Ele chamava Davi.
Moreno queimado de sol, tatuagem no antebraço, barba falhada, braços sujos de graxa.
Camiseta colada no peito suado.
Calça larga, mas o volume… marcava.
E eu já tinha reparado. Várias vezes.
Ele veio na direção da calçada, e parou na grade.
— Tá esperando carona?
— Tô. Tô sem carro hoje.
— Entra aí. Quer esperar sentado. Tá escurecendo.
Entrei.
Ele acendeu só uma lâmpada da oficina, lá no fundo.
Tudo em penumbra, cheiro de óleo, graxa, suor.
A respiração já ficou diferente ali.
Clima abafado.
Olhar dele direto no meu.
— Cê sempre espera aí fora? — ele perguntou.
— Só quando quero ver alguma coisa interessante aqui dentro.
Silêncio.
Ele deu um passo pra perto. Depois mais um.
Até ficar a meio palmo de mim.
A mão dele subiu, devagar, tocando meu queixo.
A graxa manchando minha pele.
E o pau… já começando a dar sinal de vida.
— Tá se metendo com coisa perigosa, mano.
— Perigo é o que eu gosto.
Ele me empurrou de leve pra parede, encostou o corpo no meu.
O beijo veio seco, quente, urgente.
A mão suja dele desceu pelo meu peito, foi até meu cinto.
A respiração dele tava pesada. A minha, falhada.
Eu gemia baixo, e ele sorria com canto da boca.
— Nunca fiz isso com outro cara — ele falou, com a mão já dentro da minha cueca.
— E tá fazendo bem demais.
Ele me virou, empurrou devagar contra o elevador hidráulico da oficina.
Ficamos ali, com o barulho do trânsito lá fora e só a luz fraca iluminando a gente.
As calças abaixadas.
O corpo colado.
A mão dele na minha boca, abafando tudo.
E o quadril dele socando no meu com vontade.
Tesão puro, proibido, urgente.
Um “não posso” que virou “não aguento mais segurar”.
Depois do que pareceu uma eternidade, ele parou.
Gozou forte, colado no meu pescoço.
Respirando alto, suado.
E eu tremendo, ofegante, sujo de graxa, gozo e desejo.
Ele riu baixo.
— Agora entendi porque você sempre vinha buscar carro fora de hora.
Bom demais eles