O shortinho jeans colado no quadril começava a incomodar. A regata branca já denunciava sinais do cansaço — um fio de suor escorria discretamente pelo pescoço e sumia entre os seios contidos no sutiã preto, visível pelas alças que escapavam sem culpa pelas cavas da blusa.
Ela parou diante da porta. Tática de sempre: largar a mochila, pegar a chave na lateral da bolsa e entrar direto no quarto. Mas assim que os dedos tocaram o zíper, um frio correu pela espinha.
— Merda… — murmurou, revirando tudo de novo.
A chave não estava lá. Nem no bolso pequeno, nem no fundo da mochila. Clara ficou paralisada por uns segundos, franzindo o rosto. A frustração tomou conta do corpo cansado. Bateu na porta algumas vezes, firme, esperando ouvir algum barulho vindo de dentro.
Nada.
Chamou o nome da mãe. Depois o do irmão. Nem um sinal.
A expressão dela começou a mudar — os olhos perderam a firmeza, os ombros caíram, e a boca se curvou num misto de desespero e exaustão. Com a mão na testa, tentou pensar rápido: “Será que alguém deixou a janela aberta? Será que dá pra esperar aqui fora até alguém chegar? E se ninguém voltar tão cedo?”
O calor só piorava, e ela se sentou no degrau da varanda com as pernas cruzadas, o short subindo ainda mais nas coxas, a bota preta encostando de leve na madeira. Ali, sozinha, suada e presa do lado de fora, Clara não sabia que aquele seria o início de uma noite que ela jamais esqueceria.
Porque poucos minutos depois, o portão da frente se abriu com um rangido metálico. E ali, na entrada, com uma sacola de mercado numa mão e a camisa social parcialmente desabotoada, estava ele.
Marcos Dantas. O vizinho. O homem que ela evitava encarar por tempo demais.
— Clara? Tá tudo bem aí?
A voz dele veio grave, carregada de curiosidade e um certo cuidado. Ela levantou os olhos e se deu conta de que estava sentada como quem se rende, com as coxas expostas e o corpo cansado entregue àquela situação.
E pela primeira vez, Clara não teve vontade de esconder nada.
Clara se levantou devagar, sentindo a mochila pesada escorregar pelos ombros. Deu dois passos até a cerca da varanda e se apoiou ali com naturalidade — uma mão segurando a madeira quente pelo sol, a outra na cintura, acentuando a curva delicada do corpo.
Ela lançou um sorriso pra Marcos, cansada, suada… mas com um brilho nos olhos.
— Esqueci a chave… — disse, revirando os olhos com um suspiro. — E não tem ninguém em casa.
Marcos parou no portão por um instante, observando a garota com atenção. Os olhos dele passearam pelo shortinho que marcava o quadril, pela regata colada que deixava à mostra as alças do sutiã, e pelo rosto dela — bonito, marcado pelo calor e pelo leve desespero da situação. Um tipo de beleza real, crua. E provocante sem nem perceber.
Ele entrou no pequeno quintal com passos lentos e confiantes. Largou a sacola de mercado no chão e ergueu uma sobrancelha, parando ao pé da varanda.
— Tá trancada pra fora? — perguntou com um meio sorriso.
— Aham… e sem celular também. Acho que foi meu dia de sorte — ironizou, ajeitando os óculos com o dedo. O movimento deixou seu ombro nu ainda mais exposto, a alça fina do sutiã deslizando quase até o braço.
Marcos olhou pra porta da casa dela, depois voltou o olhar pra Clara.
— Talvez eu consiga abrir pra você.
Ela arqueou uma sobrancelha, curiosa.
— Ah, é? Vai arrombar minha porta?
Ele sorriu de canto, aquele tipo de sorriso que não entrega tudo, mas promete.
— Nada tão bruto… digamos que eu tenho umas ferramentas… e um jeitinho.
Clara inclinou a cabeça, desconfiada, mas intrigada.
— Que tipo de ferramentas um vizinho comum carrega pra abrir portas dos outros, hein?
Marcos deu um passo a mais, agora subindo o primeiro degrau da varanda. O cheiro dele invadiu o ar — algo amadeirado, masculino, quente. O olhar, firme.
— Quer descobrir?
Ela mordeu o lábio inferior, sem perceber. Estava cansada, trancada do lado de fora e completamente à mercê daquela situação… e de Marcos.
— Vai me roubar ou me salvar? — provocou, num tom meio brincalhão, meio nervoso.
