente: a porta da biblioteca rangendo. Passos lentos. Tia Lúcia voltando pra pegar a bolsa que esqueceu. As duas congelaram. Luana deixou os dedos dentro, bem fundo, e apertou o clitóris de Clara com o polegar. A professora agarrou a estante com tanta força que um livro caiu no chão com estrondo. Os passos pararam. “Alguém aí?”, voz da bibliotecária, já irritada. Luana respondeu com voz de anjinho, sem tirar os dedos: “Sou eu, tia Lúcia! Derrubei um livro, já pego!” A mulher resmungou, pegou a bolsa e saiu batendo a porta. No segundo em que a porta fechou, Luana acelerou tudo. Meteu forte, rápido, a outra mão tapando a boca de Clara. A professora gozou em silêncio, o corpo inteiro tremendo, lágrimas escorrendo, molhando a blusa da aluna. Quando o orgasmo passou, Clara virou o jogo. Empurrou Luana contra a estante oposta, levantou a saia jeans e abaixou a calcinha fio-dental até os joelhos. Ajoelhou-se ali mesmo, no chão empoeirado, e chupou com fome. A língua entrando fundo, o nariz roçando o clitóris, duas dedos no cuzinho sem pedir licença. Luana segurou a estante com as duas mãos, empinando a bunda, abafando os gemidos nos livros velhos. Gozou rápido, forte, um jorro que molhou o queixo de Clara e pingou no chão. As duas ficaram ali, ofegantes, entre livros de 1970 que ninguém nunca lia, cheirando a sexo, suor e poeira. Luana limpou o queixo da professora com o polegar e lambeu. “Você acaba comigo, Luana.” A menina sorriu, beijando devagar a boca da professora. “E você sempre pede mais.” Às 18h03 elas saíram separadas, com três minutos de diferença. A biblioteca ficou com cheiro de sexo até o dia seguinte. Ninguém nunca soube. Mas o livro que caiu no chão ficou aberto na página 69. Coincidência, claro.
Faca o seu login para poder votar neste conto.
Faca o seu login para poder recomendar esse conto para seus amigos.
Faca o seu login para adicionar esse conto como seu favorito.
Denunciar esse conto
Utilize o formulario abaixo para DENUNCIAR ao administrador do contoseroticos.com se esse conto contem conteúdo ilegal.
Importante:Seus dados não serão fornecidos para o autor do conto denunciado.