Moreno claro, barba por fazer, uniforme colado no corpo suado, boné virado pra trás e aquele andar de quem sabe que tá sendo olhado.
E eu olhava mesmo. Da janela, da porta, fingindo que tava varrendo a calçada.
Mas naquele dia…
O calor de Três Lagoas tava de matar.
Eu tava só de short curto, sem camisa, tomando um café gelado na porta quando ele parou a moto e desceu.
— Bom dia!
— Pra mim agora tá ótimo.
Ele riu.
Pegou o papel, procurou a caneta e veio andando devagar.
— Assina aqui pra mim?
Entreguei o papel de propósito com a mão suada, quase encostando nele.
O olhar dele baixou pro meu peito, pro short colado no volume, e subiu de novo, mais direto.
— Tá calor, né? — ele disse.
— Aqui dentro tá mais fresco… se quiser tomar uma água.
Ele hesitou.
Olhou pra calçada. Ninguém por perto.
— Uns minutinhos só — respondeu, entrando comigo.
Fechei a porta.
O barulho do portão abafou o mundo. E ficou só nós dois ali: eu encostado na parede, ele parado no meio da sala, suado, com a respiração pesada.
— Senta aí… ou prefere ficar em pé?
Ele tirou o boné, jogou no sofá.
Me encarou por uns segundos. E veio com tudo.
Beijou forte, colado, mão nas minhas costas, boca no meu pescoço.
O uniforme já colado no pau duro dele.
Levei ele até a cozinha.
Encostei ele na pia, fui abrindo o uniforme devagar.
Peito suado, tatuagem no ombro, barriga marcada.
Passei a língua ali, ouvindo ele gemer.
— Cê é sempre assim com entregador?
— Só com os que sabem entregar bem.
Ajoelhei.
Desci o uniforme dele até o meio das coxas.
O pau pulou pra fora, duro, grosso, latejando.
Chupei devagar, depois fundo, com gosto, lambendo cada parte.
Ele segurava na pia, dizendo baixo: “assim, porra… vai, engole tudo…”
Depois ele me levantou, virou meu corpo de frente pra geladeira, baixou meu short e encaixou.
Sem cerimônia, com tesão acumulado.
Entrou devagar, mas logo começou a meter forte, a respiração dele colando no meu pescoço.
O barulho do ato misturado com o som do ventilador velho.
— Que delícia… nunca imaginei que ia comer alguém nessa casa.
— E ainda vai voltar pra trazer mais pacote.
Ele gozou dentro, forte, segurando meu quadril.
Eu gozei encostado na pia, gemendo baixo.
A cozinha ficou cheia de cheiro de sexo, suor e café.
Ele se arrumou, colocou o boné de volta, me deu um tapa na bunda e disse:
— Se a encomenda for leve semana que vem… eu trago outra mais pesada.
**Saiu pela porta como se nada tivesse acontecido.
Mas eu sei…
Ele deixou muito mais que um pacote.
Eficiência deliciosamente comprovada, um sonho um serviço assim. Conto muito bem escrito e delicioso!