— Isso depende… você tranca só a porta, ou também outras coisas?
O silêncio entre eles pesou por um segundo. O calor, o clima, o olhar dele nos olhos dela. Clara não respondeu. Apenas saiu da frente e apontou com o queixo:
— A porta é toda sua, senhor chave-mestra.
E ficou ali, com o coração acelerado, observando Marcos se ajoelhar diante da fechadura… sem nem imaginar que aquela chave esquecida abriria muito mais do que a porta da sala.
Marcos se agachou diante da fechadura da porta de Clara, analisando com calma. Passou a mão na madeira, bateu de leve nos cantos, como quem já sabia o que fazer. Clara, encostada na parede, observava em silêncio, o corpo ainda suado e cansado.
Foi quando ele se virou e lançou um olhar direto, cortante.
— Eu posso abrir sua porta, Clara… mas vai ter que fazer uma coisa por mim.
Ela franziu a testa.
— Que coisa?
Marcos passou a língua nos lábios e encarou sem rodeios.
— Me chupa. Aqui mesmo.
O silêncio caiu seco.
Clara arregalou os olhos, o rosto se contorcendo de nojo e surpresa.
— O quê?! Você tá maluco?
Ele não respondeu. Apenas deu de ombros e começou a se levantar. Pegou a sacola do chão, ajeitou a camisa aberta e virou de costas.
— Beleza. Fica aí até alguém chegar. Pode ser amanhã… ou depois.
Ele já estava descendo o primeiro degrau quando Clara sentiu o estômago revirar. A raiva, o calor, o desespero. Mas também… aquele incômodo entre as pernas, aquela tensão que crescia desde que ele apareceu.
Ela fechou os olhos por dois segundos.
“Porra… só um boquete. E ninguém vai saber.”
— Espera… — disse, quase sem voz.
Marcos parou, mas não virou. Clara respirou fundo, andou devagar até ele, e sem dizer mais nada, se ajoelhou bem ali, no canto da varanda, entre a sombra da parede e o calor do fim de tarde.
— Que merda, viu… — murmurou, com as mãos trêmulas, ainda sem olhar pra cima.
Marcos soltou um suspiro baixo e abriu o zíper da calça. Clara engoliu seco. O pau dele surgiu ali, semi-duro, grosso, com a pele marcada, e o cheiro forte de homem. Ela hesitou por um segundo, mas logo segurou a base com uma das mãos.
— Tá olhando o quê? — ela disse, encarando ele por cima dos óculos, já com a ponta da língua deslizando no início da cabeça.
Marcos soltou um gemido grave.
Clara começou devagar. A língua tímida tocando o freio da glande, os lábios se abrindo, molhados de saliva, contornando a ponta rosada. Ela ainda parecia incomodada, mas o corpo dizia outra coisa. O quadril dela começou a balançar leve, como se sem querer. A mão que segurava a base se firmou. E logo os primeiros movimentos de vai e vem começaram, com a boca quente e apertada sugando com mais firmeza.
Marcos encostou na parede da varanda, a respiração pesada, os olhos fixos naquela nerd de corpo pequeno e boca ousada, ajoelhada aos seus pés.
E Clara? Começava a sentir algo estranho… um calor entre as coxas. A raiva misturada com excitação. A vergonha transformando-se em tesão.
Ela odiava aquilo.
E não queria parar.
A boca de Clara trabalhava no pau de Marcos com força. Ela queria acabar com aquilo rápido. Os lábios deslizavam, a língua envolvia, o som molhado ecoava baixo na varanda. Os joelhos doíam contra o piso de cimento, mas ela nem sentia mais. Estava focada em acabar logo, gozar ele, abrir a porra da porta e esquecer que aquilo tinha acontecido.
Mas Marcos, com a respiração controlada, olhava pra baixo com um sorriso de canto. A mão pousou na cabeça dela, puxando de leve os fios vermelhos enquanto ele dizia:
— Levanta.
Clara parou, confusa, os lábios inchados e molhados.
— Quê?
— Levanta… e abaixa o short.
Ela soltou o pau dele com um estalo, o olhar irritado subindo por trás dos óculos.
— Você falou que era só um boquete. Eu tô aqui de joelhos, chupando o pau do meu vizinho no fim da tarde e agora vem com essa?
Marcos cruzou os braços, imponente.
— Eu disse que abria a porta se você me fizesse gozar. Só a boquinha não vai dar conta. Ou me faz gozar… ou continua aí fora.
