Sacolas no bagageiro, passageiro dormindo em cima de mala, criança comendo salgadinho, e o ar-condicionado gelado demais pra quem tinha vivido o calor que Danilo, Guga e Renan sabiam bem.
No fundão, os três estavam alinhados nas poltronas 34, 35 e 36.
Guga pilotando com a mesma calma de sempre, mas com a mente no que esperava depois da próxima parada.
Danilo ajeitava a almofada no colo só pra disfarçar o volume.
Renan fingia cochilar, mas toda vez que passava um buraco na estrada, o balanço da bunda dele denunciava a ansiedade.
E aí, o inesperado entrou no jogo.
João, 27 anos, auxiliar da excursão — aquele que recolhe nomes, entrega etiqueta de bagagem e finge dormir no corredor da frente.
Só que ele não tava dormindo.
Na parada de Bauru, quando o ônibus esvaziou por 20 minutos, João foi até o fundão, olhou os três e soltou:
— Sei o que vocês andaram fazendo…
Achei que tavam discretos, mas foda escondida fede, né?
Renan tentou disfarçar com um sorriso torto.
— Vai contar pra galera?
— Contar? — João riu. — Só se eu não participasse. Mas se sobrar espaço…
Guga virou de leve no banco da frente, olhou firme e soltou:
— Fecha a cortina e mostra se merece.
A cortina do fundão fechou.
E o ônibus voltou pra estrada com quatro homens no último banco e o motor zunindo no ritmo da putaria.
João desceu direto a língua no pau de Renan, com sede.
Danilo já tinha enfiado a mão por dentro da bermuda de Guga e começava a bater pra deixar ele latejando.
Era um revezamento sujo, suado, cheio de pegada.
Danilo sentou no colo de Guga e rebolava devagar, com a mão tapando a boca pra não gemer alto.
João chupava Renan com fome, enquanto se masturbava com força.
— Quero ver quem goza primeiro — Guga falou no ouvido de Danilo, metendo com a mão na cintura dele.
— Vai ser você, tio — Renan gemeu, com a cara toda babada, gozando na camiseta.
João explodiu em silêncio, com o rosto escondido na barriga de Renan.
Danilo veio logo depois, gozo escorrendo pela barriga até a coxa.
E Guga… Guga levantou Danilo, ajoelhou ele no banco, e gozou direto no rosto.
— Agora sim. Viagem feita.
Silêncio.
Cortina fechada.
Quatro homens respirando pesado.
Cheiro de gozo misturado com o ar gelado.
E o ônibus…
Seguia tranquilo, como se nada tivesse acontecido.