Na mesa do lado, um palmeirense marrento, camisa encharcada de suor, cara fechada, olho me comendo com raiva. A gente já tinha trocado umas farpas. Ele mandou uns “chupa tricolor”, eu respondi com “manda o endereço que eu vou aí enfiar até tu aprender a perder”.
Depois de umas cervejas, levantei pra mijar. Entrei no banheiro sujo, espelho quebrado, mictório vazando. Tô lá com o pau na mão quando escuto a porta bater forte. Era ele.
— Tá rindo do quê, traveco do Morumbi?
Virei de leve, pau ainda na mão, e encarei:
— Tô rindo da sua cara de quem tomou no cu… mas se quiser repetir com gosto, fecha a porta.
Ele travou. Ficou parado dois segundos. Depois fechou com tudo, trancou e me encarou com raiva. Chegou perto, peito contra o meu, respiração quente.
— Fala muito, hein. Quero ver fazer.
Beijei ele com força, mordi o lábio. Foi como acender gasolina. Ele me empurrou contra a parede, desceu a mão pra dentro da minha bermuda. Meu pau já tava duro, pulsando. Ele agarrou com raiva, começou a punhetar enquanto mordia meu pescoço.
— Sempre imaginei como seria comer um porco engolindo quieto — falei no ouvido.
Ele desceu na hora. Ajoelhou no chão imundo, abriu o zíper, puxou meu pau e enfiou sem aviso. A boca dele quente, sugando com fome, tipo vingança. A cabeça batia fundo, língua nervosa. Ele engolia tudo, olhos vermelhos de raiva e tesão.
— Isso… chupa como se fosse minha faixa de campeão — provoquei.
Ele gemia com a boca cheia. O bar do lado de fora explodindo de gritos, mas ali dentro só o som da boca batendo, o pau estalando, e minha mão segurando o cabelo dele.
Levantei ele na marra, virei de costas, encostei ele na pia. Baixei a bermuda dele. Bunda redonda, marcada, suada.
— Sem cuspe. Quero cru, tipo vitória no Allianz — ele provocou.
Cuspi mesmo assim, só pra ter gosto, e meti. De uma vez. Ele mordeu a mão, mas não gritou. Apertou a pia e rebolou no meu pau, se entregando como se aquela foda fosse uma revanche.
Bati forte, fundo, estocando com raiva. O barulho de pele batendo contra pele, os gemidos abafados, a tensão de dois rivais que só encontraram paz na porra de uma trepada escondida no banheiro do bar.
Gozei dentro dele, segurando a cintura com força. Ele virou, puxou o pau ainda duro e gozou na minha barriga, suando, arfando.
— Isso não apaga o placar — falei, rindo.
Ele limpou com a camisa, me deu um beijo curto e falou:
— Te espero no próximo clássico. Mas dessa vez, eu que vou meter.