Clara bufou, o rosto pegando fogo — de raiva, de vergonha… e daquele tesão escroto que insistia em crescer entre as pernas. Ela sabia que estava sendo enrolada, usada, manipulada… e mesmo assim, ali estava ela.
Ela se levantou devagar, o corpo pequeno diante dele. A mão foi até o botão do shortinho jeans. Abriu.
Puxou o zíper. Desceu o tecido devagar, deixando ele escorregar pelas coxas brancas até os tornozelos. Ficou ali, de calcinha rosa clara, fininha, colada na pele levemente suada, marcando o volume entre as pernas e a bunda apertada, redonda o suficiente pra deixar Marcos hipnotizado.
Ela se virou de costas sem dizer uma palavra. Manteve o short nos pés e se curvou lentamente, apoiando as mãos na madeira da varanda. A bunda levantada, as pernas afastadas. A calcinha colada mostrava tudo.
— Assim tá bom… ou vai mudar de ideia de novo? — disse ela, com sarcasmo, mas a voz trêmula.
Marcos se aproximou em silêncio, com o pau duro balançando à frente, já molhado da boca dela. Puxou a calcinha pela lateral, deixando a parte de trás entrar entre as bandas da bunda, revelando a pele clara e lisa.
— Agora sim… — murmurou, abaixando o rosto e passando a língua pela nádega exposta. — Agora você merece sua chave.
Clara mordeu o lábio, o corpo inteiro arrepiado. A vergonha queimava por dentro, mas o calor entre as coxas era ainda maior.
E ela sabia… não ia ter volta.
Marcos se abaixou devagar atrás dela, os olhos fixos na visão agora escancarada à sua frente. Com as mãos grandes e quentes, segurou as nádegas de Clara e as afastou com firmeza, abrindo a carne branca, suave, até revelar o que mais queria: a buceta rosada, apertada e começando a brilhar de tesão, e logo acima, o cuzinho fechadinho, pequeno, tímido, completamente exposto.
Clara sentia o vento quente da tarde tocando sua pele nua. O corpo curvado contra a cerca de madeira, com a mochila ainda nas costas balançando, o short e a calcinha enrolados entre as coxas, deixando suas pernas semiabertas e seu sexo vulnerável, indefeso.
A situação era humilhante.
Mas o pior era que aquilo estava começando a deixá-la molhada.
Ela virou o rosto de lado, encostando a testa na madeira quente da cerca. O coração acelerado. O rosto pegando fogo. Se alguém da família aparecesse ali, ela estaria fodida — literalmente.
Marcos, atrás dela, não perdia tempo. Ele estava excitado demais com aquela visão. Cuspiu entre as nádegas dela, deixando um fio grosso de saliva escorrer quente, descendo devagar entre o cuzinho e a buceta.
Clara estremeceu ao sentir o líquido quente escorrer. O gemido escapou involuntariamente.
— Olha só esse cuzinho… bem fechadinho, todo tímido — ele murmurou, esfregando o polegar direto no cu dela, fazendo círculos lentos e provocantes.
— Porra, Marcos… — ela sussurrou, com raiva, vergonha e tesão tudo misturado.
— Tá com medo que alguém veja? — ele provocou, a voz baixa e cheia de malícia, enquanto espalhava a saliva com os dedos, lambuzando o cu e a buceta dela.
Ela não respondeu.
Só segurou com força a cerca e sentiu a respiração tremer. Os dedos dele roçavam a fenda da buceta, separando os lábios molhados, passando devagar na entrada apertada que já começava a pulsar.
Marcos se aproximou mais. Encostou a cabeça do pau ali no meio da bunda dela. Estava duro, quente, grosso. Começou a esfregar, de cima pra baixo, batendo com a glande na buceta e no cuzinho, pressionando, marcando, sujando a pele clara com o líquido que já escorria da cabeça do pau.
— Sua chave tá aqui, Clara — ele sussurrou perto da orelha dela, colando o corpo por trás.
— E você só vai entrar… depois que eu entrar em você.
Clara mordeu o lábio com força. Estava com raiva. Estava com nojo.
Mas principalmente… estava molhada. Muito.
Marcos estava colado nela, o pau duro roçando entre as nádegas ainda separadas pelas mãos firmes. A cabeça passava devagar pela entrada da buceta molhada, escorregando, provocando… e não entrando.
Clara suspirava contra a cerca, o peito arfando, o rosto quente.
Foi quando ela sentiu.
Uma mão grande apoiada em sua bunda, apertando de leve, puxando sua carne como se quisesse deixá-la mais aberta, mais vulnerável. A outra mão veio por baixo, deslizando entre as coxas dela até alcançar a buceta completamente exposta.
Dois dedos passaram devagar sobre os lábios úmidos.
— Porra… você tá mais molhada do que imaginei — Marcos murmurou, o tom grave, quase surpreso.
Clara fechou os olhos com força, com raiva de si mesma. Não respondeu. Só mordeu o lábio e empinou o quadril um pouco mais, como se o próprio corpo entregasse aquilo que ela não queria admitir em voz alta.
Os dedos dele começaram a esfregar a buceta, devagar no começo, depois com mais firmeza. O polegar fazia círculos no clitóris inchado enquanto o indicador deslizava sobre a entrada molhada, indo e voltando, cada vez mais fundo.
A mão que segurava sua bunda a mantinha firme — e nela, o detalhe que não saía da cabeça de Clara: o relógio metálico no pulso dele. A cada movimento mais forte, uma parte do relógio batia contra a lateral da bunda dela, fazendo um leve clique metálico seguido de um tap surdo na pele.
Era um som que ecoava entre a tensão e o prazer. Mecânico, repetitivo. E Clara começou a se viciar nele.
Clique. Tap. Molhado. Respiração. Vergonha.
Ela empurrou o quadril pra trás, quase sem perceber.
— Isso… assim mesmo — Marcos sussurrou, agora com dois dedos dentro dela, sentindo o aperto da buceta quente e faminta.
Clara ofegava, os óculos escorregando no nariz, os joelhos tremendo. Ainda estava com o short e a calcinha presos entre as pernas, as botas encostando na madeira da varanda, a mochila pesando sobre as costas.
Ela parecia uma garota perdida.
Mas a buceta dizia outra coisa.
E Marcos sentia isso em cada movimento.
Marcos continuava massageando a buceta dela com firmeza. Os dedos molhados deslizavam sobre o clitóris, pressionando o ponto exato com a precisão de quem conhecia um corpo como poucos. O dedo médio mergulhava na entrada apertada e quente da Clara, indo fundo, saindo, voltando, aumentando o ritmo. A mão grande dele não parava, e o som da carne molhada preenchia o silêncio da varanda.
Clara já não conseguia mais pensar.
O mundo inteiro parecia resumido àquela mão. Ao cheiro de sexo no ar. Ao tap constante do relógio batendo em sua bunda branca. E ao fato de que ela estava com as pernas abertas, o short e a calcinha embolados entre as coxas, com a buceta escancarada pro vizinho que, até ontem, mal cumprimentava.
O corpo dela tremia. O prazer era tanto que quase doía.
E foi então que ela mesma levou a mão para trás, respirando com dificuldade, o rosto colado na cerca, os olhos fechados, suando.
Com os dedos finos, ela segurou sua própria nádega com força, puxando-a pro lado, abrindo ainda mais a própria bunda pra ele.
— Assim? — sussurrou com a voz rouca, como se tivesse aceitando ali, naquele gesto, tudo que ainda viria.
A mão dela era pequena, suave, com unhas ciano, delicadas como as de uma boneca. O contraste entre aquela mão perfeita e a exposição suja da posição deixava Marcos completamente hipnotizado.
Ele sorriu com os dedos ainda enterrados nela.
— Isso. Agora sim, porra…
Com a bunda bem aberta, a buceta latejando e o cuzinho piscando de tão exposto, Clara começou a gozar ali mesmo, no dedo dele. O corpo tremia, as pernas amoleciam, e um gemido abafado escapava dos lábios dela, perdido entre o medo de ser ouvida e o desejo de gritar.
Ela gozou forte.
Molhou a mão dele inteira.
E quando o corpo caiu contra a cerca, exausta, o cabelo grudado no rosto e a mochila ainda presa nas costas, Marcos tirou os dedos, lambuzados, e se levantou.
— Agora sim — disse, com um meio sorriso sacana, subindo o zíper da calça com calma.
Então foi até a mochila dela jogada no chão. Vasculhou o bolso lateral.
Puxou a chave.
— Achei.
E jogou no chão da varanda, bem aos pés dela, com um clinc metálico.
Clara não conseguia nem rir. Nem xingar.
Só ficou ali, de bunda pra cima, pernas bambas, o cu e a buceta abertos, sabendo que nunca mais ia conseguir olhar aquele vizinho nos olhos.
Mas também nunca mais ia se esquecer daquela chave.
Fim.
Excelente conto, muito excitante
Colossal